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Estetic corporal 2

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46
Unidade II
Unidade II
Abordados temas relevantes da estética corporal, tais como a elaboração de protocolos e a prescrição 
cosmética para tratamento de estrias, a hidratação cutânea, a esfoliação e o banho de lua. Vamos 
entender como se desenvolvem e quais os principais procedimentos estéticos que podem ser aplicados, 
bem como as suas contraindicações. 
As estrias são formadas a partir de uma desorganização no tecido conjuntivo que afeta 
diretamente as fibras elásticas e as fibras de colágeno. O procedimento estético adequado depende 
das características da estria e das particularidades do cliente, que devem ser consideradas antes da 
elaboração do protocolo. 
A avaliação clínica e a ficha de anamnese são importantes para a elaboração de qualquer 
protocolo estético. Essa ficha deve conter dados de identificação e eventuais contraindicações do 
cliente. O protocolo só pode ser iniciado após essa etapa, pois as características individuais devem 
ser consideradas. 
Não existe protocolo único; o profissional de Estética deve sempre levar em conta as informações 
contidas na ficha de anamne para verificar o melhor procedimento. As medidas antropométricas, bem 
como o controle das sessões, também são pontos importantes da ficha. Além dela, o cliente pode ser 
avaliado por registro fotográfico, peso e adipometria.
A esfoliação e a hidratação são procedimentos estéticos que auxiliam na manutenção do manto 
hidrolipídico e na preservação da beleza da pele. Uma pele hidratada tem maior resistência e menor 
tendência ao ressecamento e ao desenvolvimento de estrias. Além disso, os protocolos de hidratação 
são bem relaxantes.
O banho de lua é um procedimento estético caracterizado, principalmente, pela descoloração dos 
pelos. Esse protocolo deve ser realizado com cuidado, pois os produtos empregados podem danificar a 
epiderme, caso esta não seja devidamente protegida. 
Os procedimentos estéticos devem ser realizados com cautela e segurança. O profissional precisa 
sempre se certificar das características individuais da pessoa para desenvolver o tratamento estético. 
Dessa forma, trabalhando com responsabilidade e prezando pela integridade, pelo bem‑estar e pela 
saúde do cliente, os resultados estéticos serão satisfatórios, e a recompensa financeira será uma 
consequência de todo o empenho.
47
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
3 ALTERAÇÕES ESTÉTICAS E PROTOCOLOS
3.1 Estrias
A estria é considerada uma atrofia do tecido tegumentar adquirida após o rompimento das fibras 
elásticas e o desalinhamento das fibras de colágeno. Manifesta‑se de forma linear, paralela e atrófica, 
obedecendo às linhas de tensão da pele. 
As estrias surgem a partir de um processo inflamatório na derme. As lesões 
na pele podem apresentar‑se na cor avermelhada roxa (rubra) ou na cor 
branca (alba). A avaliação e a identificação do tipo de estria que acomete 
a pele são de extrema importância, pois o diagnóstico diferencial define o 
tratamento a ser eleito (PEREIRA et al., 2013, p. 276).
Figura 25 – Estrias avermelhadas
As estrias podem ser atróficas, que se caracterizam por estrias em depressão, ou seja, mais fundas que 
o relevo da pele. Estas são as mais comuns e as que surtem melhores resultados nas cabines de estética.
As estrias também podem ser hipertróficas, que se caracterizam por estrias em altorrelevo na 
pele. Estas são mais raras, e, nesse caso, os profissionais de Estética não conseguem intervir (PEREZ; 
VASCONCELOS, 2014).
Quando se inicia o processo de estiramento das fibras, alguns sinais clínicos são percebidos, como:
•	 Prurido: a região coça. Essa sensação ocorre devido à fragilização das fibras. 
•	 Hiperemia: ocorre devido ao aumento da vascularização no local.
48
Unidade II
•	 Alteração na coloração: trata‑se de um processo inflamatório que, no início, é avermelhado e, 
durante o período de cicatrização, passa por uma mudança de cor até chegar à coloração branca. 
Nesse estágio, o processo inflamatório é finalizado.
•	 Diminuição da espessura da cutânea: esse processo existe devido à fragilização do tecido conjuntivo.
As estrias sempre ocorrem após o enfraquecimento e a diminuição dos elementos do tecido 
conjuntivo. Existem várias causas:
•	 Teoria mecânica: estiramento dérmico determinado por distensões progressivas. Por exemplo: 
estiramento cutâneo por crescimento ou deposição de gordura.
•	 Teoria endócrina: efeito inibidor dos glicocorticoides sobre os fibroblastos. Por exemplo: utilização 
de medicamentos como corticoides e anabolizantes.
•	 Teoria infecciosa: processos infecciosos, como meningite, febre reumática e outras infecções, 
causam danos às fibras elásticas. Porém, essa teoria não tem muitos adeptos, pois alguns 
autores acreditam que o uso de medicamentos para o tratamento das infecções seria a causa do 
enfraquecimento das fibras que compõem o tecido conjuntivo (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Alguns fatores desencadeantes associados ao surgimento das estrias são:
•	 alteração hormonal;
•	 desidratação tecidual;
•	 predisposição hereditária;
•	 obesidade; 
•	 gestação; 
•	 variações de peso;
•	 medicamentos; 
•	 esforços para ganhar massa muscular;
•	 crescimento acelerado entre 12 e 16 anos;
•	 radiação UV;
•	 próteses de silicone com grande volume.
A aparência da estria pode variar. Em muitos casos, é uma lesão com depressão, e, em outros, o 
tecido se apresenta com elevação. A estria pode ser fina ou grossa; depende da quantidade de fibras 
elásticas que foram danificadas.
