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Capítulo 05 - Biodiversidade - Biomas Brasileiros

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Capítulo 5 
 
Biodiversidade: Biomas Brasileiros 
 
1 Introdução 
 
A Convenção sobre a Diversidade Biológica – CDB é o acordo internacional mais 
relevante para a proteção da biodiversidade brasileira. A CDB foi assinada pelos representantes 
de 153 países presentes à Conferência de Nações Unidas sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, realizada na cidade do Rio de Janeiro, entre 5 e 14 de junho de 1992. Esse 
evento também é conhecimento como Rio-92 ou Eco-92. O Ministério do Meio Ambiente 
(MMA) foi criado naquele ano pelo Governo do Brasil
1
. 
Nosso objetivo é conhecer e discutir a legislação vigente, que regulamenta a proteção da 
biodiversidade, isto é, dos diferentes biomas brasileiros. No capítulo 2 (aula 2) foi apresentado e 
discutido o Plano Nacional de Meio Ambiente; o capítulo 3 (aula 3) tratou do zoneamento 
ambiental, industrial e urbano, e no capítulo 4 (aula 4) deu-se ênfase às Unidades de 
Conservação. Neste capítulo, destacaremos os pontos mais importantes da CDB, apresentaremos 
um breve histórico sobre a legislação nacional, as leis vigentes, os órgãos responsáveis pela 
proteção da biodiversidade e seu impacto no meio ambiente, e uma breve descrição dos biomas 
brasileiros. 
A disseminação do conhecimento da legislação nacional e internacional pode contribuir 
para exigir o cumprimento das leis e normas por todos: indivíduos, empresas, instituições 
públicas e privadas, autoridades federais, estaduais e municipais. 
 
2 Sobre a Convenção da Diversidade Biológica - CDB 
 
A CDB constitui o marco internacional que alterou o entendimento de utilização da 
biodiversidade planetária como patrimônio da humanidade, e que reconheceu a soberania dos 
 
1
 Informação disponível em http://www.mma.gov.br/o-ministerio/apresentacaohttp://www.mma.gov.br/o-
ministerio/apresentacao. Acesso em 23/06/2014. 
http://www.mma.gov.br/o-ministerio/apresentacao
http://www.mma.gov.br/o-ministerio/apresentacao
2 
 
países para legislar sobre seus próprios recursos naturais. Todos os países passaram a ser 
responsáveis pela conservação da biodiversidade em seus territórios. 
Outro aspecto, relevante e expresso na CDB, é a justa e equitativa repartição de benefícios 
pelo uso dos recursos biológicos e de conhecimentos tradicionais de comunidades originárias ou 
locais, utilizados no desenvolvimento de produtos, tais como medicamentos ou outros bens de 
consumo industrializados. O uso da biodiversidade e a repartição de benefícios serão abordados 
no próximo capítulo. 
A Convenção faz parte do ordenamento jurídico brasileiro. A CBD foi ratificada pelo 
Congresso Nacional, através do Decreto Legislativo
2
 nº 2 de 03 de março de 1994, com vigência 
para o Brasil em 29 de maio de 1994. A promulgação da CDB, entretanto, foi objeto do Decreto 
nº 2.519, de 16 de março de 1998. O Brasil possui um grande número de leis e normas relativas à 
biodiversidade
3
. Neste capítulo, abordaremos as mais relevantes normas. 
 
2.1 Os fundamentos da Convenção sobre a Diversidade Biológica 
Nesse importante marco legal internacional, os países envolvidos deixaram claro vários 
compromissos, preocupações e considerações. Listamos os que têm vital importância para o tema 
desta aula: a biodiversidade biológica. Destacamos o valor intrínseco dos componentes da 
diversidade biológica, associada aos aspectos ecológico, genético, social, econômico, científico, 
educacional, cultural, recreativo e estético; o poder soberano de cada país sobre os seus próprios 
recursos biológicos e a responsabilidade pela conservação da diversidade biológica e pela 
utilização sustentável de seus recursos biológicos; a preocupação com a redução da diversidade 
biológica devido às atividades humanas; a conservação dos ecossistemas e dos habitats naturais, 
assim como a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies no seu meio natural 
como uma exigência fundamental para a conservação da diversidade biológica. É preciso 
conservar e utilizar de forma sustentável a diversidade biológica em benefício das gerações 
presentes e futuras. 
 
2
 O Decreto Legislativo é um ato normativo necessário para a aprovação e internalização dos acordos internacionais 
ao ordenamento jurídico brasileiro. Os acordos e tratados internacionais internalizados possuem status de lei 
ordinária, via de regra, podendo ter outros status que não são objeto da presente analise. Assim sendo, as normas 
internacionais após a emissão do Decreto Legislativo podem revogar normas ordinárias com elas conflitantes pelos 
critérios da temporalidade e da especialidade. 
3
 A legislação associada à biodiversidade pode ser acessada através do 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/legistacao_4_relatorio_cdb.pdf 
3 
 
A CDB
4
 em seu artigo 2º estabeleceu o significado de vários termos. Transcrevemos os 
que são pertinentes a este capítulo (mantido grifo do original): 
Área protegida significa uma área definida geograficamente que é destinada, ou 
regulamentada, e administrada para alcançar objetivos específicos de conservação. 
Condição in situ significa as condições em que recursos genéticos existem em 
ecossistemas e habitats naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos 
meios onde tenham desenvolvido suas propriedades características. 
Conservação ex situ significa a conservação de componentes da diversidade biológica 
fora de seus hábitats naturais. 
Conservação in situ significa a conservação de ecossistemas e habitats naturais e a 
manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, 
no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido 
suas propriedades características. 
Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as 
origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros 
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo 
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. 
Ecossistema significa um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de 
microrganismos e o seu meio inorgânico que interagem como uma unidade funcional. 
Espécie domesticada ou cultivada significa espécie em cujo processo de evolução 
influiu o ser humano para atender suas necessidades. 
Habitat significa o lugar ou tipo de local onde um organismo ou população ocorre 
naturalmente. 
Utilização sustentável significa a utilização de componentes da diversidade biológica 
de modo e em ritmo tais que não levem, no longo prazo, à diminuição da diversidade 
biológica, mantendo assim seu potencial para atender as necessidades e aspirações das 
gerações presentes e futuras. 
 A rápida modificação que se observa no meio ambiente teve seu início na segunda 
metade do secúlo XX, ou seja após a Segunda Grande Guerra Mundial. A população aumentou 
muito, atingido 7,2 bilhões de pessoas em 2013, segundo a Organização das Nações Unidas 
(ONU). Na América Latina a população duplicou entre 1950 e 2000, atingindo mais de 800 
milhões de habitantes. A população da América Latina e do Caribe é a mais urbanizada do 
mundo em desenvolvimento, e nesse aspecto se assemelha à de países desenvolvidos. São 
consideradas cidades pequenas as que possuem menos de 500 milhões de habitantes, as médias 
possuem populaçao entre um a cinco milhões de habitantes, enquanto as megacidades são as que 
têm mais de 10 milhões de habitantes. As cidades continuarão a absorver a maior parte da 
população no mundo? Entre as megacidades estão duas metrópoles, São Paulo e Rio de Janeiro: 
a primeira com aproximadamente 19 milhões e a segunda com 12 milhões. 
 
