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Apostila Segurança do trabalho e saude ocupacional

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QI FACULDADE & ESCOLA TÉCNICA 
CURSOS EIXO GESTÃO E NEGÓCIOS – TÉCNICO RECURSOS HUMANOS 
STSO - Coordenação Técnica – Núcleo de Ensino 
 
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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2° Ciclo 
Versão 2020-1 
 
 
Segurança do 
Trabalho e Saúde 
Ocupacional 
de Pessoal 
 
 
 
QI FACULDADE & ESCOLA TÉCNICA 
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STSO - Coordenação Técnica – Núcleo de Ensino 
 
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SUMÁRIO 
AULA 1 ............................................................................................................................ 4 
1 SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL .............................................. 4 
1.1 Introdução ................................................................................................................ 4 
2 HISTÓRICO DA ÁREA DE SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHO ..... 5 
2.1 Histórico ................................................................................................................... 5 
2.1.1 Fatos históricos .................................................................................................................. 7 
2.1.2 Era da revolução industrial................................................................................................ 8 
2.1.3 História de acidentes do trabalho no Brasil ...................................................................... 9 
2.1.4 As condições de trabalho na atualidade .......................................................................... 11 
3 ACIDENTE DE TRABALHO ......................................................................................... 13 
3.1Tipos de acidentes .................................................................................................... 13 
3.2 Classificação de acidentes ....................................................................................... 15 
3.3 Causas, consequências e custos dos acidentes ........................................................ 18 
AULA 2 .......................................................................................................................... 22 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR´S ................................................................... 22 
AULA 3 .......................................................................................................................... 30 
5 PRINCIPAIS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS .................................................. 30 
5.1 NR 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA .................................... 30 
5.1.1 O Mapa de Riscos ............................................................................................................ 33 
5.2 NR 06: Equipamentos de Proteção Individual - EPI ................................................. 35 
5.3 NR 07: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO ..................... 35 
5.4 NR 09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA .................................. 38 
AULA 4 .......................................................................................................................... 41 
6 PROGRAMAS DE CONSCIENTIZAÇÃO E BEM ESTAR A SEREM IMPLEMENTADOS 
NAS EMPRESAS ............................................................................................................ 41 
6.1 Como promover a saúde do trabalhador na empresa ............................................... 41 
AULA 5 .......................................................................................................................... 44 
7 DOCUMENTOS LEGAIS ............................................................................................. 44 
7.1 Atestado de Saúde Ocupacional - ASO .................................................................... 44 
7.1.1 Exames realizados para o ASO ....................................................................................... 44 
7.1.2 Benefícios com o ASO ....................................................................................................... 44 
7.2 Comunicado de acidente do trabalho - CAT ............................................................. 45 
7.2.1 Tipos de CAT .................................................................................................................... 45 
7.3 Laudo técnico de condições ambientais do trabalho - LTCAT ................................... 46 
7.4 Programa de controle médico de saúde ocupacional - PCMSO ................................. 46 
7.5 Perfil profissiográfico previdenciário - PPP ............................................................... 47 
 
 
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7.6 Programa de prevenção de riscos ambientais - PPRA ............................................... 48 
AULA 6 .......................................................................................................................... 49 
8 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ........................... 49 
8.1 Modernos sistemas de gestão .................................................................................. 49 
8.2 Finalidade ............................................................................................................... 49 
8.3 Estrutura ................................................................................................................ 50 
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA INDICADA ................................................................. 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 1 
1 SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL 
1.1 Introdução 
A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas 
para minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, protegendo a integridade 
física e a capacidade de trabalho do trabalhador. 
Já a Higiene Ocupacional pode ser entendida como ciência que visa à antecipação 
(prevenção), reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos agentes ambientais 
presentes ou originados nos ambientes de trabalho, que podem prejudicar a saúde e o 
bem-estar dos trabalhadores e/ou comunidade. 
Para atingir a meta de saúde e segurança no ambiente de trabalho é necessário que 
a engenharia, nas diversas áreas, em conjunto com a medicina, possa agir. Dessa forma, 
a segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene 
e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e 
Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, 
Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do 
Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, 
Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e 
Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos, Engenharias em 
conjunto com a medicina. 
Aparentemente, algumas atividades laborais parecem inofensivas. O processo de 
fabricação requer cuidados com a segurança dos trabalhadores com a implantação de 
programas de saúde e segurança por meio de uma equipe multidisciplinar composta por 
Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. 
Esses profissionais formam o que chamamos de Serviço Especializado em Engenharia 
de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). Também os empregados da empresa 
contribuem para a promoção da saúde e bem-estar do trabalhador ao constituírem a 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), composta por representantes do 
empregador e representantes dos empregados, quetem como objetivo a prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde 
ocupacional. 
 
 
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A responsabilidade pela segurança do trabalho é tripartite: poder público, 
empregador e empregado. 
Assim, cabe ao poder público a criação e fiscalização das normas e leis que versam 
sobre segurança e saúde no trabalho, cabe ao empregador fazer cumprir essa legislação, 
podendo ser punido em caso de desrespeito às exigências legais, e ao trabalhador cumprir 
as exigências de saúde e segurança nos locais de trabalho, obedecendo às normas e leis 
específicas, contribuindo para a manutenção das condições de trabalho saudáveis, uma 
vez que é para ele que o ambiente é adaptado. 
Atualmente em busca de trunfos dentro e fora da empresa, as organizações têm 
demonstrado uma preocupação cada vez maior com a gestão da Saúde e Segurança no 
Trabalho a fim de que se faça a equação Homem x Máquina com a melhor eficácia possível. 
Esse é o grande desafio da área de Recursos Humanos das organizações. 
No dia 28 de abril de 1969, uma explosão numa mina no estado 
norte-americano da Virginia matou 78 mineiros. Em 2003, a 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data como o 
Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às 
vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 
2 HISTÓRICO DA ÁREA DE SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO 
TRABALHO 
2.1 Histórico 
As formas de trabalho variam conforme o momento histórico. As sociedades 
primitivas, por exemplo, baseavam seu trabalho na coleta, na caça, na pesca e, geralmente, 
as atividades eram dividas por gênero. Depois se passou para uma sociedade artesanal, e 
na Idade Média encontramos o sistema feudal como predominante, onde o trabalho 
fundamentava-se no cultivo da terra. Mas o principal marco na história do trabalho 
certamente é a Revolução Industrial. Foi ela que transformou a sociedade rural e agrícola 
do mundo ocidental em uma sociedade basicamente urbana e industrial. 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou no Dia Mundial da Saúde e 
Segurança no Trabalho (2017), que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem e 300 milhões 
ficam feridos todos os anos no mundo em acidentes de trabalho. 
"Hoje nós não temos muitas razões para celebrar o Dia Mundial da Saúde e 
Segurança no Trabalho", disse o diretor do Escritório da OIT em Nova York, Vinícius 
Pinheiro. 
 
