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PUBLICIDADE E PSICOLOGIA

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UNIVERSIDADE PAULISTA
AMANDA SILVA DE MOURA CEZÁRIO
ISABELA SARA FERREIRA
THAYNA PEREIRA DE MATOS
PUBLICIDADE E PSICOLOGIA
São Paulo
2019
	AMANDA SILVA DE MOURA CEZÁRIO
ISABELA SARA FERREIRA
THAYNA PEREIRA DE MATOS
	RA: F111JB-2
RA: F1037H-7
RA: N519142
PUBLICIDADE E PSICOLOGIA
Trabalho apresentado a disciplina “Ética Profissional” do 2° Semestre do curso de Psicologia da Universidade Paulista - UNIP
Professora: Arlete Galhardi Sales
SÃO PAULO
2019
Sumário
PSICOLOGIA DA PUBLICIDADE	2
PUBLICIDADE E PSICOLOGIA	2
ÉTICA DA PUBLICIDADE	2
REFERÊNCIAS	2
PSICOLOGIA DA PUBLICIDADE
O princípio da publicidade na psicologia é causar emoções nos indivíduos, fazendo com que eles venham satisfazer suas vontades. A publicidade não é limitada hoje em dia apenas em televisão, jornais, rádios e internet, ela está em todo redor, desde estes meios, até a forma que os produtos estão organizados nas prateleiras dos mercados, as cores, formatos, tamanhos e contextos.
Por trás de todas as campanhas de publicidade existe uma série de decisões cardeais das quais depende o seu sucesso. Em cada uma dessas escolhas, os profissionais da psicologia da publicidade estudam, pesquisam e trazem informações e conhecimentos para favorecer o impacto do seu trabalho. (A Mente é Maravilhosa, 2018)
Para obter atrair o consumidor é utilizado quatro técnicas:
· Mecanicista: trata da repetição de um slogan ou imagem, onde há uma reação de compra;
· Persuasiva: refere a comparação de determinados produtos, colocando tal objeto acima dos seus concorrentes;
· Projetiva: associada a cultura e estilo de vida do público alvo, projeção do interesse do indivíduo;
· Sugestiva: focada no íntimo do público, lançando um “produto mágico” direcionado ao medo, ansiedade, angústia e estresse.
Ao deparar com a publicidade na psicologia, existe a escolha do público certo, sendo indispensável conhecer o consumidor a que se trata, o contexto em que está inserido, sua necessidade humana, seus hábitos e desejos. Em seguida, criar uma boa propaganda, contendo alguns princípios básicos para atraí-los com uma boa campanha publicitária, como atenção, memória, percepção, interesse, imagem, imaginação e emoção. No entanto, para a propaganda ser ideal para o interessado é promover a venda influenciando no comportamento, fazendo com que seja induzido a ideia na mente, criando um desejo e impulsionando a comprar.
Portanto, a estratégia nesse modelo é de princípio a atenção, onde o ser humano saberá daquele produto, ou saberá que ele existe; logo após o interesse, estar prestando atenção suficiente nas características e benefícios; o desejo vem ao conhecer e saber o quanto de benefício e o prazer que receberia; e por fim a ação de gastar.
PUBLICIDADE E PSICOLOGIA 
Como a publicidade e psicologia são tratadas em outros países:
Visto que a publicidade tem diversas formas e meios de ser realizada, pode-se afirmar que há uma singularidade variável de acordo com cada país no que desrespeito ao tema, questões culturais influenciam diretamente na publicidade e na forma como ela se dá diante dessa cultura e suas demandas. 
Nos Estados Unidos, o público alvo é mais racional, logo a publicidade no país se dispõe de maneira direita e implícita em relação aos produtos e serviços prestados, pois os americanos não se prendem a padrões brasileiros como a fidelização do cliente para com a marca ou produto, a transcendência do preço e a qualidade é o que predomina no EUA, sem que aja apego por marca. A publicidade americana é criada acerca do comprimento de demandas, portanto pode-se dizer que a publicidade é psicologicamente persuasiva, segundo Vance Packard: “Uma mensagem eficazmente persuasiva é aquela que tem a peculiaridade de alterar o funcionamento psicológico do indivíduo”.
