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Homologacao-decisao-estrangeira-NCPC (1)

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Aviso legal: Este é um modelo inicial que deve ser adaptado ao caso concreto por profissional habilitado. Verifique sempre a vigência das leis indicadas, a jurisprudência local e os riscos de improcedência. Limitações de uso: Você NÃO PODE revender, divulgar, distribuir ou publicar o conteúdo abaixo, mesmo que gratuitamente, exceto para fins diretamente ligados ao processo do seu cliente final. 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
________ , ________ , ________ , inscrito no CPF sob nº ________ , endereço eletrônico ________ , residente e domiciliado na ________ , na cidade de ________ , ________ vem à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído, nos termos do Art. 105, inc. I, "ï"da Constituição Federal e Art. 216-A e ss do RISTJ, requerer a
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA
oriunda da Justiça de ________ que julgou ________ a ação de ________ , movida em face de ________ , nas condições abaixo indicadas.
PRELIMINAR - DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
Inicialmente cumpre esclarecer que o Autor é pessoa idosa, contando com mais de ________ anos conforme prova que faz em anexo, razão pela tem direito à prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos da Lei nº 10.741/2013 (Estatuto do Idoso) e do art. 1.048, inciso I, do CPC.
DOS FATOS 
O Requerente moveu ação de ________ para fins de obter ________ , obtendo em ________ decisão favorável que determinou ________ .
DOS REQUISITOS À HOMOLOGAÇÃO
Nos termos do Art. 963 do CPC/15 e Art. 216-A e ss do RISTJ, o presente pedido cumpre os requisitos legais, conforme provas em anexo, quais sejam:
I - Foi proferida por ________ , ou seja autoridade competente para ações desta natureza no país de origem;
II - Foi precedida de citação regular;
III - A decisão é plenamente eficaz no país em que foi proferida;
IV - Não ofende coisa julgada brasileira;
V - O presente pedido esta acompanhado de tradução oficial, devidamente autenticada da decisão e documentos necessários à instrução do presente;
VI - A decisão homologanda não ofende a soberania nacional, a dignidade da pessoa humana e/ou a ordem pública;
V - A decisão foi transitada em julgado.
DA DISPENSA DE CHANCELA CONSULAR
Nos termos do Decreto nº que promulga o Acordo de Cooperação em Matéria Civil entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa, celebrado em Paris, em 28 de maio de 1996, tem clara previsão de que:
Artigo 23: 1. Os atos públicos expedidos no território de um dos dois Estados serão dispensados de legalização ou de qualquer formalidade análoga, quando tiverem que ser apresentados no território do outro Estado.
2. São considerados como atos públicos, no sentido do presente Acordo:
a) os documentos que emanem de um tribunal, do Ministério Público, de um escrivão ou de um Oficial de Justiça;
b) as certidões de estado civil;
c) os atos notariais;
d) os atestados oficiais, tais como transcrições de registro, vistos com data definida e reconhecimentos de firmas apostas num documento particular.
Assim, considerando referido acordo de reciprocidade, tem-se por dispensável a chancela oficial dos documentos apresentados, bastando, para os devidos fins a sua tradução juramentada:
SENTENÇA ESTRANGEIRA ARBITRAL. APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS SEGUNDO A LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA. IMUTABILIDADE DA SENTENÇA ARBITRAL. HOMOLOGAÇÃO. 1. Foram juntadas aos autos a cópia da sentença arbitral, autenticada por notário da Corte de Apelação de Paris, e a respectiva tradução juramentada, sendo dispensada no caso a chancela consular brasileira, prevista na legislação de regência, em face da aplicação do Decreto n. 3.598/2000, o qual promulga o Acordo de Cooperação em matéria civil entre o Brasil e a França, e que libera, em seu Artigo 23(2), de legalização ou de qualquer formalidade análoga, os atos públicos expedidos nestes países para apresentação entre si. 2. A requerente apresentou, também, cópia certificada da convenção de arbitragem e da respectiva tradução oficial, na qual se destaca a cláusula compromissória arbitral, restando assim afastado o aventado desatendimento ao inciso II do artigo 37 da Lei nº 9.307/1996. 3. (...)(STJ - SEC: 6855 EX 2011/0266266-4, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de Julgamento: 16/08/2017, CE - CORTE ESPECIAL, Data de Publicação: DJe 24/08/2017)
Razão pela qual requer a dispensa da apresentação da chancela consular brasileira dos documentos necessários à instrução do presente feito.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Nos termos do Art. 961. do CPC, § 1º do CPC/15: "§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira."
