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Estudo dirigido com avaliação 3 - Citogenética 2017 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – PARNAÍBA 
CURSO DE BIOMEDICINA 
DISCIPLINA GENÉTICA HUMANA E MÉDICA 
PROFESSORA RENATA CANALLE 
Semestre 2017.1 
 
 
Estudo dirigido com avaliação 3 – Estudo de casos e artigo científico em citogenética: realidade e aplicações no 
Brasil; técnicas de citogenética molecular e suas aplicações (princípio das técnicas, vantagens, desvantagens, 
aplicações). 
 
 Princípios de Citogenética Clínica 
 
 
01) As anomalias dos cromossomos podem ser tanto numéricas quanto estruturais, com impacto clínico 
enorme. Defina os dois tipos de anomalias cromossômicas numéricas e qual é a mais comum. 
02) Do que resultam os rearranjos estruturais e quais os tipos associados? 
03) Dentro dos rearranjos não balanceados, explique como resulta uma deleção, duplicação e 
isocromossomos. 
04) Quais os tipos de rearranjos balanceados? Explique como resulta cada um deles. 
05) Como as inversões e as translocações produzem efeitos fenotípicos? E se não proporcionar alteração 
fenotípica característica, qual o problema desse rearranjo para o indivíduo? 
06) Inversões paracêntricas geralmente não levam ao problema de desequilíbrio na prole. Por que não? 
 
 
 Citogenética Clínica: Distúrbios 
 
 
07) O diagnóstico clínico da Síndrome de Down (SD) geralmente não apresenta nenhuma dificuldade em 
particular. No entanto, o cariótipo é necessário para confirmação e para fornecer a base para a informação 
genética. Explique os cinco rearranjos relacionados com o fenótipo de SD. 
08) Por que mulheres com idade mais avançada apresenta risco de conceberem um filho com SD? 
09) Um problema frequente na informação genética, especialmente na genética pré-natal, é como estimar o 
risco de nascer uma criança com SD. Como a SD pode ser detectada? 
10) Explique o risco de recorrência para SD. 
11) Discorra sobre o fenótipo das síndromes de trissomia do 18 e trissomia do 13. 
 
 
Artigo 1: Diagnóstico citogenético de pacientes com retardo mental idiopático. [J Bras Patol Med Lab 2012; 
48(1): 33-9] 
 
 
12) Qual o fundamento das técnicas de cariótipo de alta-resolução, hibridação in situ fluorescente (FISH), 
cariotipagem espectral (SKY), amplificação de múltiplas sondas dependente de ligação (MLPA), 
hibridação genômica comparativa (CGH) e Array-CGH? Quais os usos, vantagens e desvantagens destas 
técnicas? 
13) Quais os métodos de investigação de rearranjos cromossômicos? 
 
 
 
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 Estudos de casos 
 
14) Um cromossomo X em anel cêntrico pequeno que não tem o centro de inativação do X é observado em 
um paciente com baixa estatura, disgenesia gonadal e deficiência intelectual. Pelo fato de a deficiência 
intelectual não ser uma característica típica da síndrome de Turner, explique a presença de retardo mental 
com ou sem outras anomalias físicas associadas em indivíduos com um cariótipo 46,X,r(x). Em um 
diagnóstico pré-natal que envolve uma família diferente, um anel um pouco maior que contém o centro 
de inativação do X é detectado. Que fenótipo você preveria para o feto nesta gravidez? 
15) A utilização de técnicas citogenéticas para diagnóstico pré-natal pode ser usado, principalmente 
analisando o líquido amniótico durante a gravidez. É possível a detecção de anormalidades 
cromossômicas tais como deleções, inversões, duplicações e translocações. Supondo que pais normais 
(com histórico familiar normal para anormalidades genéticas), esperando seu primeiro filho nascer, 
decidem antes do parto fazer um diagnóstico com embasamento citogenético. Logo depois de obtida a 
amostra, os analistas decidem fazer um bandeamento G para observação do cariótipo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a realização do cariótipo, os pesquisadores puderam observar algo estranho no cromossomo 7 (seta 
branca). Então decidiram investigar de maneira minuciosa, aplicando outra técnica citogenética mais 
sofisticada - FISH. Resultado está evidenciado abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Análise do cariótipo – Bandeamento G 
Figura 2: Análise de cromossomos metafásicos por FISH. Região 7q31.1 (sonda vermelha), Região 7q36.3 (sonda verde). 
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 O defeito genético descoberto no caso acima foi: 
 
a) Translocação 
b) Inversão pericêntrica 
c) Inversão paracêntrica 
d) Deleção 
e) Duplicação 
 
- Justifique como você chegou a resposta relacionando com o resultado do FISH demonstrado. 
- O defeito genético descoberto pode acarretar em danos para a criança? Por que? 
 
16) Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença clinicamente e geneticamente heterogênea capaz de causar 
desordens no tecido conectivo, sendo caracterizada por fragilidade óssea, fraturas recorrentes e 
deformidades ósseas. Muitos dos casos de OI seguem um padrão de herança autossômico dominante, e 
85-90% dos casos são causados por mutações nos genes que codificam as cadeias alfa-1 e alfa-2 do 
colágeno tipo I – COL1A1 e COL1A2, respectivamente. Esses genes estão localizados na região 
cromossômica 17q21.33 e 7q21.3, respectivamente. O colágeno do tipo I é extremamente importante 
para a manutenção da matriz óssea, e variantes genômicas em vários genes tem sido identificadas que 
estão associadas com OI, embora as mais comuns sejam nos genes citados acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O probando II-1, é um garoto de 4 anos, sendo a segunda criança de um união não consanguínea. 
Nenhum dos seus pais ou sua irmã são afetadas. O paciente foi capaz de sentar aos 7 meses de idade, 
falar as 12 meses e caminhar aos 14 meses. Depois dos 14 meses, obteve sua primeira falha óssea no 
fêmur, seguido de fraturas na tíbia direita. Aos 2 anos, ele teve falhas no punho. Exame físico mostrou 
curta estatura e baixo peso, macrocefalia, face triangular. Exame de raio-X revelou osteoporose severa, 
além de dificuldades de realização de movimentos. Bandeamento G e sequenciamento foram realizados 
tendo os seguintes resultados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a) O que aconteceu (fenômeno genético) para que o probando manifestasse a característica? Como esse 
fenômeno genético pode levar ao fenótipo da criança? Observe os resultados com atenção. 
b) Como você explica os pais e a irmã serem completamente normais e o probando ser afetado? 
c) Além do Bandeamento G, que outra técnica citogenética os analistas poderiam ter utilizado? Qual a 
vantagem de usar essa metodologia?

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