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TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Os locais que mais acometem o sexo feminino são os glúteos, os seios, a região abdominal, as coxas 
e a região lombo sacra. Durante a puberdade, a mulher tem aumentos significativos de hormônios 
femininos, que são responsáveis por dar a forma ao corpo feminino. Comumente, as estrias aparecem 
nessa fase com o desenvolvimento das mamas e do quadril. Outra fase comum ao surgimento das 
estrias é durante a gestação, devido ao estiramento exagerado da pele, principalmente na região 
infraumbilical, e, também, devido às alterações hormonais.
Figura 26 – Estrias brancas (nacaradas) em glúteo feminino
Nos homens, as estrias atingem mais as costas e o peitoral. Durante o estirão da puberdade, eles 
desenvolvem as costas. O estiramento exagerado da pele pode dar origem às estrias nessa região. Estrias 
na região peitoral, devido ao aumento de massa magra ocasionado por treinos de musculação, também 
são comuns nos homens.
Figura 27 – Estrias decorrentes do crescimento
50
Unidade II
3.1.1 Procedimentos estéticos para estrias
O tratamento estético na fase inicial é mais satisfatório, pois se trata de estagnar o processo, 
impedindo que as lesões fiquem mais largas e profundas. 
No momento que as fibras elásticas se rompem, o organismo inicia um processo de defesa, e ocorre 
uma inflamação. No início, a estria se apresenta na cor avermelhada e roxa, o que significa que, no local, 
ainda flui sangue e o processo inflamatório está acontecendo. 
Os autores são praticamente unânimes em considerar as estrias como sequela irreversível. 
O fundamento é que exames histológicos mostram que as fibras elásticas se rompem e não se 
regeneram. Porém, estudos em ratos com eletroterapia demonstraram que a intensa neoformação 
(formação de novos vasos sanguíneos) levou para o local novos fibroblastos. Os fibroblastos são 
células que possuem uma grande capacidade de regenerar o tecido. Os testes foram satisfatórios, 
e a pele, apesar de não voltar a ser exatamente o que era, ficou com um aspecto quase normal 
(GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Quando a estria se apresenta na cor branca, significa que o processo inflamatório já terminou. 
A epiderme se mostra atrófica. As fibras colágenas se dispõem em paralelo à superfície, e os fibroblastos 
ficam muito danificados, principalmente o complexo de Golgi e o retículo endoplasmático rugoso 
(PEREIRA et al., 2013).
O tratamento estético para estrias brancas tem como principal objetivo lesionar o tecido para dar 
início aum novo processo inflamatório. Essa reação de defesa corporal atrai novos fibroblastos para o 
local. Dessa forma, aumenta a capacidade de reparo e a produção de colágeno. 
A vasodilatação ocasionada pelo processo inflamatório resulta em aumento de células de defesa 
responsáveis. A resposta à agressão do tratamento pode finalizar com a recuperação da estria, restituindo 
parte do tecido.
A vacuoterapia é um recurso tecnológico utilizado para tratamento estético de estrias. Trata‑se de 
um equipamento que produz sucção negativa associada a ventosas.
A esfoliação para remover as células mortas e estimular a circulação pode ser feita com cosméticos 
ou com microdermoabrasão; neste caso, pode ser utilizado o equipamento de endermoterapia com a 
ponteira de diamante ou o peeling de cristal. 
51
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 28 – Equipamento de endermoterapia
Outra possibilidade é a utilização de ácidos que promovam uma esfoliação química e que, por 
permearem a pele, também estimulam os fibroblastos na produção de colágeno e elastina.
A terapia ortomolecular é um recurso da cosmetologia que auxilia na regeneração, hidratação 
e remineralização do tecido conjuntivo e, por esse motivo, é uma classe de princípios ativos 
cosméticos recomendados para esse tipo de procedimento. 
Produtos cosméticos ortomoleculares são compostos por substâncias que já existem naturalmente 
no organismo humano. Portanto, atuam como um repositor de biomoléculas que irão auxiliar na 
reconstrução do tecido que foi lesionado por algum procedimento de eletroterapia, como a vacuoterapia 
citada anteriormente. 
A hidratação também é um fator importante no tratamento e na prevenção das estrias. É necessário 
finalizar os protocolos cosméticos com hidratantes e prescrever hidratantes com princípios ativos 
reconstrutores para serem utilizados diariamente pelo cliente.
As massagens também são muito utilizadas nos tratamentos estéticos de estrias. O maior objetivo da 
técnica é aumentar a permeabilidade e melhorar a absorção dos princípios ativos cosméticos. 
Por se tratar de uma lesão onde as fibras elásticas foram rompidas, não existe comprovação científica 
de que apenas a realização da massagem terá resultados satisfatórios no tratamento de estrias, pois esta 
não tem a capacidade de regeneração do tecido dérmico lesionado.
Portanto, esse recurso pode ser utilizado como auxiliar e complementar dos protocolos com o 
objetivo de cuidar do tecido com estrias.
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Unidade II
Os protocolos estéticos para o tratamento das estrias têm a finalidade de ativar a circulação local, 
restaurar o manto hidrolipídico, estimular os fibroblastos e, juntamente com o estímulo à produção de 
colágeno, aumentar a espessura da derme e amenizar a aparência das estrias. 
Por ser um protocolo que estimula a produção de colágeno, também auxilia na prevenção de novas 
estrias e ameniza a flacidez local. 
Os resultados não são homogêneos, pois cada organismo responde de uma forma ao estímulo do 
tratamento. Não podemos deixar de citar que a alta ou baixa imunidade do organismo também está 
diretamente relacionada ao resultado.
A alimentação é outro fator extremamente importante, pois, para que o tecido lesionado tenha uma 
boa regeneração, alguns alimentos são fundamentais, como a ingestão de proteínas e água. 
