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Portfólio relação teoria e pratica no cotidiano da sala de aula

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ (UNOPAR)
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Ana Carolina Santos
Hingrith Francielle Rodrigues de Sousa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA
MAIO DE 2020
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ (UNOPAR)
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
Ana Carolina Santos
Hingrith Francielle Rodrigues de Sousa
 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
 
 
 
Portfólio interdisciplinar, para fins avaliativos, nas disciplinas de Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática e Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula, para do Curso de Graduação em Pedagogia da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), sob a orientação da Profª. Tutora Giane Sirlene Ferreira.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA
MAIO DE 2020
INTRODUÇÃO
Neste Portfólio apresentaremos a importância da teoria e prática no cotidiano da sala de aula, por meio de observações vivenciadas em um estágio de formação de Pedagogo feito por Carolina e Pedro, em que eles expõem situações problemas diferentes de cada professor em seus relatos. 
Visto que vivemos em uma sociedade em constantes mudanças, devemos estar cientes que a carreira de um profissional Pedagogo não será diferente, pois o mercado de trabalho está cada dia mais exigente e competitivo, por isso a necessidade de professores cada vez mais capacitados humana e profissionalmente. 
Libâneo afirma textualmente:
Pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modo de ação, tendo em vista objetivos de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica [...]. A Pedagogia ocupa-se da educação intencional. Como tal, investiga os fatores que contribuem para a construção do ser humano como membro de uma determinada sociedade, e os processos e meios dessa formação. (LIBÂNEO, 2010, p. 33).
Sendo assim, é essencial uma mudança de postura dos profissionais da educação, iniciando-se com uma formação crítico-reflexivo do docente, visando à boa qualidade educacional. Isso significa que o conceito de professor como profissional que reflete sobre sua prática deve ser uma preocupação de todos os profissionais envolvidos no processo de ensino aprendizagem, porém, nunca dissociando teoria e prática na atuação educacional.
Com isso conclui-se que a relação teoria e prática no cotidiano dos educadores estão em saberem alinhar as aulas com a realidade dos alunos, atitudes que devem ocorrer anteriormente ao processo de diagnóstico, pois é essencial que este seja efetivo, para que assim o desenvolvimento dos alunos aconteça de forma mais íntegra, com um aprendizado significativo.
DESENVOLVIMENTO
 