 
4
 O texto da CDB está disponível em http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica,mas também foi disponibilizado na plataforma do CECIERJ 
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica
4 
 
O aumento populacional e o crescimento das cidades e do consumo de seus habitantes têm 
gerado pressões muito grandes nos ecossistemas, levando inclusive à escassez de água
5
. Isso, por 
sua vez, implica em dificuldades para a população, que é obrigada a obter o que precisa de 
lugares mais distantes, causando desequilíbrio nos ecossistemas originais, diminuição das áreas 
florestais, desertificação e erosão. A urbanização de zonas costeiras pode resultar na destruição 
das zonas úmidas essenciais e alterar habitats críticos, como as praias e os recifes de coral. A 
perda desses ambientes pode causar inundações sazonais, deslizamentos de terra, aumento de 
vetores de doenças, além de impactar negativamente na qualidade do ar. Vários estudos 
publicados indicam que o aumento populacional é, sem dúvida, um dos determinantes com efeito 
negativo sobre o ambiente e a saúde humana. Informações relevantes podem ser obtidas junto à 
Organização Pan-Americana da Saúde
6
 (OPAS). 
 
2.2 Princípios da Convenção sobre Diversidade Biológica 
 O artigo 3º da CDB determina que os Estados têm o direito soberano de explorar seus 
próprios recursos, segundo suas políticas ambientais, e a responsabilidade de assegurar que 
atividades sob sua jurisdição
7
 ou controle não causem dano ao meio ambiente de outros Estados 
ou de áreas além dos limites da jurisdição nacional. 
 Portanto, fica bem claro que o princípio sobre o qual se fundamenta esse acordo 
internacional está vinculado diretamente à proteção ao meio ambiente. Para nós, biólogos, é fácil 
compreender a estreita relação que os seres vivos estabelecem entre eles e com o meio ambiente, 
e também como o meio ambiente afeta a relação entre o seres vivos. Há muito reconhecemos que 
os seres vivos necessitam transformar os recursos naturais, incluindo os biológicos, para a sua 
sobrevivência. Não menos importante tem sido reconhecer que o uso indiscriminado desses 
recursos pode levar a uma situação de alteração ou escassez desses materiais, com a consequente 
diminuição, e mesmo a extinção, de determinadas populações de espécies. 
 
 
 
5
 A respeito do tema, ver reportagem que trata sobre o projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul, que visa 
fornecer água para o Estado de São Paulo e que vem gerando uma grave crise federativa. 
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/05/29/justica-da-72-horas-para-sp-defender-transposicao-
do-rio-paraiba-do-sul.htm, acessado em 23/07/2014. 
6
 http://www.paho.org/bra/ 
7
 Jurisdição significa competência para julgar conflitos dentro dos limites geográficos de cada país. 
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/05/29/justica-da-72-horas-para-sp-defender-transposicao-do-rio-paraiba-do-sul.htm
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/05/29/justica-da-72-horas-para-sp-defender-transposicao-do-rio-paraiba-do-sul.htm
5 
 
2.3 Conservação e Uso Sustentável dos Recursos Biológicos e Áreas protegidas 
 O artigo 8º da CDB trata da conservação in situ, e prevê que cada país participante, na 
medida do possível e, conforme o caso, entre outros compromissos, tem o dever de: 
a) Estabelecer um sistema de áreas protegidas ou áreas onde medidas especiais precisem 
ser tomadas para conservar a diversidade biológica; 
b) Desenvolver, se necessário, diretrizes para seleção, estabelecimento e administração de 
áreas protegidas ou áreas onde medidas especiais precisem ser tomadas para conservar a 
diversidade biológica, 
c) Regulamentar ou administrar recursos biológicos importantes para a conservação da 
diversidade biológica, dentro ou fora de áreas protegidas, a fim de assegurar sua 
conservação e utilização sustentável; 
d) Promover a proteção de ecossistemas, habitats naturais e manutenção de poupulações 
viáveis de espécies em seu meio natural; 
e) Promover o desenvolvimento sustentável e ambientalmente sadio em áreas adjacentes às 
áreas protegidas a fim de reforçar a proteção dessas áreas; 
 
2.4 Avaliação de Impacto e Minimização de Impactos Negativos sobre a diversidade 
O artigo 14 da CDB trata sobre o que cada Estado Membro da Convenção deve fazer para 
avaliar e minimizar os impactos negativos sobre a biodiversidade. O §1º desse artigo dispõe: 
1. Cada Parte Contratante, na medida do possível, e conforme o caso deve: 
a) Estabelecer procedimentos adequados que exijam a avaliação de impacto ambiental 
de seus projetos propostos que possam ter sensíveis efeitos negativos na diversidade 
biológica, a fim de evitar ou minimizar tais efeitos e, conforme o caso, permitir a 
participação pública nesses procedimentos; 
b) Tomar providências adequadas para assegurar que sejam devidamente levadas em 
conta as consequências ambientais de seus programas e políticas que possam ter 
sensíveis efeitos negativos na diversidade biológica; 
c) Promover, com base em reciprocidade, notificação, intercâmbio de informação e 
consulta sobre atividades sob sua jurisdição ou controle que possam ter sensíveis efeitos 
negativos na diversidade biológica de outros Estados ou áreas além dos limites da 
jurisdição nacional, estimulando-se a adoção de acordos bilaterais, regionais ou 
multilaterais, conforme o caso; 
d) Notificar imediatamente, no caso em que se originem sob sua jurisdição ou controle, 
perigo ou dano iminente ou grave à diversidade biológica em área sob jurisdição de 
outros Estados ou em áreas além dos limites da jurisdição nacional, os Estados que 
possam ser afetados por esse perigo ou dano, assim como tomar medidas para prevenir 
ou minimizar esse perigo ou dano; e 
e) Estimular providências nacionais sobre medidas de emergência para o caso de 
atividades ou acontecimentos de origem natural ou outra que representem perigo grave e 
iminente à diversidade biológica e promover a cooperação internacional para 
complementar tais esforços nacionais e, conforme o caso, e em acordo com os Estados 
6 
 
ou organizações regionais de integração econômica interessadas em estabelecer planos 
conjuntos de contingência. 
 
