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AULA 3 CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS

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AULA 3 – CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS 			PROF ELAINE RIBEIRO
QUANTO TEMPO, FINALIDADE E POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO.
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS DE ACORDO COM O TEMPO DE ESPERA.
•Necessária – há indicação cirúrgica, porém podemos esperar algumas semanas ou dias para a avaliação (Hérnia inguinal);
•Eletiva – há indicação cirúrgica, mas podemos esperar até meses para realizála, pois as repercussões sistêmicas da patologia são mínimas (remoção de dedo extra-numerário);
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TEMPO DE ESPERA PARA A CIRURGIA.
• Cirurgia de Urgência – podemos aguardar algumas horas para a confirmação diagnóstica, através de exames ou melhorar as condições do paciente (apendicite, aborto retido);
• Cirurgia de Emergência – deve ser realizada imediatamente (FAF ou FAB).
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS QUANTO A FINALIDADE OU CAPACIDADE RESOLUTIVA
• Paliativa – não se resolve o problema da patologia em si, mas melhora-se as condições de vida do paciente (Gastrostomia, jejunostomia);
• Plástica – recupera-se a estética ou função. (mamoplastia)
• Radical – retira-se todo órgão ou parte deste. (gastrectomia)
• Tratamento reconstrutivo – finalidade de reconstruir o tecido lesado e restabelecer a sua capacidade funcional;
• Tratamento diagnóstico – exploração de determinado órgão para o diagnóstico a ser confirmado. Ex: laparotomia;
• Tratamento transplante – substituir órgãos ou estruturas não funcionantes
Classificação segundo o risco cardiológico:
• Cirurgia de grande porte – com grande probabilidade de perda de fluído e sangue.
 Ex: cirurgias vasculares arteriais;
• Cirurgia de médio porte – com média probabilidade de perda de fluido e sangue. 
Ex: RTU próstata;
• Cirurgia de pequeno porte – com pequena probabilidade de perda de fluiso e sangue. 
Ex: timpanoplastia.
Classificação das cirurgias quanto ao tempo de duração
• Porte I: duração até duas horas. (Ex: rinoplastia)
• Porte II: duração de 2 a 4 horas. (Ex: colecistectomia)
• Porte III: duração de 4 a 6 horas. (Ex: craniotomia)
• Porte IV: duração superior a 6 horas. (Ex: transplante hepático).
Classificação segundo a Associação Médica Brasileira (AMB):
• Classificação para cobrança dos honorários médicos, do instrumentador e da utilização da sala cirúrgica de convênios e do SUS.
• As cirurgias são classificadas de porte 0 a 8.
CIRURGIAS E POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO
• O ministério da Saúde, através da portaria nº 930, de 27/08/1992, classifica, em seu anexo III, as cirurgias por potencial de contaminação.
• Esta classificação deverá ser feita pelo cirurgião ao final do ato cirúrgico.
• A classificação compreende 4 tipos de cirurgias: limpas; potencialmente contaminadas; contaminadas e infectadas.
Cirurgias Limpas
• São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras.
• Trata-se das cirurgias eletivas atraumáticas, com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem, em que ocorrem penetrações nos tratos digestivos, respiratórios ou urinários. (cirurgias cardíacas e vasculares, mastectomia parcial ou radical, herniorrafias, neurocirurgia, procedimentos ortopédicos eletivos,cirurgias de ovários, Mamoplastia ).
Cirurgias Potencialmente Contaminadas
• São realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no trans-operatório.
• Cirurgias limpas com drenagem estão nesta categoria, bem como aquelas em que ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
(histerectomia abdominal, colecistectomia, Gastrectomia, feridas traumáticas limpas com ação
cirúrgica até dez horas após o traumatismo, cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea).
Cirurgias Contaminadas
• São realizadas em tecidos abertos e recentemente traumatizados, colonizados por
flora bacteriana abundante, de descontaminação difícil ou impossível, bem como aquelas que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras,na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização por 2º intenção e grande contaminação a partir do tubo digestivo.
• ( desbridamento de queimaduras, fraturas expostas com atendimento após 10 horas, cirurgias de vias biliares, bucal, intranasal).
Cirurgias Infectadas
• São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja.
• ( cirurgia do reto e ânus com pús, nefrectomia com infecção, cirurgias abdominais em presença de pus ou conteúdo do cólon).
	Incidência esperada de infecção em ferida cirúrgica segundo o potencial de contaminação
	Tipos de cirurgia
	Incidência
	Limpas
	1 à 5%
	Potencialmente contaminadas
	3 à 11%
	Contaminadas
	10 à 17%
	Infectadas
	>27%

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