Assim, faz‑se necessária a realização detalhada de uma ficha de anamnese, em que o profissional 
de Estética coleta um grande número de informações, particularidades e possíveis contraindicações. 
Os protocolos, apesar de terem uma sequência lógica, devem sempre ser desenvolvidos individualmente, 
de acordo com as informações obtidas.
Protocolo estético preventivo de estrias
•	 Passo 1: higienizar a área a ser tratada com produto específico de limpeza ou loção bactericida. 
•	 Passo 2: iniciar a esfoliação. Para esse procedimento, é necessário que o esfoliante seja específico 
para o corpo, pois, nesse caso, os grânulos são maiores. 
•	 Passo 3: aplicar loção ortomolecular. Realizar pinçamentos de jaquet até a total absorção.
•	 Passo 4: realizar manobras de massagem por, aproximadamente, 15 minutos. Podem ser realizadas, 
nesta etapa, as manobras de amassamento e deslizamento superficial e profundo.
•	 Passo 5: aplicar a argila branca. Esta é rica em oligoelementos que irão auxiliar na remineralização 
do tecido, tornando‑o mais resistente. A argila pode ser associada com soro fisiológico até obter 
uma consistência pastosa. Aplicar com as mãos no local e envolver com filme osmótico de PVC. 
•	 Passo 6: envolver o local com uma toalha e colocar sob a manta térmica. O aquecimento auxilia 
na absorção dos princípios ativos cosméticos aplicados anteriormente. Deixar agir por 20 minutos.
•	 Passo 7: remover a argila com toalhas umedecidas com água quente e finalizar com hidratante.
Existem vários modelos de manta térmica. Algumas são desenvolvidas para serem utilizadas em todo 
o corpo. Por terem um formato retangular, de, aproximadamente, dois metros, também podem ser usadas 
na maca abaixo do lençol para aquecer em dias frios. Outras são desenvolvidas para serem utilizadas em 
regiões distintas do corpo. Estas são acopladas a um equipamento que permite manter temperaturas 
diferentes em regiões distintas. 
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TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
 Saiba mais
Como vimos, a Argiloterapia é utilizada em diversos tipos de 
procedimentos estéticos corporais, pois a argila possui propriedades 
cicatrizantes, remineralizantes e desintoxicantes.
Para conhecer mais sobre a argila e suas aplicabilidades nos 
procedimentos estéticos corporais, recomendamos a leitura do capítulo 
“Argiloterapia”, páginas 91 a 93, do livro a seguir:
PEREZ, E.; VASCONCELOS, M. G. Técnicas estéticas corporais. 1. ed. 
São Paulo: Érica, 2014.
A escolha da manta térmica depende do procedimento estético que será realizado e, principalmente, 
do segmento e tamanho da área corporal.
Figura 29 – Manta térmica
O equipamento de manta térmica permite adaptar mantas de menor tamanho em várias áreas 
do corpo. As mantas são acopladas a um equipamento que permite programar a intensidade em 
temperaturas diferentes.
Figura 30 – Manta térmica (cobertor)
54
Unidade II
 Lembrete
O protocolo estético preventivo de estrias é, como o nome diz, 
preventivo, pois, para restabelecer o aspecto natural da pele, é necessário 
utilizar alguma técnica que promova uma lesão no tecido para gerar 
um processo inflamatório e, assim, aumentar as capacidades internas de 
regeneração da pele.
É importante que o cliente que esteja fazendo um tratamento preventivo de estrias faça uso de 
cosméticos específicos diariamente. 
O profissional de Estética pode indicar produtos que estimulam a produção de colágeno. Os produtos 
ortomoleculares também são indicados, pois possuem grandes quantidades de minerais. Os minerais constituem 
a pele. 
Os princípios ativos indicados são: silício orgânico, raffermine, algas marinhas, minerais em geral, 
centella asiática, entre outros.
Além do hidratante com princípios ativos específicos, o cliente pode realizar uma esfoliação semanal. 
Os óleos auxiliam no tratamento, mas não permeiam como os cremes. Os cremes desenvolvidos com 
nanotecnologia permeiam e auxiliam na produção de colágeno. Os óleos evitam a desidratação, pois 
formam uma barreira protetora, impedindo a perda de água da pele.
Dessa forma, o ideal para a prevenção das estrias é utilizar um creme específico e, por fim, aplicar 
algumas gotas de óleo – sempre nessa ordem, pois, se aplicado antes, o óleo impede a permeação dos 
princípios ativos dos cremes.
As contraindicações do protocolo são:
•	 Hipertensão arterial.
•	 Cardiopatia descompensada.
•	 Estado febril.
•	 Qualquer tipo de infecção.
•	 Qualquer tipo de inflamação.
•	 Problemas circulatórios graves, como varizes calibrosas e tromboses.
•	 Gestação.
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TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Protocolo preventivo de estrias com endermoterapia
•	 Passo 1: higienizar a área a ser tratada com emulsão de limpezafacial e remover com algodão 
umedecido em água.
•	 Passo 2: realizar a esfoliação física com produto específico para esfoliação corporal. Remover 
com algodão umedecido e gaze seca.
•	 Passo 3: realizar pinçamentos de jaquet com loção ortomolecular.
•	 Passo 4: realizar a técnica de sucção nas estrias (somente uma vez ao mês). Nas três semanas 
posteriores, substituir a sucção por máscara de argila. Deixar agir por 20 minutos e remover com 
algodão umedecido com água. 
•	 Passo 5: finalizar com loção ortomolecular. 
É muito importante que o cliente utilize um creme hidratante ortomolecular com princípios ativos 
em casa, pois o produto auxilia na cicatrização do tecido subcutâneo. O cliente não poderá se expor ao 
sol até completar a cicatrização.