3 Principais normas da legislação brasileira sobre a proteção da biodiverisdade 
 
A legislação brasileira vem sendo construída por iniciativas do Poder Legislativo, isto é, no 
âmbito do Congresso Nacional, das assembleias legislativas dos estados, e das câmaras 
municipais, por meio da elaboração e aprovação de leis. Por seu turno, o Poder Executivo, isto é, 
por determinação legal, por meio de órgãos competentes, regulamenta as leis através de 
resoluções, instruções normativas, deliberações, e portarias. A legislação representa uma resposta 
dos governos às demandas sociais, culturais e econômicas, especialmente para conter atividades 
e processos produtivo-econômico ecologicamente incorretos. No entanto, a devida interpretação 
e aplicação da legislação ambiental visando a preservação e uso sustentável dos recursos naturais 
ainda é um processo em construção, não apenas no Brasil, mas em toda a região da América 
Latina. A preocupação com o meio ambiente ainda não faz parte da cultura do nosso país, como 
indica o lixo produzido no ambiente urbano. 
 
3.1 Legislação Federal 
O novo Código Florestal foi instituído com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Essa 
lei revogou a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o antigo Código Florestal, que havia 
substituído, por sua vez, a primeira versão de 1934. O Brasil tem procurado assegurar a proteção 
das florestas e demais formas de vegetação, e portanto, a diversidade biológica há pelo menos 
mais de 80 anos. 
A Lei de Proteção à Fauna foi promulgada com a Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, 
que determinou que a fauna silvestre, ou seja, os animais de quaisquer espécies que vivem 
naturalmente fora de cativeiro,são bens tutelados pelo Estado, sendo proibida a sua utilização, 
perseguição, destruição, caça ou apanha sem a devida autorização. Essa lei, conhecida por “Lei 
de Caça”, regulamentou a caça amadorista, a caça de controle e a caça com fins científicos, e 
proibiu a caça profissional. Essa, infelizmente, continua a ser realizada ilegalmente pelos 
traficantes de animais, principalmente visando a sua exportação. A caça de subsistência, apesar 
7 
 
de não prevista, é praticada por populações tradicionais. Infelizmente, o avanço das cidades e a 
caça com fins econômicos tem levado algumas espécies à extinção ou ao risco de extinção
8
. 
A importante Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, instituiu a Política Nacional de Meio 
Ambiente e estabeleceu mecanismos de formulação de instrumentos de proteção da 
biodiversidade. Essa norma já foi abordada nos capítulos precedentes. A lei que estabeleceu o 
funcionamento de Jardins Zoológicos foi a Lei nº 7.173, de 14 de dezembro de 1983. A 
relevância desses órgãos está associada à prática da conservação e educação ambiental, ao 
desenvolvimento científico nas áreas afins e a oferecer serviços de infraestrutura e suporte para 
os visitantes. 
Em 1994 foi criado o Programa Nacional da Diversidade Biológica, PRONABIO, por meio 
do Decreto nº 1.354, de 29 de dezembro. Esse decreto estabeleceu uma comissão para coordenar 
a implementação dos compromissos da CDB, bem como acompanhar e avaliar as ações do 
governo brasileiro. Posteriormente, por meio do Decreto nº 4.339, de 22 de agosto de 2002, foi 
instituída a Política Nacional da Biodiversidade - PNB, que determinou seus princípios e 
diretrizes. A coordenação da implementação da PNB ficou a cargo do Ministério do Meio 
Ambiente, por intermédio do PRONABIO. A PNB deveria ser realizada em parceria entre o 
Poder Público e a sociedade civil, visando o conhecimento, a conservação da biodiversidade, a 
utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios 
derivados de sua utilização. 
Em 2003, o PRONABIO foi modificado com a publicação do Decreto nº 4.703, de 21 de 
maio. Esse decreto revogou o Decreto nº 1.354, de 1994, e estabeleceu a Comissão Nacional da 
Biodiversidade (CONABIO). Essa Comissão ficou encarregada por implementar os 
compromissos assumidos quando da ratificação da CDB, e identificar e propor áreas e ações 
prioritárias de pesquisa, conservação e uso sustentável dos componentes da biodiversidade
9
. A 
CONABIO, entre 2003 e 2011, criou 16 Câmaras Técnicas, das quais cinco são permanentes e 
ativas: Coleções; Diretrizes e Prioridades do Plano de Ação para Implementação da Política 
Nacional de Biodiversidade - PAN-Bio; Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies 
Sobrexplotadas ou Ameaçadas de Sobrexplotação; Espécies Exóticas Invasoras; Câmara Técnica 
 
8
 Esta questão será abordada no capítulo 7. 
9
 Informações disponíveis em http://www.mma.gov.br/biodiversidade/comissao-nacional-de-biodiversidade. Acesso 
em 23/06/2014. 
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/comissao-nacional-de-biodiversidade
8 
 
Permanente de Biodiversidade e Ciência. Entre as 11 Câmaras Técnicas Temporárias, algumas 
estão envolvidas com os biomas Cerrado, Pantanal e Caatinga. 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) 
foi criado pela Lei n º 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, como resultado do trabalho político da 
então Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), vinculada ao Ministério do Interior. 
Posteriormente, essa autarquia federal passou a ser vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, 
mas manteve como finalidade o exercício de poder de polícia ambiental, e a execução das ações 
de políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, quanto ao 
licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos 
naturais e à fiscalização, monitoramente e controle ambiental, observadas as diretrizes do MMA 
(art. 2º da Lei nº 7.735/89). A função do IBAMA será aprofundada quando for discutido o uso 
sustentável dos recursos biológicos (capítulo 6) e os crimes ambientais contra a flora e a fauna 
(capítulo 15). 
 A Lei n º11.516, de 28 de agosto de 2007, criou o Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade
10
 (ICMBio). Essa instituição é vinculada ao MMA e integrante 
do Sistena Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA
11
). Esse órgão possui um papel de destaque 
para a implementação das ações de proteção dos ecossistemas por parte do governo federal. A 
finalidade dessa autarquia encontra-se determinada nos incisos do artigo 1º da referida lei, 
transcritos a seguir: 
I - executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, 
referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, 
fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União; 
II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e 
ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de 
uso sustentável instituídas pela União; 
III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da 
biodiversidade e de educação ambiental; 
IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação 
instituídas pela União; e 
V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, 
programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, 
onde estas atividades sejam permitidas. 
 
