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1
SOCIOLOGIA
Moisés
01. (Ufu 2016) Em 1987, a então Primeira-Ministra da Grã-
-Bretanha, Margaret Thatcher, deu uma declaração durante 
uma entrevista que resumia, em parte, o seu ideário político 
liberal: “A sociedade não existe. Existem homens, existem 
mulheres e existem famílias”.
O governo de Thatcher ficaria conhecido como um dos pre-
cursores do chamado Estado neoliberal, que enfatizava, entre 
outros ideais, o individualismo. Assim, esta concepção de go-
verno contradiz os fundamentos da Sociologia de Durkheim, 
segundo o qual a sociedade poderia ser identificada 
a) como a soma de indivíduos que definem seus valores em 
comum, unindo-se por laços de solidariedade voluntária. 
b) a partir da existência de um contrato social que dá origem 
ao Estado e à sociedade civil. 
c) como o resultado da ação da classe dominante, capaz de 
reunir e controlar as massas. 
d) pela síntese de ações e sentimentos individuais que origi-
nam uma vida psíquica sui generis. 
02. (Ufu 2016) A Sociologia surge no século XIX, momen-
to marcado por uma intensa crise social na Europa. Émile 
Durkheim não deixou de ser influenciado por esse contexto. 
Nesse sentido, um dos seus objetivos era fazer da Socio-
logia uma disciplina científica capaz de criar repostas aos 
desafios enfrentados pela sociedade moderna.
Entre os desafios, colocava-se a crescente contradição entre 
capital e trabalho, entendida pelo autor como um exemplo dos 
efeitos de um estado de anomia, caracterizado 
a) pela excessiva regulamentação estatal sobre as atividades 
econômicas. 
b) pela intensificação dos laços de solidariedade mecânica 
no interior das corporações. 
c) pela ausência de instituições capazes de exercerem um 
poder moral sobre os indivíduos. 
d) pelo aprofundamento da desigualdade econômica. 
03. (UFU 2016) Para Weber, “A dominação, ou seja, a probabi-
lidade de encontrar obediência a um determinado mandato, 
pode fundar-se em diversos motivos de submissão.” 
(COHN, 1991. p. 128).
Nesse sentido, as ações de Mahatma Gandhi, líder no movi-
mento de independência da Índia, representam qual tipo de 
dominação na análise weberiana? 
a) Dominação Legal 
b) Dominação Anômica 
c) Dominação Carismática 
d) Dominação Altruísta 
04. (UFU 2016) Marx e Engels (http://www.culturabrasil.org/
manifestocomunista.htm), em seu Manifesto do Partido Co-
munista, consideram que “a nossa época, a época da bur-
guesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos 
de classes. A sociedade divide-se cada vez mais em dois 
vastos campos opostos, em duas grandes classes diame-
tralmente opostas: a burguesia e o proletariado.”
Em vista disso, assinale a alternativa que define corretamente 
a burguesia e o proletariado. 
a) Os burgueses utilizam o trabalho escravo para a produ-
ção, e o proletariado é desprovido de liberdade para ven-
der sua força de trabalho. 
b) Os burgueses são proprietários que utilizam da manufa-
tura do proletariado para a produção de mercadorias, e o 
proletariado impulsiona o desenvolvimento da manufatura. 
c) Os burgueses são os grandes proprietários de terras, e o 
proletariado detém o poder social e econômico. 
d) Os burgueses são os detentores dos meios de produção, 
e o proletariado vende sua força de trabalho. 
05. (UFU 2016) O acesso à internet cresceu143,8% entre a 
população com mais de dez anos entre os anos de 2005 
e 2011, enquanto o crescimento populacional foi de9,7% 
Apesar desses números, apenas 53,5% brasileiros da mes-
ma faixa etária não utilizam a internet.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/05/1279552-acesso-a-in-
ternet-no-brasil-cresce-mas- 53-da-populacao-ainda-nao-usa-a-rede.shtml
Em vista dos dados apresentados, quais dos conceitos a se-
guir deveriam ser utilizados para analisar e mostrar que esses 
dados podem ser um problema sociológico? 
a) Gênero e Homofobia. 
b) Desigualdade Social e Inclusão Digital. 
c) Solidariedade Mecânica e Solidariedade Orgânica. 
d) Movimento Social e Participação Política. 
06. (UFU 2016) A humanidade cessa nas fronteiras da tribo, 
do grupo linguístico, às vezes mesmo da aldeia; a tal ponto, 
que um grande número de populações ditas primitivas se 
autodesigna com um nome que significa ‘os homens’ (ou 
2Sociofilo - 2017 | www.sociofilovestibulares.com.br
às vezes – digamo-lo com mais discrição? – os ‘bons’, os 
‘excelentes’, ‘os completos’), implicando assim que as ou-
tras tribos, grupos ou aldeias não participam das virtudes 
ou mesmo da natureza humana, mas são, quando muito, 
compostos de ‘maus’, ‘malvados’, ‘macacos da terra’ ou de 
‘ovos de piolho’.
LÉVI-STRAUSS, C. Raça e História. Antropologia Estrutural Dois. São Paulo: Tempo Bra-
sileiro, 1989: 334.
Nesse trecho, o antropólogo Claude Lévi-Strauss descreve a 
reação de estranhamento que é comum às das sociedades 
humanas quando defrontadas com a diversidade cultural.
Tal reação pode ser definida como uma tendência: 
a) Etnocêntrica 
b) Iluminista 
c) Relativista 
d) Ideológica 
07. (UFU 2016) A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) 
liberou nesta quarta-feira (25) o uso de todos os banheiros 
da instituição por qualquer pessoa, conforme o gênero com 
que se identifica. A iniciativa se deu pela adoção da campa-
nha “Libera meu xixi”, voltada ao combate da transfobia em 
espaços públicos. Nos próximos dias, banheiros de todo o 
campus receberão uma placa com a frase “Aqui você é livre 
para usar o banheiro correspondente ao gênero com que se 
identifica”.
Disponível em: <http://www.ufjf.br/secom/2015/11/25/libera-meu-xixi-ufjf-lanca-campa-
nha-em-prol-do-respeito-a-diversidade/>.
Para se entender as motivações para o desenvolvimento de 
uma política pública como a descrita, é necessário saber que: 
a) O sexo determina a conduta social dos indivíduos. 
b) Não há uma definição biológica para o conceito de sexo. 
c) O gênero é uma construção social. 
d) As diferenças de gênero são definidas geneticamente. 
08. (UFU 2016) 
A imagem apresenta uma tribo urbana ligada ao movimento 
punk. Sobre tal movimento, é correto afirmar que ele 
a) é um movimento social clássico específico da sociedade 
industrial do século XX. 
b) não objetiva modificações estruturais e orientações da 
vida social, embora seja um movimento social. 
c) não gerou conflitos sociais e mudanças culturais significa-
tivos para ser considerado um movimento social. 
d) pode ser analisado como um movimento social que busca 
modificar as estruturas e os modos de vida e de pensar 
de uma sociedade. 
09. (UFU 2016) Até a noite de 28 de junho, lésbicas, gays, 
bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) eram, sistematica-
mente, acuados e sofriam todo tipo de preconceitos, agres-
sões e represálias por parte do departamento de polícia de 
Nova Iorque. Mas nesta noite, a população LGBT, presente 
no bar Stonewall Inn, se revoltou contra as provocações e 
investidas da polícia e, munida de coragem, deu um basta 
àquela triste realidade de opressão. Por três dias e por três 
noites, pessoas LGBT, e aliadas, resistiram ao cerco policial 
e a data ficou conhecida como a Revolta de Stonewall. Sur-
giu o Gay Pride e a resistência conseguiu a atenção de mui-
tos países, em especial a do governo estadunidense, para 
os seus problemas.
Disponível em: <http://www.cepac.org.br/agentesdacidadania/?page_id=185>. 
Considerando o texto, é correto afirmar que os novos movi-
mentos sociais: 
a) São definidos por sua associação às organizações de 
classe e defesa da população marginalizada. 
b) Ampliam e redefinem as formas de participação política 
em regimes democráticos. 
c) Lutam exclusivamente em defesa de seus interesses eco-
nômicos a partir de estruturas partidárias. 
d) Reivindicam a extensão de direitos sociais, civis e políti-
cos, necessariamente universalizáveis. 
10. (UFU 2016) A política neoliberalista é, segundo alguns es-
tudiosos, uma resposta à crise do capitalismo na segunda 
metadedo século XX. Tal política ganharia força e visibilidade 
com o Consenso de Washington, em 1989, apoiada naque-
le momento principalmente pela primeira-ministra do Reino 
Unido, Margareth Thatcher, e pelo presidente dos Estados 
Unidos, Ronald Reagan.
Qual das características abaixo NÃO está ligada às propostas 
neoliberais? 
a) Redução de gastos governamentais. 
b) Preservação econômica da soberania nacional frente às 
importações. 
c) Liberação para entrada do capital estrangeiro. 
d) Privatizações. 
11. (UFU 2015) A concepção da Sociologia de Durkheim se 
baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo é de-
monstrar que pode e deve existir uma Sociologia objetiva e 
científica, conforme o modelo das outras ciências, tendo por 
objeto o fato social. 
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 336. 
Em vista do exposto, assinale a alternativa correta. 
a) Durkheim demonstrou que o fato social está desconecta-
do dos padrões de comportamento culturais do indivíduo 
em sociedade e, portanto, deve ser usado para explicar 
apenas alguns tipos de sociedade. 
3
b) Segundo Durkheim, a primeira regra, e a mais fundamen-
tal, é considerar os fatos sociais como coisas para serem 
analisadas. 
c) O estado normal da sociedade para Durkheim é o estado 
de anomia, quando todos os indivíduos exercem bem os 
fatos sociais. 
d) A solidariedade orgânica, para Durkheim, possui pequena 
divisão do trabalho social, como pode ser demonstrada 
pela análise dos fatos sociais da sociedade. 
