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1 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Com base nos estudos realizados sobre Norma Penal do Mandato em Branco e seu confronto com o Princípio da Legalidade, assinale a alternativa INCORRETA: o princípio da legalidade, ou reserva legal, não impede a utilização da norma penal do mandato em branco na tipificação da infração penal, desde que, seja respeitado o princípio da anterioridade no que concerne à norma complementadora. a incidência do princípio da retroatividade da lei mais benéfica à norma penal do mandato em branco, no caso de norma complementadora heterogênea, está condicionada à previsão legal específica. estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. a norma penal do mandato em branco classifica-se em homogênea e heterogênea, consoante a natureza da fonte da qual emana a norma complementar. Diz-se homogênea, quando norma complementar e norma complementada provêm da mesma fonte, e heterogênea, quando provenientes de fontes diversas. compreende-se como norma penal do mandato em branco, a norma penal incriminadora, cuja descrição da conduta punível é incompleta e, portanto, necessita de outro dispositivo legal para sua integração ou complementação para fins de legitimação. Respondido em 26/10/2020 19:59:00 Compare com a sua resposta: Sugestão de gabarito: A questão versa sobre a distinção entre os institutos Erro na execução (aberratio ictus) e Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis). No que concerne o automóvel de Lucia, Zeca não terá sua conduta sancionada pelo Direito Penal, por força do princípio da legalidade, haja vista a inexistência da conduta típica de dano culposo. Neste caso, ocorreu a aberractio delicti onde bem de natureza diversa do bem pretendido foi atingido, consoante o disposto no art.74, do Código Penal. Sendo certo que no enunciado o animus de ZECA era contra bem jurídico certo, ou seja, natureza de crime contra a pessoa, especificamente contra a integridade física ou fisiológica de Antonio, tendo, por erro, atingido o automóvel bem jurídico de cunho patrimonial, ou seja, de natureza diversa do visado. Em relação ao resultado morte de Frida, a conduta de ZECA restará como incursa no tipo penal do art.129, §3º, do Código Penal, de natureza preterdolosa, face a ocorrência de aberractio ictus com resultado único, sendo somente atingida terceira pessoa que não a vítima visada que, aliás, nada sofrera. Consoante a regra prevista no artigo 73, do Código Penal, o agente deve responder como se tivera atingido quem pretendia como relata o enunciado, segundo o qual, ZECA atuara com animus laedendi em relação a Antonio. 2 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Adalto pratica conduta criminosa em face de Bebeto em janeiro de 2007, porém o resultado somente se dá em março do mesmo ano. Supondo que, quando da ocorrência do resultado do delito, já tenha entrado em vigor outra lei, que passou a prever uma pena menor para o citado crime praticado por Adalto e, à época da sentença, uma terceira lei, mais gravosa, encontrava-se em vigor. Todavia, no curso da execução penal, cumprimento de pena, Adalto foi surpreendido com a entrada em vigor de uma quarta lei que revogou, dentre outros artigos do Código Penal, o artigo que tipificava o crime pelo qual fora condenado. Dos fatos narrados surge o denominado "conflito de leis penais no tempo". A partir dos estudos realizados sobre o tema assinale a alternativa correta acerca da responsabilidade jurídico- penal de Adalto: a última lei possui natureza jurídica de novatio legis in mellius e, consoante o disposto no art.2º, parágrafo único, do Código Penal, retroagirá de modo a cessar todos os efeitos penais e civis da condenação. aberratio ictus a última lei possui natureza jurídica de abolitio criminis e, consoante o disposto no art.2º, caput, do Código Penal, entretanto não retroagirá para atingir a conduta perpetrada por Adalto face ao trânsito em julgado da sentença penal condenatória. a última lei possui natureza jurídica de abolitio criminis e, consoante o disposto no art.2º, caput, do Código Penal, retroagirá de modo a cessar todos os efeitos penais da condenação. a última lei possui natureza jurídica