10
 Ver vídeo institucional sobre o ICMBio, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=SEFwGcJYbbg 
11
 Ver capítulo 2 da disciplina Legislação Ambiental 
9 
 
Deve ser ressaltado que o exercício do poder de polícia ambiental não exclui o exercício 
supletivo
12
 do poder de polícia ambiental pelo IBAMA
13
. 
Assim, o ICMBio é responsável por executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação, e pode propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as UCs
14
 que a 
União (Governo Federal) criar. Esse órgão também tem competência para fomentar e executar 
programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder 
de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação federais. 
No capítulo 2, vimos que a competência para legislar sobre o meio ambiente é 
compartilhada por todos os entes federativos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. As 
secretarias estaduais e municipais na organização de cada Estado/Município/Distrito Federal se 
equivalem aos ministérios na organização da União, isto é, do Governo Federal. 
 
3.2 Legislações Estaduais 
Todos os 27 estados brasileiros possuem legislação que protegem o meio ambiente. Com a 
Lei nº 690, de 01 de dezembro de 1983, o Estado do Rio de Janeiro dispõe sobre a Proteção às 
Florestas e demais formas de Vegetação Natural; com a Lei nº 1.315, de 07 de junho de 1988, 
dispõe sobre a Política Florestal do Estado; e por intermédio da Lei nº 3.900, de 19 de julho de 
2002, institui o Código Estadual de Proteção aos Animais, no âmbito do Estado. 
A Lei estadual nº 5.101, de 4 de outubro de 2007, criou o Instituto Estadual do Ambiente
15
 
(INEA). O Estado do Rio de Janeiro possui uma Secretaria
16
, assim como o Município do Rio de 
Janeiro
17
. No Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado do Ambiente
18
 (SEA) é 
competente para formular e coordenar a política estadual de proteção e conservação do meio 
 
12
 O exercício supletivo se refere à competência do IBAMA para tomar medidas adequadas contra quem causa dano 
à biodiversidade, sempre informando o ICMBio, que participará, em estritacooperação, da assinatura de acordos ou 
do ajuizamento de ações civis públicas, traçando as diretrizes técnicas que reputa adequadas para a unidade de 
conservação, conforme Ricardo Marques de Almeida em “Breves considerações sobre a persistência da competência 
do Ibama para exercer o poder de polícia ambiental sobre unidades de conservação federais”, texto publicado em 
Jus Navigandi, Teresina, ano 18, nº. 3638, em 17 de junho de 2013. Disponível em http://jus.com.br/artigos/24704. 
Acesso em 03/07/2014. 
13
 Parágrafo único do art. 2º da Lei 11.516/2007: “O disposto no inciso IV do caput deste artigo não exclui o 
exercício supletivo do poder de polícia ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA.” 
14
 Unidades de Conservação. 
15
 Ver em http://www.inea.rj.gov.br/Portal/index.htm 
16
 A Secretaria Estadual do Ambiente pode ser visitada por via eletrônica no site http://www.rj.gov.br/web/sea 
17
 A Secretaria Municipal do Meio Ambiente pode ser visitada por via eletrônica no site 
http://www.rio.rj.gov.br/web/smac 
18
 Acessar a página http://www.rj.gov.br/web/sea 
http://jus.com.br/artigos/24704/breves-consideracoes-sobre-a-persistencia-da-competencia-do-ibama-para-exercer-o-poder-de-policia-ambiental-sobre-unidades-de-conservacao-federais
http://jus.com.br/artigos/24704/breves-consideracoes-sobre-a-persistencia-da-competencia-do-ibama-para-exercer-o-poder-de-policia-ambiental-sobre-unidades-de-conservacao-federais
10 
 
ambiente e para gerenciar os recursos hídricos, visando o desenvolvimento sustentável do Estado 
do Rio de Janeiro. A SEA coordena o sistema estadual de meio ambiente, do qual faz parte o 
INEA. Esse órgão é responsável por proteger, conservar e recuperar o meio ambiente e promover 
o desenvolvimento sustentável. O INEA foi instalado em 12 de janeiro de 2009, quando foram 
unificadas e ampliadas as ações de três órgãos ambientais vinculados à SEA: a Fundação 
Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema), a Superintendência Estadual de Rios e 
Lagoas (Serla) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). 
 O Estado do Rio de Janeiro instituiu a Comissão Estadual de Controle Ambiental 
(CECA), um órgão colegiado diretamente vinculado ao Secretário da SEA, a quem compete, 
entre outras atribuições, baixar as normas ambientais e outros atos complementares necessários 
ao funcionamento do licenciamento ambiental; aplicar as penalidades cabíveis aos infratores da 
legislação de controle ambiental, mediante apreciação dos Autos de Constatação lavrados pelos 
órgãos fiscalizadores; e dar solução final aos processos de licenciamento ambiental. 
 O Estado do Rio de Janeiro também instituiu o Conselho Estadual de Meio Ambiente 
(CONEMA), um órgão deliberativo e normativo a quem cabe o estabelecimento das diretrizes da 
Política Estadual de Controle Ambiental. Não menos importante, a SEA administra o Fundo 
Estadual de Controle Ambiental (FECAM), fundo de natureza contábil que tem por objetivo 
financiar projetos de apoio à execução da Política Estadual de Meio Ambiente. Os recursos são 
provenientes, principalmente, da arrecadação de multas e indenizações por infração à legislação 
ambiental estadual e de royalties de petróleo. 
Os outros estados da federação também têm suas legislações sobre a proteção do meio 
ambiente que tratam de questões sobre a biodiversidade. A título de ilustração, no Anexo 1, 
listamos as leis dos vários estados, mais diretamente associadas com a proteção da 
biodiversidade, considerando o levantamento feito por Simone Wollf
19
, em 2009. 
 
 
 
 
 
 
19
 Publicação disponível em 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/legistacao_4_relatorio_cdb.pdf 
11 
 
4 Os biomas brasileiros 
 
Biomas são sistemas vegetais em que solo, clima, relevo, fauna e outros fatores naturais 
interagem entre si para formar florestas tropicais e temperadas, pradarias, estepes, savanas, 
desertos e tundras, entre outros. 
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
20
 define bioma nos seguintes 
termos: 
“Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos 
de vegetação contíguos que está próximo ou é vizinho, e que podem ser identificados a 
nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, 
sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma 
diversidade de flora e fauna própria.” 
O Brasil possui seis biomas terrestres ou continentais e os biomas costeiros. Estes se 
localizam ao longo da costa atlântica e abrigam diversos tipos de ecossistemas. Esses biomas são 
sujeitos à ação das marés, mas são áreas relativamente protegidas como baías, estuários, lagunas 
e restingas. As diferenças climáticas, geológicas e de solos da costa brasileira contribuem para a 
formação de ambientes ecológicos, como os recifes de corais, todos apresentando diferentes 
espécies de animais e vegetais. 
Os nomes atribuídos aos biomas são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, 
Pantanal e Pampa. Este último é denominado de Campos Sulinos, por alguns autores. 
Na tabela a seguir constam as áreas que cada bioma ocupa do território brasileiro: temos 
que o maior deles é o Bioma Amazônia e o menor o Bioma Pantanal. 
 Fonte: IBGE 
 
20
 Informação disponível em http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma. Acesso em 
20/06/2014. 
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma
12 
 
Um breve resumo sobre as características de cada um desses biomas será descrito, para 
então listarmos a legislação federal que trata da proteção dessas regiões ricas em biodiversidade, 
por vezes, restritas ao Brasil. 
 