12. (UFU 2015) Em 2006, o DIEESE (Departamento Intersindi-
cal de Estatística e Estudos Socioeconômicos) lançou um 
estudo intitulado “A jornada de trabalho no Brasil” na qual se 
pode ler que 
[...] com exceção das conquistas obtidas em acordos ou con-
venções coletivas desde a Constituição de 1988, praticamen-
te todas as alterações nos direitos trabalhistas foram no senti-
do de diminuir direitos e/ou de intensificar o ritmo de trabalho. 
DIEESE. A Jornada de Trabalho no Brasil. Disponível em <http://portal.mte.gov.br/data/
files/FF8080812BA5F4B7012BAB0CD8FE72AD/Prod02_2006.pdf>. Acesso em: 22 fev. 
2015. 
Tomando por base as reflexões de Karl Marx acerca da jorna-
da de trabalho e seus conhecimentos sobre a realidade nacio-
nal, é correto afirmar que: 
a) Tal como todo aparato jurídico burguês, a Constituição de 
1988 trouxe consigo a redução dos direitos trabalhistas e 
a ampliação da exploração sobre o trabalho. 
b) A redução de direitos trabalhistas é uma marca presente 
em todos os Estados de Bem-Estar Social no centro e na 
periferia do capitalismo. 
c) Intensificar o ritmo de trabalho significa, em outras pala-
vras, ampliar a extração de mais valia relativa. 
d) Vive-se o paradoxo de a redução dos direitos conviver 
com um momento especial de crescimento e ofensiva da 
mobilização sindical. 
13. (UFU 2015) Observe o seguinte trecho da música “Sem 
Saúde” composta por Gabriel, O Pensador; Memê e Fábio 
Fonseca: 
“Pelo amor de Deus alguém me ajude! 
Eu já paguei o meu plano de saúde mas agora ninguém quer 
me aceitar 
E eu tô com dô, dotô, num sei no que vai dá! 
Emergência! Eu tô passando mal 
Vô morrer aqui na porta do hospital 
Era mais fácil eu ter ido direto pro Instituto Médico Legal 
Porque isso aqui tá deprimente, doutor” 
Considerando a relação entre problema social, problema 
sociológico e a denúncia apresentada na letra da música, 
relacionada à área da saúde, a denúncia apresentada pela 
música 
a) tornou-se um problema social a partir da implantação dos 
primeiros convênios médico-hospitalares no Brasil. 
b) poderá ser um problema sociológico tendo em vista a sua 
divulgação pela música de Gabriel, O Pensador. 
c) tornou-se um problema social a partir da implantação do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
d) poderá ser um problema sociológico a partir da análise 
científica das condições de atendimento dos hospitais 
brasileiros. 
14. (UFU 2015) O encontro de culturas distintas e o convívio 
com a alteridade são temas recorrentes da história da huma-
nidade. As reações a uma cultura diversa à sua e as formas 
como as diferenças culturais são concebidas têm variado ao 
longo do tempo. Atualmente, a Antropologia entende que a 
diversidade cultural tem origem 
a) na capacidade das diferentes culturas humanas em se 
adaptar ao seu meio ambiente circundante. 
b) na capacidade psíquica distinta dos diferentes grupos hu-
manos. 
c) no grau de conhecimento da natureza. 
d) nas formas distintas de expressar a condição humana por 
meio de atos e símbolos. 
15. (UFU 2015) Nas últimas décadas, o Brasil experimentou 
mudanças demográficas, sociais, culturais, econômicas e 
políticas significativas. A crescente inserção das mulheres 
no mercado de trabalho e na política, a melhoria de seu ní-
vel educacional, a redução da fecundidade, a postergação 
da maternidade, a redução da resistência a novos atributos 
para os papeis feminino e masculino são algumas delas. No 
entanto, os ritmos de tais mudanças parecem seguir des-
compassados. 
PICANÇO, Felícia Silva. Amélia e a mulher de verdade: representações dos papéis da mu-
lher e do homem em relação ao trabalho e à vida familiar. Em: ARAÚJO, C. & SCALON, C. 
(org.). Gênero, família e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
De acordo com o trecho acima, as desigualdades de gênero 
na inserção no mercado de trabalho persistiriam devido à 
a) maior participação dos membros masculinos nas tarefas 
concernentes ao trabalho doméstico. 
b) representação de que não cabe apenas ao homem, en-
quanto chefe de família, o papel de provedor do grupo 
doméstico. 
c) crença no fato de que o ingresso feminino no mercado de 
trabalho gera um prejuízo à família. 
d) crítica à representação da mulher como naturalmente dis-
posta a assumir os papéis de esposa e mãe. 
16. (UFU 2015) O discurso sobre a formação da identidade 
nacional brasileira tem como uma de suas vertentes o estu-
do das consequências do encontro de três matrizes étnicas: 
o negro, o europeu (branco) e o indígena. Em meio a este 
debate, e contrariando as teorias raciais, elaborou-se uma 
tese conhecida como “democracia racial”, caracterizada por 
4Sociofilo - 2017 | www.sociofilovestibulares.com.br
a) defender o direito de participação de representantes de 
todas as raças no processo político. 
b) pressupor a miscigenação harmoniosa entre os diferentes 
grupos étnicos que formaram a nação brasileira. 
c) denunciar os conflitos raciais e a desvalorização dos afro-
descendentes no Brasil. 
d) culpar os grupos dominantes pela marginalização dos 
afrodescendentes e da população indígena brasileira. 
17. (UFU 2015) A questão da demarcação de terras indígenas 
tem ao longo do tempo suscitado diversos conflitos. Mais 
recentemente, observou-se a possibilidade de modificar os 
critérios de demarcação, pois, conforme seus críticos, os 
regulamentos vigentes possibilitariam a ação de “indígenas 
civilizados”, ou seja, aqueles que supostamente teriam per-
dido sua identidade indígena, e que agora a reivindicavam 
com o intuito de obter terras. No centro deste debate, en-
contra-se a definição do que é ser indígena, enfim, a defini-
ção dos critérios definidores de uma etnia. 
Para os estudos antropológicos atuais, define-se uma etnia 
por meio da 
a) identificação da presença de traços fenotípicos comuns a 
uma população, atrelados ao cultivo de uma tradição cultural. 
b) ocupação territorial de um país específico e pela persistên-
cia de traços culturais tradicionais. 
c) identificação de uma concepção, partilhada por uma po-
pulação, da existência de uma trajetória histórica comum que 
funda uma identidade. 
d) identificação de traços raciais comuns a uma população, 
aliados a elementos culturais específicos. 
18. (UFU 2015) A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi 
instituída em 16 de maio de 2012 com o objetivo de trazer 
à tona os crimes cometidos peloEstado brasileiro entre os 
anos 1946 e 1988, em especial durante a Ditadura Civil-Mi-
litar. Entre esses crimes se destacam a detenção ilegal ou 
arbitrária, a tortura, a execução sumária, arbitrária ou extra-
judicial e, por fim, o desaparecimento forçado e ocultação 
de cadáver. Tal como aponta seu relatório publicado em de-
zembro de 2014, a CNV situou o Brasil entre as dezenas de 
países que 
[...] criaram uma comissão da verdade para lidar com o legado 
de graves violações de direitos humanos. Com a significativa 
presença que detém no cenário internacional, o reconheci-
mento do Estado brasileiro de que o aperfeiçoamento da de-
mocracia não prescinde do tratamento do passado fortalece a 
percepção de que sobram no mundo cada vez menos espa-
ços para a impunidade. 
Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Disponível em http://www.cnv.gov.br/images/
pdf/relatorio/volume_1_digital.pdf. Acesso em: 22 fev. 2015. 
O que justifica a criação de uma comissão com a natureza da 
CNV é a necessidade de: 
a) Reforçar o conteúdo da lei de anistia (nº 6683/1979), que 
traz o perdão aos crimes políticos e conexos, dispensando 
das obrigações legais os que resistiram e os que torturaram. 
b) Combater a impunidade e revelar os crimes contra a hu-
manidade para que deles não se esqueça e para que 
nunca mais se repitam. 
c) Reestabelecer a harmonia social a partir do perdão bila-
teral entre os que combateram durante a Ditadura, sem 
atribuir culpa ou instigar o revanchismo. 
d) Virar uma página da história brasileira, aproveitando as 
instituições que tiveram vigência no período da Ditadura, 
pois contribuíram decisivamente para aperfeiçoar nossa 
democracia. 
19. (UFU 2015) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem 
Terra, o MST, completou 31 anos de existência e foi respon-
sável, dentre outras coisas, por manter na agenda nacional 
a questão da concentração fundiária, da reforma agrária e 
da justiça social. Durante sua trajetória pode-se perceber 
momentos de maior e menor mobilização, tratando de ban-
deiras históricas e que têm relação direta com o cotidiano da 
sociedade e dos históricos estrangulamentos que impedem 
nosso desenvolvimento. 
Acerca da história do MST, é correto afirmar que: 
a) Recentemente, vários motivos têm colaborado para a di-
minuição das ocupações de terra, entre eles a política de 
aumento do salário mínimo, as facilidades de crédito e as 
políticas de combate à fome e à miséria. 
b) O MST faz dura oposição ao latifúndio improdutivo, mas 
poupa o agronegócio, uma vez que este alimenta o mer-
cado nacional com uma produção diversificada e gera 
empregos. 
c) A luta do MST está circunscrita às questões que envolvem 
a terra, sua distribuição, posse e propriedade. Como os 
demais Novos Movimentos Sociais, o MST tem dificulda-
de de abordar temáticas diversas, como a democracia. 
d) O MST tem contado com o auxílio do Congresso Nacional 
nas questões relativas à reforma agrária, selando uma par-
ceria histórica. Desta parceria, pode-se contabilizar boa 
parte do avanço na desapropriação de terras. 
