Buscar

Escola Contista - Grupo 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
TEORIA GERAL DA CONTABILIDADE 
4º ANO - NOTURNO 
 
 
 
Docente: MARIA FELICIA SANTOS DA SILVA 
 
Discentes: DANILLO DANCLAS CANTUARIO CAIRES 
JACKELINE BONATELLI 
LARA WRZESINSKI RIBEIRO 
LEONARDO PODLASINSKI SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA CONTISTA 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ – MT 
2020 
 
ESCOLAS CONTÁBEIS 
O termo Escolas Contábeis se refere às doutrinas, pensamentos 
contábeis acerca do objeto de estudo da contabilidade. 
A partir do momento em que houve a disseminação dos conhecimentos 
contábeis e das formas de controle das operações comerciais para o 
âmbito dos estudiosos e pesquisadores, principalmente pela 
disseminação em larga escala do livro de Luca Pacioli, começou, 
então, a ser criado um arcabouço teórico capaz de fornecer 
fundamentação à ciência contábil tal qual se concebe hoje. (COELHO; 
LINS, 2010, p. 134). 
Tais escolas buscavam descobrir o objeto de estudo da contabilidade, 
assim cada escola teve um objeto definido, cada um defendendo seus 
fundamentos e seus ideais. Diversos doutrinadores citam quais são as escolas 
contábeis, porém Sá (2008) tem seu estudo mais aceito no campo científico, 
principalmente por ser autor de uma das escolas, o mesmo cita que as escolas 
são: Contismo, Personalismo, Controlismo, Reditualismo, Aziendalismo, 
Patrimonialismo e Neopatrimonialismo. O presente trabalho tem por finalidade 
explorar o Contismo. 
 