4.1 Bioma Amazônia 
No Brasil, a Floresta Amazônica abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, 
Rondônia, Roraima e ainda uma pequena área do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. 
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical da Terra e nela são encontrados vários 
ecossistemas, com diferentes tipos de matas, campos abertos, e mesmo espécies de cerrado. A 
Floresta Amazônica é considerada a maior reserva de diversidade biológica, pois apresenta 
organismos vivos dos diferentes reinos, com habitats terrestres e aquáticos. Além disso, 
apresenta diversidade dentro das espécies, entre as espécies e de ecossistemas. Há indicações de 
que essa floresta abriga pelo menos metade de todas as espécies vivas do planeta. Nessa região 
crescem aproximadamente 2.500 espécies de árvores e 30 mil das 100 mil espécies de plantas 
encontradas na América do Sul. 
A Floresta Amazônica abriga uma grande variedade de animais, como macacos e aves. 
Todavia, a maior parte é constituída por insetos. Os mamíferos aquáticos como o peixe-boi, a 
lontra e os botos, e répteis como os jacarés, tartarugas e a conhecida jiboia amazônica são 
comuns nos trechos alagados. 
Apesar de sua monumental exuberância, os ecossistemas locais são vulneráveis. A floresta 
se nutre do próprio material orgânico, e seu equilíbrio é muito sensível a interferências. 
Infelizmente, a irresponsabilidade e a exploração econômica insustentável têm contribuído para 
alertar os órgãos competentes da necessidade da aplicação da legislação vigente. 
O Código Florestal
21
 constitui o mais importante instrumento jurídico para a proteção das 
florestas e o seu uso sustentável. No capítulo 7, essa lei será mais detalhada. Entretanto, é 
importante destacar as definições contidas nos incisos I e III do art. 3º do Código Florestal, 
fundamentais para a proteção do Bioma Amazônia, respectivamente (grifou-se): 
“Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e 
Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocantins 
e Goiás, e ao oestedo meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão”; 
 “Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, 
delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo 
 
21
 Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012. 
13 
 
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação 
dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o 
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;” 
A importância das áreas de proteção permanente (APPs) já foi tratada no capítulo 4. 
Os artigos 12 e 17 do Código Florestal são muito relevantes para a biodiversidade, pois 
asseguram a biodiversidade mesmo em propriedades privadas, nas áreas de Reserva Legal, 
tenham ou não vegetação nativa: caso essas áreas apresentem vegetação nativa ela deve ser 
mantida (art. 12), e quando ela tiver sido destruída, ela deve ser recomposta (art. 17, §4º). 
Outro aspecto importante contido no artigo 12 do referido Código, é que o percentual de 
área Reserva Legal de imóvel rural localizado na Amazônia Legal é de 80% em área de florestas; 
de 35% em área de cerrado, e de 20% em área de campos gerais (inciso I do art. 12). 
O desmatamento na Amazônia tem ocorrido em diferentes partes da região e ao longo do 
tempo. Até 1980, as estimativas de desmatamento atingiam cerca de 300 km
2
, ou seja, 6% da 
área total. Nas duas décadas seguintes, mais 280 mil km
2
 sofreram desmatamento. Medidas de 
monitoramente, prevenção, educação ambiental e combate a incêndios florestais foram definidas 
no Decreto nº 2.662, de 08 de julho de 1998, pelo Presidente da República. Todavia, isso não 
impediu que o aumento de desmatamento no início da década de 2000, o que resultou em uma 
área desmatada acumulada de 670 mil km
2
. Tal área é equivalente a cerca de 16% da floresta da 
Amazônia Legal
22
. 
 
4.2 Bioma Caatinga 
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro. A área de Caatinga é equivalente a 11% 
do território nacional. O Bioma Caatinga abrange o estado do Ceará (100%) e mais de metade da 
Bahia (54%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%) e do Rio Grande do 
Norte (95%), quase metade de Alagoas (48%) e Sergipe (49%), além de pequenas porções de 
Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%). Trata-se do bioma semiárido mais biodiverso do mundo 
com grande riqueza de ambiente e espécies. Entretanto, a Caatinga é o bioma menos conhecido 
 
22 Dados sobre o monitoramento dos biomas brasileiros estão disponíveis em 
http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas. As informações foram divulgadas no documento “PPCDAm” 
disponível em http://www.mma.gov.br/florestas/controle-e-preven%C3%A7%C3%A3o-do-desmatamento/plano-de-
a%C3%A7%C3%A3o-para-amaz%C3%B4nia-ppcdam. Acesso em 24/06/2014. 
 
14 
 
do país. A Caatinga abriga 932 espécies de plantas, 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 
de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 de abelhas. 
Assim como os demais biomas, a Caatinga tem sido desmatada de forma acelerada, 
principalmente nos últimos anos. Estimativas indicam que 80% de seus ecossistemas originais já 
foram alterados, principalmente por meio de desmatamentos e queimadas. O consumo de lenha 
nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, é realizado para fins domésticos pela população 
carente e indústrias, que convertem as áreas nativas em pastagens e em áreas de produção 
agrícola. 
O combate à desertificação está intimamente associado à conservação da Caatinga, dado 
que o deserto é resultado de processo de degradação ambiental em áreas áridas, semiáridas e 
subsumidas secas. No Brasil, 62% das áreas susceptíveis à desertificação estão em zonas 
originalmente ocupadas por caatingas. Apesar disso, menos de 1,5% do bioma está abrangido por 
unidades de proteção integral, que são as mais restritivas à intervenção humana. A área protegida 
por unidades de conservação no bioma é de cerca de 7%, mas grande parte das unidades em 
áreas de Proteção Ambiental têm baixo nível de implementação. 
 A Caatinga necessita de marco regulatório, ações e investimentos para sua conservação e 
uso sustentável. Há uma proposta de emenda constitucional que transforma a Caatinga e Cerrado 
em patrimônio nacional, que aguarda sua aprovação pelo Congresso Nacional
23
. A Floresta 
Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona 
Costeira já são considerados patrimônio nacional, como determinado no §4º do artigo 225 da 
Constituição Federal. Cumpre salientar que, apesar de não constarem expressamente no texto 
constitucional, há entendimento dominante de que estas áreas já fazem parte do patrimônio 
nacional, sendo o §4º do artigo 225 somente exemplificativo e não taxativo. 
 