20. (UFU 2015) Quando aborda o carnaval de Salvador/BA, 
Fátima Teles afirma que este festejo 
Foi incorporado à onda neoliberal do capital fetiche e ficou 
restrito às classes privilegiadas que abandonaram os cordões 
e fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nos blocos, cor-
dões fechados por compra de abadás. Portanto hoje, atrás do 
trio elétrico só não vai a classe menos favorecida, a classe que 
vive de salário suado e só vai atrás do trio elétrico quem pode 
pagar caro, uma minoria que concentra renda de alguma for-
ma. (...) A festa já não é mais popular, mas é a festa de uma 
minoria privilegiada. Olhando para o carnaval de Salvador lem-
bramos do compositor baiano Gilberto Gil quando ele canta 
“ó mundo tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse 
carnaval, de outro a fome total...” 
Fátima Teles. A mercantilização do carnaval soteropolitano. Disponível em: <http://www.
vermelho.org.br/noticia/258814-11>. Acesso em: 22 fev. 2015. 
5
Implícitas no fragmento acima estão várias categorias mar-
xianas utilizadas, neste caso, para a interpretação das trans-
formações ocorridas em umas das mais importantes festas 
populares do país. Assim, é correto afirmar que: 
a) Abadás e camarotes, exclusividades de uma elite, são 
portadores de uma aura mágica a quem se confere po-
deres especiais e destacada como desencantamento do 
mundo. 
b) O carnaval foi mergulhado nas águas gélidas do cálcu-
lo egoísta, vendo extraídos seus conteúdos e naturezas 
mais autênticos, mas sendo finalmente democratizado. 
c) Quando mercantilizado, o carnaval perde seu caráter pú-
blico e se privatiza, produzindo um acesso seletivo e de-
pendente mais do marcador racial do que classista. 
d) Tal como revelara Marx, o capitalismo traz consigo a ten-
dência de mercantilizar as relações sociais. Ao que tudo in-
dica, o carnaval também se transformou numa mercadoria. 
21. (UFU 2013) Durkheim caracteriza o suicídio – até então 
considerado objeto de estudo da epidemiologia, da psico-
logia e da psiquiatria – como fato social e, por isso, dotado 
das características da coercitividade, da exterioridade, da 
generalidade. É tomado, pois, como objeto de estudo socio-
lógico, em virtude do fato de 
a) variar na razão inversa ao grau de integração dos grupos 
sociais de que faz parte o indivíduo, ou seja, quanto maior 
o grau de integração ao grupo social, mais elevada é a 
taxa de mortalidade-suicídio da sociedade. 
b) ser possível observar uma certa predisposição social para 
fornecer determinado número de suicidas, ou seja, uma 
tendência constante, marcada pela permanência, a des-
peito de variações circunstanciais. 
c) configurar-se como uma morte que resulta direta ou indi-
retamente, consciente ou inconscientemente de um ato 
executado pela própria vítima. 
d) depender, exclusivamente, do temperamento do suicida, 
de seu caráter, de seu histórico familiar, de sua biografia, 
uma vez que não deixa de ser um ato do próprio indivíduo. 
22. (UFU 2013) Os crescentes casos de violência que, recor-
rentemente, têm ocorrido em nível nacional e internacional, 
diuturna e diariamente noticiados pela imprensa, convidam 
a pensar em uma situação de patologia social. No entanto, 
para Durkheim, o crime, ainda que fato lastimável, é normal, 
desde que não atinja taxas exageradas. É normal, porque 
existe em todas as sociedades; para o sociólogo, o crime 
seria, inclusive, necessário, útil. Sem pretender fazer apo-
logia do crime, compara-o à dor, que não é desejável, mas 
pertence à fisiologia natural e pode sinalizar a presença de 
moléstias a serem tratadas. 
O crime seria, pois, para Durkheim, socialmente funcional, 
porque 
a) exerce um papel regulador, contribuindo para a evolução 
do ordenamento jurídico e possível advento de uma nova 
moral. 
b) é fator de edificação e fortalecimento da solidariedade or-
gânica, que se estabelece nas sociedades complexas. 
c) legitima a ampliação do aparelho repressivo e classista do 
Estado burocrático nas sociedades baseadas no sistema 
capitalista. 
d) contribui para o crescimento de seitas e de religiões, nas 
quais as pessoas em situação de risco buscam proteção. 
23. (UFU 2013) Em artigo intitulado “Clientelismo ainda domina 
política no interior do Brasil”, da BBC, de 27 de outubro de 
2002, o jornalista Paulo Cabral desenha o painel de parte da 
política nacional. Ele destaca que, em comício de uma certa 
deputada, um grande churrasco foi oferecido para os eleitores 
de uma vila: “Sob um sol escaldante, um caminhão de som 
tocava o jingle – forró da candidata a todo o volume, a popu-
lação sentia o cheiro da carne sendo assada trancada dentro 
de uma casa. Comida, só quando chegasse a candidata”. 
BBC. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2002/021027_seriedb.
shtml>. Acesso: 11 mar. 2013. 
A relação descrita entre os eleitores e a candidata aproxima-
-se, na matrizteórica weberiana, de um tipo puro de relação 
de dominação, uma vez que 
a) inscreve-se como relação de poder em que a candidata 
aproveita-se de uma probabilidade de impor sua vontade, 
ainda que sem legitimidade. 
b) estabelece-se, retirando das relações os elementos não 
racionais, isto é, em evidente processo de desencanta-
mento do mundo. 
c) sua natureza remonta uma tradição inimaginavelmente an-
tiga e conduz ou orienta a ação habitual do eleitor para o 
conformismo. 
d) expõe características típicas das formas carismáticas de 
dominação, demonstrada pelo dom da graça extraordiná-
rio e pessoal manifesto nas práticas clientelistas. 
24. (UFU 2013) Ao contrário de outros pensadores sociológi-
cos anteriores, Weber acreditava que a Sociologia deveria se 
concentrar na ação social e não nas estruturas.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 33. 
De acordo com esta assertiva, Weber considera que 
a) as ideias, os valores e as crenças têm o poder de ocasio-
nar transformações. 
b) o conflito de classes é o fator mais relevante para a mu-
dança social. 
c) as estruturas existem externamente ou independentemen-
te dos indivíduos. 
d) os fatores econômicos são os mais importantes para as 
transformações sociais. 
25. (UFU 2013) E se, em toda ideologia, os homens e suas 
relações aparecem invertidos como numa câmara escura, 
tal fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do 
mesmo modo porque a inversão dos objetos na retina de-
corre de seu processo de vida diretamente físico. 
MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 37. 
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Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição de ide-
ologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele 
a) a alienação da classe trabalhadora. 
b) a consciência de classe dos trabalhadores. 
c) a existência de condições para a práxis revolucionária. 
d) a definição de classes sociais. 
26. (UFU 2013) Temos um trabalhador numa determinada in-
dústria. Suponhamos que ele conheça o dono da pequena 
indústria em que trabalha e que tenha até uma boa amizade 
com ele. Em determinado momento, porém, acontece uma 
greve. Apesar da amizade entre o trabalhador e seu patrão, 
provavelmente durante a greve ambos estarão colocados 
em lados opostos. 
TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993. p. 13-14. 
Este exemplo, tomado para introduzir uma reflexão sobre 
conceitos elaborados por Marx, em sua crítica à sociedade 
capitalista, remete, claramente, à noção de “classes sociais”, 
entendida no marxismo como 
a) grupos de indivíduos que compartilham os mesmos moti-
vos para realizarem ações sociais. 
b) grupos de indivíduos que agem de forma semelhante em 
face de um mesmo fato social. 
c) grupos de indivíduos que possuem a mesma crença com 
relação aos valores que precedem suas ações. 
d) grupos de indivíduos que ocupam uma mesma posição 
nas relações sociais de produção. 
27. (UFU 2013) A sociedade em rede ou sociedade da informa-
ção introduziu nas Ciências Sociais a noção de Ciberespaço 
como um locus virtual criado pela conjunção de diferentes 
tecnologias de telecomunicação e telemática, ou seja, como 
um espaço criado pelas comunicações mediadas por com-
putador, cujo principal veículo contemporâneo é, sem duvi-
da, a internet. Sua consequência mais imediata foi a criação 
de novas redes de sociabilidade e, por isso, o ciberespaço 
tem, como característica essencial ser: 
a) um continuo homogêneo e democrático, cuja participa-
ção, além de aberta a todos, implica uma linguagem e 
uma prática de sociabilidade comum. 
b) um espaço que cria uma cultura global comum por su-
primir as distâncias geográficas e as diferenças culturais. 
c) um espaço heterogêneo e fragmentado em diferentes es-
paços simbólicos. 
d) um espaço simétrico de relações sociais, culturais e polí-
ticas entre sujeitos virtuais. 
28. (UFU 2013) Na parte mais tardia de sua carreira, Comte 
elaborou planos ambiciosos para a reconstrução da socie-
dade francesa em particular, e para as sociedades humanas 
em geral, baseado no seu ponto de vista sociológico. Ele 
propôs o estabelecimento de uma “religião da humanidade”, 
que abandonaria a fé e o dogma em favor de um fundamento 
científico. A Sociologia estaria no centro dessa nova religião 
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 28. 
Com base nessa assertiva, Comte aponta para o papel da 
Sociologia como ciência fundamental para a compreensão 
a) da ideia da revolução, como solução para sanar as ques-
tões da desigualdade social. 
b) da crença na ação dos indivíduos, como fator de interven-
ção na realidade. 
c) do consenso moral, como solução para regular e manter 
unida a sociedade. 
d) dos elementos subjetivos da sociedade, tendo em vista a 
pluralidade social. 
29. Durante o século XX, os estudos de antropologia sobre di-
ferentes sociedades contribuíram significativamente para 
desvendar algumas questões que há muito são enfrentadas 
pelas ciências. Dentre esses estudos, destacam-se as expli-
cações sobre a articulação entre universalidade humana e a 
diversidade cultural. Esses estudos contribuíram para
a) comprovar que fatores de ordem biológica, bem como 
cronológica, determinam os comportamentos sociais, por 
exemplo, as variações de sexo e idade.
b) legitimar abordagens evolucionistas, bem como explica-
ções que naturalizam a vida social, de modo a sustentar o 
caráter universal do ser humano.
c) refutar abordagens evolucionistas, bem como explicações 
que naturalizam a vida social, de modo a explicitar a lógica 
interna de cada cultura e suas variações.
d) legitimar os métodos de observação que aplicam o mes-
mo modelo conceitual de uma sociedade para outra, pois 
alógica da organização humana é universal.