A PRIMEIRA ESCOLA DE PENSAMENTO CONTÁBIL 
A Escola Contista - considerada a primeira escola do pensamento contábil 
- surgiu no século XV e foi impulsionada pelos primeiros livros impressos de 
contabilidade. Foi o primeiro movimento que reuniu contadores em torno de uma 
linha de pensamento organizado. Suas teorias foram praticamente inalteradas 
até o século XVIII, por esse motivo essa foi a era da estagnação contábil, que 
teve seu maior desenvolvimento na França. (COELHO; LINS, 2010, p. 134). 
A ideia central era o mecanismo das contas, mais especificamente, o seu 
funcionamento, subordinando-as a forma de escrituração, razão pela qual a 
contabilidade se confundia com a escrituração. Daí ser considerada a ciência 
das Contas. Contas a pagar e a receber. Schmidt (2000) e Santos (2011), 
relatam que a escola Contista estava centrada no problema de evidenciar os 
saldos das contas a receber e a pagar. A Contabilidade, para eles, deveria 
preocupar-se especialmente com o processo de escrituração e com as técnicas 
de registro através dos sistemas de contas. 
Essa escola surgiu com a premissa de que a contabilidade deveria se 
preocupar somente com o processo de escrituração juntamente com as técnicas 
de registro através do sistema de contas. O primeiro movimento surgiu através 
de uma obra feita por Luca Pacioli, reunindo assim vários contadores sob o 
manto de uma mesma linha de pensamento. Realizaram também estudos sobre 
as relações comerciais, o processo geral de registro do haver e dever, sobre a 
teoria das cinco contas, a criação da conta de capital e sobre as pessoas de uma 
empresa. Para os pensadores que criaram o movimento contista, o processo de 
escrituração contábil deveria estar subordinado ao funcionamento das contas. 
De acordo com Sá e Sá (1995, p. 111) a primeira tentativa feita data de 
1803, quando: 
Nicolo D’Anastasio publicou seu livro La scrittura doppia ridotta a 
scienza; depois dele apareceu um grande estudioso que deu vestes de 
maior seriedade ao assunto e que foi Giuseppe Bornaccini, em 1818, 
no livro Idee teoretiche e pratiche di ragioneria e doppia registrazione. 
Surgem depois dois grandes estudiosos: Angelo Gali (Instituzioni di 
contabilità, 1837) e Ludovico Giuseppe Crippa (1838) com a sua La 
scienza dei conti. 
Na França, Edmundo Degranges foi considerado o pai do Contismo, 
conforme relata Schmidt (2000), a teoria contista teve grande impulso pelos 
franceses, e dentre eles o que mais se destacou foi Edmundo Degranges em 
1795. 
Degranges buscou mostrar os principais efeitos que ocorriam no processo 
de comercialização de produtos, lançando a teoria das cinco contas no livro La 
tênue des livres dendue facile (1795): 
1 – Mercadorias; 
 2 – Dinheiro; 
 3 - Efeitos a Receber; 
 4 - Efeitos a Pagar; 
 5 - Lucros e Perdas. 
Essa teoria servia para que os comerciantes usassem cada conta de 
forma separada e organizada, facilitando o seu trabalho. Para cada uma dessas 
transações a conta era aberta, pois se eles quisessem uma visualização em 
separado, já as teria ali de forma organizada e mais rápida. Degranges 
estabeleceu a norma de que se deve ‘debitar aquele que recebe e creditar aquele 
que dá’. Sua teoria fez fecundar o Diário-Razão, aplicado até hoje. (SÁ; SÁ, 
1995, p. 96). 
Dentre outros autores que contribuíram para a 1º fase do desenvolvimento 
do pensamento contista os que se destacaram consideravelmente foram: 
Benedetto Cotrugli; Luca Pacioli. Benedetto Cotrugli comerciante nascido na 
Croácia, em 1416 e fez parte da escola contista. Fez um dos primeiros 
manuscritos sobre as contas de partidas dobradas em 1458 
Como relata SCHMIDT (2000), Cotrugli era um comerciante nascido em 
Dubrovnik, Croácia, em 1416. Na época, a cidade se chamava Ragusa, e fazia 
parte da república de Veneza. O trabalho de Cotrugli consiste em 4 livros: 1º: 
trata de técnicas e práticas que os comerciantes da época deveriam conhecer, 
ex: letra de câmbio, seguros, vários tipos de comércio e livros de registros. Os 
outros 3º livros: apresentam os deveres do comerciante para agir como um 
verdadeiro cristão, tanto no trato do negócio como no comando de seus 
empregados. 
Os 10 mandamentos proibitivos para o comerciante: O comerciante não 
deve participar de jogos que envolvam dinheiro, tais como cartas ou dados; O 
comerciante não deve beber ou comer excessivamente; O comerciante não deve 
ter contato com pessoas pecaminosas e infames; O comerciante não deve 
praticar alquimia, porque a prática do comércio envolve o exame de coisas 
estáveis e certas O comerciante não deve contrabandear; O comerciante não 
deve participar de pelejas(brigas), porque não é uma atividade séria, é cara e 
pode levar a caminhos errados; O comerciante não deve contrabandear; O 
comerciante não deve fornecer peso ou medida falsos; O comerciante não deve 
ter muitos amigos imprestáveis ou medíocres; O comerciante não deve ser 
extravagante. 
Já Lucca Pacioli era um monge e matemático nascido na Itália em 1445. 
Aos 49 anos publicou a obra que o fez famoso, devido a um capítulo sobre o 
método das partidas dobradas. Pacioli é considerado o pai da contabilidade 
moderna. O seu trabalho principal foi: “Coleção de conhecimentos de Aritmética, 
Geometria, proporção e proporcionalidade”, conhecido apenas por “Summa”. Foi 
neste livro que Pacioli enfatiza que à teoria contábil do débito e do crédito 
corresponde à teoria dos números positivos e negativos. 
Um fato importante a ser ressaltado é a criação da conta de capital que 
surgiu na escola contista devido o surgimento de sociedades com mais de um 
capitalista devido ao crescimento do capitalismo, essa conta exigiu um registro 
separado. A conta capital foi um instrumento que consolidou o princípio de 
entidade separada de seu proprietário. As contas, na realidade, evidenciam os 
direitos e as obrigações da empresa em relação às pessoas 
O Contismo perdeu influência entre os estudiosos da ciência devido à falta 
de suporte de sua enunciação. A conta não é a causa, mas o efeito que expressa 
o fenômeno patrimonial. Logo, uma ciência não se dedica ao estudo do efeito, 
mas da causa como objeto de observação, elaboração, exposição e análise. Esta 
corrente de pensamento tentou sobreviver com as novas tendências de 
observação produzidas por Fábio Besta, mas não conseguiu evitar o 
desenvolvimento da corrente personalista que a iria substituir entreos 
intelectuais da época. (COELHO; LINS, 2010, p. 135). 
 Sá e Sá (1995, p. 111) destacam que o Contismo foi uma das formas 
inconscientes do patrimonialismo. Destacaram como grandes contistas: 
Parmetler, Massa e Gitti. 
REFERÊNCIAS 
COELHO, Cláudio Ulysses Ferreira; LINS, Luiz dos Santos. Teoria da 
Contabilidade: abordagem contextual, histórica e gerencial. São Paulo: 
Atlas, 2010. 
SÁ, Antonio Lopes de; SÁ, Ana M. Lopes de. Dicionário de Contabilidade. São 
Paulo: Atlas 1995. 
SÁ, Antônio Lopes de. História Geral da Contabilidade no Brasil. Brasília: 
Conselho Federal de Contabilidade, 2008. 
SANTOS, José Luiz et al. Introdução a contabilidade. Edição Atualizada pela 
Lei nº 11.941/09 e pelas normas do CPC. 2ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
SCHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil. Porto Alegre: Bookman, 
2000. 
.

Continue navegando