4.3 Bioma Cerrado
24
 
O Cerrado é considerado um dos hotspots mundiais de biodiversidade, além de ser o 
segundo maior bioma da América do Sul. O Bioma Cerrado ocupa todo o Distrito Federal, mais 
da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas 
 
23
 Trata-se da PEC 504/2010, cujo inteiro teor poderá ser visto em: 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=49D9FC6EDFFBFF535EECF0511F1C
4BCB.proposicoesWeb2?codteor=789823&filename=PEC+504/2010, acessado em 23/07/2014. 
24
 Parte das informações se encontram disponíveis em http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=49D9FC6EDFFBFF535EECF0511F1C4BCB.proposicoesWeb2?codteor=789823&filename=PEC+504/2010
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=49D9FC6EDFFBFF535EECF0511F1C4BCB.proposicoesWeb2?codteor=789823&filename=PEC+504/2010
http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado
15 
 
Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados: Mato Grosso, Bahia, 
Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo. O Cerrado encerra as nascentes das três maiores bacias 
hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que favorece a 
sua biodiversidade. 
Apesar da elevada abundância de espécies endêmicas, abriga 11.627 espécies de plantas 
nativas já catalogadas em uma grande diversidade de habitats. São conhecidas cerca de 200 
espécies de mamíferos, uma rica avifauna com aproximadamente 837 espécies, 1.200 espécies de 
peixes, 180 espécies de répteis e 150 espécies de anfíbios. Estimativas recentes indicam que o 
Cerrado é o refúgio de 13% das borboletas e 35% das abelhas. 
Infelizmente, muitas espécies de plantas e animais correm risco de extinção, devido à 
ocupação humana. Nas três últimas décadas, a agricultura empresarial vem exercendo uma 
exploração insustentável. A utilização predatória do material lenhoso para produção de carvão 
tem contribuído para a degradação ambiental. O Cerrado é o bioma que possui a menor 
porcentagem de áreas de proteção integral. Apenas 8,21% do Cerrado é protegido por unidades 
de conservação, dos quais 2,85% são unidades de conservação de proteção integral e 5,36% 
unidades de conservação de uso sustentável. 
Em 2005, foi instituído o Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Bioma 
Cerrado - Programa Cerrado Sustentável por meio do Decreto nº 5.577, de 08 de novembro de 
2005. Em São Paulo, foi criada a Área de Relevante Interesse Ecológico Cerrado Pé-de-Gigante 
através da Resolução CONAMA nº 018/1989. 
 
4.4 Bioma Mata Atlântica 
O Bioma Mata Atlântica se estende por toda a costa brasileira, abrangendo inteiramente 
três estados, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e 98% do Paraná, além de porções 
de outras 11 unidades da federação, que incluem Minas Gerais e Mato Grosso. 
Apesar de conter uma das mais altas taxas de biodiversidade em espéciesda fauna e flora 
mundiais, restam cerca de 7% da vegetação original da Mata Atlântica, segundo o IBGE
25
. 
Existem aproximadamente 20 mil espécies de plantas, das quais 8.000 são exclusivas desse 
bioma. Das mais de 2.000 espécies de animais, foram catalogadas 270 espécies de mamíferos, 
849 de aves, 200 de répteis e 370 de anfíbios e 350 espécies de peixes. 
 
25
 Informação disponível em http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma 
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma
16 
 
A importância desse bioma também está relacionada à dependência dos recursos hídricos 
para o abastecimento de água para cerca de 70% da população brasileira. 
 
4.4.1 Legislação específica do Bioma Mata Atlântica 
É provável que esses fatos tenham contribuído para a aprovação de uma legislação 
específica para esse bioma. A Lei Federal nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, conhecida 
como Lei da Mata Atlântica, dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma 
Mata Atlântica. Essa lei regula a conservação, a proteção, a regeneração e a utilização da Mata 
Atlântica em consonância com o Código Florestal. Importante ressaltar que a lei determina que 
os integrantes do Bioma Mata Atlântica são as formações florestais nativas e ecossistemas 
associados conforme as delimitações definidas pelo IBGE (art. 2º). Ainda conforme o artigo 2º 
entende-se que a lei não é aplicável às formações florestais exóticas. 
Os objetivos da lei estão explicitados no artigo 6º. O objetivo geral é o desenvolvimento 
sustentável, e os específicos são: a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores 
paisagísticos, estéticos e turísticos, do hídrico e da estabilidade social. A Lei do Bioma da Mata 
Atlântica buscou dar maior proteção às áreas mais conservadas, incentivar a recomposição das 
áreas degradadas, priorizar para uso as áreas desmatadas, evitar o avanço da agricultura, 
pastagens e mesmo de cidades sobre as áreas com floresta ou outro tipo de vegetação nativa 
preservada. 
No parágrafo único
26
 do artigo 6º estão expressos vários dos princípios abordados no 
capítulo 1, tais como o da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, e da transparência das 
informações. Foram também expressos outros princípios, como o da função socioambiental da 
propriedade, do respeito ao direito da propriedade e o da equidade intergeracional, assim como a 
gratuidade dos serviços administrativos ao pequeno produtor e às populações tradicionais. 
 A Lei do Bioma da Mata Atlântica determinou que a definição de vegetação primária e de 
vegetação secundária nos estágios avançado, médio e inicial de regeneração do referido bioma, 
nas hipóteses de vegetação nativa localizada, é de iniciativa do CONAMA (art. 4º), e para tal 
devem ser observados os nove parâmetros definidos na própria lei (§ 2º do art. 4º). 
 