30. (Ufu 2013) A sociedade contemporânea abriga inúmeros e 
diversificados movimentos sociais, dentre eles, os movimen-
tos feministas que visam à transformação da situação femi-
nina e das relações entre mulheres e homens na sociedade, 
em diversos aspectos. 
A despeito de suas diversas configurações – liberal, socialista, 
radical, pós-moderna etc., são bandeiras comuns às diversas 
agendas feministas 
a) a luta contra a discriminação sexual no trabalho, o com-
bate à violência de gênero e a elaboração de uma grande 
teoria capaz de aglutinar as mulheres e unificá-las no bojo 
da categoria universal “mulher”. 
b) a luta contra as desigualdades assentadas sobre as dife-
renças sexuais dos sujeitos sociais; a igualdade de opor-
tunidades para mulheres e homens; o combate à violência 
de gênero. 
c) o combate à violência de gênero; a luta pela preservação 
de guetos ocupacionais femininos e masculinos; a defesa 
de direitos sexuais e reprodutivos. 
d) o combate à propriedade privada como mecanismo de 
opressão de gênero; a defesa de direitos sexuais e repro-
dutivos; a luta contra a discriminação no trabalho. 
7
31. (Ufu 2012) 
A tirinha de Quino acima ilustra a concepção de fato social, 
segundo Durkheim. Para o autor, é característica do fato social 
a) ser geral e igual em todas as sociedades. 
b) dar liberdade ao indivíduo, em uma dada sociedade, de 
praticar ações e atitudes ligadas ao seu senso crítico. 
c) ser particular de cada indivíduo, sem interferência do grupo 
social no qual está inserido. 
d) exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior. 
32. (UFU 2012) Nas Ciências Sociais, particularmente na Ciên-
cia Política, definir o Estado sempre foi uma tarefa prioritária. 
As tentativas nesta direção fizeram com que vários intelec-
tuais vissem o Estado de formas diferentes, com naturezas 
diferentes. Numa palestra intitulada Política como vocação, 
Max Weber nos adverte, por exemplo, que o Estado pode 
ser entendido como uma relação de homens dominando 
homens. No trecho da canção d´O Rappa, Tribunal de Rua, 
dominaçãoé o que se percebe, também, na relação entre 
cidadãos e policiais (braço armado do Estado).
A viatura foi chegando devagar
E de repente, de repente resolveu me parar
Um dos caras saiu de lá de dentro
Já dizendo, aí compadre, você perdeu
Se eu tiver que procurar você tá fodido
Acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo [...].
O Rappa. Lado A Lado B. Warner, 1999.
A partir da perspectiva weberiana, relacionada ao trecho da 
canção acima, evidencia-se que a dominação do Estado 
a) é exercida pela autoridade legal reconhecida, daí caracteri-
zar-se fundamentalmente como dominação racional legal. 
b) é estabelecida por meio da violência prioritariamente exer-
cida contra grupos e classes excluídos social e economi-
camente. 
c) ocorre a partir da imposição da razão de Estado, ainda 
que contra as vontades dos cidadãos que, normalmente, 
àquela resistem. 
d) a exemplo da dominação de outras instituições, opera de 
forma genérica, exterior e coercitiva. 
 
33. (UFU 2012) Em uma passagem de As aventuras do Barão 
de Munchausem, personagem do folclore alemão, ele e seu 
cavalo encontram-se atolados em um pantanal e, para sair 
dessa situação, o Barão puxa a si mesmo pelo cabelo, le-
vantando-se, com sua montaria, do terreno movediço. Em 
mais de uma ocasião, os sociólogos usaram essa metáfora 
para aludir ao modo pelo qual os positivistas procuravam um 
método objetivo, neutro, livre das ideologias.
Em oposição a essa suposta objetividade, Marx criticou vee-
mentemente os positivistas, uma vez que, para o autor, 
a) o método possui uma objetividade parcial, pois na escolha 
do objeto entra em ação a ideologia do autor, que não 
interfere, entretanto, na análise dos acontecimentos. 
b) a análise social, a partir da perspectiva do operariado, 
deve contribuir para a harmonia das relações sociais de 
produção. 
c) a análise das condições de vida do proletariado europeu 
do século XIX deve incidir sobre a crítica social, com vistas 
à reforma da sociedade burguesa. 
d) o método deve contribuir não só para a interpretação, mas 
igualmente para a transformação social. 
34. (UFU 2012) O Egito passou recentemente por uma mudan-
ça política desencadeada por revolta popular, culminando na 
renúncia do presidente Hosni Mubarak que estava há 30 anos 
no poder. Além do Egito, os levantes no mundo árabe, ins-
pirados no exemplo da Tunísia, espalharam-se por Jordânia, 
Iêmen, Argélia, Síria, Mauritânia, Sudão, Omã e outros países.
Singular no caso do Egito é o papel importante que, nos últi-
mos anos, as comunidades de jovens ativistas blogueiros vêm 
desempenhando no movimento de oposição.
Nessa perspectiva, o ciberespaço 
a) tornou-se uma outra forma de controle pelo Estado, que 
estabelece quem são os provedores e quem terá acesso 
às informações, impossibilitando a formação de movimen-
tos sociais. 
b) é caracterizado pelo manejo da informação, com conse-
quências indiretas na cidadania. 
c) estabelece formas contemporâneas de sociabilidade, que 
são preferencialmente relações intensas de conveniência 
e inconsequentes no mundo real. 
d) é o espaço de emergência de novas sociabilidades, uma 
vez que nele se estabelecem construções de espaços 
simbólicos que podem gerar transformações ou novas 
relações culturais. 
35. (UFU 2012) De um ponto de vista histórico, a Sociologia 
como disciplina científica surgiu ao longo do século XIX, 
como uma resposta acadêmica para os novos desafios da 
modernidade. Além das concepções advindas da Revolu-
ção Francesa e dos fortes impactos gerados pela Revolução 
Industrial na estrutura da sociedade, muitos outros proces-
sos também contribuíram para essa nova configuração da 
sociedade.
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Em seu desenvolvimento ao longo do século XIX, a Sociologia 
esperava entender 
a) os grupos sociais e as causas da desintegração social 
vigente. 
b) como a Revolução Industrial encerrou a transição entre 
feudalismo e capitalismo, sem prejuízo da classe trabalha-
dora, pois foi beneficiada por esse processo. 
c) a subjetividade dos indivíduos nas pesquisas sociológicas, 
como uma disciplina científica com metodologia própria. 
d) a Revolução Francesa como um marco revolucionário que 
modificou o pensamento, apesar de manter as tradições 
aristocratas. 
36. (UFU 2012) A estética nas diferentes sociedades vem ge-
ralmente acompanhada de marcas corporais que individuali-
zam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercin-
gs, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados 
e cortes de cabelo são algumas marcas reconhecíveis de 
um inventário possível das técnicas corporais em toda sua 
riqueza e diversidade. Embora universal, as formas das quais 
se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporal-
mente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que 
pertencem a outros grupos.
Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é con-
siderada conceitualmente como 
a) preconceito: reconhece no valor das raças o que é correto 
ou não na estética corporal. 
b) relativização: o outro é entendido nos seus próprios termos. 
c) etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios ele-
mentos culturais. 
d) etnocídio: afasta o diferente e procura transformá-lo num 
igual. 
37. (UFU 2012) Na obra Grande Sertão: veredas, Guimarães 
Rosa apresenta dois personagens Riobaldo e Diadorim 
numa relação inusitada de atração. A trama se desenvolve 
como uma relação entre pessoas do mesmo sexo. As se-
melhanças nas aparências escondem, porém, diferenças de 
origem biológica, porque se trata de uma mulher (Diadorim) 
que se passa socialmente por homem.
Escrita em 1956, essa obra de Guimarães Rosa trata de uma 
temática extremamente contemporânea, que é 
a) a superação do conceito de sexo, biologicamente her-
dado, pelo conceito de transexualidade, como categoria 
cientificamente possível. 
b) a superação do conceito de sexo, de natureza biológica, 
pelo conceito de gênero, de natureza sociocultural. 
c) a superação do conceito de sexo, de origem natural, pelo 
conceito de opção sexual, de natureza individual. 
d) a superação do conceito de sexo, de viés anatômico, pelo 
conceito de homossexualidade. 
38. (UFU 2012) Leituras comuns acerca da democracia as-
sociam seu conteúdo, exclusivamente, ao universo eleitoral. 
Todavia, outras dimensões da democracia são igualmente 
importantes, como testemunha o trecho abaixo da can-
ção Da lama ao caos, de Chico Science e a Nação Zumbi. 
Oh Josué eu nunca vi tamanha desgraça 
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça 
Peguei o balaio, fui na feira roubar tomate e cebola 
Ia passando uma velha, pegou a minha cenoura 
Aí minha velha, deixa a cenoura aqui 
Com a barriga vazia não consigo dormir 
E com o bucho mais cheio comecei a pensar 
Que eu me organizando posso desorganizar 
Que eu desorganizando posso me organizar 
Que eu me organizando posso desorganizar [...]. 
 
Nessa canção, uma outra dimensão da democracia, além da 
eleitoral, é apresentada por meio da noção de 
a) participação política, presente no verso “Que eu me orga-
nizando posso desorganizar”. 
b) solidariedade, presente no verso “Quanto mais miséria 
tem, mais urubu ameaça”. 
c) respeito à diversidade, presente no verso “E com o bucho 
mais cheio comecei a pensar”. 
d) igualdade econômica e social, presente no verso “Peguei 
o balaio, fui na feira roubar tomate e cebola”. 
