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Josserrand Massimo Volpon OAB/GO 30.669 
Ludmila Alves Imai OAB/GO 29.763 
Pedro Henrique Teixeira Jales OAB/GO 28.758 
Ricardo di Manoel Caiado OAB/GO 31.437 
 
Gilberto Valentim Volpon OAB/GO 1.113 ( in memoriam ) 
_________________________________________________________________ 
Rua 101, n° 289, Setor Sul, Goiânia – Goiás. CEP: 74.080-150, Telefax: (62) 3942-5000 / 3229-2716 
e-mail: jmassimo@brturbo.com 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _ JUIZADO 
ESPECIAL DA VARA DE FAZENDA PÚBLICA DE GOIÂNIA – GO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MARCELO GONÇALVES BORGES DA SILVA, brasileiro, solteiro, 
funcionário público, portador do RG nº 48883842 DGPC/GO, inscrito no CPF sob nº 
733.832.361-53, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, via de seus advogados 
e procuradores infra-assinado (m.j.), com escritório profissional no endereço abaixo 
descrito, propor a presente: 
 
AÇÃO ANULATÓRIA DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO COM 
PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
 
 Em face da Agência Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade 
de Goiânia – AMT, pessoa jurídica de direito público, com sede na Avenida Laudelino 
Gomes de Almeida, nº250, Setor Bela Vista, Goiânia, Goiás, o que faz pelos motivos de 
fato e de direito a seguir aduzidos. 
 
 
 
Josserrand Massimo Volpon OAB/GO 30.669 
Ludmila Alves Imai OAB/GO 29.763 
Pedro Henrique Teixeira Jales OAB/GO 28.758 
Ricardo di Manoel Caiado OAB/GO 31.437 
 
Gilberto Valentim Volpon OAB/GO 1.113 ( in memoriam ) 
_________________________________________________________________ 
Rua 101, n° 289, Setor Sul, Goiânia – Goiás. CEP: 74.080-150, Telefax: (62) 3942-5000 / 3229-2716 
e-mail: jmassimo@brturbo.com 
 
DOS FATOS 
 
 
 No dia 15 de abril de 2009, às 04:50h, o Requerente foi autuado por um agente 
da Polícia Militar do Estado de Goiás, Sd. Oldair Gonçalves Lopes, identificação A7862, 
por dirigir sob influência de álcool, infringindo o art.165 do CTB. 
 À época do fato, o autor e outros dois amigos dirigiam seus veículos na 
Avenida Castelo Brancos, St. Rodoviário, nesta capital. Foram abordados por uma blitz 
da Polícia Militar por volta das 04h, sendo a primeira condutora Sra. Kamila Martins 
Soares, RG nº 4211135, liberada e o segundo condutor Sr. Emmanuel Pereira de Fraia, 
RG nº 4302201, abordado pelo agende militar, realizou o teste do bafômetro e foi 
liberado posteriormente. 
 O Requerente foi abordado sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool, 
porém recusou-se a realizar o teste do bafômetro ante a prerrogativa de inocência que a 
lei lhe faculta. Ocorre que não lhe foi oportunizada a realização de outros meios de 
prova, tais como exame de corpo de delito indireto ou supletivo ou, ainda, à prova 
testemunhal quando impossibilitado o exame direto. 
 O auto de infração foi lavrado conforme relatório de constatação de embriaguez 
e o Requerente apresentou Defesa Prévia sob nº 37668613 em 29/05/2009 a qual não foi 
acolhida em 17/07/2009 com a justificativa que o auto de constatação de embriaguez é 
consistente. Tempestivamente foi interposto Recurso à JARI/DETRAN GO sob o nº 
151369909 o qual negado pelo Colegiado da 2ª JARI, ratificando a justificativa 
apresentada pela Comissão de Defesa Prévia. O Requerente interpôs novo recurso ao 
CETRAN sob nº 98357810 em 15/06/2010 que ainda não foi julgado. 
Assim, não restou alternativa à requerente senão socorrer ao Poder Judiciário 
para anular a infração de trânsito, uma vez que a mesma está eivada de irregularidade. 
 
 
 
 
 
 
Josserrand Massimo Volpon OAB/GO 30.669 
Ludmila Alves Imai OAB/GO 29.763 
Pedro Henrique Teixeira Jales OAB/GO 28.758 
Ricardo di Manoel Caiado OAB/GO 31.437 
 
Gilberto Valentim Volpon OAB/GO 1.113 ( in memoriam ) 
_________________________________________________________________ 
Rua 101, n° 289, Setor Sul, Goiânia – Goiás. CEP: 74.080-150, Telefax: (62) 3942-5000 / 3229-2716 
e-mail: jmassimo@brturbo.com 
 
DO DIREITO 
 
 
Não há dúvidas de que não há a obrigatoriedade de um cidadão submeter-se ao 
exame de alcoolemia; não caracterizando crime de desobediência o fato de o condutor 
suspeito não se submeter ao “teste do bafômetro”, pois existem outros exames que 
poderão ser realizados, entre eles o exame clínico e a perícia médico-legal. 
 
 Ademais, como bem demonstrado acima, não paira dúvidas quando a 
arbitrariedade cometida pela Polícia Militar, ao constranger o condutor do veículo a se 
submeter a esse tipo de constrangimento, o que é vedado pelo art. 5º, inciso II da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 Contudo, no Código Brasileiro de Trânsito não há comando legal que determine 
que o infrator esteja obrigado a abrir sua boca e permitir que se introduza nela – ou ele 
próprio o faça – qualquer instrumento destinado a medir-lhe teor alcoólico. 
 