Dentro da perspectiva de relacionar teoria e prática no cotidiano da sala de aula analisaremos a seguir os relatos de Carolina e Pedro. ‘’Carolina e Pedro são estudantes do curso de Pedagogia e acabaram de concluir o estágio nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Na universidade em que estudam, após a conclusão deste momento da formação inicial, acontece uma atividade de compartilhamento de experiências, em duplas, tendo em vista que o futuro professor perceba as diferentes concepções docentes que compõem o cotidiano da escola. Dando início à atividade, Carolina fala para o colega que ao chegar na sala de aula em que efetivaria o estágio, a professora Lourdes pediu para ela se sentar na última carteira, para não atrapalhar o andamento das atividades. A estudante pontuou que a sala de aula é organizada em fileiras e os alunos não podem conversar sem a autorização da professora. Carolina também sinaliza que a professora pede para os alunos memorizarem os conteúdos, porque isso é sinal de aprendizagem, não sendo permitidos questionamentos no momento de suas explicações. A metodologia adotada pela professora se concretiza por meio da exposição de conteúdos, por isso, ela verbaliza e escreve os saberes a serem adquiridos na lousa, explicando, na sequência, como os exercícios serão realizados. Carolina também relata que o processo avaliativo se dá com a aplicação de uma prova ao final do bimestre, sendo tal instrumento avaliativo reconhecido como revelador de aprendizagens. 
Pedro fica surpreso com a experiência de Carolina, muito diferente da sua. Ele pontua que a professora Melissa, regente da sala em que esteve no momento do estágio, foi bastante receptiva, envolvendo-o prontamente nas atividades já planejadas. Mas, para isso, era preciso que Pedro tivesse clareza dos objetivos a serem atingidos, o que ele entendeu ao ler o plano de aula da professora regente, que se colocou à disposição para as dúvidas do estagiário. Ao falar sobre a organização da sala, Pedro disse que os alunos se dispõem de diferentes formas, em duplas, trios ou quartetos, pois fazem muitas atividades em grupo e até individualmente, quando o interesse da professora é conhecer como cada aluno compreende os conteúdos trabalhados em sala. Pedro também destacou que a professora inicia a aula perguntando aos alunos o que eles conhecem dos temas em estudo, apresentando-os sempre a partir da realidade das crianças. O futuro professor também observou que a professora organiza, juntamente com os alunos, projetos, sendo a pesquisa um elemento essencial no incentivo ao caráter investigador e criativo dos alunos. Pedro conta que ao final do estágio questionou a professora sobre como seria a avaliação da turma, já que não presenciou nenhuma prova. A professora relatou que é um processo realizado de forma contínua que visa analisar os avanços que os alunos tiveram e os desafios que precisam ser superados no processo de ensino e de aprendizagem, mas ela explicou também que se utiliza da prova, quando necessário, para saber se os alunos estão compreendendo os conteúdos das diversas áreas do conhecimento. ’’
Após os relatos de Carolina e Pedro percebemos que na observação que fizeram estiveram diante de atitudes diferentes de cada professora na sala de aula, cada uma adota uma tendência diferente em suas posturas. Vimos que a Educadora Lourdes utiliza-se de uma tendência mais tradicional, em que ela é detentora do conhecimento, trabalha a memorização e exposição de conteúdos, com sala de aula organizada em fileiras e alunos totalmente passivos. Libâneo (1992, p.2), diz que, ‘’ na tendência tradicional, a pedagogia se caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual aluno é educado para atingir, pelo próprio esforço, sua plena realização como pessoa’’. Já a professora Melissa adota uma postura totalmente diferente, mediadora, pois busca facilitar o conhecimento permite que os alunos se envolvam nas aulas, trocam ideias, experiências, fazendo com que os conteúdos sejam significativos, pois sua aula parte do conhecimento prévio do aluno, uma educação da Escola Nova, tendência Liberal Renovadora não-diretiva. Segundo Libâneo (1992, p.5), ‘’a pedagogia não-diretiva propõe uma educação centrada no aluno, visando formar sua personalidade através da vivência de experiências significativas que lhe permitam desenvolver características inerentes a sua natureza’’.
Cada educadora nota a didática de uma perspectiva pessoal sobre o modo de ensinar, e essa didática atua como uma ferramenta crucial para o processo de aprendizagem do aluno. Segundo Masetto (1994, p.13), Didática é uma “[...] reflexão sistemática sobre o processo de ensino-aprendizagem que acontece na escola e na aula, buscando alternativas para os problemas da prática pedagógica.” Assim, a Didática é um processo de estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas, no ato educativo. A professora Lourdes vê o aluno como um sujeito que somente recebe o que é lhe passado, ele não pode argumentar, apenas absorve os conteúdos para que logo faça um exame para avaliar seu conhecimento. 
Com relação ao exame, Foucault nos dirá que:
O exame combina as técnicas da hierarquiaque vigia e as da sanção que normatiza. É um controle normalizante, uma vigilância que permite qualificar, classificar e punir. Estabelece sobre os indivíduos um visibilidade através da qual eles são sancionados. É por isso que, em todos os dispositivos da disciplina, o exame é altamente ritualizado. Nele vêm-se reunir a cerimônia do poder e a forma da experiência, a demonstração da força e o estabelecimento da verdade (FOUCAULT, 2002, p.154).