Figura 31 – Protocolo para estrias com ponteira de bico fino de endermoterapia
As contraindicações do protocolo estético são:
•	 Tendência a queloide.
•	 Diabetes.
•	 Peles com tendência a manchar.
•	 Hipertensão arterial.
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Unidade II
•	 Cardiopatia descompensada.
•	 Estado febril.
•	 Qualquer tipo de infecção.
•	 Qualquer tipo de inflamação.
•	 Problemas circulatórios graves, como varizes calibrosas e tromboses.
•	 Gestação.
3.2 Esfoliação e gomagem
O estrato córneo é a camada mais extensa e superficial da epiderme, constituído por células 
anucleadas, fixadas à pele por uma proteína denominada queratina. As células dessa camada 
funcionam como uma espécie de barreira contra agentes externos, micro‑organismos, raios solares e 
outros agressores. 
Por se tratar de uma camada de proteção, ela também impede, muitas vezes, a permeação dos 
princípios ativos cosméticos contidos nos produtos. Portanto, a remoção de parte dessa camada é 
considerada uma fase preparatória para qualquer tipo de tratamento estético.
A espessura do estrato córneo depende da quantidade de células que constituem essa camada. 
Pessoas com hábitos de esfoliar a pele e utilizar hidratantes e ácidos tendem a ter a pele mais fina e 
sensível, mas isso também depende de outros fatores, como idade, sexo e raça. 
Existem vários tipos de esfoliantes: os físicos, os químicos e os enzimáticos. Além disso, existem 
diferentes tipos de peles, que variam desde finas e reativas até peles mais espessas e resistentes.
Na esfoliação física ou mecânica, existe um atrito entre o produto e a pele ou entre o equipamento 
utilizado e a pele. O produto cosmético mais conhecido são os esfoliantes que possuem grânulos. 
Os grânulos geram um atrito, e esse atrito desprende as células queratinizadas, promovendo, 
consequentemente, um afinamento.
Existe uma grande variação de esfoliantes, mais ou menos abrasivos. Os esfoliantes mais abrasivos 
são indicados para o corpo e a pele mais resistentes. Os esfoliantes com menos abrasão possuem 
grânulos mais suaves e menores e são indicados para regiões mais sensíveis, como a face. A quantidade, 
o tamanho e a capacidade de atrito dos grânulos também determinam a periodização. Assim, esfoliantes 
mais agressivos devem ser usados, em média, de 28 em 28 dias, e esfoliantes mais suaves podem ser 
utilizados semanalmente.
57
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 32 – Esfoliação física com esfoliante corporal
Princípios ativos como sílica, sementes trituradas, argilas e sais são exemplos de grânulos encontrados 
nos esfoliantes físicos.
Ainda em relação à esfoliação física, podemos citar o peeling de diamante e o peeling de cristal. 
Ambos são equipamentos utilizados como recursos tecnológicos para a realização de esfoliação mecânica 
da face ou do corpo.
O peeling de diamante é realizado através do equipamento de endermoterapia. Na base, é encaixada 
a ponteira do peeling, que promove um atrito na pele. Esse equipamento possui um reservatório para 
as células mortas. A sucção atrai as células mortas para dentro dele. As ponteiras se dispõem em 
tamanhos diferentes, sendo as menores indicadas para peles mais sensíveis, e as maiores, para peles 
mais resistentes.
Figura 33 – Ponteiras do peeling de diamante
O peeling de cristal possui um canal por onde partículas de óxido de alumínio são lançadas na pele. 
Em vez da sucção, ocorre um lixamento promovido pelo atrito do jato de óxido de alumínio diretamente 
na pele.
58
Unidade II
 Observação
O equipamento de peeling de diamante deve ser utilizado com cautela. 
Indivíduos com pele muito fina e sensível são mais suscetíveis a desenvolver 
lesões. A pressão e a forma de manuseio da ponteira devem ser coerentes 
com o biótipo cutâneo.
A gomagem é outro tipo de esfoliação mecânica. Nessa técnica, são utilizados produtos cosméticos 
com aspecto de goma vegetal rica em princípios ativos emolientes.
A técnica consiste na aplicação do produto sobre a pele, e, em seguida, esse produto é removido 
com movimentos de fricção ou de vaivém na pele. Os ativos se fixam nas células mortas, que são 
desprendidas pelo atrito. A gomagem tem ação emoliente e deixa a pele mais macia.
Os esfoliantes químicos são constituídos de princípios ativos ácidos com pH baixo para promover 
o desprendimento das células queratinizadas da superfície da epiderme. Existe uma grande diferença 
entre os ácidos utilizados na Estética. Todos têm o objetivo de desprender células queratinizadas, mas 
existem diversas porcentagens dos ativos que os tornam mais ou menos abrasivos. Além disso, o pH é 
fundamental para determinar a intensidade dessa esfoliação.
Para os procedimentos estéticos, são recomendados ácidos com porcentagem de 10%, e os ativos 
mais indicados são: ácido glicólico, ácido mandélico e ácido salicílico.
Para utilizar ácidos, é necessário aprofundar os estudos sobre indicações relacionadas ao princípio 
ativo, à porcentagem e ao valor de pH. Os ácidos são mais utilizados em cosméticos faciais.
A esfoliação enzimática é realizada por produtos cosméticos enriquecidos com princípios ativos 
enzimáticos. As enzimas possuem ação proteolítica e promovem reações químicas na pele que 
desprendem as células pela degradação da queratina.
São exemplos de princípios ativos enzimáticos a bromelina, extraída do abacaxi, e a papaína, extraída 
do mamão papaia.
Protocolo de esfoliação corporal
Se, por acaso, a esfoliação for realizada em todo o corpo, o ideal é que seja feita por partes. 
