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Moeda Falsa

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Moeda Falsa
Fé pública é um bem jurídico que visa assegurar na coletividade um sentimento de confiança nos documentos/moedas
A legitimidade/veracidade de docs. é presumida exatamente por conta dos crimes contra a fé 
Os crimes contra a fé pública são crimes comuns
Todo crime contra a fé pública pressupõe imitação da verdade ou alteração da verdade. Documento verdadeiro pré existente e o transforma em algo diverso do original
A concretização dos crimes de falso pode ocorrer das seguintes maneiras
i - contrafação
ii - alteração
iii - supressão
iv – simulação (falsidades de conteúdos)
v – uso
Os crimes contra a fé pública exigem dano potencial (ou potencialidade lesiva) - significa que o doc. deve ter capacidade ilusória - aptidão para enganar o homem médio
O sujeito passivo nos crimes contra a fé pública é a coletividade (crime vago) - logo, se houver uma falsificação grosseira, estão não poderá afetar a coletividade, ou seja, haverá crime impossível em relação à fé pública
eventualmente, falsificações grosseiras podem configurar estelionato
todos os crimes contra fé pública são dolosos
todos exigem que o agente tenha ciência da falsificação
modalidades de falso: i - material
forma dos docus
ii - fals. ideologica: falsidade de conteúdo
iii - falsidade pessoal
falsidade sobre elementos de qualificação
os crimes de moeda falsa são de competência da justiça federal a jf é um justiça especializada, competência específica fixada no art. 109 da cf
iv - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da justiça militar e da justiça eleitoral;apenas crimes que envolvam bens, serviços ou interesses da união
art. 164. a competência da união para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. (a justiça estudual tem competência residual)
moeda falsa (289)
o art. 289 tem como objeto material tanto a moeda metálica quanto o papel moeda, desde que ambos estejam em circulação (curso legal - não podem ser recusados como meio de pagamento). – 3 a 12 anos.
eventualmente, falsificação de moedas que deixaram de circular pode configurar estelionato (mas não, moeda falsa)
o art. 289 protege tanto a moeda naconal, como também a moeda estrangeira
desde que vigente no seu país de origem
no art. 289 são punidas basicamente duas modalidades: a contrafação (fabricação)
alteração
moeda verdadeira préexistente e transforma-la necessariamente para maior
alteração também pressupõe modificação do valor pecuniário
súmula 73 do stj: a utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competencia da justiça estadual.
dano potencial (capacidade ilusória), a falsificação dever se apta para ludibriar o homem médio
o crime de mf exige materialidade
a mf deve ser apreendida e periciada para constatar a falsificação e aferir se é uma falsificação grosseira ou não
princípio da insignificância é uma causa excludente da tipcidade material (ou conglobante
fato típico composto dos seguintes elementos: 1 - conduta humana voluntária 2 - nexo de causalidade 3 – resultado 4 - tipicidade
tipicidade formal – subsunção entre conduta prevista na lei e a praticada pelo agente 
t. material – ligada a reprovabilidade do comportamento 
mas o direito penal é ultima ratio, fragmentário, lesividade (claus roxin)
princípio da insignificância não se aplica ao crimes contra a fé pública
a fé pública é um bem jurídico intangível (não tem valoração econômica)
“a jurisprudência predominante do supremo tribunal federal é no sentido de reverenciar - em crimes de moeda falsa - a fé pública, que é um bem intangível, que corresponde, exatamente, à confiança que a população deposita em sua moeda. precedentes. 4. habeas corpus denegado. (hc 96153, relator(a):  min. cármen lúcia, primeira turma, julgado em 26/05/2009)
"pelo que o valor impresso na moeda falsa não é o critério de análise da relevância, ou da irrelevância da conduta em face das normas penais"
4. ordem denegada. (hc 97220, relator(a):  min. ayres britto, segunda turma, julgado em 05/04/2011)
Mas pode se falar do arrependimento eficaz ou posterior¿ - art. 15 não se aplica
Pressupõe que não houve ação, só responde pelos atos já feitos 
Desistência voluntária – desiste de prosseguir
Eficaz – encerra todos seus atos executórios e impede a finalização
Arrependimento posterior – art. 16 – também não se aplica aos crimes de fé pública, pois pela mesma razão anterior, não tem como reparar um bem intangível, não tem como o reparar – valor imensurável.