de abolitio criminis e, consoante o disposto no art.2º, caput, do Código Penal, retroagirá de modo a cessar todos os efeitos penais e civis da condenação Respondido em 26/10/2020 20:01:17 Compare com a sua resposta: Sugestão de gabarito: No caso em exame, caberá ao discente analisar a incidência do erro de proibição à conduta praticada por Jonas. Todavia, cabe salientar que, em decorrência da maturidade acadêmica do discente, talvez não seja abordada a tese de erro de tipo, haja vista o tipo penal do art.33, da Lei n.11343/2006 consubstanciar-se em norma penal do mandato em branco, cabendo, portanto, ao docente, caso obtenha retorno da turma, fomentar a inclusão desta discussão. 3 Questão Acerto: 0,0 / 0,1 Exclui a culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa: Coação física irresistível Erro sobre a ilicitude do fato nenhuma das alternativas anteriores Coação moral irresistível Menoridade Respondido em 26/10/2020 20:09:28 Compare com a sua resposta: Pode ser considerado nessa perspectiva: o sistema clássico, que remonta ao final do século XIX e início do século XX, com o dolo e a culpa sendo espécies de culpabilidade. O sistema neoclássico, com a culpabilidade sendo considerada um juízo de reprovação, mas ainda com indicativo de dolo e culpa. O sistema finalista, no qual a culpabilidade essencialmente normativa; com dolo e culpa passando a integrar o conceito de fato típico e; o sistema funcionalista, com a culpabilidade direcionada a um aspecto de responsabilidade. Sistema esse que na teoria moderna, enfatizou a teoria da imputação objetiva. 4 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 A partir da análise dos art. 14 a 17, do Código Penal, assinale a alternativa INCORRETA: O arrependimento posterior constitui uma causa de diminuição da pena. No arrependimento eficaz, após o agente esgotar os meios de que dispunha para a prática do crime, pratica nova atividade, evitando que o resultado ocorra. Para a caracterização do crime impossível, é imprescindível que o meio utilizado seja absolutamente ineficaz para a obtenção do resultado. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz dependem, sempre, da vontade do agente. Na tentativa imperfeita, a consumação não ocorre, apesar de o agente ter praticado todos os atos necessários à produção do evento. Respondido em 26/10/2020 20:07:52 Compare com a sua resposta: Sugestão de Gabarito: A questão versa sobre a possibilidade de incidência do princípio da insignificância ou bagatela aos delitos contra o patrimônio, no caso, ao delito de furto. Cabe salientar que, o referido princípio não possui assento no ordenamento jurídico pátrio. Desta forma, os pesquisadores jurídicos analisam, dentre outras situações, o bem jurídico tutelado e a lesão sofrida por este bem (seja qualitativa ou quantitativamente). Acerca do tema, cabe transcrever trecho de decisão proferida, em sede de Habeas Corpus, pelo Supremo Tribunal Federal: Para a configuração do indiferente penal, além da inexpressividade da lesão jurídica provocada, é preciso verificar, ainda, a mínima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica provocada. (STF, HC 84412, Relator Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 19/10/2004). 5 Questão Acerto: 0,1 / 0,1 Luquinha Visconti, homem simples da periferia de São Paulo, adquiriu carteira de habilitação acreditandona desnecessidade da realização de exames de habilitação. Está sendo processado por falsidade ideológica e uso de documento falso. Em sua tese deverá ser argüido:(Defensor Público/SP-2007) Erro sobre elemento constitutivo do tipo penal, que exclui o dolo. Erro sobre elemento constitutivo do tipo penal, porém vencível, sendo punível pela culpa Erro sobre a ilicitude do fato, excluindo-se a culpabilidade pela exigibilidade de conduta diversa. Estado de necessidade exculpante. Erro sobre a ilicitude do fato, excluindo-se a culpabilidade pela falta desta consciência. Respondido em 26/10/2020 20:13:45 Compare com a sua resposta: O agente que realiza elementos de tipo penal incriminador em comprovado estado de sonambulismo não responde criminalmente por seus atos haja vista a ausência de vontade imbuída de finalidade.
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