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Colonização da América Espanhola

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1 
A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA 
América espanhola 
Em 1492, os europeus chegaram ao novo mundo. Á conquista, seguiu-
se a colonização, processo que mudou radicalmente a história dos povos que 
viviam dos dois lados do Atlântico. Para os europeus, o principal efeito foi à 
acumulação de riquezas, que impulsionou a industrialização da Europa e o 
desenvolvimento do capitalismo moderno. O primeiro a chegar foi Cristóvão 
Colombo, viajando a serviço da Espanha, o navegador genovês aportou numa, 
ilha do Caribe, que denominou de San Salvador, em 12 de outubro de 1492, 
assim, tinha inicio a ocupação da América pelos europeus. Depois da viagem 
inaugural de Colombo, outros navegadores espanhóis começaram chegar á 
América. Nesse sentido já no primeiro século de colonização, a riqueza do 
continente atrairia ainda outros conquistadores, que passariam a disputar as 
terras da América: Portugueses, Franceses, Holandeses, e os Ingleses. 
1. A CONQUISTA ESPANHOLA.
Colombo morreu em 1506, depois de fazer mais três viagens á América, 
acreditando ter chegado as Índias, o erro foi corrigido após sua morte pelo 
navegador florentino Américo Vespúcio, um de seus companheiros de viagem. 
Ele conseguiu demostrar que as terras conquistadas por Colombo e outros 
navegadores faziam parte de um mesmo continente, desconhecidos pelos 
europeus, ao qual deram o nome de América, em sua homenagem. Por muito 
tempo, a América continuaria a ser chamada de Índias Ocidentais. 
Morte no México: 
Durante os primeiros anos, a ocupação europeia do continente 
americano se restringiu ás ilhas de Caribe. Nessa região os espanhóis 
exploraram o ouro de superfície, valendo-se do trabalho forçado dos nativos. 
Com o tempo e o esgotamento do metal, o interesse se voltaria para o 
continente. As primeiras bases foram estabelecidas no atual panamá, a partir 
de 1509, saíram expedições de conquista para o norte – hoje Nicarágua, e para 
o sul, em direção ao império Inca. As expedições eram organizadas como
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empresa comercial empreendia pela coroa, os sócios do empreendimento 
entravam, cada um, com uma parte do capital ( armas, caravelas, mantimentos, 
homem, etc.) e depois dividiam ao lucros proporcionalmente. A esses 
particulares, que receberiam o título de adelantados, a Coroa concedia o direito 
de exploração de mão de obra nativa. A concessão era chamada de 
encomienda, e seu titular, assumia o serviço, num primeiro momento, os 
conquistadores eram investidos de amplos poderes. Entretanto, como as áreas 
conquistadas se expandiam muito, surgiu a necessidade de uma intervenção 
mais direta da Coroa nas novas terras, com o objetivo de exercer o controle 
administrativo das colônias e acompanhar de perto os mecanismo reguladores, 
como a cobrança de impostos, assim a Coroa acabou abolindo a autonomia 
dos encomenderos e impondo sua própria autoridade. 
 
Um dos homens de confiança da Coroa: 
 
 Hernán Cortez chegou á América em 1504. Em menos de duas 
décadas, se transformaria num dos conquistadores mais ricos e poderosos do 
continente. Em fevereiro de 1519 Cortez partiu da atual ilha de Cuba em 
direção ao continente, com onze navios e um pouco mais de 600 homens 
armados de catorze canhões, muitos arcabuzes, mosquetões e pistolas, além 
de dezesseis cavalos. Dois meses depois, ele desembarcou na atual costa 
mexicana, onde recebeu emissários do imperador Montezuma que lhe 
ofereceram diversos presentes. As noticias sobre as riquezas e a extensão do 
império aguçaram a cobiça do conquistador, que procurou arregimentar 
homens para suas tropas entre os povos que haviam sido subjugados pelos 
astecas. Obtido o apoio desses grupos, Cortez marchou em direção à principal 
cidade asteca, Tenochtitlán, acompanhado de milhares de guerreiros nativos. 
Em novembro de 1519, ao entrar em Tenochtitlán, o conquistador foi 
recebido amistosamente por Montezuma que, acreditava nas previsões de 
alguns mitos religiosos, interpretou a chegada dos europeus como a volta de 
antigos deuses, astecas. Em pouco tempo, porem, ficaria claro o grande 
equivoco do imperador. Cortez e seus homens permaneceram vários meses 
em Tenochtitlán. Quando precisou se ausentar da cidade, seu substituto no 
comando das tropas acabou deflagrando um conflito de consequência trágica: 
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ordenou o massacre de cerca de 6 mil nativos no interior de um templo. Ao 
retornar, Cortez não consegui acalmar os ânimos dos astecas. 
Em junho de 1520 de 1520, os astecas revidaram e infligiram pesada 
derrota aos espanhóis. Em respostas, Cortez buscou novos reforços e sitiou a 
cidade. Os astecas lutaram até o esgotamento. Finalmente, em 13 de agosto 
de 1521, o último imperador, Quatemozim, teve de rende-se. O império asteca 
foi destruído e passou ao domínio da Coroa espanhola sob o nome de Nova 
Espanha, governada por Hernán Cortez. 
 