O 289 é crime formal, é consumado quando ocorrer o momento de conclusão da falsificação de pelo menos um exemplar de moeda falsa. – Formal pois independe de efetiva utilização e que alguém vá suportar esse prejuízo.
- Comporta tentativa, quando em circunstância alheia ao agente, ele não conseguir alcançar o seu intento. 
Art, 291 pune o crime de petrecho para falsificação de moeda, é um ato preparatório. “qualquer objeto destinado a fabricação de moeda falsa”. – ocorrerá quando o agente estiver de posse de objetos especialmente destinados a falsificação.
Art. 291 também exige materialidade – o petrecho deve ser apreendido e periciado, para confirmar sua capacidade de produção, bem como, se de fato, é um objeto especialmente destinado a falsificação de moedas. – adquire, vende, guarda, objetos destinados a isso.
Obs: Uma vez iniciada a contrafação o 291 será absorvido.
Formas Equiparadas
Recebe de má-fé
Parágrafo 1 do 289, visa punir atos posteriores a falsificação, diz respeito a circulação de moeda – enquadrado nesse parágrafo aquele que não ocorreu ao caput. 
– exige dolo ab initio (desde início que encontrou em contato com a moeda ele estava de má fé, deve saber da falsidade da moeda)
- Não é possível concurso de crimes, do caput e parágrafo 1 (por causa do bis in idem) – o bem tutelado é o mesmo
Para quem falsifica é quando ocorre consumação da falsificação – introdução na circulação é mero exaurimento, é um pos factum impunível. 
Exaurimento vem depois da consumação – punidas da mesma forma que o falsário, pois dá continuidade ao inter criminis
Todos os verbos ali existentes no art. são formais (resultado naturalístico pode acontecer mas ele é dispensável). Exceção: Vender (considerado como material – pois exige uma contraprestação pecuniária.
- Todos os verbos são também crimes instantâneos (se consumam em um determinado momento). Exceção: Núcleos permanentes ( Verbo Guardar; crime permanente que autoriza prisão em flagrante a qualquer momento, pois a consumação se prolonga no tempo). 
MF Privilegiada 
Recebe de boa-fé: Parágrafo 2 do 289
É a moeda falsa privilegiada – exige receber de boa-fé, sem conhecer a falsidade.
- Exige que o agente restitua a moeda falsa à circulação depois de reconhecer a falsidade. (6 meses a 2 anos e multa)
- Privilégio, pois o agente não tem dolo contra a fé pública, não está direcionado a atingi-la, mas sim para compensar o prejuízo econômico. (Já que ele quer se livrar do prejuízo repassando a moeda pros seguintes, para compensar, mas não tem dolo contra a fé pública).
- Mas aquele que de boa-fé recebe e de boa-fé reintrodução a cédula na circulação, não comete crime, por ausência de dolo.
- O privilégio incide quando acontece que há o retorno para a circulação.
Qualificadora - Parágrafo 3
- Funcionário público, gerente ou fiscal de banco de emissão que permite a fabricação ou emissão. 
- Trata-se de crime próprio (cometido apenas por funcionários de bancos de emissão). Mas em verdade não se trata de moeda falsa e sim moeda emitida em desacordo com o ordenamento.
I- Título ou peso inferior ao determinado em lei; II-papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
Tudo em moedas/cédulas é regulamentado, inclusive peso. Pois as características podem acusar se são falsas ou não. Deve-se assegurar o acordo, com a regulamentação, e a segurança ao sistema financeiro.
(Comentários da aula sobre:Combater inflação; lastro econômico (só pode emitir moeda se tiver correspondente em riqueza). Lastro probatório mínimo é o que configura justa para a propositura de uma ação penal – justa causa).
Qualificadora por equiparação – parágrafo 4
- Crime comum; conduta: fazer circular a moeda ainda não autorizada a circular
Até pode fabricar, determinada quantidade, mas a circulação só pode acontecer de acordo com a situação econômica do país.
- Não há moeda falsa – é moeda sem autorização de circular
- Não é sobre fabricação, e sim sobre a consumação com a efetiva circulação.

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