 O cidadão não está obrigado a colaborar com a autoridade policial no que 
poderá reverter-lhe em evidente prejuízo processual: a produção antecipada de provas 
sem defesa. 
 
Trata-se de princípio constitucional derivado do direito natural do cidadão, o 
recusar-se a introduzir o aparelho na própria boca e soprá-la, dessa forma, assinar sua 
própria sentença condenatória. 
 
O artigo 277 do CTB cuida dos meios probatórios que podem conduzir à 
constatação da embriaguez ao volante. Por força da Lei 11.705/2008, agregou-se ao art. 
277 um novo parágrafo (§ 2º), que diz o seguinte: 
 
“§ 2º A infração prevista no art. 165 deste Código poderá ser 
caracterizada pelo agente de trânsito mediante a obtenção de 
outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais 
de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo 
condutor”. 
 As três formas clássicas de se provar a embriaguez ao volante são: (a) exame de 
sangue; (b) bafômetro e (c) exame clínico. No novo § 2º o legislador ampliou a 
possibilidade da prova, falando em outras provas em direito admitidas. 
 
 
 
Josserrand Massimo Volpon OAB/GO 30.669 
Ludmila Alves Imai OAB/GO 29.763 
Pedro Henrique Teixeira Jales OAB/GO 28.758 
Ricardo di Manoel Caiado OAB/GO 31.437 
 
Gilberto Valentim Volpon OAB/GO 1.113 ( in memoriam ) 
_________________________________________________________________ 
Rua 101, n° 289, Setor Sul, Goiânia – Goiás. CEP: 74.080-150, Telefax: (62) 3942-5000 / 3229-2716 
e-mail: jmassimo@brturbo.com 
 
 
 A prova da embriaguez não se restringe, mais, às clássicas formas. Outras 
provas em direito admitidas podem ser produzidas, para que sejam constatados os 
notórios sinais de embriaguez, a excitação ou o torpor apresentado (s) pelo condutor. 
Por exemplo: prova testemunhal, filmagens, fotos etc. 
 
 Ninguém é obrigado a fazer prova contra si mesmo: em matéria de prova da 
embriaguez há, de qualquer modo, uma premissa básica a ser observada: ninguém está 
obrigado a fazer prova contra si mesmo (direito de não-autoincriminação, que vem 
previsto de forma expressa no art. 8º da Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos, que possui valor constitucional – HC 87.585-TO – cf. GOMES, L.F. e 
MAZZUOLI, Valério, Comentários à Convenção Americana sobre Direitos Humanos, 
São Paulo: RT, 2008). O sujeito não está obrigado a ceder seu corpo ou parte dele para 
fazer prova (contra ele mesmo). 
 
 Em outras palavras: não está obrigado a ceder sangue, não está obrigado a 
soprar o bafômetro (porque essas duas provas envolvem o corpo humano do suspeito e 
porque exigem dele uma postura ativa). Havendo recusa, resta o exame clínico (que é 
feito geralmente nos Institutos Médico-Legais) ou a prova testemunhal. 
 
 O motorista surpreendido, como se vê, pode recusar duas coisas: exame de 
sangue e bafômetro. Mas não pode recusar o exame clínico. E se houver recusa desse 
exame? Disso cuida o § 3º (novo) que diz: 
 
“§ 3º (do art. 277). Serão aplicadas as penalidades e medidas 
administrativas estabelecidasno art. 165 deste Código ao 
condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos 
procedimentos previstos no caput deste artigo.” 
 
 Por essas razões, entendemos que o motorista não é obrigado a submeter-se aos 
testes de alcoolemia (bafômetro, extração de sangue, exame de urina ou DNA e.g) em 
face do princípio de que ninguém pode ser obrigado a produzir prova contra si 
mesmo. 
 
Em suma, verifica-se que o condutor não infringiu nenhum dispositivo do 
Código Brasileiro de Trânsito, por ausência de prova cabal e legítima de que o mesmo 
encontrava-se alcoolizado, como determina o artigo 165 do CTB, bem como não foi 
utilizado nenhum outro meio probatório da embriaguez. 
 
 
 
 
 
 
Josserrand Massimo Volpon OAB/GO 30.669 
Ludmila Alves Imai OAB/GO 29.763 
Pedro Henrique Teixeira Jales OAB/GO 28.758 
Ricardo di Manoel Caiado OAB/GO 31.437 
 
Gilberto Valentim Volpon OAB/GO 1.113 ( in memoriam ) 
_________________________________________________________________ 
Rua 101, n° 289, Setor Sul, Goiânia – Goiás. CEP: 74.080-150, Telefax: (62) 3942-5000 / 3229-2716 
e-mail: jmassimo@brturbo.com 
 
DOS PEDIDOS 
 
 
 De todo o exposto, REQUER: 
 
 
a) Seja JULGADA PROCEDENTE a presente ação, com a conseqüente 
ANULAÇÃO da penalidade imposta e REVOGAÇAO dos pontos no 
prontuário da CHH do Autor. 
 
b) Seja concedida LIMINAR para que o Autor proceda ao pagamento do 
licenciamento do veículo com a exclusão da multa ora questionada. 
 
Protesta-se ainda pela produção de provas por todos os meios admitidos em 
direito e cabíveis à espécie, em especial a pericial e testemunhal. 
 
 
Nestes Termos, 
Pede e Espera Deferimento. 
 
Goiânia-GO, 5 de outubro de 2010. 
 
JOSSERRAND MASSIMO VOLPON PEDRO HENRIQUE T. JALES 
 OAB/GO 30.669 OAB/GO 28.758 
 
 
LUDMILA ALVES IMAI RICARDO DI MANOEL CAIADO 
 OAB/GO 29.763 OAB/GO 31.437

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