26
 Parágrafo único do art. 6º da Lei 11.428/2006: “Na proteção e na utilização do Bioma Mata Atlântica, serão 
observados os princípios da função socioambiental da propriedade, da equidade intergeracional, da prevenção, do 
usuário-pagador, da transparência das informações e atos, da gestão democrática, da celeridade procedimental, da 
gratuidade dos serviços administrativos prestados ao pequeno produtos rural e às populações tradicionais e do 
respeito ao direito de propriedade.” 
17 
 
Em 2007, a Resolução CONAMA nº 338 convalidou as resoluções anteriores sobre essa 
questão. Portanto, vegetação primária é aquela “de máxima expressão local, com grande 
diversidade biológica, sendo os efeitos antrópicos mínimos, a ponto de não afetar 
significativamente suas características originais de estrutura de espécies”; e vegetação secundária 
é “a resultante de processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação 
primária, por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes de 
vegetação primária” (respectivamente incisos I e II do art. 2º da Resolução CONAMA nº 
10/1993). 
O Decreto nº 6.660, de 21 de novembro de 2008, estabelece os procedimentos para 
promover a intervenção ou uso sustentável nos remanescentes de vegetação nativa e detalha “o 
que”, “como” e “onde” pode haver intervenção ou uso sustentável da vegetação nativa. 
Entre as determinações legais que contribuem para a proteção da biodiversidade temos: 
1. O plantio e o reflorestamento com espécies nativas, sem a necessidade de autorização 
dos órgãos ambientais, o que incentiva a recuperação da biodiversidade com espécies 
nativas nos remanescentes de vegetação secundária. 
2. O corte e a exploração de espécies nativas comprovadamente plantadas podem ser 
realizados desde que devidamente cadastradas e tenham sido autorizadas pelo órgão 
ambiental. O procedimento para autorização do corte ou supressão de vegetação em estágio 
inicial de regeneração em áreas até dois hectares por ano foi simplificado para pequenos 
produtos rurais e população tradicional. Isso permite o uso sustentável de espécies nativas 
sem colocar em risco a vegetação primária. 
3. O estabelecimento de critérios para a livre coleta de folhas, frutos e sementes, tais como 
períodos de coleta e época de maturação dos frutos e sementes. 
 
4.5 Bioma Pampa
27
 
O Pampa ou Campo Sulino ocorre no Brasil, apenas no estado do Rio Grande do Sul, 
ocupando 63% do território estadual e 2,07% do território brasileiro. Na América do Sul, os 
campos e pampas ocupam uma área de aproximadamente 750 mil km
2
, compartilhada por Brasil, 
Uruguai e Argentina. 
 
27
 Informações disponíveis em http://www.mma.gov.br/biomas/pampa. Acesso em 20/06/2014 
http://www.mma.gov.br/biomas/pampa
18 
 
No Pampa predominam os campos nativos, mas ocorrem também outros ecossistemas, tais 
como matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro, formações arbustivas, butiazais, 
banhados, e afloramentos rochosos. 
A flora e a fauna apresentam grande biodiversidade, ainda não completamente conhecidas. 
Há estimativas da ocorrência de cerca de 3.000 espécies de plantas, com mais de 450 espécies de 
gramíneas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa estão o Algarrobo (Prosopis 
algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana). 
A fauna é diversificada, com quase 500 espécies de aves, mais de 100 espécies de 
mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), que se encontra 
ameaçado de extinção. Muitas espécies são endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys 
flamarioni), e o beija-flor-de-barba-azul (Heliomaster furcifer). 
Devido à introdução e ampliação das monoculturas e das pastagens com espécies exóticas 
tem-se observado uma rápida degradação e modificação das paisagens naturais do Pampa. 
Estudos sobre a perda de vegetação nativa indicaram que em 2008 restavam apenas 36%. Essa 
degradação tem levado à perda de biodiversidade. 
A estrutura da vegetação dos campos é mais simples e menos exuberante, se comparada à 
das florestas e das savanas. Todavia, não é menos relevante do ponto de vista da biodiversidade. 
Os campos sulinos são fonte de variabilidade genética para diversas espécies que estão na base 
de nossa cadeia alimentar, e, além disso, contribuem para o sequestro de carbono e controle da 
erosão. 
O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial para 
assegurar a conservação do Pampa. A diversificação da produção rural e a valorização da 
pecuária com manejo do campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o zoneamento 
ecológico-econômico e o respeito aos limites ecossistêmicos são o caminho para assegurar a 
conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico e social. 
O Rio Grande do Sul instituiu sua Política de Proteção Ambiental por meio do Decretonº 
23.082, de 26 de abril de 1974. Este determina a implantação de um Sistema para gerenciar as 
Atividades de Proteção do Meio Ambiente. Esse decreto foi modificado em 1980, pelo Decreto 
nº 29.621. Esse Estado instituiu seu Código Florestal com a Lei nº 9.519, de 21 de janeiro de 
1992. Em 2000, foi aprovada a Lei nº 11.520, que instituiu o Código Estadual do Meio Ambiente 
do Estado do Rio Grande do Sul. 
19 
 
A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de 
mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a 
conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental. 
 
4.6 Bioma Pantanal 
O Pantanal é o bioma de menor extensão territorial e equivale a 1,76% da área do território 
brasileiro. O Bioma Pantanal está presente em dois estados: ocupa 25% do Mato Grosso do Sul e 
7% do Mato Grosso. Esse bioma é uma planície aluvial, influenciada pelos rios que drenam a 
bacia do Alto Paraguai. O Pantanal é a ligação entre o Cerrado (no Brasil Central), o Chaco (na 
Bolívia) e a região amazônica (ao Norte do país). O bioma abriga vários ecossistemas que são 
periodicamente inundados e apresenta uma fauna diversificada. Interessantemente, muitas 
espécies que se encontram ameaçadas em outras regiões do Brasil ocorrem em grandes números 
nesse bioma, como é o caso do tuiuiú – ave símbolo do Pantanal. Já foram catalogadas no 
Pantanal, 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 de mamíferos. 
Cerca de duas mil espécies de plantas já foram identificadas nesse bioma. 
O Pantanal é o bioma que tem sofrido menos degradação, pois 86,77% de sua cobertura 
vegetal é nativa. A vegetação não florestal predomina em 81,70% do bioma. Desses, 52,60% são 
cobertos por savana (cerrado) e 17,60% são ocupados por áreas de transição ecológica. A 
vegetação florestal representa 5% do Pantanal, sendo que até 2009 o desmatamento acumulado 
era cerca de 15% da vegetação original. A maior parte das áreas alteradas nesse bioma, se deve a 
criação extensiva de gado em pastos plantados (11%). 
Apenas 4,4% do Pantanal estão protegidos por unidades de conservação, dos quais 2,9% 
correspondem a UCs de proteção integral e 1,5% a UCs de uso sustentável. 
O Estado do Mato Grosso do Sul aprovou a Lei nº 328, de 25 de fevereiro de 1982, que 
dispõe sobre a Proteção e Preservação do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Essa Lei proibiu a 
instalação de novas destilarias e a ampliação de destilarias de álcool ou de usina de açúcar em 
área correspondente à bacia hidrográfica do Rio Paraguai e de seus tributários no Pantanal Sul-
Mato-Grossense. Determinou igualmente que somente será concedida autorização para 
instalação de qualquer outro tipo de indústria na mesma área, se ficar evidenciado que seu 
funcionamento não concorrerá ou provocará poluição ambiental no Pantanal. No mesmo ano, o 
governador regulamentou a referida lei por meio do Decreto nº 1.581, de 25 de março de 1982. 
20 
 
Em 1985 foi publicada a Resolução CONAMA nº001, que dispõe sobre estudos de implantação 
de novas destilarias de álcool nas bacias hidrográficas do Pantanal Mato-Grossense. 
 