 
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Segundo Pinheiro: 
a cada cinco minutos, cerca de 20 trabalhadores morrem em acidentes de 
trabalho. São cerca de 3 mil sofrem acidentes ao redor do mundo, disse ele. 
"É realmente uma tragédia muito grande, e o custo é enorme. A OIT estima 
que os acidentes de trabalho custam cerca de 4% do PIB [Produto Interno 
Bruto] mundial em termos de dias perdidos, gastos com saúde, pensões, 
reabilitação e reintegração." 
Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com acidentes e 
doenças relacionadas com o trabalho. Já no século IV a C., eram feitas referências à 
existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos. Mas foi com a Revolução Industrial 
ocorrida na Inglaterra, no final do séc. XVIII e com o aparecimento das máquinas de 
tecelagem, movido a vapor, que a ocorrência de acidentes aumentaram. 
A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas 
mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e 
principalmente crianças foram as grandes vítimas. 
A primeira legislação no campo de proteção ao trabalhador, a “Lei das Fábricas”, 
surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de trabalho 
(por jornada de trabalho entende-se o tempo que o funcionário, por determinações das 
convenções coletivas e por Lei, ou ainda pelo próprio contrato de trabalho, deve 
permanecer à disposição da empresa para realizar a tarefa determinada) 
Ao longo do século XIX, surgiram outras organizações operárias. Como nos conta 
Mario Schmidt, certos grupos de trabalhadores formavam associações de ajuda mútua. 
Pagavam pequenas mensalidades e, quando um deles ficava doente, recebia auxílio da 
associação. Aos poucos, os trabalhadores sentiram a força de sua organização. As 
associações de ajuda mútua se tornaram sindicatos (op. cit.). 
Os sindicatos da época, semelhantes aos de hoje, procuravam atrair outros 
trabalhadores e organizar as lutas econômicas contra a burguesia e a mais influente forma 
de luta era a greve. “A maioria dos trabalhadores de fábrica cruzava os braços e se recusava 
a trabalhar enquanto os patrões não atendessem às suas reivindicações” (op. cit.). As 
principais exigências dos trabalhadores eram aumento de salário, diminuição da jornada 
de trabalho e a proibição do trabalho infantil. 
Os governos europeus do século XIX em geral ficavam do lado dos capitalistas contra 
o proletariado. As leis, os tribunais e a polícia eram acionados contra os sindicatos e as 
greves. Muitos trabalhadores foram presos e até mortos pela polícia. 
A partir de 1830 formou-se na Inglaterra o movimento cartista. O cartismo juntava 
operários, artesãos e até gente da pequena burguesia. Os cartistas redigiram um 
 
 
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documento chamado Carta do Povo e o enviaram ao Parlamento inglês. A principal 
reivindicação do documento era o sufrágio universal masculino. 
O cartismo organizou gigantescos comícios em Londres. Mas o Parlamento 
permaneceu insensível. Somente em 1867, os operários especializados e a pequena 
burguesia conquistariam o direito de voto. Apesar disso, o cartismo foi importante para 
que o proletariado inglês adquirisse consciência política. 
2.1.1 Fatos históricos 
1600: Surge o relógio e começa-se a comprar o tempo de trabalho. 
Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em 
usufruir de uma boa saúde e qualidade de vida, na medida em que não se 
pode dissociar os direitos humanos e a qualidade de vida, verificam-se, 
gradativamente, a grande preocupação com as condições do trabalho. 
Figura 1 – Aristóteles 
1.700: O médico italiano Bernardino Ramazzini, considerado o pai da 
medicina do trabalho, publicou por volta de 1700, o livro “Doenças dos 
Trabalhadores”. 
 
 
Figura 2 – Bernardino Ramazzini 
• 1760: Surgiu a revolução industrial na Europa, começaram aí as improvisações. 
Nesta época o índice de acidentes era alto, com alta taxa de mortalidade. 
• 1802: Começa a preocupação com o trabalhador e surgiu a lei de saúde moral dos 
aprendizes. Essa lei estabelecia um limite de 12 horas por dia, proibia o trabalho 
noturno e atribuía obrigações do empregador quanto às condições de higiene no 
ambiente do trabalho. 
• 1831: Surgiu a comissão parlamentar de inquérito - elaborou um documento sobre 
a condição de vida dos trabalhadores. 
• 1833: Com o impacto causado na sociedade pelo relatório, surgiu a LEI DAS 
FÁBRICAS (FACTORY ACT), considerada a primeira legislação no campo da 
proteção ao trabalhador. Dizia que Maiores de 18 anos só poderiam trabalhar até 
12h/dia não superior a 69h semanais. Idade mínima para trabalho era de 9anos. 
Fábricas que empregassem menor deveriam ter escolas, além de médicos para 
acompanhamento do correto desenvolvimento físico desses menores. 
• 1860: Surgiu a legislação alemã. 
 
 
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8• 1867: Alteração da medida de 1833 estabelecendo o controle para as condições do 
ambiente de trabalho. 
• 1900: Surgiu a legislação americana. 
• 1919: Organização Internacional do Trabalho - OIT com o objetivo de uniformizar 
as questões trabalhistas, a superação das condições subumanas do trabalho e o 
desenvolvimento econômico adota seis convenções destinadas à proteção da saúde 
e à integridade física dos trabalhadores (limitação da jornada de trabalho, proteção 
à maternidade, trabalho noturno para mulheres, idade mínima para admissão de 
crianças e o trabalho noturno para menores). Objetivando uniformizar as questões 
trabalhistas, a superação das condições subumanas do trabalho e o 
desenvolvimento econômico. 
• 1945: É assinada a Carta das Nações Unidas, que estabeleceu nova ordem na busca 
da preservação, progresso social e melhores condições de vida das futuras gerações. 
• 1948: Cria-se a Organização Mundial da Saúde - OSM, que estabelece o conceito 
de que a “saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a 
ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde que 
se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano. ” Nesse ano 
aprova-se também a Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem, que 
se constitui uma fonte de princípios na aplicação das normas jurídicas, que 
assegura ao trabalhador o direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, as 
condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra ao desemprego; o 
direito ao repouso e ao lazer, limitação de horas de trabalho, férias periódicas 
remuneradas, além de padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde 
e bem-estar. 
 
2.1.2 Era da revolução industrial 
A Revolução Industrial provocou grandes transformações no mundo: a economia 
transformou-se, pois, a atividade industrial passou a ocupar o centro da vida econômica; 
formaram-se grandes empresas industriais e o trabalho assalariado passou a predominar 
em toda parte; em outras palavras, impôs-se o capitalismo industrial. 
A Revolução Industrial enriqueceu muitos capitalistas, mas a grande maioria dos 
operários vivia em péssimas condições. Os problemas relacionados com a saúde 
intensificaram-se a partir da Revolução Industrial. Houve uma elevada taxa de acidentes 
devido a novos equipamentos adotados, ou seja, deixando o trabalho artesanal e adotando 
o Trabalho Industrial, a falta de treinamento adequado para esse novo equipamento, as 
longas jornadas de trabalho adotadas pelas empresas, o trabalho infantil contribuiu muito 
 
 
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para esse fato e também para agravar mais ainda essa ocorrência, falta de uma legislação 
justa, onde o trabalhador acidentado ficava a própria sorte. 
A industrialização trouxe muitos benefícios materiais, mas gerou também um grande 
número de problemas que ainda afligem o mundo moderno, como os danos ao meio 
ambiente. Além disso, a modernização tecnológica tornou obsoletas diversas formas de 
trabalho, gerando um desemprego crescente. Segundo o historiador Mario Schmidt, “antes 
da Revolução Industrial, menos de 10% da população europeia vivia nas cidades" (2005, 
p. 112). Isso era ainda um reflexo do feudalismo, pois havia poucas indústrias em toda a 
Europa Ocidental e a maioria dos produtos manufaturados era feita em casas situadas 
nas zonas rurais. Comerciantes da burguesia distribuíam as matérias-primas aos 
trabalhadores e recolhiam os produtos acabados. Os burgueses eram donos das matérias-
primas, pagavam pelo trabalho realizado e procuravam mercado para seus produtos. O 
modo de vida variava pouco de uma geração para outra, e a maioria dos filhos seguia o 
ofício dos pais. Os trabalhadores e lavradores não tinham voz ativa no governo. Em muitos 
países, não havia nem mesmo eleições. 
A situação nas pequenas e novas indústrias que surgiam não era fácil para os 
operários. Conforme Schmidt relata, “os salários eram baixíssimos, a jornada de trabalho 
podia alcançar 14 ou 16 horas por dia e não havia direito a férias. As fábricas eram 
imundas e barulhentas. Os patrões, muito autoritários, humilhavam os empregados” (op. 
cit.). Com todas essas condições precárias, é evidente que a consequência seria a pobreza. 
Grandes cidades, como Londres e Paris, encheram-se de favelas e cortiços. O mesmo autor 
citado ainda diz que “os pobres se amontoavam em bairros onde o esgoto e os ratos 
disputavam as ruas com os pedestres” (op. cit.). A máquina a vapor dispensava a força 
física. Por causa disso os patrões preferiam o trabalho das mulheres e, principalmente, 
das crianças, que recebiam pagamento menor pelo mesmo serviço de um homem adulto. 
Quase todas as fábricas do começo do século XX empregavam crianças. Enquanto isso, os 
burgueses continuavam enriquecendo. 
Os trabalhadores logo perceberam a necessidade de se unir e lutar por seus direitos. 
Assim, o começo da Revolução Industrial representou também o início das lutas operárias. 
Por meio dessas lutas, os operários formavam a consciência de que pertenciam a uma 
mesma classe social: o proletariado. 
2.1.3 História de acidentes do trabalho no Brasil 
 Com o objetivo de melhorar as condições de saúde e trabalho no Brasil, a partir da 
década de 30, várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade 
da formação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que se tornou eletiva 
em 1944. A luta dos trabalhadores pela saúde no Brasil é anterior até mesmo à 
 