39. (UFU 2012) Levando em consideração as relações do sis-
tema de produção fordista e demais sistemas de produção e 
suas consequências, constata-se que o trabalho no sistema 
a) taylorista baseia-se em trabalhadores multifuncionais, sen-
do que cada posto de trabalho executa várias tarefas, a 
fim de diminuir os custos de produção. 
b) fordista caracteriza-se pela separação entre elaboração 
e execução no processo de trabalho, proporcionando a 
alienação. 
c) fordista é repetitivo e parcelado, gerando trabalhadoresfelizes e satisfeitos por não necessitarem de longos pro-
cessos de capacitação para o trabalho. 
d) toyotista tem a produção vinculada à demanda, ocasio-
nando flexibilização e evitando, assim, as demissões e a 
precarização, além de possibilitar a utilização racional da 
força de trabalho. 
40. (UFU 2012) Dentre as várias interpretações sobre a brasi-
lidade, destaca-se aquela que atribui a nós, brasileiros, os 
recursos do jeitinho, da cordialidade e da malandragem.
De acordo com as leituras weberianas aplicadas à realidade 
brasileira (por autores tais como: Sérgio Buarque de Hollanda, 
Gilberto Freyre, Roberto Damatta), a malandragem significaria 
a) a manifestação prática do processo de miscigenação que 
combinou elementos genéticos pouco inclinados ao trabalho. 
b) a consagração do fracasso nacional representado pela 
incapacidade de desenvolver formas capitalistas de rela-
ções sociais. 
9
c) a inovação de um estilo especial de se resolver os próprios 
problemas, que tem sua origem nas tradições ibéricas. 
d) a materialização da oposição popular ao trabalho e ao im-
perialismo europeu, como característica de resistência de 
classe. 
41. (Ufu 2011) Segundo Durkheim, o crime é um fato social 
presente em toda sociedade. Para o autor, nem todo crime é 
anômico, mas apenas aquele que corresponde a uma crise 
de coesão social.
A partir do exposto acima, assinale a alternativa correta sobre 
o significado de anomia social em Durkheim. 
a) Ocorre quando há, nas sociedades modernas, com seus 
intensos processos de mudança, uma situação em que 
o conjunto de regras, valores e procedimentos são reco-
nhecidos por todos os indivíduos, levando ao desenvolvi-
mento da sociedade. 
b) Conceito que descreve os sentimentos de falta de obje-
tivos e de desespero provocados pelo processo de mu-
danças do mundo moderno, os quais resultam na perda 
da influência das normas sociais sobre o comportamento 
individual. 
c) Conceito que descreve a ocorrência, nas sociedades 
modernas, com seus intensos processos de mudança, 
de um estado de complementaridade e interdependência 
entre os indivíduos, o que leva a uma menor divisão do 
trabalho social e ao fortalecimento das instituições sociais. 
d) Ocorre quando os sentimentos de falta de objetivos e de 
desespero provocados pelo processo de mudanças do 
mundo moderno resultam no fortalecimento da coesão 
social e da influência das normas sociais sobre o compor-
tamento individual. 
42. (Ufu 2011) De acordo com Durkheim, para se garantir a 
objetividade do método científico sociológico, torna-se ne-
cessário que o pesquisador mantenha certa distância e neu-
tralidade em relação aos fatos sociais, os quais devem ser 
tratados como “coisas”.
Considerando a frase acima, assinale a alternativa correta so-
bre fato social. 
a) Corresponde a um conjunto de normas e valores que são 
criados diretamente pelos indivíduos para orientar a vida 
em sociedade. 
b) Corresponde a um conjunto de normas e valores criados 
exteriormente, isto é, fora das consciências individuais. 
c) É desprovido de caráter coercitivo, uma vez que existe 
fora das consciências individuais. 
d) É um fenômeno social difundido apenas nas sociedades 
cuja forma de solidariedade é orgânica. 
43. (UFU 2011) Na concepção de Weber, a política é uma ativi-
dade geral do ser humano. A atividade política se desenvolve 
no interior de um território delimitado e a autoridade política 
reivindica o direito de domínio, ou seja, o direito de poder 
usar a força para se fazer obedecer. Se há obediência às 
ordens, ocorre uma situação de dominação.
Sobre os tipos de dominação, assinale a alternativa correta. 
a) A dominação legal racional é a mais impessoal, pois se 
baseia na aplicação de regras gerais aos casos particu-
lares. 
b) O patrimonialismo é o tipo mais característico de domina-
ção legal racional. 
c) A forma mais típica de dominação tradicional é a buro-
cracia. 
d) A dominação carismática constitui um tipo bastante co-
mum de poderio, na medida em que se baseia na crença 
em qualidades pessoais corriqueiras. 
44. (Ufu 2011) Ao tratar do método utilizado por Karl Marx para 
compor O Capital, Jacob Gorender afirma que “[...] Marx não 
partiu do conceito de valor, mas da mercadoria, isto é, da 
célula germinativa do modo de produção capitalista”.
Diante do exposto e dos seus conhecimentos acerca da obra 
desse teórico, assinale a alternativa incorreta. 
a) O fetiche da mercadoria reflete aos homens as caracte-
rísticas sociais do seu trabalho como se fossem proprie-
dades do próprio produto. Por este motivo, o fetiche da 
mercadoria provém de seu valor de uso. 
b) O valor de uso é o suporte físico do valor das mercadorias. 
c) O caráter duplo do valor de uso e do valor de troca resulta 
do caráter também do próprio trabalho que o produz: tra-
balho concreto e trabalho abstrato. 
d) Na sociedade capitalista, a riqueza pode ser compreendi-
da como uma imensa coleção de mercadorias. 
45. (Ufu 2011) Segundo Marx, o fator fundamental do desen-
volvimento social assenta-se nas contradições da vida ma-
terial, na luta entre as forças produtivas da sociedade e as 
relações sociais de produção que lhe correspondem.
Analisando a frase acima, assinale a alternativa correta sobre 
as relações sociais de produção e forças produtivas em Marx. 
a) Dizem respeito às relações sociais que os homens esta-
belecem entre si para utilizar os meios de produção, trans-
formando a si mesmos e a natureza. 
b) Correspondem às relações entre os homens no âmbito 
estritamente econômico posto que a esfera econômica 
determina a estrutura social. 
c) Dizem respeito às ações individuais dos homens no livre 
mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura. 
d) Correspondem a uma relação social definida pela lógica 
do mercado, na qual os homens orientam individualmente 
suas ações em um determinado sentido. 
46. (Ufu 2011) O conceito de Estado não é consensual na so-
ciologia e, conforme a abordagem teórica adotada, pode-se 
refletir sobre um tipo específico de Estado.
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A partir dessa afirmação, assinale a alternativa correta. 
a) Para Weber, o Estado é racional e estruturado a partir dos 
interesses privados na organização e gestão da adminis-
tração burocrática. 
b) O Estado como aparato de interesse de classes nas so-
ciedades capitalistas é a principal contribuição de Weber 
ao tema. 
c) O Estado como agente garantidor da organização moral e 
o Estado subordinado à sociedade são duas caracterís-
ticas para se pensar o conceito em Durkheim, ou seja, o 
autor trata o Estado como fato social. 
d) O Estado marcado pelos interesses de classes caracteriza 
o único fator comum do conceito entre Marx, Weber e 
Durkheim. 
47. (Ufu 2011) Émile Durkheim e Max Weber são dois dos 
principais sociólogos presentes na formação e no estabe-
lecimento da sociologia como conhecimento científico. O 
primeiro, pela construção do fato social como objeto central 
da sociologia, e o segundo, pela criação do tipo ideal como 
recurso para compreender as ações sociais, suas motiva-
ções e sentidos.
Assim, é correto afirmar que: 
a) o Fato Social tem sua principal caracterização na neutrali-
dade axiológica. 
b) fato social e tipo ideal são conceitos fundamentais para 
a compreensão do método sociológico, respectivamente, 
em Durkheim e Weber. 
c) a sociologia como campo do conhecimento dentro das 
ciências sociais não requer método para sua produção 
de conhecimento. 
d) Marx, em sintonia com Weber e Durkheim, considera que 
o valor do pesquisador faz parte do desenvolvimento da 
pesquisa, eliminando a possibilidade de metodologia para 
a pesquisa sociológica. 
48. (Ufu 2011) A cultura é uma característica essencialmente 
humana, mas nem todas as sociedades apresentam formas 
e padrões culturais idênticos.
A partir da afirmação acima, assinale a alternativa incorreta.a) A tolerância e aceitação da diferença permite compreen-
der de forma mais adequada as culturas diferentes da 
nossa a partir de um ponto de vista não etnocêntrico. 
b) A diferença entre culturas pode ser percebida não apenas 
quando comparamos culturas distintas, mas também ao 
observarmos, no interior das culturas, os grupos e seg-
mentos diversos que dela fazem parte. 
c) Compartilhar valores e códigos é essencial para a defini-
ção e compreensão de uma cultura, mas isso não signi-
fica que a cultura seja homogênea e que os indivíduos 
participem dela sempre da mesma forma. 
d) Os povos que não tiveram contato com outras culturas 
mantêm-se inalterados ao longo do tempo, pois a cultura 
tem por característica ser estática. 
49. (Ufu 2011) A Democracia como regime de governo nunca 
teve tanto alcance como valor global como nos dias atuais, 
o que se pode perceber pelas pressões internacionais para 
a implantação e manutenção de regimes democráticos nos 
diferentes países do mundo. A defesa das instituições políti-
cas, do Estado, da liberdade de expressão, da liberdade po-
lítica, da tolerância religiosa e principalmente os direitos dos 
cidadãos ao voto são questões centrais para a democracia.
Sobre a democracia no Brasil, é correto afirmar que: 
a) a democracia brasileira é recente, sendo relevante para 
essa análise considerar a experiência democrática de 
1930 a 1964 como o principal momento de fortalecimento 
das instituições políticas no país. 
b) estamos vivendo o maior período de experiência demo-
crática brasileira desde o processo de redemocratização 
na década de 1980. As eleições e o sufrágio universal são 
duas características importantes desse processo. 
c) a democracia no Brasil foi instaurada e mantida desde a 
Proclamação da República. 
d) Getúlio Vargas, João Figueiredo, José Sarney, Fernando 
Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva foram alguns 
dos presidentes eleitos via democracia representativa no 
Brasil. 