Pizarro subjuga o Império Inca: 
 
Em abril de 1532, partiu da América Central uma expedição chefiada 
pelo militar espanhol Francisco Pizarro como o objetivo de conquistar o Império 
Inca, levando 180 soldados e 37 cavalos. Com esse continente, o conquistador 
esperava derrotar o exercito inca, composto de mais de 100 mil guerreiros. 
Pizarro e suas tropas foram vencidos por uma circunstância especial: o império 
encontrava-se dividido, em virtude da disputa travada entre dois pretendentes 
ao governo, de um lado, estava Atahualpa; de outro, seus irmão Huáscar. 
Quando os espanhóis chegaram, a luta, embora não havia terminado, já havia 
sido praticamente decidido em favor de Atahualpa. 
Apoiados por alguns povos hostis aos incas, os invasores marcharam 
para o sul e, em novembro daquele mesmo ano, entrara, na cidade de 
Cajamarca sem encontrar resistência, ao chegar, Pizarro convidou Atahualpa 
para uma reunião. Ele aceitou e se dirigiu ao local do encontro acompanhado 
de numerosos séquitos. Porém, quando alcançou a praça central de 
Cajamarca, foi preso pelos homens de Pizarro. Em meio a intenso fogo de 
artilharia, os incas se retiram da cidade. Na prisão, Atahualpa prometeu a 
Pizarro, em troca de sua liberdade, um imenso tesouro, composto de todo ouro 
que pudesse caber na cela em que se encontrava. O inca cumpriu a promessa, 
mas não o soltaram. Julgado pelos espanhóis foi executado em 29 de agosto 
em 1533. No centro do império, em Cuzco, outro inca foi escolhido por 
membros da elite. Seguiram-se anos de luta contra os espanhóis. Em maio de 
1572, Tupac Amaru, último governante inca, foi decapitado pelos espanhóis na 
praça principal de Cuzco. Era o fim do império Inca. 
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A Conquista se estende: 
 
Enquanto Pizarro estava às voltas com a ocupação do império inca, os 
espanhóis estenderam seus domínios a outras regiões, como Venezuela e 
Colômbia atuais. Diego de almagro e Pedro de Valdívia ampliaram a conquista 
em direção ao sul do continente, chegando em 1540, ao território onde hoje se 
encontra o Chile. Poucos anos antes, Pero de Mendoza havia se estabelecido 
com seus homens na região do rio da Prata (atual Argentina), onde fundou, em 
1536, o Porto de Santa Maria de los Buenos Aires. Assim, por volta de 1560, os 
espanhóis já haviam conquistado grande parte da terra que lhes cabia no 
continente pelo tratado de Tordesilhas. 
 
2. CENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA. 
 
A Coroa espanhola sabia que não bastava ter a primazia da chegada à 
América, era preciso se estabelece, de fato, nas novas terras. Como na época 
das viagens de Colombo ao novo mundo a rivalidade entre as potencias 
europeias era enorme, era natural que os efeitos dos navegadores a serviço 
da Espanha despertassem o interesse e a cobiça de outros reinos europeus. 
Aliás, uma das formas de afirmação desses Estados era justamente a disputa 
de território com outros Estados. 
Por essa razão, uma vez iniciada a conquista, a Coroa espanhola 
decidiu se fixar na América. O primeiro passo para que isso se viabilizasse foi 
fazer um acordo com Portugal– o Tratado de Tordesilhas. A seguir, a Espanha 
adotou duas outras medidas: instituiu, em 1503, a Casa de contratação e em 
1509, o Conselho das Índias, ambos sediados em Sevilha – a primeira 
destinada a organizar o comércio e fiscalizar o recolhimento de impostos; o 
segundo, incumbido de centralizar a administração das colônias. 
 
A organização das colônias: 
 