 
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industrialização do país no início do século X. Antes, porém, os trabalhadores lutavam por 
direitos considerados atualmente como básicos, mas que só foram alcançados graças a 
muita luta, como: Descanso semanal remunerado; Jornada semanal de 48 horas de 
trabalho; Igualdade de direitos para a mulher trabalhadora; Assistência médica e 
aposentadoria; Indenização por acidente de trabalho. 
Com o aumento da industrialização do país a partir da década de 50, surgem os 
primeiros médicos de empresa, com a responsabilidade de manter nas linhas de produção 
os trabalhadores mais saudáveis, afastando aqueles que sofriam de algum mal ou um 
acidente. No entanto, nesta época, pouco ou quase nada se fazia em termos de prevenção 
e, a única preocupação real era a perda de tempo e os prejuízos causados pelos acidentes 
ao empregador. 
Entre 2012 e 2016, foram registrados 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho 
em 26 estados e no Distrito Federal (Ministério da Fazenda). Esses casos resultaram na 
morte de 13.363 pessoas e geraram um custo de R$ 22,171 bilhões para os cofres públicos 
com gastos da Previdência Social, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, 
pensão por morte e auxílio-acidente para pessoas que ficaram com sequelas. Nos últimos 
cinco anos, 450 mil pessoas sofreram fraturas enquanto trabalhavam. 
A legislação leva em conta não só os acidentes que ocorrem no local e no horário de 
trabalho, que somaram 383 mil casos em 2015, mas também durante o deslocamento dos 
profissionais (106 mil casos) e causam a morte ou redução ou a perda da capacidade para 
o trabalho. Também as doenças que são desenvolvidas em razão das funções exercidas no 
trabalho entram na classificação de acidentes (13 mil ocorrências). 
Há uma tendência de queda, mas o número ainda é elevado, as principais ações do 
MTE na área de segurança e saúde no trabalho são a normatização e as fiscalizações, 
desenvolvidas pelo DSST, e a pesquisa e difusão de conhecimentos, de responsabilidade 
da Fundacentro. Foram publicadas as Normas Regulamentadoras (NR’s) referente à 
segurança em várias áreas de atuação e com foco nasatividades desenvolvidas pelas 
mesmas. 
As normas são os resultados de um processo de consulta pública e negociação 
tripartite, envolvendo governo, trabalhadores e empregadores. 
Os auditores fiscais do trabalho realizam ações em todo o país, junto aos 
trabalhadores das mais diversas categorias, regularizando situações de descumprimento 
da legislação, através de embargos e interdições, bem como são analisados acidentes de 
trabalho graves e fatais. 
 
 
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Fatos históricos no Brasil: 
• 1930: O Estado interveio nas relações do trabalho. 
• 1943: No Governo Vargas entra em vigor a CLT (consolidação das leis do trabalho) 
decreto lei 5452/43 (1 de maio de 1943). 
• 1970: O Brasil é o detentor do título de campeão mundial de acidentes. 
• 1977: O legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por 
sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do 
Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei 
nº 6.514/77. 
• 1978: Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho regulamenta os artigos 
contidos na CLT por meio da Portaria nº 3.214/78, criando vinte e oito Normas 
Regulamentadoras - NR’s. 
• 1988: Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do 
trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos 
inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, 
ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para 
a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador. 
• 1997: A NR 29 é aprovada que diz respeito à Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário. 
• 2002: A NR 30 é aprovada e fala sobre a Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. 
• 2017: A Nova CLT Lei 13.467/17 é aprovada, apresentando uma série de novidades 
relacionadas à legislação trabalhista, sendo mais ou menos específica em alguns 
temas, em contraponto com a redação da Lei anterior 5.452/43. 
• 2018: O Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014 instituiu o eSocial. Sua 
implantação tornou-se obrigatória através da Resolução nº 2/2016, do Conselho 
Diretivo do eSocial, publicada no DOU de 31/08/2016 que estabeleceu um 
cronograma para obrigação do eSocial a partir de janeiro de 2018. 
Atualmente estão em vigor a portaria Nº 3214 de 08 de junho de 1978, 
regulamentadora da lei 6514/77 onde estão inseridas as 36 NR’s. 
Assim como a portaria Nº 1186 de 20 de dezembro de 2018, a qual regulamentou a 
NR 37 – segurança e saúde em plataforma de petróleo. 
2.1.4 As condições de trabalho na atualidade 
Hoje, todos os funcionários de qualquer fábrica que seja, bem como qualquer 
trabalhador de outro setor, desfrutam de benefícios e leis trabalhistas que definem os 
direitos e deveres dos empregados. 
 
 
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É preciso que se fiquem atentos às atuais condições de trabalho, pois com a Reforma 
Trabalhista – Lei 13.467/17 o papel dos sindicatos, que até então defendiam os interesses 
diversos da classe de trabalhadores, está perdendo alguns espaços. Tanto a CLT Lei 
5.452/43 quanto a lei 13.467/17 referem alguns direitos dos trabalhadores, à saber: 
• Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço; 
• Exames médicos de admissão e demissão; 
• Repouso Semanal Remunerado (1 folga por semana); 
• Salário pago até o 5º dia útil do mês; 
• Primeira parcela do 13o salário paga até 30 de novembro; 
• Segunda parcela até 20 de dezembro; 
• Férias de 30 dias com acréscimos de 1/3 do salário a cada um ano de trabalho 
(podendo ser parcelada em até três períodos); 
• Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário; 
• Licença Maternidade de 120 dias, com garantia de emprego até 5 meses depois do 
parto; 
• Licença Paternidade de 5 dias corridos; 
• FGTS: depósito de 8% do valor total da remuneração em conta bancária a favor do 
empregado (CONTA DA CAIXA); 
• Garantia de 12 meses em casos de acidente; 
• Adicional noturno de 20% para quem trabalha de 22 horas de um dia às 05 horas 
do dia seguinte (para trabalhadores urbanos) e das 21 horas de um dia às 05 horas 
do dia seguinte (para trabalhadores rurais - lavoura e pecuária); 
• Faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1 dia/ano), 
alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na 
Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico; 
• Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão sem justa causa e a cada 1 ano 
aumenta em 3 dias (podendo o desligamento ser efetuado via negociação, com 
reflexo nas verbas rescisórias trabalhistas); 
• Seguro-Desemprego (não permitido em casos de negociação do desligamento). 
 