5 Referências 
 
OPAS. Determinantes ambientais e sociais da saúde. Galvão, Luiz Augusto C.; Finkelman, 
Jacobo; Hanao, Samuel (Orgs.), Rio de Janeiro: Fiocruz. 2011. 
 
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros.2013. 
 
4.1 Legislação recomendada 
Convenção da Diversidade Biológica/1992 
Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012 – Novo Codigo Florestal 
Lei 11.516/2007 – Criação do ICMBio 
Lei 7.735/89 – Criação do IBAMA 
Lei 5.197/67 – Lei de Proteção à Fauna 
Lei 7.173/83 – Lei dos Jardins Zoológicos 
Decreto 1.354/94 – Programa Nacional da Diversidade Biológica 
Decreto 4.703/2003 – Criação da CONABIO 
Lei/RJ 1.315/88 – Política Florestal do Estado do Rio de Janeiro 
Lei/RJ 3.900/2002 – Código Estadual de Proteção aos Animais 
Lei/RJ 5.101/2007 – Criação do INEA 
 
4.2 Sites recomendados 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/legistacao_4_relatorio_cdb.pdf 
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica 
http://www.inea.rj.gov.br/ 
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/legistacao_4_relatorio_cdb.pdf
http://www.mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-diversidade-biologica
http://www.inea.rj.gov.br/
http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/bioma
21 
 
Anexo 1 
Leis Estaduais de outros Estados 
O Acre promulgou a Lei nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001, sobre a preservação das 
Florestas no Estado; Alagoas aprovou a Lei nº 5.854, de 14 de outubro de 1996, sobre a Política 
Florestal do Estado; o Amapá tem a Lei nº 388, de 10 de dezembro de 1997, sobre os 
Instrumentos de Controle do Acesso à Biodiversidade do Estado, e a Lei nº 702, de 28 de junho 
de 2002, sobre a Política Estadual de Florestas e demais formas de Vegetação do Estado; o 
Amazonas por meio da Lei nº 1.532, de 06 de julho de 1982, disciplinou a Política Estadual da 
Prevenção e Controle da Poluição, Melhoria e Recuperação do Meio Ambiente e da Proteção aos 
Recursos Naturais; a Bahia tem a Lei nº 6.569, de 17 de janeiro de 1994, sobre a Política 
Florestal do Estado, e a Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006, sobre a Política de Meio 
Ambiente e de Proteção à Biodiversidade do Estado; o Ceará possui a Lei nº 12.488, de 13 de 
setembro de 1995, que dispõe sobre a sua Política Florestal; o Distrito Federal com a Lei nº 41, 
de 13 de setembro de 1989, determinou sua Política Ambiental; o Espírito Santo regulamentou 
a Política Florestal com Lei nº 5.361, de 30 de dezembro de 1996; O Estado de Goiás instituiu 
sua Política Florestal com a Lei nº 12.596, de 14 de março de 1995, e outra sobre a Proteção da 
Fauna Silvestre, por meio da Lei nº 14.241, de 29 de julho de 2002; a Política Florestal e de 
Proteção à Biodiversidade no Estado do Maranhão foi instituída pela Lei nº 8.528, de 30 de 
novembro de 2006; Minas Gerais regulamentou sua Política Florestal e de Proteção à 
Biodiversidade no Estado por meio da Lei nº 14.309, de 19 de junho de 2002, que revogou a Lei 
nº 10.561, de 27 de dezembro de 1991; Mato Grosso do Sul por meio da Lei nº 328, de 25 de 
fevereiro de 1982 determinou a Proteção e Preservação do Pantanal Sul-Mato-Grossense, e a Lei 
nº 1.458, de 14 de dezembro de 1993, dispõe sobre a Reposição Florestal no Estado; em Mato 
Grosso é Lei Complementar nº 233, de 21 de dezembro de 2005, que dispõe sobre a Política 
Florestal do Estado; o Pará assegurou a Proteção à Fauna Silvestre no Estado com a Lei nº 
5.977, de 10 de julho de 1996, e sua a Política Estadual de Florestas e demais Formas de 
Vegetação por meio da Lei nº 6.462, de 04 de julho de 2002; a Paraíba instituiu o Código 
Florestal do Estado com a Lei nº 6.002, de 29 de dezembro de 1994; o Paraná institui a Lei nº 
11.054, de 11 de janeiro de 1995, sobre a Lei Florestal do Estado, e a Lei nº 11.067, de 17 de 
fevereiro de 1995, que proíbe, no Estado do Paraná, a Utilização, Perseguição, Destruição, Caça, 
Apanha, Coleta ou Captura de Exemplares da Fauna Ameaçada de Extinção, bem como a 
22 
 
Remoção, Comércio de Espécies, Produtos e Objetos que impliquem nas Atividades Proibidas, 
conforme especifica e lista a Fauna Ameaçada de Extinção no Estado do Paraná; Pernambuco 
determinou sua Política Florestal do Estado com a promulgação da Lei nº 11.206, de 31 de 
março de 1995; Piauí com a Lei nº 5.178, de 27 de dezembro de 2000, instituiu a Política 
Florestal do Estado; o Rio Grande do Norte instituiu sua Política Florestal com a Lei nº 6.679, 
de 11 de maio de 1995; A Lei Estadual n° 9.519, de 21 de janeiro de 1992, institui o Código 
Florestal do Estado do Rio Grande do Sul; Rondônia, por meio da Lei nº 1.143, de 12 de 
dezembro de 2002, regulamentouo artigo 8º, incisos XVI e XVII e o artigo 219, incisos I, II, III 
e V da Constituição Estadual, que dispõem sobre o Uso Sustentável das Florestas Estaduais e 
Reservas Extrativistas do Estado; Santa Catarina por meio da Lei nº 10.472, de 12 de agosto de 
1997, instituiu sua Política Florestal no Estado, enquanto a Lei nº 12.854, de 22 de dezembro de 
2003, instituiu o Código Estadual de Proteção aos Animais; a Lei Estadual nº 10.780, de 09 de 
março de 2001, do Estado São Paulo dispõe sobre a Reposição Florestal no Estado, enquanto a 
Lei nº 11.977, de 25 de agosto de 2005, institui o Código de Proteção aos Animais no âmbito do 
Estado; A Lei nº 771, e 7 de julho de 1995, do Estado de Tocantins dispõe sobre a Política 
Florestal no Estado.

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