Na véspera do natal de 1492, Colombo fundou a ilha Hispaniola, a 
colônia Navidad, destruída pelos nativos pouco tempo depois de o navegador 
retornar à Espanha, em 1493. Bartolomeu, seus irmão e sucessor no governo 
da ilha, mandou construir, em 1498, a cidade de São Domingos (atual capital 
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da república Dominicana), que tornaria modelo para as cidades erguidas mais 
tarde pelos espanhóis no continente. Para melhor administrar as terras 
conquistadas, o governo de Madri decidiu dividi-las inicialmente dois Vices- 
Reinos. O primeiro criado em 1535, recebeu o nome de Vice- Reino da Nova 
Espanha e ocupava o território do antigo império Asteca (atual México). O 
segundo, Vice-Reino do Peru, foi fundado em 1543 e correspondia ao território 
do antigo império Inca. Ao lado desses vice-reinos, foram criadas cinco 
capitanias gerais – unidades administrativas subordinadas aos vice-reis. 
A construção de cidades seria um dos traços marcantes da colonização 
espanhola foram fundados diversos centros urbanos, como: Vera Cruz, no 
México, Lima no Peru, algumas dessas cidades logo passaram a contar com 
universidade, como São Domingos, criada em 1538; São marcos, em Lima 
Fundada em 1551, e a Universidade Real e Pontifícia da cidade do México, 
criada em 1553. Para os espanhóis a construção de cidades e de 
universidades assegurava a consolidação do domínio da cultura hispânica 
sobre os povos do novo mundo. 
O governo das cidades mais importantes era exercido pelo ayntamiento, 
depois chamado de cabildo – uma espécie de câmera municipal, integrada por 
representantes dos moradores mais ricos. 
 
O papel da igreja na colonização. 
 
As instituições da Igreja Católica completavam a estrutura administrativa, 
a igreja cabia, além do culto religioso, a educação em todos os níveis e 
controle espiritual das populações dos territórios colonizados. Entre as formas 
de controle espiritual destacavam-se: 
 As missões, aldeamentos instituídos para catequizar os nativos e 
integrá-los à colonização; 
 A inquisição, introduzida na América a partir de 1519 para reprimir 
os suspeitos de infidelidade à Coroa e à igreja e exercer o poder 
de censura aos livros. Em 1529, o Tribunal da Inquisição realizou 
na Nova Espanha seu primeiro auto de fé (cerimonia em que se 
liam e executavam sentenças dos réus), com a execução de três 
condenados à morte na fogueira. 
6 
 
Formas de exploração: 
 
A exploração da mão de obra nativa assumiu, desde o começo, variadas 
formas de trabalho compulsório. Embora os indígenas fossem considerados 
vassalos livres pelas leis espanholas, isso não evitou que os colonos os 
submetessem à escravidão. Partindo da premissa de que eles eram “fracos, 
amigos do ócio, da bebida e da luxúria e de que, por isso, deveriam ser 
compelidos a trabalhar” e receber a doutrina da fé católica, os conquistadores 
arranjaram uma boa justificativa para se valer da mão de obra nativa no 
processo de colonização. 
A encomienda, outra forma de trabalho compulsório, introduzida na 
América a partir de 1503. Nesse regime, certa quantidade de indígenas era 
entregue a um colono espanhol, para quem deveriam trabalhar em troca de 
assistência material e religiosa. 
A terceira forma foi o repartimiento – consistia num sistema de trabalho 
forçado, pelo qual determinado número de indígenas do sexo masculino era 
obrigado a deslocar para certos lugares e prestar serviços que lhes fossem 
designados pelos espanhóis. Foi recorrendo á essa forma de trabalho que os 
espanhóis exploram as minas de ouro e de prata. 
Além do trabalho indígena, os espanhóis exploraram também a mão de 
obra escrava de origem africana. O tráfico de africanos escravizados para a 
América era feito por particulares, mediante contrato de arrendamento com a 
Coroa, conhecido como asiento, esse tipo de comércio foi explorado 
principalmente por traficantes portugueses e flamengos. No século XVIII a 
Inglaterra passa a fazer esse tipo de exploração com cota determinada de 
escravos para a América – 4800 escravos anualmente. 
 
3. A ECONOMIA COLÔNIAL: 
 
As atividades econômicas da América espanhola foram organizadas em torno 
de três grandes eixos: primeiro - Mineração ouro, prata - segundo produtos 
artesanais, animais de tração e alimentos para área de mineração. Terceiro a 
produção de fumo e de ouro nas grandes propriedades. Vale ressaltar que em 
um dado período a mineração tem seus esgotamento e declínio. 
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 Mercantilismo e pacto colonial: 
 
Para garantir total controle sobre a riqueza produzida na América, o 
governo espanhol decidiu regulamentar as atividades econômicas e 
estabelecer as regras do sistema colonial. O mercantilismo orientava as ações 
de exploração dos produtos que podiam ser comercializados com grandes 
margens de lucros. Além disso, a colônia deveria consumir os produtos e 
mercadorias produzidos na metrópole, em geral produtos manufaturados. Essa 
orientação politica e econômica ficou conhecida como pacto colonial. 
 
Colônias de exploração: 
 
Produção agrícola, exploração de minérios, animais silvestres, mão de 
obra nativa era inteiramente voltada para exportação e complementação da 
balança comercial da metrópole. Devido a essas características, elas (colônias) 
foram chamadas de colônia de exploração. Dessa forma, o comércio foi inibido, 
bem com a produção de manufaturas não desenvolvendo a economia das 
colônias, assim, com o esgotamento das minas da América, já no inicio do 
século XVII, a metrópole espanhola entraria em processo de decadência.

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