Esses são alguns dos direitos válidos no Brasil previsto na CLT – Consolidação das 
Leis do Trabalho - Lei 5.452/43 e Lei 13.467/17 (sempre em constante atualização) e 
saibamos que as leis trabalhistas podem variar conforme cada país. 
Outro aspecto a ser destacado é que existem muitas empresas que atuam de maneira 
clandestina ou até mesmo que sonegam impostos, prejudicando assim a situação dos 
trabalhadores. 
 
 
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Além do mais, em pleno século XXI ainda existem trabalhadores escravos no mundo 
todo, isto é o que afirmam os dados da Organização Internacional do Trabalho. Segundo a 
pesquisa, “pelo menos 12,3 milhões de pessoas estão submetidas ao trabalho forçado em 
todo o mundo, e quase a metade é de meninos e meninas, [...] disse a Organização 
Internacional do Trabalho" (apud. SURI, 2009). 
Portanto, mesmo com todos esses direitos garantidos e conquistados através de 
muita luta por parte dos trabalhadores, podemos perceber que a situação de alguns 
trabalhadores não evoluiu, alguns ainda são tratados com desigualdade, de forma 
humilhante e desumana, não recebendo nenhum direito garantido por Lei. Muitas vezes, 
quem se rende a essa forma de trabalho (escravo) são pessoas leigas, de classe baixa, sendo 
esta forma sua única opção de renda. 
3 ACIDENTE DE TRABALHO 
Conforme o artigo 19 da Lei n. º 8.213, de 24 de julho de 1991 conceitua como 
acidente do trabalho "aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou 
pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando, direta ou indiretamente, 
lesão corporal, doença ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho". 
É um acontecimento involuntário resultante tanto de uma ação insegura por parte 
do funcionário (negligenciar-se quanto ao uso de EPI’s, por exemplo) quanto de uma 
situação que possa causar danos ao trabalhador e à organização que o abriga (negligenciar 
a oferta de EPI’s, por exemplo). 
Do ponto de vista preventivo, entretanto, essa definição não é satisfatória, o acidente 
é definido em função de suas consequências sobre o homem, ou seja, as lesões, 
perturbações ou doenças. 
Visando a prevenção dos acidentes, no que se refere à produção, acidente de 
trabalho deve ser definido como "qualquer ocorrência que interfere no andamento normal 
do trabalho", pois além do homem, podem ser atingidos nos acidentes, outros fatores de 
produção, como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo. 
3.1Tipos de acidentes 
Equipara-se a acidente do trabalho quando uma das situações abaixo é verificada: 
 
 
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Doença profissional,ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e constante de relação elaborada pelo MPAS 
(Ministério da Previdência Social). 
Doença do trabalho, ou seja, aquela adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante de relação do MPAS. 
Equiparam-se também ao acidente do trabalho, segundo a Lei n. º 8213/91: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho. 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho. 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho. 
d) ato de pessoa privada do uso da razão. 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes 
de força maior. 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de 
sua atividade. 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da 
empresa. 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito. 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada 
por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, 
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado. 
 
 
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d) no percurso da residência para o local de trabalho ou desse para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do 
segurado. 
Em 2019, foi criada a Medida Provisória 905/19, do Contrato Verde e Amarelo, no qual 
o trabalhador que sofrer acidente durante o trajeto volta a ter seus direitos 
acidentários garantidos (a MP não mais reconhecia esse tipo de acidente como sendo 
de trabalho). Essa MP, ficou em vigor entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril deste 
ano — data em que o presidente Jair Bolsonaro revogou a medida. 
3.2 Classificação de acidentes 
Figura 3: Classificação pela ordem de órgão competente. 
 
Fonte: www.previdencia.gov.br 
Na ocorrência de acidentes de trabalho, conforme a situação se faz necessário 
realizar a comunicação aos órgãos competentes, para tal é fundamental a sua 
classificação, conforme ilustração a seguir: 
Tipo Descrição
Acidentes Típicos 
São os acidentes decorrentes da característica da atividade profissional
desempenhada pelo acidentado.
Acidentes de 
Trajeto 
São os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local de trabalho do 
segurado e vice-versa. 
Acidentes 
Devidos à Doença 
do Trabalho 
São os acidentes ocasionados por qualquer tipo de doença profissional peculiar a
determinado ramo de atividade constante na tabela da Previdência Social.
Acidentes 
Liquidados 
Corresponde ao número de acidentes cujos processos foram encerrados
administrativamente pelo INSS, depois de completado o tratamento e indenizadas as
seqüelas.
Assistência 
Médica 
Corresponde aos segurados que receberam apenas atendimentos médicos para sua 
recuperação para o exercício da atividade laborativa. 
Incapacidade 
Temporária 
Compreende os segurados que ficaram temporariamente incapacitados para o 
exercício de sua atividade laborativa. Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do 
afastamento da atividade, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu 
salário integral. Após este período, o segurado deverá ser encaminhado à perícia 
médica da Previdência Social para requerimento do auxílio-doença acidentário 
Incapacidade 
Permanente 
Refere-se aos segurados que ficaram permanentemente incapacitados para o 
exercício laboral. A incapacidade permanente pode ser de dois tipos: parcial e total. 
Entende-se por incapacidade permanente parcial o fato do acidentado em exercício 
laboral, após o devido tratamento psicofísico-social, apresentar seqüela definitiva que 
implique em redução da capacidade. Esta informação é captada a partir da concessão 
do benefício auxílio-acidente por acidente do trabalho, espécie 94. O outro tipo ocorre 
quando o acidentado em exercício laboral apresentar incapacidade permanente e total 
para o exercício de qualquer atividade laborativa.
Óbitos
Corresponde a quantidade de segurados que faleceram em função do acidente do
trabalho.
Classificação de Acidentes Segundo Sistema Previdenciário
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm
 
 
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A esquematização do sistema de comunicação de acidentes será elaborada a partir 
das consequências do acidente, que podem ser classificadas em: 
• Sem lesão 
• Lesão leve (acidente sem afastamento): É aquele em que o acidentado pode 
exercer sua função normal, 
no mesmo dia do acidente, 
ou no próximo, no horário 
regulamentar. O acidente 
sem afastamento deve ser 
investigado, mas, por 
convenção, não entra nos 
cálculos dos coeficientes 
de frequência e gravidade. 
• Lesão incapacitante 
(acidente com 
afastamento): é o acidente que provoca a incapacidade temporária, incapacidade 
parcial ou incapacidade total. Conforme descrito. 
• Incapacidade temporária: É a perda total da capacidade de trabalho por um 
período limitado de tempo, nunca superior a um ano. É aquela em que o acidentado, 
depois de algum tempo afastado do serviço, devido ao acidente, volta ao mesmo 
serviço executando suas funções normalmente, como fazia antes do acidente. 
• Incapacidade parcial: É a redução parcial da capacidade de trabalho do 
acidentado, em caráter permanente. Exemplos: Perda de um dos olhos. Perda de 
um dedo. 
• Incapacidade total: É a perda da capacidade total para o trabalho em caráter 
permanente. Exemplo: Perda de uma das mãos e dos dois pés, mesmo que a prótese 
seja possível. 
Essa classificação é feita no sentido de facilitar o entendimento. A Associação 
Brasileira de Normas Técnicas editou uma norma de cadastro de acidentes (NB-18) em 
1958, a qual já passou por duas reformulações, em 1967 e 1975, as quais não tem caráter 
legal apenas normativo. Os conceitos aqui apresentados envolvem não só uma compilação 
dessa Norma, mas também aspectos legais. 
Qualquer acidente, mesmo aquele sem lesão já ocasiona perda de tempo para 
normalização das atividades podendo ocasionar ainda, danos materiais. 
Acidente
no
Trabalho
O acidente
deve ser
registrado
O acidente
deve ser
registrado
Incapacidade
Temporária
Incapacidade
Total
Permanente
Incapacidade
Parcial
Permanente
Acidente Sem 
Afastamento
do Trabalho
Acidente Com
Afastamento
do Trabalho
Morte
 