Portanto, no cotidiano escolar da professora Lourdes, falta à articulação Didática para transpor os instrumentais para atingir a multidimensionalidade das relações, ultrapassando os limites do campo disciplinar para auxiliar na recomposição do processo disciplinar. Pois compreendemos a Didática como superação tendo em vista os conteúdos trabalhados, a prática que vai além de métodos e técnicas auxilia no processo de formação do cidadão, por ajudar no ensino, aprendizagem e na construção do conhecimento.	
Vimos que a Didática está totalmente ligada à pedagogia, representa a ação educativa e seu principal foco é a prática do ensino por meio de estratégias que possibilitem um melhor entendimento do que foi desenvolvido em sala de aula, sendo assim, percebemos que a Didática que a professora Melissa utiliza cumpre melhor suas funções como pedagoga, pois atua como pilar na formação social do indivíduo, já que seus alunos são ativos, participativos e atuantes em sala de aula, e assim possibilita-os serem mais criativos e reflexivos diante das adversidades encontradas na sociedade. Para Cordeiro (2007) ensinar é uma atividade que não se resolve mediante conhecimento das regras, mas requer êxito. Pois, além dos saberes que se adquirem por imitação, deverão ser admitidos alguns saberes acumulados no coletivo pela sociedade num processo contínuo entre o individual e o social. É fundamental a formalização dos saberes docentes na prática pedagógica.
Juntamente à sua Didática a professora Melissa também traz diferente modo de avaliar, pois não avalia somente no final de um período, para medir o quanto o aluno aprendeu, mas sim de forma contínua e eficaz.
Arcas nos afirma textualmente: 
A avaliação muda seu sentido, deixa de ser algo situado ao final e passa a estar presente durante todo o processo, desde o início indicando os conhecimentos que os alunos possuem e que vêm acumulando durante sua trajetória, cumprindo uma função prognóstica, ou seja, indicando ao professor aquilo que o aluno já aprendeu e aquilo que ainda falta aprender; a avaliação permite aos professores, no início de uma formação, elaborar um planejamento de acordo com as necessidades de aprendizagem de seus alunos, adequando ritmos, orientando atividades que são coletivas e também traçando trajetórias individualizadas que alguns alunos necessitam para superar suas dificuldades, desenvolver-se e adquirir os conhecimentos, habilidades e competências que a escola deseja promover(ARCAS,2017, p.226).
	Com isso observamos a importância da Didática e prática de ensino para a construção dos saberes docentes, aperfeiçoamento das metodologias e estratégias para melhor ensinar. Entretanto, de acordo com a observação, algumas práticas têm um cunho tradicional, pautadas no uso de estratégias, que não levam em conta o todo do processo, ou seja, não reflete uma práxis, fazendo com que o aluno se perca em meio às dificuldades das tensões do processo. Ensinar é um processo complexo e para alcançar seu maior objetivo que é a aprendizagem do aluno, deve ser adotada uma metodologia que permita ao professor a construção de uma identidade voltada para a relação multidimensional da teoria e prática para favorecer na construção do conhecimento.
	A educação está presente em nossas vidas desde o nascimento, e não se limita à instrução ou à transmissão de conhecimento. Compreende o desenvolvimento da autonomia e do senso crítico, aprimorando habilidades e competências.
	De acordo com Gomes; Vitorino:
A educação formal se estrutura por um conjunto de princípios e regras que fazem parte de um sistema legal e de uma orientação nacional, garantindo, ou pelo menos devendo garantir, um conjunto básico de princípios e conteúdos a todo cidadão brasileiro [...] a educação não-formal trata-se de uma forma de educação em que os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vidas dos grupos e dos indivíduos, forra da escola (GOMES; VITORINO, 2017, p.19). 
	Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, pois é preciso se dedicar aos estudos, à pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos. Como mediador da aprendizagem, participa ativamente do processo de aprender, incentivando a busca de novos saberes, sendo detentor de senso crítico, conhecendo profundamente o campo do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos conhecimentos, por meio da realidade que o cerca. Do docente também se espera paciência, criatividade, humildade, carisma, saber lidar com público entre outras coisas. E é esse professor que pretendemos nos tornar, fazendo da prática docente não somente um ato de ensinar, mas também de aprender de forma que seja leve, prazeroso e eficaz o conhecimento como um todo.
Ser professor é renovar e interagir com os alunos, é relacionar teoria e prática no cotidiano escolar, é procurar desempenhar cada dia mais o papel docente, pois quanto melhor for o desempenho do docente, melhor será o desempenho do estudante, e assim tornar possível um desenvolvimento digno de uma sociedade cada vez melhor. 
 
REFERÊNCIAS
ARCAS, P. H. Avaliação na Educação. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
CORDEIRO, J. Didática. São Paulo: Contexto, 2007.
FOUCAULT, Michael. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 26 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
GOMES, T. P.; VITORINO, D. C. Educação Formal e Não Formal. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos para que? . 12 ed. São Paulo: Cortez, 2010.
LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1992.
MASETTO, M. T. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD. 1994.

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