50. (Ufu 2011) Podemos entender o fordismo como uma forma 
de acumulação do capital que ocorreu no contexto da luta 
de classes, envolvendo controle e resistência no local de tra-
balho, assim como um conjunto de relações socioculturais, 
políticas e educacionais.
A partir da análise do texto acima, é correto afirmar que o for-
dismo corresponde a: 
a) uma forma de organização do trabalho social, datada his-
toricamente, prescindindo da figura do Estado e estabele-
cendo a livre negociação entre capital e trabalho. 
b) uma forma de organização da produção e do trabalho que 
vem possibilitando grande expansão e acumulação do 
capital nos dias atuais, particularmente ao longo da déca-
da de 1990, caracterizado pelo consumo flexível. 
c) uma forma de organização do trabalho social que sempre 
existiu na sociedade capitalista e que envolve um compro-
misso entre capital e trabalho mediado pelo Estado. 
d) uma forma de organização do trabalho social, datada his-
toricamente, que envolveu um compromisso entre capital 
e trabalho mediado pelo Estado o qual buscou assegurar 
renda e consumo para uma significativa parcela da classe 
trabalhadora. 
51. (Ufu 2010) O sociólogo francês Emile Durkheim, conside-
rado o fundador da Sociologia, cunhou o termo consciência 
coletiva.
Sobre esse conceito, é correto afirmar que: 
a) a família, o trabalho, os sindicatos, a educação, a religião, 
o controle social e até a punição do crime são alguns me-
11
canismos que criam e mantêm viva a integração e a parti-
lha da consciência coletiva. 
b) essa consciência implica uma solidariedade de tipo orgâ-
nica, caracterizada pela pouca divisão social do trabalho. 
c) os processos de socialização e internalização individual 
não são responsáveis pela aquisição, por parte dos indiví-
duos, de valores, crenças e normas sociais que mantêm 
os grupos e as sociedades integrados. 
d) implica uma solidariedade comum que molda as consci-
ências individuais, sem exercer qualquer tipo de coerção 
social sobre elas. 
52. (Ufu 2010) Tivemos muitas vezes ocasião de afirmar que 
as regras da moral são normas elaboradas pela sociedade; 
o caráter obrigatório que as caracteriza não é mais do que 
a própria autoridade da sociedade comunicando-se a tudo 
que dela sai.
DURKHEIM, E. O Dualismo da Natureza Humana e as Suas Condições Sociais, p. 289.
A respeito das noções de sociedade e moralidade tais como 
concebidas por Émile Durkheim, assinale a alternativa correta. 
a) Assim como os instintos e sensações humanas, a ativida-
de moral resulta dos significados subjetivos que os indiví-
duos atribuem às relações sociais. 
b) As regras morais não proporcionam coesão social nas 
sociedades complexas. 
c) A sociedade consiste na soma das ações dos indivíduos 
tomadas coletivamente. 
d) O caráter externo e coercitivo da moralidade decorre pre-
cisamente do fato de que ela é essencialmente coletiva e 
impessoal. 
53. (UFU 2010) O conceito de classe social, elaborado por 
Marx e por Weber, é útil para evidenciar que a sociedade 
tem divisões e diferenças internas, ou seja, que nem todos 
os indivíduos têm a mesma posição na sociedade.
Considerando o conceito de classe social formulado por Marx 
e por Weber, assinale a alternativa incorreta. 
a) Para Weber, a relação entre as classes proprietárias e o 
proletariado moderno é de exploração. 
b) Para Marx, classe social significa a posição dos indivíduos 
nas relações de produção e o “motor da história” é a luta 
travada entre as classes sociais. 
c) Para Weber, classe social significa a posição dos indivídu-
os em uma escala de estratificação social, cuja medida é 
dada pelo montante de bens e salários, oportunidades de 
renda e capacidade de compra de produtos e no merca-
do de trabalho. 
d) Para Marx, a relação entre a burguesia e o proletariado é 
de conflito. 
54. (UFU 2010) Segundo Weber, o Estado contemporâneo é 
uma comunidade humana que, dentro dos limites de um ter-
ritório, reivindica o monopólio do uso legítimo da força física.
Com base na afirmação acima, assinale a alternativa incorreta. 
a) O Estado consiste em uma relação de dominação en-
tre os homens, sob a condição de que os dominados se 
submetem à autoridade continuamente reivindicada pelos 
dominadores. 
b) O Estado consiste em uma relação de dominação en-
tre os homens, sob a condição de que os dominados 
se rebelam à autoridade continuamente reivindicada pelos 
dominadores. 
c) O Estado moderno exige uma dominação burocrático-ra-
cional, dada sua eficiência em relação às demais formas 
de dominação. 
d) O Estado moderno se desenvolve paralelamente ao de-
senvolvimento da empresa capitalista. 
55. (UFU 2010) A Sociologia surge em um período em que o 
fazer científico encontrava-se influenciado por algumas teses 
desenvolvidas durante o século XIX. Herbert Spencer, Char-
les Darwin e Auguste Comte, por exemplo, tiveram grande 
importância para o pensamento sociológico. O primeiro, por 
aplicar às ciências humanas o evolucionismo, mesmo an-
tes das teses revolucionárias sobre a seleção das espécies 
do segundo. Com relação a Comte, houve a influência de 
seu “espírito positivo” na formação dos muitos intelectuais 
do período.
Sobre as ideias de evolução e progresso e seu impacto no 
pensamento sociológico, podemos afirmar que: 
a) A ideia de progresso, apesar de ter grande influência na 
área das ciências naturais, não teve impacto decisivo na 
constituição da sociologia. 
b) A ideia de evolução foi uma das palavras de ordem do 
período, mas a sociologia rejeitou a sua adoção, assim 
como qualquer comparação entre seus efeitos no reino 
natural e no mundo social. 
c) A explicação sociológica procurou, desde o seu início, 
afastar-se de qualquer forma de determinismos, fossem 
biológicos ou geográficos, pois se contrapunha fortemen-
te às explicações de cunho evolucionista. 
d) Em sua busca por constituir-se como disciplina, a Sociolo-
gia passou pela valorização e incorporação dosmétodos 
das ciências da natureza, utilizando metáforas organicis-
tas, assim como conferindo ênfase à noção de função. 
56. (Ufu 2010) A noção de gênero consiste em uma categoria 
de análise fundamental para os estudos contemporâneos 
destinados à compreensão da dominação masculina e às 
representações sociais do feminino e masculino.
Com base na afirmação acima, conclui-se que: 
a) O conceito de gênero substituiu o termo sexo para se 
referir à caracterização anátomo-fisiológica dos seres hu-
manos. 
b) Os estudos de gênero se referem apenas ao comporta-
mento sexual dos indivíduos. 
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c) Ela envolve a concepção da distinção entre os sexos 
como uma construção social. 
d) A noção de gênero surge nos anos 90 do século XX a 
partir das teorias feministas. 
57. (Ufu 2010) James Dean, astro do filme “Juventude Trans-
viada” (1955), foi um dos ícones do estilo de vida jovem de 
sua época, misturando rock and roll e rebeldia. Atualmente, 
outros estilos e influências musicais marcam o cenário jovem 
mundial ao lado do rock, como a música eletrônica, o rap, o 
soul, o funk, o hip hop, o samba, o punk e outros.
Entre as alternativas a seguir, assinale a que não se refere à 
relação entre música e juventude. 
a) O gosto musical refere-se exclusivamente a escolhas e 
preferências individuais. 
b) Os padrões de consumo musicais estão associados a 
padrões estéticos e culturais. 
c) O engajamento dos indivíduos em grupos relacionado a 
estilos musicais pode traduzir formas de resistência po-
lítica e cultural. 
d) Os estilos musicais podem nos dizer muito acerca da 
constituição de identidades individuais e coletivas entre 
jovens. 
58. (Ufu 2010) A corrida de toras é comum entre alguns povos 
indígenas do Brasil. Os povos Krahô, habitantes da região 
central do país, por exemplo, realizam este ritual, que possui 
suas regras próprias. As toras, preparadas para a cerimô-
nia, são oriundas de uma espécie de coqueiro considerado 
sagrado para este povo e, em sua preparação, cantos são 
entoados, assim como danças são realizadas.
Ao considerar a corrida de toras, é correto afirmar: 
a) A corrida de toras é uma atividade que tem por caracterís-
tica as performances individuais e equivale diretamente a 
qualquer esporte em nossa sociedade como, por exem-
plo, uma competição de atletismo. 
b) A corrida de toras é um ritual e interfere diretamente no co-
tidiano dos Krahô, apresentando um significado próprio, 
assim como um sistema de comunicação simbólica que 
pode transmitir seus conhecimentos e valores. 
c) A corrida de toras é um ritual que não tem qualquer valor 
para os grupos indígenas, pois está dissociada do univer-
so cerimonial que a envolve e apresenta apenas o caráter 
de competição. 
d) A imposição de determinado valor a um ritual de outra 
cultura é um ato de relativismo cultural, pois desconsidera 
o que a cultura de origem tem a dizer a respeito de seus 
próprios ritos e impõe a sua visão de mundo aos demais. 
59. (Ufu 2010) Atualmente, a temática dos movimentos sociais 
apresenta uma multiplicidade de abordagens que nos per-
mite transitar por dimensões diversas, assim como convergir 
características que estiveram tradicionalmente separadas.
Assinale a alternativa incorreta quanto aos movimentos anti-
globalização. 
a) São movimentos sociais que apresentam entre seus prin-
cipais atores as redes de ação direta ou, ainda, as ações 
de grupos informais que possuem como marca o caráter 
não hierárquico de sua organização e estruturação. 
b) São movimentos sociais que, visando à autonomia e à 
participação mais efetiva da sociedade civil, justapõem 
oposição e resistência em suas formas de atuação. 
c) São movimentos sociais que apresentam uma homoge-
neidade em termos de sua composição, diferentemente 
dos movimentos sociais do início do século XX. 
d) São movimentos sociais que reúnem atores sociais e 
organismos diferentes a partir da contraposição a uma 
situação específica, como o modelo de política econômi-
ca mundial e suas consequências para as comunidades 
locais. 