 
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Não existe a necessidade legal de comunicação aos órgãos da Previdência Social 
quando não há lesão que ocasione o afastamento do trabalhador, se esse retornar ao 
trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, no horário normal. 
O acidente sem afastamento seria aquele que o acidentado, embora tenha sofrido 
uma lesão, pode retornar ao trabalho no mesmo dia ou no dia seguinte, em seu horário 
regulamentar de entrada. 
Ocorrido o acidente e não acontecendo o retornodo acidentado ao trabalho no 
mesmo dia ou dia seguinte de trabalho, no horário normal, passamos a considerar esse 
acidente como acidente com afastamento, cuja consequência é uma incapacidade 
temporária total, ou uma incapacidade permanente parcial ou total, ou mesmo a morte do 
acidentado. 
A comunicação de acidentes será tanto mais complexa quanto mais grave for a sua 
consequência. 
Os acidentes que não ocasionam lesão (como a simples queda de um fardo de 
algodão da respectiva pilha) tornam-se importantes pela possibilidade de que, no caso do 
exemplo citado, havendo repetição do fato, o fardo pode atingir algum operário. Deverão, 
portanto, ser estudadas as causas dessa queda para evitar fatos semelhantes, acionando-
se o encarregado do setor, o chefe do departamento e o Serviço Especializado de Segurança 
do Trabalho, quando houver, ou então a CIPA. No caso de um acidente sem afastamento, 
com uma lesão leve, portanto, além dos elementos citados anteriormente também o 
enfermeiro ou médico será envolvido. 
Quando em virtude do acidente ocorre lesão ou perturbação funcional que cause 
incapacidade temporária total, incapacidade permanente parcial, ou total, ou a morte do 
acidentado, as providências a serem tomadas quanto à sua comunicação no âmbito da 
empresa são: 
a) Da própria vítima ou de colegas ao encarregado do setor (normalmente oral) 
b) Do encarregado do setor ao chefe do departamento (normalmente oral) 
c) Do chefe de departamento à direção da empresa e ao departamento de segurança 
(por escrito). 
A empresa deverá comunicar ao INSS, em, no máximo, 01 dia útil, da ocorrência do 
acidente, através do preenchimento da Comunicação de Acidente do Trabalho. 
 
 
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3.3 Causas, consequências e custos dos acidentes 
São entendidos como fatores principais causadores de acidentes os seguintes: 
a) Condições inseguras, inerentes às instalações, como máquinas e equipamentos. 
b) Atos inseguros, entendidos como atitudes indevidas do elemento humano. 
c) Fatores pessoais de insegurança, fatores pessoais (personalidade) dos indivíduos 
que contribuem para a ocorrência de acidentes. 
d) Eventos catastróficos, como inundações, tempestades, (independentes da ação da 
empresa ou do funcionário). 
As figuras a seguir ilustram algumas situações de risco a acidentes no trabalho: 
Figura 5: Situação de risco – Ato inseguro Figura 6: Situação de risco – Condições inseguras 
 
Estudos técnicos, principalmente no campo da engenharia, são capazes de, com o 
tempo, eliminar as condições inseguras. Quando se fala, porém, do elemento homem, 
apenas técnicas não são suficientes para evitar uma falha nas suas atitudes. Sob o ponto 
de vista preventivo a causa de acidente é qualquer fator que, se removido a tempo teria 
evitado o acidente. Os acidentes não são inevitáveis, não surgem por acaso, eles, na 
maioria das vezes, são causados, e, portanto possíveis de prevenção, através da eliminação 
a tempo de suas causas. Estas podem decorrer de fatores pessoais (dependentes, portanto, 
do homem) ou materiais (decorrentes das condições existentes nos locais de trabalho). 
Vários autores, na análise de um acidente, consideram como causa do acidente o 
ato ou a condição que originou a lesão, ou o dano. Porém, devem ser analisadas todas as 
causas, desde a mais remota, o que permitirá um adequado estudo e posterior 
neutralização ou eliminação dos riscos. 
Qualquer acidente do trabalho acarreta prejuízos econômicos para o acidentado, 
para a empresa, para os cofres públicos. Se encararmos o acidente do ponto de vista 
 
 
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preventivo (não há necessidade de efeito lesivo ao trabalhador em virtude da ocorrência), 
a simples perda de tempo para normalizar a situação já representa custo. 
Por exemplo, a queda de um fardo de algodão mal armazenado, em princípio, teria 
como consequências: 
a) O empregado encarregado de refazer o processo despenderá esforço para o 
trabalho, inclusive passando novamente pelo risco inerente à atividade, desnecessário se 
a armazenagem inicial tivesse sido corretamente feita; 
b) O empregador pagará duplamente pelo serviço de armazenagem; 
c) A perda de produção, pela necessidade de execução do serviço várias vezes, 
representa um custo, mais sentida em caso de produtos de exportação. 
Se, no exemplo anterior, um trabalhador for atingido pelo fardo e necessitar de um 
afastamento temporário para recuperação, cita-se como consequências: 
a) o operário ficará prejudicado em sua saúde; 
b) o empregador arcará com as despesas de salário do acidentado, do dia do acidente 
e dos seguintes quinze dias, 
c) a empresa seguradora (no caso do INSS) pagará as despesas de atendimento 
médico e os salários a partir do 15º dia até o retorno do acidentado ao trabalho normal. 
Há diversos custos que o próprio bom-senso facilmente determina. Outros, porém, 
além de não serem identificados na totalidade, quando o são tornam-se de difícil 
mensuração. O caso de um trabalhador morto em virtude de um acidente do trabalho. Em 
termos da Nação como um todo, como mensurar a perda de capacidade produtiva e mesmo 
da capacidade criativa do acidentado? Teremos os gastos com funeral, pagamento de 
pensão, porém o chamado CUSTO SOCIAL decorrente do acidente não poderá ser 
determinado. A família do acidentado poderá sofrer graves consequências, não só 
financeiras como também sociais. 
Não haverá mais a possibilidade de promoções, horas extras, etc. Toda a experiência 
de vida que poderia ser transmitida aos filhos é perdida. Pode ser sentida aqui a dificuldade 
para mensurar os custos dos acidentes. Para contornar esse problema, por meio de uma 
investigação de acidentes bem feita, e com a utilização de recursos matemáticos e 
inferências estatísticas, podemos atingir um bom nível de precisão em termos de custos 
para o empregador. 
 