Por exemplo: primeiro, executa‑se o protocolo na região anterior e, depois, na região posterior. Vejamos, 
a seguir, o passo a passo:
•	 Passo 1: umedecer a área com loção hidratante (pode ser uma loção ortomolecular ou uma loção 
com ureia).
59
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
•	 Passo 2: aplicar uma pequena quantidade de esfoliante físico. Como esse protocolo é corporal, os 
grânulos podem ser mais espessos.
•	 Passo 3: realizar movimentos de fricção, circulares ou de vaivém. É normal que a pele fique com 
hiperemia (vermelha), devido à ativação da circulação.
•	 Passo 4: remover os grânulos. Para tal, pode ser utilizada uma toalha umedecida com água 
quente e outra toalha seca para secar o cliente.
•	 Passo 5: aplicar um hidratante em toda a região.
É recomendado realizar esse protocolo mensalmente, e sempre deve‑se proceder um programa de 
estética corporal.
Uma pele que é esfoliada tem maior capacidade de absorção dos princípios ativos. Portanto, essa 
deve ser a primeira sessão do programa. 
Contraindicações do protocolo
•	 Pessoas com pele sensibilizada.
•	 Presença de lesões cutâneas.
3.3 Hidratação corporal
A pele, diferentemente de outros órgãos, necessita de hidratação interna e externa. A água que 
ingerimos é importante para manter a hidratação interna da pele. Porém, para que a pele usufrua esse 
benefício, o indivíduo adulto precisa beber, em média, dois litros de água por dia.
A pele também necessita de cuidados externos, e um dos mais importantes é a hidratação.
As camadas superficiais são uma barreira, mas são afetadas por agentes externos e muitas substâncias 
químicas que podem desgastar essa barreira e deixar a pele sensibilizada e desprotegida. 
A hidratação é um mecanismo funcional da pelenecessário para qualquer tipo de procedimento 
estético. A água é importante para manter a elasticidade do estrato córneo. Sem água, essa camada 
se torna rígida, pode sofrer estiramento, acelerar o processo de envelhecimento e contribuir para o 
aparecimento de estrias. 
A maior parte da água que bebemos se concentra na derme, pois existe uma necessidade maior 
nessa camada. Apenas 20% da água que chega até a pele se concentram na epiderme. Por isso, a 
maior exigência dos protocolos de hidratação é evitar a perda de água, umectar e manter a emoliência 
da epiderme. 
60
Unidade II
Os produtos cosméticos hidratantes têm maior ação na epiderme, principalmente no estrato 
córneo, enquanto os cosmecêuticos agem melhor nas camadas mais profundas. Isso ocorre porque 
há uma maior capacidade de permeação desses cosméticos, principalmente se forem nanocosméticos. 
Os nanocosméticos possuem uma maior capacidade de permeação através da pele.
É importante ressaltar que, além das células do estrato córneo, a epiderme tem uma camada de lipídeos 
que recobrem as membranas celulares e que atuam como barreiras eficientes de água. Logo, quanto 
maior o teor de óleo da pele, maior a capacidade de retenção de água e prevenção do ressecamento. 
Essa camada deve ser protegida, e, para tal, é necessária a utilização de produtos higienizantes com 
baixo teor de detergência, pois o contrário provocaria perda de óleo e água. A consequência disso é a 
desidratação e o ressecamento.
O Natural Moisturizing Fator (NMF) é um princípio ativo cosmético que forma uma barreira natural 
na pele, protegendo‑a dos fatores externos.
A epiderme sofre renovação constante, e, quando temos água suficiente na pele, essa descamação 
ocorre por ação enzimática, permitindo que a célula se desprenda naturalmente. Esse desprendimento 
natural não é visível a olho nu.
Entretanto, quando a pele está desidratada, ocorre uma retenção de corneócitos na sua camada 
superficial, e o desprendimento ocorre em blocos. Nesse caso, as escamas são visíveis a olho nu. A pele 
se apresenta esbranquiçada, sem viço e opaca.
Pele normal
Estrato 
córneo
Pele seca
Figura 34 – Comparativo de pele normal e pele seca
É importante ressaltar que a hidratação se faz necessária todas as vezes que a pele é esfoliada, pois 
se trata de uma ação que remove as defesas naturais e deixa a pele sensibilizada.
A seguir, vamos conhecer o protocolo de hidratação corporal:
61
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
•	 Passo 1: umedecer a área com loção hidratante (pode ser uma loção ortomolecular ou uma loção 
com ureia).
•	 Passo 2: aplicar uma pequena quantidade de esfoliante físico. Como esse protocolo é corporal, os 
grânulos podem ser mais espessos.
•	 Passo 3: realizar movimentos de fricção, circulares ou de vaivém. É normal que a pele fique com 
hiperemia (vermelha), devido à ativação da circulação.
•	 Passo 4: remover os grânulos. Para tal, pode ser utilizada uma toalha umedecida com água 
quente e outra toalha seca para secar o cliente.
•	 Passo 5: aplicar um hidratante em toda a região.
•	 Passo 6: aplicar gotas de óleo de amêndoas ou semente de uva para evitar a desidratação.
•	 Passo 7: envolver as áreas mais desidratadas com filme de PVC. Cobrir com uma toalha e envolver 
na manta térmica por 20 minutos.
•	 Passo 8: remover a manta e o filme de PVC e reaplicar o creme hidratante (se for o caso).
É indicado realizar esse protocolo semanalmente em pessoas com pele seca, e quinzenalmente em 
pessoas com pele normal.
Contraindicações do protocolo
•	 Pessoas com pele sensibilizada.
•	 Presença de lesões cutâneas.
3.4 Hidratação dos pés e das mãos
O protocolo conhecido como spa dos pés é um procedimento simples que tem como objetivo cuidar 
da pele dos pés.