No mesmo sentido o RISTJ dispõe sobre a possibilidade do deferimento de medida provisória:
Art. 216-G. Admitir-se-á a tutela provisória nos procedimentos de homologação de decisão estrangeira.
Para tanto, demonstra abaixo os requisitos necessários à concessão do pedido de urgência:
DA PROBABILIDADE DO DIREITO: Como ficou perfeitamente demonstrado, o direto do Autor é caracterizado pelo ________ . 
DO RISCO AO RESULTADO ÚTIL DO PROCESSO: Trata-se de ________ , ou seja, tal circunstância confere grave risco de perecimento do resultado útil do processo.
Diante de tais circunstâncias, é inegável a existência de fundado receio de dano irreparável, sendo imprescindível a ________ .
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente atualmente trabalha como ________ , tendo sob sua responsabilidade a manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as despesas processuais. 
Para tal benefício o Requerente junta declaração de hipossuficiência e comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Código de Processo Civil de 2015:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:
PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA EM CONTRÁRIO. 1.O direito ao benefício da assistência judiciária gratuita não é apenas para o miserável, e pode ser requerido por aquele que não tem condições de pagar as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Precedentes. 2.O escopo da gratuidade de justiça é assegurar a todos o acesso ao Judiciário, conferindo eficácia aos comandos constitucionais insculpidos nos incisosXXXVeLXXIVdo art.5ºdaCarta da Republica. 3.Ao impugnante incumbe o ônus de provar cabalmente a inexistência dos requisitos autorizadores à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. 4.Inexistindo prova de que, a despeito da parte impugnada atuar no ramo de paisagismo, aufira renda suficiente para arcar com o pagamento das custas e despesas do processo sem o comprometimento de seu próprio sustento, tem-se por correta a rejeição da Impugnação à Assistência Judiciária. 5.Apelação Cível conhecida e não provida. (APC 20140111258250 Orgão Julgador1ª Turma Cível DJE : 23/02/2016 . Relator NÍDIA CORRÊA LIMA)
A existência de patrimônio imobilizado, no qual vive a sua família não pode ser parâmetro ao indeferimentodo pedido:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. AJG. NECESSIDADE. A existência de patrimônio imobilizado em nome do postulante não é motivo para indeferimento do benefício quando comprovado não dispor de recursos líquidos e que sua renda é compatível à concessão; e o impugnante não faz prova adversa. - Circunstância dos autos em que se impõe manter a decisão recorrida. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70070511886, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 25/08/2016).
Assim, considerando a demonstração inequívoca da necessidade do Requerente, tem-se por comprovada sua miserabilidade, fazendo jus ao benefício.
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.
PEDIDOS
Por todo o exposto, REQUER:
1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil;
2. O deferimento da medida liminar/antecipação de tutela, etc.. para ________ ;
3. A total procedência da ação para que seja homologada a decisão que ________ para que produza todos seus efeitos em território brasileiro;
4. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC.
REQUERIMENTOS
1. Seja dada a devida prioridade no trâmite processual, por se tratar de causa que envolve ________ ; 
2. A citação do Réu para responder, querendo, nos termos do Art. 216-H do RISTJ;
3. Se contestada, seja o presente pedido distribuído para julgamento pela Corte Especial, nos termos do Art. 216-K do RISTJ;
4. Seja dada ciência ao Ministério Público, nos termos do Art. 216-L do RISTJ;
5. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a ________ .
Dá-se à causa o valor de R$ ________ 
Nestes termos, pede deferimento 
________ , ________ 
________ OAB/ ________ 
ANEXOS
1. Documentos de identidade do Autor , 
2. Comprovante de Residência 
3. Procuração 
4. Declaração de Pobreza e comprovante de renda 
5. Decisão homologanda 
6. Trânsito em julgado da decisão 
7. Prova da competência da autoridade 
8. Prova de citação regular 
9. Prova da eficácia da decisão no país de origem

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