 
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O custo total do acidente do trabalho se dá de duas formas: o custo direto e o custo 
indireto, ou seja: 
O custo direto não tem relação com o 
acidente em si. É o custo do seguro de 
acidentes do trabalho que o empregador deve 
pagar ao Instituto Nacional de Seguridade 
Social - INSS, conforme determina do no 
artigo 26 do decreto 2.173, de 05 de março 
de 1997. Essa contribuição é calculada a partir do enquadramento da empresa em três 
níveis de risco de acidente do trabalho (riscos leves, médios e graves) e da folha de 
pagamento de contribuição da empresa, da seguinte forma: 
I – 1 % (um por cento) para a empresa cuja atividade preponderante ao risco de 
acidente do trabalho seja considerada leve. 
II – 2 % (dois por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante a esse 
risco de acidente do trabalho seja considerado médio. 
III – 3 % (três por cento) para a empresa em cuja atividade preponderante a esse 
risco de acidente do trabalho seja considerado grave. 
Essa porcentagem é calculada em re1ação à folha de pagamento de contribuição e 
é recolhida juntamente com as demais contribuições devidas ao INSS. A classificação da 
empresa será feita a partir de tabela própria, organizada pelo Ministério da Previdência 
Social - MPS. 
Tendo em vista que o custo direto nada mais é que a taxa de seguro de acidentes do 
trabalho paga pela empresa à Previdência Social, esse custo também é chamado de "custo 
segurado" e representa saída de caixa imediata para o empregador. 
Já os fatores que influem no custo indireto não representam uma retirada de caixa 
imediata para a empresa, mas, embora prejudiquema produção e inclusive a diminuam, 
não acarretam novos gastos necessariamente. Eles são inerentes à própria atividade da 
empresa. 
A seguir são citados alguns fatores que influenciam no aumento do custo indireto de um 
acidente do trabalho: 
a) Salário pago ao acidentado no dia do acidente. Mesmo em casos de acidente de trajeto, 
o empregador é responsável por esse pagamento. 
C.T. = C.D.+ C.I. 
Onde: 
CT = custo total 
CD = custo direto 
CI = custo indireto 
 
 
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b) Salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer a 
vítima, avisar seus superiores e, se necessário, auxiliar na remoção do acidentado. 
c) Despesas decorrentes da substituição de peça danificada ou manutenção e reparos de 
máquinas e equipamentos envolvidos no acidente, quando for o caso. 
d) Prejuízos decorrentes de danos causados ao produto em processo. 
e) Gastos para a contratação de um substituto, quando o afastamento for prolongado. 
f) Pagamento do salário do acidentado nos primeiros quinze dias de afastamento; 
pagamento de horas extras aos empregados para cobrir prejuízo causado à produção 
pela paralisação decorrente do acidente; gastos extras de energia elétrica e demais 
facilidades das instalações em decorrência das horas extras trabalhadas. 
g) Pagamento das horas de trabalho despendidas por supervisores e outras pessoas (na 
investigação das causas do acidente; na assistência médica para os socorros de urgência; 
no transporte do acidentado; em providências necessárias para regularizar o local do 
acidente e na assistência jurídica). 
 
 
 
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AULA 2 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR´S 
As Normas Regulamentadoras regulamentam o capítulo V, título II da CLT. Foram 
aprovadas pela Portaria 3214 de 08/06/1978 do Ministério do Trabalho, e legislação 
complementar, sendo atualmente em número de trinta e seis, cujo conteúdo básico é 
apresentado a seguir. 
NR 1: DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS (última 
modificação Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019) 
Estabelece as competências relativas às NR no âmbito dos Órgãos governamentais, 
define os principais termos usados nas normas e estabelece as obrigações gerais do 
empregador e do empregado. 
 
 
 
NR 2: INSPEÇÃO PRÉVIA (revogada pela Portaria SEPRT nº 915, de 30 de julho de 2019, 
publicada no DOU de 31/07/2019) 
Estabelece os procedimentos a serem seguidos para o início das atividades de 
qualquer estabelecimento visando obter junto ao Órgão Regional do MTB a aprovação de 
suas instalações e do “Certificado de Aprovação de Instalações”. 
NR 3: EMBARGO OU INTERDIÇÃO (última modificação Portaria SEPRT 1069, de 23/09/2019) 
Estabelece as condições em que pode ocorrer interdição de um estabelecimento, setor 
de serviço, máquina ou equipamento ou embargo de uma obra em função da existência de 
risco grave e iminente para o trabalhador. 
NR 4: SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO (SESMT) (última modificação: Portaria MTPS 510, de 
29/04/2016) 
• Define as empresas que deverão manter SESMT, e estabelece que o 
dimensionamento desse serviço se vincula à gradação do risco da atividade principal 
e ao número total de empregados do estabelecimento; 
• Apresenta o quadro de “Classificação Nacional de Atividades Econômicas” e seu 
correspondente “grau de risco”; 
• Estabelece os requisitos a serem observados pelos profissionais que venham a 
ocupar os cargos de médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, 
enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho e técnico de segurança 
do trabalho; 
Maiores detalhes acerca das alterações recentes dessa NR, 
consultar material complementar – plataforma Moodle. 
 
 
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23 
• Relaciona as competências dos profissionais integrantes do SESMT; 
• Define o número de profissionais que irá constituir o SESMT e a jornada mínima de 
trabalho dos mesmos, através do relacionamento entre o grau de risco do 
estabelecimento e o número de operários. 
NR 5: COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) (última 
modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019) 
Estabelece a obrigatoriedade da constituição da CIPA nas empresas, seus objetivos, 
como deve ser constituída, suas obrigações junto ao MTE, as atribuições, deveres e direitos 
de seus componentes e as obrigações dos empregados e do empregador relativas a seu 
funcionamento. 
NR 6: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) (última modificação: Portaria MTb 
877, de 24/10/2018). 
• Estabelece as obrigações do empregador quanto ao fornecimento gratuito dos EPI, 
treinamento dos funcionários para o uso dos mesmos, a responsabilidade de tornar 
obrigatório seu uso e dá outras disposições; 
• Estabelece as obrigações dos empregados relativas ao uso do EPI; 
• Define as obrigações do fabricante e do importador do EPI; 
• Estabelece que todo EPI deve possuir “Certificado de Aprovação”(CA) fornecido pelo 
MTE e dá outras disposições relativas ao assunto. 
NR 7: PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO) (última 
modificação: Portaria MTb 1031, de 06/12/2018). 
• Estabelece a obrigatoriedade por parte dos empregadores em elaborar e 
implementar PCMSO, assim como o acompanhamento do programa; 
• Define as diretrizes e responsabilidades do empregador e do médico coordenador 
relativo ao PCMSO; 
• Estabelece à realização obrigatória de exames médicos nos operários, sua 
frequência, a necessidade da realização de exames complementares e dá outras 
disposições; 
• Torna obrigatória a emissão de “Atestado de saúde Ocupacional” (ASO), seu 
conteúdo mínimo e o direito do trabalhador em receber uma via do mesmo; 
• Estabelece a obrigação dos estabelecimentos em possuírem materiais para 
prestação de primeiros socorros. 
NR 8: EDIFICAÇÕES (última modificação: Portaria SIT 222, de 06/05/2011) 
Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações 
para garantir o conforto aos que nelas trabalham. 
 
 
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24 
NR 9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) (última 
modificação: Portarias SEPRT n.º 1.358 e 1.359, de 09 de dezembro de 2019). 
• Estabelece a obrigatoriedade do empregador de elaborar e implementar o PPRA 
visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de 
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, 
tendo em consideração o meio ambiente e os recursos naturais; 
• Define os responsáveis pela elaboração do PPRA a forma como devem ser levadas a 
efeito as ações, os parâmetros mínimos a serem observados em sua elaboração, sua 
estrutura e forma de acompanhamento e registro de dados e dá outras disposições. 
NR 10: INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE (última modificação: Portaria 
SEPRT 915, de 30/07/2019) 
• Estabelece as condições mínimas que qualificam os trabalhadores que atuam em 
redes elétricas e dá outras disposições; 
• Fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que 
tenham em instalações elétricas em suas diversas etapas, incluindo o projeto, 
execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e ainda a segurança de 
usuários e terceiros. 
NR 11: TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE 
MATERIAIS (última modificação: Portaria MTPS505, de 29/04/2016). Anexo I - 
regulamento técnico de procedimentos para movimentação, armazenagem e manuseio de chapas 
de rochas ornamentais. (Última modificação: Portaria MTPS 505, de 29/04/2016). 
• Estabelece as normas de segurança para as atividades de transporte de sacas e de 
armazenamento de materiais; 
• Define as normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. 
NR 12: MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (Última modificação: Portaria SEPRT 916, de 
30/07/2019). 
• Estabelece as condições a serem observadas nas instalações e áreas de trabalho; 
• Define as normas de segurança das máquinas e equipamentos, assim como sua 
manutenção e operação; 
• Estabelece critérios a serem observados na fabricação, importação, venda e locação 
de máquinas e equipamentos. 
NR 13: CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO (última modificação: Portaria SEPRT 915, de 
30/07/2019). 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-11-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-11-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-11-Anexo-01.pdf
 