60. (Ufu 2010) O movimento negro no Brasil, embora exista de 
fato desde a Colônia, teve seus avanços reais constituídos 
em políticas públicas a partir dos anos 1990.
Sobre as bandeiras, ações afirmativas e conquistas deste mo-
vimento, é incorreto afirmar que: 
a) tornaram possível a obrigatoriedade do ensino da história 
e da cultura afro-brasileira nas escolas de ensino funda-
mental e médio. 
b) pretendem contribuir para diminuir a distância socioeco-
nômica entre negros e brancos no Brasil e um dos meca-
nismos para que isso ocorra é a instituição de cotas para 
negros na universidade. 
c) relacionam-se a um movimento de políticas de identidade 
étnico-racial que denuncia a democracia racial brasileira 
como um mito. 
d) pretendem indenizar economicamente os descendentes 
de escravos negros no Brasil. 
61. (Ufu 2009) Segundo Durkheim, o crime é um fato social 
presente em toda sociedade. Para esse autor, nem todo o 
crime é anômico, mas apenas aquele que corresponde a 
uma crise de coesão social.
De acordo com essas informações, marque a alternativa cor-
reta sobre anomia em Durkheim. 
a) Conceito que descreve a ocorrência, nas sociedades mo-
dernas, industrializadas, de um estado de complementari-
dade e interdependência entre os indivíduos, o que leva a 
uma menor divisão do trabalho social e ao fortalecimento 
das instituições sociais. 
b) Ocorre, quando há, nas sociedades modernas, com seus 
intensos processos de mudança, uma situação em que o 
conjunto de regras, valores e procedimentos é reconheci-
do por todos os indivíduos, levando ao desenvolvimento 
da sociedade. 
13
c) Descreve os sentimentos de falta de objetivos e de de-
sespero, provocados pelo processo de mudanças do 
mundo moderno, os quais resultam no enfraquecimento 
da influência das normas sociais sobre o comportamento 
individual. 
d) Ocorre, quando os sentimentos de falta de objetivos e de 
desespero, provocados pelo processo de mudanças do 
mundo moderno, resultam no fortalecimento da coesão 
social e no fortalecimento da influência das normas sociais 
sobre o comportamento individual. 
62. (Ufu 2009) “Ao longo da última década, os hackers pas-
saram por uma transformação gradual – de uma população 
pouco conhecida de entusiastas em computação a um gru-
po de desviantes, alvo de maledicência, que se acredita ve-
nha a ameaçar a própria estabilidade da era da informação.”
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.172.
Em sua análise do ato criminoso, Durkheim vinculou-o à cons-
ciência coletiva e às suas manifestações na vida social.
De acordo com o pensamento desse autor, marque a alter-
nativa incorreta: 
a) A consciência coletiva abrange estados fortes e definidos 
de pensamento e sentimento compartilhados. Um ato é 
criminoso quando ofende esses estados da consciência 
coletiva. 
b) A consciência coletiva se refere ao conjunto das crenças e 
dos sentimentos comuns à média dos membros de uma 
sociedade. A classificação de um ato como criminoso não 
depende das consciências particulares. 
c) A consciência coletiva, na modernidade, recobre toda 
consciência individual, anulando-a. A noção de ato crimi-
noso está presente em todos os indivíduos mentalmente 
normais. 
d) A consciência coletiva corresponde, de certa forma, à mo-
ral vigente na sociedade. Um ato não é reprovado por ser 
criminoso, mas é criminoso por ser reprovado. 
63. (Ufu 2009) Analise as informações descritas abaixo e, a 
seguir, faça o que se pede.
1 - Colisão involuntária entre dois automóveis.
2 - Homem mata sua esposa levado por súbito sentimento 
de ciúmes.
3 - Pessoas reverenciam a rainha, de acordo com os costu-
mes do país.
4 - Soldados tomam o quartel inimigo cumprindo ordens do 
comandante.
5 - Devotos oram publicamente convictos de sua salvação 
eterna.
Essas informações exemplificamdiferentes tipos de ação, de 
acordo com a teoria sociológica de Max Weber.
Marque a única alternativa que aponta as informações, as 
quais descrevem, respectivamente, uma ação não-racional e 
uma ação racional com relação a fins. 
a) As informações 1 e 5. 
b) As informações 2 e 3. 
c) As informações 2 e 5. 
d) As informações 1 e 4. 
 
64. (Ufu 2009) Um dos conceitos fundamentais da teoria mar-
xista sobre a sociedade capitalista é o de alienação. Marx 
parte das contribuições filosóficas de Hegel, reformulando-
-as e desenvolve, a partir desse conceito, uma interpretação 
aprofundada do sentido das relações dos homens com o 
seu mundo, natural e social, no contexto das sociedades 
divididas em classes.
Em relação ao conceito marxista de alienação, marque a al-
ternativa incorreta. 
a) A alienação implica, no plano político, a ausência do con-
trole efetivo do Estado pelas classes trabalhadoras. 
b) A alienação implica a cisão entre o trabalhador e os meios 
e, também, os resultados objetivos do seu trabalho. 
c) A alienação corresponde a uma situação de ausência ou 
de pouca efetividade das normas, orais ou escritas, que 
regulam o funcionamento da vida social. 
d) A alienação tem uma dimensão subjetiva, uma vez que o 
indivíduo se torna estranho a si mesmo, privado de suas 
qualidades essenciais. 
65. (Ufu 2009) Sobre o princípio da contradição social na teoria 
marxista, marque a afirmação correta. 
a) A contradição social é fruto de uma divisão desigual do tra-
balho social entre duas classes sociais: os capitalistas, pro-
prietários dos meios de produção e os trabalhadores, vende-
dores da força de trabalho. Há um permanente conflito entre 
essas duas classes, por possuírem interesses convergentes 
em relação ao processo de produção sociocultural. 
b) A contradição social é fruto da existência de duas classes 
sociais: os capitalistas, proprietários dos meios de pro-
dução e os trabalhadores, vendedores da força de tra-
balho. Essas duas classes estabelecem entre si relações 
de oposição e antagonismo. Há um permanente conflito 
entre elas, por possuírem interesses diferentes em relação 
ao processo de produção sociocultural. 
c) A sociedade capitalista se funda sob os princípios da con-
tradição, oposição e do antagonismo entre as classes 
sociais na medida em que há, por parte da classe pro-
letária, a apropriação pública do processo de produção 
sociocultural em detrimento dos capitalistas, que são os 
proprietários dos meios de produção. 
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d) O capitalismo, modo de produção que sempre existiu, 
tem como objetivo a valorização do próprio capital por 
meio da apropriação do trabalho excedente. Esse pro-
cesso leva a um constante conflito entre as duas classes 
sociais: capitalistas, proprietários dos meios de produção 
e trabalhadores, vendedores da força de trabalho. 
66. (Ufu 2009) Entre os fatores históricos responsáveis pela 
formação da Sociologia como ciência da vida social, desta-
ca-se o fator da dinâmica do próprio “sistema de ciências”.
A respeito desse fator, marque a alternativa incorreta. 
a) No século XIX, o conceito de leis deterministas, carac-
terístico do modelo newtoniano de ciência, tornara-se 
paradigma dominante no mundo do conhecimento, mas, 
aplicado ao conhecimento da sociedade, não se afigurava 
útil à defesa da ordem vigente. 
b) A formação das Ciências Sociais no mundo moderno está 
ligada à concepção, segundo a qual, os métodos das ci-
ências da natureza deviam e podiam ser estendidos aos 
estudos das questões humanas e sociais. 
c) A formação das Ciências Sociais no mundo moderno está 
ligada à concepção, segundo a qual, os fenômenos so-
ciais podiam ser classificados e medidos. 
d) No século XIX, as ciências naturais, fundadas em um tra-
balho experimental e empírico, chamaram para si uma le-
gitimidade sócio-intelectual, influenciando a distinção en-
tre conhecimento científico da sociedade e conhecimento 
filosófico da sociedade. 
67. (Ufu 2009) Uma das superstições características da cultura 
popular é a relativa ao mês de agosto, considerado mês de 
mau agouro, quando nenhuma decisão importante deve ser 
tomada: não se deve fechar negócios, nem marcar casa-
mentos ou fazer mudanças de qualquer espécie. O Jornal 
Correio de Uberlândia, em agosto de 2008, publicou repor-
tagem que atestava mudanças desse comportamento, du-
rante o referido mês, tais como: realizações de casamentos, 
de mudanças de residências, ou de negócios em andamen-
to ou, ainda, salões de beleza com movimento normal para 
“mudanças de visual”.
Considerando o enunciado acima e o conceito antropológico 
de cultura, marque a alternativa correta. 
a) Só há pureza e autenticidade nas manifestações provin-
das da zona rural, não contaminadas pelas vertiginosas 
transformações do mundo urbano. 
b) As práticas culturais não são congeladas no tempo, são 
partes integrantes da história e estão em processo de 
transformação com a própria história. 
c) As manifestações culturais populares passam por um pro-
cesso de descaracterização, pois para permanecerem 
autênticas e tradicionais devem reproduzir integralmente 
o passado e evitar mudanças. 
d) As verdadeiras práticas tradicionais não se alteram com o 
tempo e são reproduzidas da mesma forma como foram 
originadas. 
68. (Ufu 2009) Leia as afirmativas a seguir.
I - No início do século XX, ocorreu, no Brasil, a imigração eu-
ropeia para branquear o país. Entretanto, os discursos oficiais 
dos intelectuais pretendiam sustentar que aqui não havia ra-
cismo ou qualquer tipo de discriminação.
II - A noção de ação afirmativa é reinterpretada de acordo com 
o contexto e utilizada por diferentes agentes sociais, como 
grupos religiosos, o Estado e os movimentos sociais que de-
batem essa questão.