O estrato lúcido da epiderme está presente somente na palma das mãos e na planta dos pés, e, por 
esse motivo, essas áreas são mais espessas. Além disso, ambas não possuem glândulas sebáceas, o que as 
torna áreas mais ressecadas que as demais áreas corporais. Esse tipo de protocolo promove a hidratação 
e o afinamento dos pés.
Protocolo de hidratação nos pés
•	 Passo 1: esfoliar todo o pé, especialmente as áreas mais ásperas. Remover o esfoliante com 
algodão e gaze umedecidos com água.
62
Unidade II
Figura 35 – Aplicação de esfoliante no pé
•	 Passo 2: aplicar hidratante com parafina específico para os pés.
Figura 36 – Aplicação de hidratante parafinado no pé
•	 Passo 3: envolver os pés em filme osmótico de PVC. Deixar agir por, aproximadamente, 20 minutos.
63
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 37 – Envolvimento de filme osmótico de PVC no pé
•	 Passo 4: remover o filme osmótico e executar massagem com as digitais em toda a extensão 
dos pés.
Recomenda‑se que esse protocolo seja realizado uma vez por semana. É contraindicado somente em 
casos de lesões cutâneas.
Protocolo de hidratação nas mãos
A pele das mãos sofre agressões externas constantemente. Lavagens contínuas, exposição ao 
tempo, ar‑condicionado e desidratação podem gerar ressecamento e sensação de desconforto. 
Além disso, a falta de hidratação pode acelerar o processo de envelhecimento das mãos. Por isso, é 
importante cuidar delas. 
O protocolo a seguir é um exemplo de procedimento estético que pode ser realizado semanalmente. 
A esfoliação deve ser feita a cada 28 dias, e a hidratação com cremes ricos em princípios ativos 
emolientes deve ser diária. É importante que o profissional de Estética prescreva um creme para uso 
home care.
•	 Passo 1: esfoliar toda a mão, especialmente as áreas mais ásperas. Remover o esfoliante com 
algodão e gaze umedecidos com água.
64
Unidade II
Figura 38 – Aplicação de esfoliante facial nas mãos
•	 Passo 2: executar massagem nos dedos, na palma e no dorso das mãos com creme hidratante 
universal ou específico para as mãos.
•	 Passo 3: aplicar uma máscara hidratante facial em toda a mão.
Figura 39 – Aplicação de creme hidratante nas mãos
•	 Passo 4: envolver as mãos em filme osmótico de PVC. Deixar agir por, aproximadamente, 20 minutos.
65
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 40 – Envolvimento de filme osmótico de PVC nas mãos
•	 Passo 5: remover a máscara com algodão e gaze umedecidos com água.
•	 Passo 6: finalizar com filtro solar.
Os produtos faciais podem ser utilizados para tratamento das mãos caso não esteja disponível um 
produto específico para as mãos.
Recomenda‑se que esse protocolo seja realizado uma vez por semana. É contraindicado somente em 
casos de lesões cutâneas.
 Observação
A hidratação dos pés e das mãos é, normalmente, um procedimento 
de fácil aplicação. A hidratação dos pés ajuda a prevenir e tratar pequenas 
rachaduras causadas pelo ressecamento.
3.5 Banho de lua
O banho de lua é um protocolo estético conhecido pelo clareamento dos pelos associado à esfoliação 
e à hidratação cutânea.
Esse protocolo deixa a aparência da pele mais dourada e é muito usual durante o verão. Alguns 
cuidados são essenciais para a proteção da pele, pois o processo de descoloração dos pelos é uma 
agressão aos pelos e à pele.
66
Unidade II
Inicialmente, é necessário aplicar um produto para a proteção da pele em toda a área a ser tratada. 
O pó descolorante é altamente corrosivo e não pode ter contato direto com a pele. 
O mais comum é aplicar uma camada de parafina para a proteção da epiderme. Na sequência, com o 
auxílio de luvas e um pincel (de coloração de cabelos), aplica‑se o pó associado com o descolorante em 
todas as áreas nas quais se deseja descolorir os pelos.
A água oxigenada auxilia na corrosão do pelo. Quanto maior o volume, mais rápida é essa corrosão. 
Portanto, é indicado utilizar uma água oxigenada de 20 volumes e aguardar, em média, 20 minutos 
para que ocorra a descoloração. É mais seguro ultrapassar um pouco esse tempo e não correr o risco de 
lesionar a pele do cliente.
Após o tempo de ação do descolorante, deve‑se remover o produto com o auxílio de uma ducha. 
Caso não tenha ducha no espaço, recomenda‑se a remoção comtoalhas umedecidas com água morna.
Após essa etapa, é indicada uma esfoliação. O esfoliante pode ser utilizado em todo o corpo. Alguns 
protocolos recomendam executar a esfoliação antes da descoloração. Porém, dessa forma, o risco de 
lesionar a pele com o produto descolorante é maior, pois a pele se encontra sensibilizada devido ao 
atrito dos grânulos do esfoliante.
Após a esfoliação, recomenda‑se hidratar a área com creme hidratante associado a cinco gotas de 
óleo de amêndoas ou óleo de uva. É indicado o lençol de mayler. O aquecimento do lençol aumenta a 
permeação dos princípios ativos, deixando a pele mais emoliente.
Para finalizar, recomenda‑se aplicar um creme hidratante em toda a área.
Protocolo de banho de lua
•	 Passo 1: aplicar creme de parafina em todas as áreas que serão descoloradas.
Figura 41 – Creme parafinado para a proteção da pele
67
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
•	 Passo 2: fazer uma mistura de 50 gramas de pó descolorante para cada 100 ml de água 
oxigenada (20 volumes). A quantidade de produto depende do tamanho da área corporal que 
será descolorada.