 
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Estabelece as normas de segurança relativas a instalação, documentação, 
funcionamento, manutenção, inspeção e habilitação de pessoal para operação de caldeiras 
e vasos sob pressão e das outras disposições relativas ao assunto. 
NR 14: FORNOS (última modificação: Portaria SSMT 12, de 06/06/1983). 
Estabelece os requisitos necessários para a construção e funcionamento de fornos, 
oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 
NR 15: ATIVIDADES E OPRAÇÕES INSALUBRES (Última modificação: Portaria SEPRT n. º 
1.359, de 09 de dezembro de 2019). 
Define “Limites de Tolerância” e as atividades e operações consideradas insalubres e sua 
graduação (“graus de insalubridade”), que são relacionadas em 14 anexos à referida norma 
que são os seguintes: 
Anexo 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente. 
Anexo 2 - Limites de tolerância para ruídos de impacto 
Anexo 3 - Limites de tolerância para exposição ao calor 
Anexo 4 - (Revogado) 
Anexo 5 - Radiações ionizantes 
Anexo 6 - Trabalho sob condições hiperbáricas 
Anexo 7 - Radiações não-ionizantes 
Anexo 8 - Vibração 
Anexo 9 - Frio 
Anexo 10 - Umidade 
Anexo 11 - Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e 
inspeção no local de trabalho 
Anexo 12 - Limites de tolerância para poeiras minerais 
Anexo 13 - Agentes químicos 
Anexo 13a - Benzeno 
Anexo 14 - Agentes biológicos 
NR 16: ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS (última modificação: Portaria SEPRT n.º 
1.359, de 09 de dezembro de 2019). 
Estabelece as atividades e operações perigosas assim como as áreas de risco para 
fins de pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores, as quais estão 
relacionadas nos anexos à referida norma que são: 
ANEXO 1 - Atividades e operações perigosas com explosivos (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012); 
ANEXO 2 - Atividades e operações perigosas com inflamáveis (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012); 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-02.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-03-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-04.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-05.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-06.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-07.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-08.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-09.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-10.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-11.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-11.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-12.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-13.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-13A.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-14.pdf
 
 
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ANEXO 3 - Acrescentando pela Port. 3393 de 17/12/87 - Atividades e operações perigosas 
com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (LEI N.º 12.740, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2012) 
NR 17: ERGONOMIA (Última modificação: portaria 876, de 24/10/2018). Anexo I - trabalho 
dos operadores de checkout; Anexo II - trabalho em teleatendimento/telemarketing 
Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores incluindo: 
• O levantamento, transporte e descarga individual de materiais; 
• Mobiliário dos postos de trabalho; 
• Equipamentos dos postos de trabalho; 
• Condições ambientais de trabalho; 
• Organização do trabalho. 
NR 18: CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO (TEXTO VIGENTE). Última modificação: Portaria MTb n. º 261, de 18 de abril 
de 2018. (NOVO TEXTO) Início de vigência - 1 (um) ano a partir da publicação da Portaria 
SEPRT nº 3.733, de 10 de fevereiro de 2020. 
Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização 
que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de 
segurança nos processos, nas condições, e no meio ambiente de trabalho na indústria de 
construção. 
NR 19: EXPLOSIVOS (última modificação: Portaria 228, de 24/05/2011). 
• Define e classifica os explosivos assim como as normas de segurança para o 
manuseio e transporte desses produtos; 
• Estabelece os requisitos para a construção de depósitos de explosivos; 
• Define os períodos para inspeção dos explosivos de forma a verificar sua condição 
de uso. 
NR 20: LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS (Última modificação: Portaria SEPRT 
n. º 1.360, de 09 de dezembro de 2019). 
• Define e classifica líquidos combustíveis e inflamáveis; 
• Estabelece normas de segurança para a armazenagem desses produtos inclusive 
para os gases liquefeitos. 
NR 21: TRABALHO A CÉU ABERTO (Última modificação: Portaria GM 2037, de 15/12/1999). 
• Estabelece as medidas de proteção para trabalhos realizados a céu aberto, incluindo 
as condições de moradia do trabalhador e de sua família que residirem no local de 
trabalho; 
• Define as normas de segurança do trabalho no serviço de exploração de pedreiras. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17-Anexo-02.pdf
 
 
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NR 22: TRABALHOS SUBTERRÂNEOS (Última modificação: Portaria MTb 1085, de 
18/12/2018). 
Estabelece as normas gerais de segurança para o trabalho em minas. Esta norma se 
aplica às seguintes condições: a) minerações subterrâneas; b) minerações a céu aberto; c) 
garimpos, no que couber; d) beneficiamento minerais; e) pesquisa mineira. 
NR 23: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS (Última modificação: Portaria SIT 221, de 
06/05/2011). 
• Define as necessidades básicas que as empresas devem possuir para proteção 
contra incêndiose as atitudes a serem tomadas no combate a incêndios; 
• Define as classes de fogo; 
• Estabelece normas relativas a extinção de incêndios por meio de água; 
• Normatiza o uso de extintores de incêndio e estabelece critérios relativos aos 
extintores portáteis; 
• Indicam os extintores recomendados ás diversas classes de fogo, como deve ser feita 
a inspeção desses equipamentos, o número de extintores e sua distribuição nos 
ambientes de trabalho, a localização e sinalização dos extintores e as situações em 
que há necessidade de serem instalados sistemas de alarmes para incêndios. 
NR 24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO 
(Última modificação: Portaria 1.066, de 23/09/2019 do Ministério da Economia/Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho). 
Estabelece os critérios a serem observados nos locais de trabalho relativos às 
instalações sanitárias, vestiários, refeitórios (incluindo condições de higiene e conforto por 
ocasião das refeições), cozinhas, alojamento e dá outros dispositivos pertinentes à matéria. 
NR 25: RESÍDUOS INDUSTRIAIS (Última modificação: Portaria SIT 253, de 04/08/2011). 
Estabelece critérios para a eliminação de resíduos industriais sólidos, líquidos e 
gasosos no ambiente. 
NR 26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Última modificação: Portaria MTE 704, de 
28/05/2015). 
Fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de 
acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando 
as canalizações empregadas nas industrias para a condução de fluídos (líquidos e gases), 
e advertindo contra riscos. 
NR 27: REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (Revogada) 
 
 
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Fixa os critérios para o exercício da profissão de "Técnico de Segurança do Trabalho" 
e dá outras disposições relativas ao registro desses profissionais na secretaria de 
Segurança e Medicina do Trabalho. 
NR 28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES (Última modificação: Portarias SEPRT n.ºs 
1.358, 1.359 e 1.360, de 09 de dezembro de 2019). 
• Define os critérios relativos a fiscalização do cumprimento das disposições legais 
e(ou) regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, incluindo os 
processos resultantes da ação fiscalizadora, o embargo ou interdição de locais de 
trabalho, máquinas ou equipamentos; 
• Estabelece a graduação das multas, em UFIR, referentes aos preceitos legais e (ou) 
regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador. 
NR 29: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (Última Modificação: Portaria 
MTE 1080, de 16/07/2014). 
As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em 
operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exercem 
atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retro 
portuárias, situados dentro ou fora da área do porto organizado, assim regulamentando a 
proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais. 
NR 30: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO (Última modificação: Portaria 
MTE 1186, de 20/12/2018). Anexo I - Pesca Comercial e Industrial (Última modificação: Portaria 
SIT 36, de 29/01/2008). Anexo II - Plataformas e Instalações de Apoio (Última modificação: 
Portaria MTb 1186, de 20/12/2018). 
 Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção das condições de 
segurança e a saúde dos trabalhadores aquaviário. 
NR 31: SEGURANÇA E SAÚDE E NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, 
SILVICULTURA EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA. (Última modificação: 
Portaria MTE 1086, de 18/12/2018). 
Tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no 
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento 
das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura 
com a segurança e saúde e meio ambiente de trabalho. 
NR 32: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇO DE SAÚDE (Última 
modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019). 
Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de 
medidas de proteção à segurança e a saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde em geral. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-30-Anexo-01.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-30-Anexo-02.pdf
 