III - A partir dos anos 1970, a América do Norte vivenciou um 
forte movimento de direitos civis contra a discriminação racial 
nas escolas, nos transportes públicos, bares, restaurantes, 
etc, enquanto no Brasil, lutava-se contra uma discriminação 
“velada”: salários mais baixos, empregos piores, etc.
Em relação ao preconceito e ao mito da democracia racial no 
Brasil, marque a alternativa correta. 
a) Todas são corretas. 
b) Apenas I e II são corretas. 
c) Apenas I e III são corretas. 
d) Apenas II e III são corretas. 
69. (Ufu 2009) Com relação à chamada cultura de massas ou à 
mercantilização da cultura, marque a alternativa correta. 
a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades 
industrializadas desenvolvem uma produção cultural diver-
sificada, produzida pelas massas. Essa produção tem por 
objetivo a satisfação das necessidades humanas, inde-
pendentemente da lógica do mercado. 
b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas 
capitalistas têm como característica fundamental a pro-
dução do valor de troca, o que possibilita a existência de 
uma produção artística e cultural totalmente independente 
da lógica do mercado. 
c) Segundo os autores da chamada teoria crítica, há uma 
tendência, na moderna sociedade capitalista, de trans-
formar tudo em mercadorias, fazendo com que o critério 
estético das pessoas passe a ser diferente daquele pelo 
qual as mercadorias são analisadas. Esse outro critério é 
fundado na exterioridade e na lógica de mercado. 
d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na so-
ciedade moderna capitalista de transformar tudo em mer-
cadoria, fazendo com que o critério estético das pessoas 
passe a ser o mesmo das coisas. Esse critério funda-se 
na exterioridade e na lógica do mercado. 
15
70. (Ufu 2009) O surgimento de manifestações indígenas no 
Brasil está relacionado com a emergência dos movimentos 
étnicos em diversos países da América Latina, a partir dos 
anos 1970.
A respeito de tais movimentos no Brasil, marque a alternativa 
incorreta. 
a) Os interesses econômicos em relação à região da Floresta 
Amazônica não colocaram emrisco os direitos históricos 
dos índios, como foi possível observar no recente episó-
dio da demarcação das terras na Reserva Indígena Rapo-
sa/ Serra do Sol, em Roraima. 
b) O grande número de ONGs internacionais que se envol-
veram com a questão indígena no Brasil possibilitou visibi-
lidade mundial às demandas dos diversos grupos do país. 
c) Grande parte da população indígena brasileira vive em 
áreas da Floresta Amazônica, lutando para manter suas 
tradições e preservar suas terras contra invasões de ga-
rimpeiros, grileiros, etc 
d) O Estado brasileiro historicamente tratou as questões indí-
genas de forma autoritária. Isso foi um fator que dificultou 
a afirmação de um movimento em âmbito nacional, até os 
anos 1970. 
71. (Ufu 2008) Sobre os quadros de anomia social, considere 
a teoria sociológica de Émile Durkheim e marque a alternativa 
correta. 
a) A anomia social não se relaciona à divisão social do traba-
lho, pois essa diz respeito, estritamente, às funções eco-
nômicas de produção, de riqueza e de comércio. 
b) Situações de patologia social são raras nas sociedades 
de solidariedade orgânica, pois essas se assentam na 
semelhança de funções entre as partes que compõem 
o tecido social. 
c) A ameaça de desintegração é particularmente presente 
nas sociedades mais complexas, pois essas se baseiam 
na diferenciação, o que potencializa o enfraquecimento 
dos valores. 
d) A sociedade ocidental moderna encontra na religião tradi-
cional sua principal fonte para as crenças comuns, sendo 
essas a prevenção eficaz à anomia social. 
72. (Ufu 2008) Considere a maneira pela qual Émile Durkheim 
define os fatos sociais.
... consistem em maneiras de agir, de pensar e de sentir ex-
teriores ao indivíduo, dotadas de um poder de coerção em 
virtude do qual se lhe impõem.
DURKHEIM Émile, As Regras do Método Sociológico. 9ª Ed. São Paulo: Cia. Editora Na-
cional, 1978. p. 3.
Marque a alternativa correta. 
a) De acordo com Durkheim, cabe apenas à consciência co-
letiva e às sanções repressivas garantirem a solidariedade 
das sociedades modernas. 
b) Segundo Durkheim, as sanções repressivas são as únicas 
compatíveis com o tipo de solidariedade característico 
das sociedades modernas. 
c) Para Émile Durkheim, as sanções restitutórias ganham 
importância crescente à medida que a divisão social do 
trabalho torna-se o fator por excelência da solidariedade 
social. 
d) Conforme Durkheim, é a divisão social do trabalho que ga-
rante a coesão social e moral das sociedades primitivas. 
73. (Ufu 2008) Considere a seguinte passagem da obra de 
Max Weber.
... de acordo com a ética qualquer é a vida profissional do ho-
mem que lhe dá certo treino moral, uma prova de seu estado 
de graça para a sua consciência, que se expressa no zelo e 
no método, fazendo com que ele consiga cumprir a sua voca-
ção. Não é um trabalho em si, mas um trabalho racional, uma 
vocação que é pedida por Deus. Na concepção puritana da 
vocação, a ênfase sempre é posta neste caráter metódico da 
ascese vocacional...
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 6ª Ed. São Paulo: Biblioteca 
Pioneira de Ciências Sociais, 1992. p. 115.
Marque a alternativa correta. 
a) De acordo com Weber, a ação racional referente a valores 
passou a predominar tão logo o capitalismo e a burocracia 
modernos se firmaram no seio das sociedades ocidentais. 
b) Conforme Weber, a ação racional referente a fins é com-
ponente essencial do tipo de ética predominante nas so-
ciedades modernas. 
c) Segundo Weber, a ação social de tipo tradicional é condi-
ção sine qua non para a dinâmica das sociedades capi-
talistas modernas. 
d) Para Weber, a ação social determinada de modo afetivo 
é central para a lógica de funcionamento da burocracia 
moderna. 
74. (Ufu 2008) Considere a citação a seguir.
Por sua formação filosófica, Marx concebia a realidade social 
como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de 
relações de produção que caracteriza cada sociedade num 
tempo e espaço determinados (...). Por outro lado, cada so-
ciedade representava para Marx uma totalidade, isto é, um 
conjunto único e integrado das diversas formas de organiza-
ção humana nas suas mais diversas instâncias – família, po-
der, religião.
COSTA, Cristina. Sociologia – introdução à ciência da sociedade, 3ª ed., São Paulo: Mo-
derna, 2005. p. 123-124.
Com base nesse trecho e na teoria social de Karl Marx, mar-
que a alternativa correta. 
a) A consciência é um fenômeno autônomo diante do pro-
cesso produtivo e das relações sociais de produção, o 
que nos leva a concluir que há uma evolução das ideias 
sociais. 
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b) A dominação de classes no capitalismo é um processo 
econômico que prescinde das esferas política, ideológica 
e jurídica. 
c) As transformações sociais decorrem, natural e fundamen-
talmente, da evolução das forças produtivas, principal-
mente, da ciência e da tecnologia. 
d) A totalidade social, para Marx, não é indeterminada, pois 
a instância da produção e reprodução das condições ma-
teriais de existência é essencial, sendo que outras ins-
tâncias não podem ser vistas como meros ou mecânicos 
reflexos da economia. 
75. (Ufu 2008) Em O Dezoito Brumário, de Luís Bonaparte, Karl 
Marx sustenta que
... os homens fazem sua própria história, mas não a fazem 
como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua es-
colha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, 
legadas e transmitidas pelo passado.
MARX, K. O Dezoito Brumário de Luís Bonaparte. In Manuscritos econômico-filosóficos e 
outros textos escolhidos. (Seleção de textos: José Arthur Giannotti). São Paulo, Abril Cultu-
ral, 1978. p. 329. Coleção Os Pensadores
Sobre essa concepção de “fazer histórico”, marque a alterna-
tiva correta. 
a) A sociedade é o resultado da práxis humana, que expres-
sa, a partir de cada causalidade, os projetos ou as visões 
de mundo que prevaleceram nas lutas de classe. 
b) O passado é irresistível e sua reprodução é a regra nas re-
lações sociais, no sentido de reiteração da ordem posta. 
c) As transformações históricas decorrem da intervenção da 
vontade, independentemente, das circunstâncias existentes. 
d) A história é imutável, quando muito cíclica, pois os mo-
vimentos possíveis não podem romper a existência de 
classes sociais. 
76. (UFU 2008) A respeito do contexto histórico de emergência 
da Sociologia, marque a alternativa correta. 
a) A crescente legitimidade científica do saber sociológico, 
produzido por autores como Auguste Comte e Émile 
Durkheim, deveu-se à sua forte crítica ao Iluminismo. 
b) A Sociologia consolidou-se, disciplinarmente, em respos-
ta aos novos problemas e desafios desencadeados por 
transformações sociais, políticas, econômicas e culturais, 
cujos marcos históricos principais foram a Revolução In-
dustrial e a Revolução Francesa. 
c) Um dos principais legados do Iluminismo foi a crítica se-
vera às concepções científicas da realidade social, com-
binada com a reafirmação de princípios e interpretações 
de cunho religioso. 
d) Herdeira direta das transformações sociais desencadea-
das pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa, 
a Sociologia ignorou os métodos racionais de investigação 
em favor do conhecimento produzido pelo senso-comum. 
77. (Ufu 2008) Uma das mais difundidas definições de cultura, 
segundo Raymond Williams, é a que designa “... um modo 
particular de vida, que seja de um povo, um período, um 
grupo ou da humanidade em geral...”
WILLIAMS, Raymond, Palavras-chave – um vocabulário de cultura e sociedade, São Paulo: 
Boitempo Editorial, 2007. p. 121.
A partir da definição de cultura apresentada, marque a alter-
nativa INCORRETA. 
a) O caráter processual e dinâmico da vida social não se 
verifica em todas as culturas, mas apenas naquelas que, 
pelo acúmulo de conhecimento científico, reúnem condi-
ções para a elaboração de novas respostas a desafios

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