De acordo com Neusa Demartini Gomes: “Por sua natureza sócio comunicacional, para obter seus objetivos, a persuasão recolhe e instrumentaliza um conjunto de técnicas, regras e procedimentos de origens diferentes, em especial psicológicos, sociológicos, linguísticos e semânticos, que vêm sendo experimentados com maior ou menor sucesso na criação de mensagens e no planejamento de campanhas persuasivas, tanto comerciais quanto institucionais e ideológicas. (2003, p. 36).”
Uma vez que a necessidade de provar que um produtos ou serviço é superior mediante a outros, a publicidade pretende colocar o mesmo acima dos seus concorrentes e para isso oferece informações sobre suas compras ou atributos e os compara favoravelmente com o resto, a fim de fazer com que o psicológico de seu público se altere a medida que é provada a superioridade deste produto ou serviço sobre os demais. Um exemplo do seguimento dessa publicidade é o comercial que foi desenvolvido pela marca Pepsi, aonde um garoto vai até uma máquina e compra duas Coca-Cola e as utiliza como apoio para pisar e conseguir visualizar uma Pepsi, fazendo alusão sobre a marca se sobressair diante da concorrente.
Em contrapartida, no Japão a publicidade tem por sua vez uma forma mais lúdica e chamativa de se comunicar com os clientes, este processo é visual e tem por objetivo atingir seu público de forma perceptiva fazendo uso da Gestalt e busca influenciar as pessoas por meio da repetição atraente de um todo da imagem de determinado produto, essa reiteração visa à reação de desejo e consequentemente compra do mesmo. Visto que os japoneses tem maior propensão de adquirir o que mais os agrada visualmente, as características do anúncio e a forma que ele se dá tem mais ‘’relevância’’ do que o produto ou serviço em si, neste caso o estudo publicitário tem por objetivo programar ações de propagandas que atraia a atenção do cliente através de sua percepção, pois é através dela que é possível a assimilação de um estimulo.
Logo a publicidade utilizada leva em consideração o fato de que parte da motivação econômica não é racional, pois os objetos são percebidos como totalidades unificadas e não aglomerados de sensações individuais, tornando o condicionamento psicológico do indivíduo mais vulnerável diante do produto apresentado.
Já a publicidade brasileira, se atenta a estratégias que estejam diretamente ligadas a aspectos emocionais. No Brasil o meio mais eficaz e ativo de publicidade é através da fidelização, que se desenvolve à medida que necessidades psicológicas, emocionais e físicas são “preenchidas” a partir de um determinado produto ou serviço. A publicidade atua também por meio de exposições da importância do cliente para marca, produto ou serviço, fazendo com que o mesmo desenvolva um afeto por este produto, condicionando-o a adquirir sempre o mesmo em virtude do sentimento causado pela marca. Logo o papel da publicidade passa a ser de estudar de maneira eficaz, quais as necessidades de seu público, a fim de mantê-los cada vez mais fieis com produtos eficientes que venha satisfazê-los.
Para Piratininga (1994): A eficácia relaciona-se à capacidade de suprir a necessidade percebida ou problema encontrado, enquanto a eficiência corresponde à manutenção de ações necessárias para manter o cliente conectado e fiel a uma determinada marca e pronto para adquirir mais de seus produtos e serviços. Sendo assim, brasileiros buscam por produtos que transpareçam a importância dos compradores para as marcas e a publicidade atua na criação dessa proximidade.
Contudo, ficam clara as diversas formas de fazer com que um determinado produto, serviço ou local sejam notados e consequentemente desejados e cabe à publicidade contribuir para isto de acordo com o ambiente e suas demandas, por meio de estratégias psicológicas, sempre levando em consideração questões éticas, que está ligada a atividade humana e sobre seus valores, de acordo com a sociedade na qual os indivíduos estão inseridos. Portanto, a publicidade deve ter está pratica como padrão no momento inicial de seu desenvolvimento, para que aja um retorno positivo dos produtos ou serviços para com o cliente. Segundo Moreira (2002, p.31), “Os procedimentos éticos facilitam e solidificam os laçosde parceria empresarial, quer com clientes, quer com fornecedores, quer, ainda, com sócios efetivos ou potenciais”.