 
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NR 33: SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS (Última 
modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019). 
Esta norma tem como objetivo estabelecer requisitos mínimos para a identificação de 
espaços confinados e reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos 
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores 
que interagem direta ou indiretamente nesses espaços. 
NR 34: CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL. (Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 
30/07/2019). 
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas de 
proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria 
de construção e reparação naval. 
Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas 
aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para esse fim ou nas 
próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas 
ou flutuantes, dentre outras. 
NR 35: TRABALHO EM ALTURA (Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019). 
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a 
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com 
esta atividade. 
NR 36: SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E 
PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS. (Última modificação: Portaria MTb 1087, 
de 18/12/2018). 
O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle 
e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate 
e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a 
garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho. 
NR 37: SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO (Última modificação: 
Portaria SEPRT n. º 1.412, de 17 de dezembro de 2019). 
Estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no 
trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais 
Brasileiras - AJB. 
 
 
REVER AS ALTERAÇÕES RECENTES DE ALGUMAS NRs – 
plataforma Moodle – materiais complementares. 
 
 
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AULA 3 
5 PRINCIPAIS NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO PARA A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS 
5.1 NR 05: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi criada 
com o objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do 
trabalho, de modo a tornar compatível a atividade laboral com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
É composta por representantes do empregador e representantes do empregado em 
número par de representações, cabendo ao empregador escolher entre seus funcionários 
de confiança sua representatividade e aos trabalhadores, por processo eleitoral, 
escolherem seus representantes atravésde voto secreto. 
A preocupação de zelar pela prevenção de acidentes e doenças no ambiente de 
trabalho, fez com que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) propusesse às 
empresas, com mais de 25 funcionários, que organizassem um comitê de segurança para 
tratar desse assunto. Assim, vários países membros passaram a adotar tal medida, 
tornando obrigatórios a organização e funcionamento dos comitês. 
No Brasil, através do Decreto-Lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944, conhecido 
como Lei de Prevenção de Acidentes, foi fixado o número de 100 ou mais empregados para 
que as empresas constituíssem seu comitê nas empresas. 
Em 1953, por meio da Portaria 155, foi oficializada a sigla CIPA – Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes. 
A CIPA é uma comissão interna, na empresa, que através da representação dos 
trabalhadores é parte integrante nas questões de segurança. Pela própria constituição, 
ressalta-se o valor significativo de contribuição de seus membros, uma vez que os mesmos 
vivenciam o mundo do trabalho e são capazes de identificar, na medida em que são 
treinadas, as situações de risco na empresa. 
As empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da 
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, 
cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados 
são obrigados a constituir CIPA por estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento. 
A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados, 
dimensionamento de CIPA, da NR 05, em função do grupamento de setores econômicos 
definidos pela CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), nos Quadros II 
 
 
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(Agrupamento de setores econômicos pela classificação Nacional de Atividades 
Econômicas) e III (Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e o número 
de empregados da empresa. 
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão designados pelo 
próprio empregador entre os seus empregados, por sua vez, os representantes dos 
empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participam, 
independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. O 
mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. 
A empresa poderá designar um responsável substituindo a CIPA, quando a mesma 
não se enquadrar no Quadro I da NR 05, podendo ainda ser adotados mecanismos de 
participação dos empregados, através de negociação coletiva. 
Uma vez composta a CIPA, o empregador designará entre seus representantes o 
Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão entre os titulares o 
vice-presidente. Por sua vez, o secretário e seu substituto serão indicados, de comum 
acordo, com os membros da CIPA, podendo ser indicado entre os componentes ou não da 
comissão, sendo nesse caso necessária a concordância do empregador. 
Exemplo: 
Vamos dimensionar a CIPA de uma empresa de Comércio varejista de produtos 
farmacêuticos para uso humano e veterinário, com 85 funcionários. 
Quadro III 
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Versão 2.0), 
com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA (Dado pela Portaria SIT 
nº 14, de 21 de junho de 2007) 
Tabela 1 – Fragmento do quadro III da NR 05 
 
• Na 1ª ETAPA: De posse do tipo de atividade que a empresa desempenha você 
procura o grupo ao qual ela pertence no quadro III da NR 05 – Relação da 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas –CNAE (versão 2.0), com 
correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA. No nosso exemplo, a 
empresa pertence ao grupo C – 21. 
CNAE DESCRIÇÃO GRUPO 
47.71-7 Comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano 
e veterinário 
C-21 
47.71-5 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de 
higiene pessoal 
C-21 
47.71-3 Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos C-21 
 
 
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• Na 2ª ETAPA: De posse do agrupamento da empresa: C-21 e o número de 
funcionários da mesma, você cruza essas informações no Quadro I da NR05 – 
Dimensionamento da CIPA e encontra para a empresa de Comércio varejista de 
produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário, com 85 funcionários: 1 
representante do empregador e 01 suplente, 01 representante do empregado e 01 
suplente do representante do empregado. 
 
Tabela 2 – Fragmento do quadro I da NR 05 
 
Aos membros da CIPA é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do 
empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, 
desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. Assim como 
serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades 
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua 
anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando 
transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio. 
O empregador, parte integrante desse contexto, deverá garantir que seus indicados 
tenham a representação necessária, número previsto no Quadro I, da NR 05, para a 
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho 
analisadas na CIPA. 
Cabe, também, ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios 
necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a 
realização das tarefas constantes do plano de trabalho e convocar eleições para escolha 
dos representantes dos empregados, até sessenta dias antes do término do mandato em 
curso, assim como a guarda de todos os documentos relativos à eleição, por um período 
mínimo de cinco anos. 
Os empregados têm como obrigação participar da eleição de seus representantes, 
assim como deverão colaborar com a sua gestão. Como parte integrante no processo de 
prevenção de acidentes, os empregados deverão indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador 
situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho e 
 
 
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observar e aplicar, no ambiente de trabalho, as recomendações quanto à prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do trabalho. 
 
 
 
 
Uma das atribuições da CIPA é em conjunto ao SESMT (quando houver) elaborar o 
Mapa de Riscos da empresa. 
 
5.1.1 O Mapa de Riscos 
O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa dos 
riscos existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por meio de 
círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo facilidade de elaboração e 
visualização. 
Trata-se de um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e 
de conformidade com as suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no conceito 
filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho. Ninguém conhece melhor 
a máquina do que o seu operador. As informações e queixas partem dos trabalhadores, 
que deverão opinar, discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo ao conjunto dos 
trabalhadores da empresa, através da fixação e exposição em local visível. 
Serve como um instrumento de levantamento preliminar de riscos, de informação 
para os demais empregados e visitantes, e de planejamento para as ações preventivas que 
serão adotadas pela empresa. 
O objetivo do Mapa de Riscos é reunir as informações básicas necessárias para 
estabelecer o diagnóstico da situação

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