Figura 42 – 50 gramas de pó descolorante e 100 ml de água oxigenada (20 volumes)
•	 Passo 3: aplicar o produto com o auxílio de um pincel de tingir cabelo. É importante ressaltar que 
a pele não pode ser massageada com o produto descolorante. Deixar agir por, aproximadamente, 
20 minutos.
Figura 43 – Mistura de pó descolorante com água oxigenada
A aplicação deve ser realizada em todos os pelos da região.
68
Unidade II
Figura 44 – Aplicação de descolorante com pincel de cabelo
 Observação
O filme osmótico de PVC pode ser aplicado caso o cliente não queira 
permanecer o tempo todo em pé ou com os braços afastados.
Figura 45 – Envolvimento com filme osmótico de PVC
•	 Passo 4: remover o descolorante em ducha ou com toalhas umedecidas em água morna.
•	 Passo 5: executar a esfoliação com produto esfoliante específico para o corpo. Esta etapa deve ser 
executada com movimentos circulares. Remover da mesma forma que o produto descolorante.
69
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
 Lembrete
Conforme visto em protocolos anteriores, a esfoliação remove parte da 
camada córnea da pele, tornando‑a mais sensível. O profissional precisa 
saber se o cliente está realizando outro tipo de tratamento, pois não é 
recomendado executar esfoliação duas vezes na semana.
•	 Passo 6: realizar uma mistura de creme hidratante com cinco gotas de óleo de amêndoas ou óleo 
de uva e aplicar em todo o corpo. Esta é uma etapa muito importante do protocolo, pois devolve 
a hidratação da pele, que foi removida durante a descoloração.
Figura 46 – Mistura de creme hidratante com óleo de massagem para hidratação
•	 Passo 7: envolver o cliente em filme osmótico de PVC e envolver o lençol de mayler. O aquecimento 
aumenta a permeação dos princípios ativos, deixando a pele mais umectada e hidratada.
•	 Passo 8: remover o mayler e o filme osmótico de PVC e, em seguida, aplicar creme hidratante para 
finalizar o procedimento.
Esse protocolo pode ser realizado uma vez por mês. 
Por se tratar de um produto que tem alto poder de irritação na pele, o protocolo de banho de lua 
tem contraindicações, como:
70
Unidade II
•	 Varizes e tromboses.
•	 Diabetes e hipertensão descompensados.
•	 Alergias.
•	 Distúrbios de sensibilidade.
•	 Gestação.
•	 Ulcerações da pele.
•	 Neoplasias.
4 TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO CORPORAL
Para compor um programa de tratamento estético, seja qual for, é fundamental executar uma 
minuciosa avaliação. Para tal, é necessário, inicialmente, coletar informações sobre o histórico do cliente. 
Através de uma ficha de anamnese, o profissional de Estética descobre possíveis contraindicações, 
hábitos, utilização de medicamentos, insatisfações e até mesmo o motivo que levou o cliente a procurar 
os tratamentos estéticos.
A primeira sessão deve ser destinada ao preenchimento da ficha de anamnese e à avaliação corporal. 
A palavra anamnese significa memória, recordação, e é utilizada por praticamente todos os profissionais 
da área da saúde para coletar informações.
Essa ficha é utilizada na Estética para registrar hábitos de vida, histórico de doenças, tratamentos de 
saúde, utilização de medicamentos, possíveis alergias, alteração de pressão arterial, além de problemas 
circulatórios graves, como trombose e doenças autoimunes.
Segundo Perez e Vasconcelos (2014), essa ficha deve ser dividida em quatro partes, sendo elas:
•	 Recolhimento das informações necessárias em um questionário.
•	 Avaliação clínica e perimetria. 
•	 Acompanhamento da evolução do tratamento.
•	 Registros de medições e avaliações periódicas.
A ficha deve se iniciar com os dados do cliente: nome, endereço, telefone, redes sociais, idade e 
profissão. Em casos de clientes em estados especiais, como uma gestante, é necessário, também, o 
telefone de um parente próximo e o plano de saúde. 
71
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Na sequência, o profissional deve se atentar aos hábitos de vida do seu cliente. Esse é um momento 
delicado, pois é quando descobrimos as suas insatisfações corporais e rotinas. É importante saber o que 
levou o cliente a procurar o tratamento estético, pois o profissional deve desenvolver uma rotina de 
tratamento coerente com a queixa. Nessa primeira etapa, também é possível saber os hábitos alimentares 
e se o cliente pratica atividade física.
Sabemos que, se a ingestão de calorias for maior que o gasto calórico, as células adiposas aumentam 
seu tamanho e iniciam a compressão vascular, o que ocasiona retenção hídrica, desenvolvimento do FEG, 
lipodistrofia localizada e obesidade. Portanto, caso o profissional de Estética perceba que os hábitos são 
muito ruins, é necessário enfatizar a importância de uma reeducação alimentar e indicar um profissional 
da área para elaborar uma dieta balanceada. 
O sedentarismo reduz o gasto calórico; logo, os indivíduos sedentários têm uma maior predisposição 
ao desenvolvimento do FEG, da hidrolipodistrofia localizada e da obesidade. Esse é o momento de falar 
da importância de realizar uma atividade física, que deve ser prazerosa. Deve‑se aconselhar o cliente a 
fazer algo de seu agrado (dança, caminhada, academia etc.). 
É papel do profissional de Estética orientar, mas, caso o cliente se recuse a fazer a reeducação alimentar 
e a atividade física, não significa que não poderá se submeter a procedimentos estéticos. Porém, deve 
ficar claro que, para obter resultados mais satisfatórios, o tratamento deve ser multidisciplinar.