ÉTICA DA PUBLICIDADE
A publicidade é um dos meios para atrair diversos públicos para comprar determinado produto, porém, nem sempre a forma de atrair o público é realizada de maneira ética. Quais seriam essas leis éticas? A seguir algumas leis do código ético publicitário: 
Artigo 19 
Toda atividade publicitária deve caracterizar-se pelo respeito à dignidade da pessoa humana, à intimidade, ao interesse social, às instituições e símbolos nacionais, às autoridades constituídas e ao núcleo familiar.
Artigo 20
 Nenhum anúncio deve favorecer ou estimular qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, social, política, religiosa ou de nacionalidade. 
Artigo 23
Os anúncios devem ser realizados de forma a não abusar da confiança do consumidor, não explorar sua falta de experiência ou de conhecimento e não se beneficiar de sua credulidade.
Artigo 34
Este Código condena a publicidade que:
a. Faça uso de imagens ou citações de pessoas vivas, a menos que tenha sido obtida a sua prévia e expressa autorização;
b. Ofenda as convicções religiosas e outras suscetibilidades daqueles que descendam ou sejam de qualquer outra forma relacionados com pessoas já falecidas cuja imagem ou referência figure no anúncio;
c. Revele desrespeito à dignidade da pessoa humana e à instituição da família;
d. Desrespeite a propriedade privada e seus limites.
Em relação a psicologia e publicidade pode-se dizer que ambas têm a intenção de proteger os direitos humanos, como observa-se o artigo 19 publicitário. Além disso, a publicidade pode afetar diretamente na vida de uma pessoa, como por exemplo: 
No artigo 23. Em 1945, na Alemanha Nazista, eram feitas propagandas disseminando ódio ao povo judeu, incentivando os alemães de raça ariana a acreditar que a economia estava daquela forma por conta dos judeus. Essas propagandas foram intensas na época. Judeus foram afetados diretamente por conta desta publicidade, pessoas de baixo conhecimento acreditavam no que liam, a ajuda dessa divulgação resultou em um regime totalitário cheio de discriminações e mortes.
Em relação ao Artigo 34. Exemplo do filme “Velozes e Furiosos”, o ator principal, sofreu um acidente em um dos últimos filmes da franquia fazendo com que o filme ganhasse mais visibilidade. O que isso poderia ter afetado caso não fosse autorizado? Danos psicológicos na família do ator, o mesmo havia falecido há pouco tempo quando incluíram a participação especial de uma das cenas no filme. Para a família, se não houvesse autorização, poderia ter gerado uma grande dor em relembrar. 
Devido a essas consequências e danos psicológicos, o código da publicidade é fundamentado, podendo haver punições para o profissional da publicidade caso não haja o cumprimento destes artigos.
REFERÊNCIAS
A MENTE É MARAVILHOSA (Brasil). Psicologia da publicidade: estratégias e características. In: Psicologia da publicidade: estratégias e características. Brasil, 18 jan. 2018. Disponível em: https://amenteemaravilhosa.com.br/psicologia-da-publicidade/. Acesso em: 1 out. 2019.
BATISTA, F. L. L. A Persuasão: os Estereótipos e os Impactos da Propaganda Contraintuitiva. Contemporânea, são Paulo, v. 7, n. 1, p. 1-24, jun./2009. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view>. Acesso em: 30 set. 2019.
CASAROTTO, Camila. Saiba o que é Publicidade, para que serve e como é a carreira do publicitário. [S. l.], 5 fev. 2019. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/publicidade/#historia. Acesso em: 1 out. 2019.
GIORGIO, Alexandre Augusto. PUBLICIDADE E PROPAGANDA - 62. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, (2015. P, 85) 
GOMES, Neusa Demartini. Publicidade: comunicação persuasiva. Porto Alegre: 
Editora Sulinas, 2003.
MOREIRA, Joaquim Manhães – A ética empresarial no Brasil – São Paulo - 
Editora Pioneira Thomson Leatning, 2002; 
SECCHI, Kenny; VIEIRA, Francieli Fernandes; RAMOS, Lauriane Barbosa. O Consumismo e a Mídia: Uma perspectiva psicológica. 2017. 24 p. Trabalho Acadêmico - Universidade do Planalto Catarinense, Brasil, 2017. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/4029/6916. Acesso em: 1 out. 2019.

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