Outro fator importante nessa etapa é explicar ao cliente como funcionam os procedimentos estéticos 
e a importância da periodização das sessões. Deve ficar claro que o resultado final também depende do 
comparecimento assíduo às sessões.
As perguntas podem seguir o seguinte padrão:
•	 Pratica atividade física regulamente?
•	 Qual a quantidade de água ingerida por dia?
•	 Qual a rotina alimentar? Faz algum tipo de dieta?
•	 Faz ingestão de bebidas alcóolicas?
•	 Fuma?
•	 Faz uso de drogas?
O profissional de Estética não deve deixar o cliente sozinho preenchendo a ficha, pois algumas 
questões devem ser explicadas, como a importância de beber, em média, dois litros de água diariamente 
para obter resultados satisfatórios. O cigarro é um vasoconstritor capilar que prejudica a circulação 
sanguínea e linfática, dificultando a eliminação de toxinas corporais. Já as bebidas alcoólicas são muito 
calóricas, aumentam a retenção de líquidos intersticiais e intoxicam o organismo. 
72
Unidade II
A segunda parte das questões está mais direcionada ao histórico de saúde do cliente:
•	 Histórico de câncer.
•	 Problemas cardíacos, renais, vasculares.
•	 Hipertensão arterial descompensada.
•	 Alterações hormonais.
•	 Alergias, doenças de pele.
•	 Doenças autoimunes.
•	 HIV positivo.
•	 Triglicerídeos e colesterol aumentados.
•	 Diabetes.
•	 Doenças degenerativas.
•	 Disfunções na glândula tireoide.
•	 Doenças emocionais ou psicossomáticas, tais comodepressão, ansiedade, síndrome do pânico, 
anorexia, bulimia, entre outras.
•	 Doenças neurológicas.
•	 Já fez alguma cirurgia? Qual?
•	 Faz uso de anticoncepcional? Qual?
•	 Faz reposição hormonal?
•	 Faz uso de medicamento contínuo? Qual?
•	 Possui placas, pinos, próteses ou implantes metálicos no corpo? Em qual região?
•	 Faz uso de cosméticos? Já apresentou algum tipo de reação a algum produto? 
Segundo Perez e Vasconcelos (2014), é importante que haja, na ficha, um espaço de linhas em branco 
para que sejam registradas as devidas particularidades relevantes do cliente. Todas as folhas devem ser 
devidamente assinadas ou rubricadas pelo cliente, para que tenham valor judicial. A veracidade das 
73
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
informações é um zelo do cliente com ele mesmo. Através dessas informações, o programa individual 
de estética será formado.
O cliente deve ser notificado sobre tudo que ocorre; caso não diga a verdade, principalmente com 
relação às contraindicações, o profissional de Estética estará isento de responsabilidades. Porém, se não 
fizer uso dessa avaliação, o profissional será responsabilizado por eventuais danos que possam ocorrer 
com o cliente que possuir contraindicações aos procedimentos estéticos. Caso o profissional de Estética 
fique em dúvida quanto a uma eventual contraindicação, deve solicitar atestado médico e guardá‑lo 
juntamente com a ficha de anamnese.
A avaliação visual e palpatória é a próxima etapa da ficha. Nesse momento, o profissional de Estética 
avalia as alterações estéticas. É possível solicitar ao cliente que vista biquíni ou sunga. Nunca devem ser 
feitos comentários desmerecedores ou, então, sobre outros clientes. É importante manter a ética e atuar 
sempre com responsabilidade e profissionalismo.
É fundamental, também, que o profissional de Estética utilize perfumes bem suaves e se apresente 
paramentado com jaleco, calça cumprida, sapatos fechados, cabelos presos e unhas curtas, além de não 
usar acessórios que possam machucar o cliente, como anéis, pulseiras e relógios.
4.1 Avaliação clínica
Na avaliação, devem ser analisados e registrados na ficha local o grau e a forma clínica do FEG, da 
hidrolipodistrofia localizada, da flacidez, das estrias, das telangiectasias, das varizes, das cicatrizes, dos 
edemas e de possíveis hematomas. Todas as observações devem ser devidamente assinaladas.
As regiões de predomínio do FEG são áreas mais frias devido à compressão e dificuldade de circulação 
local. Além disso, a pele se apresenta com furinhos, que são classificados de acordo com o grau e a 
forma clínica.
O pinçamento na região do FEG pode auxiliar no diagnóstico do grau e da forma clínica. O profissional 
posiciona, paralelamente, as duas mãos na região e pressiona uma contra a outra. Nos primeiros estágios, 
o FEG não é perceptível sem contração ou pinçamento na área.
O cliente sempre deve ser avaliado em pé, pois, deitado, a gordura se acomoda de forma diferente 
e torna a avaliação mais difícil.
Os locais com estrias devem ser anotados, bem como a sua coloração. A flacidez pode ser confundida 
com o FEG, já que também forma as ondulações na pele. Para diagnosticar a flacidez, pode‑se executar 
um pinçamento; se a pele demorar para retornar ao seu estado inicial, é porque está com pouco tônus. 
A área acometida pelo FEG é fria, e, quando não há presença de nódulos, somente flacidez, a 
temperatura é normal. Portanto, a temperatura também auxilia no diagnóstico do FEG e da flacidez. 
A flacidez é mais comum em pessoas com mais de 30 anos e não praticantes de atividade física (PEREZ; 
VASCONCELOS, 2014).
74
Unidade II
4.2 Perimetria
A perimetria é a terceira etapa da ficha de anamnese. Esta deve ser realizada com muitos critérios, 
pois, caso a fita métrica seja posicionada de maneira diferente, poderá apresentar diferentes medidas.
A primeira perimetria pode ser realizada no dia da avaliação inicial. Depois, recomenda‑se que 
o cliente seja reavaliado a cada cinco sessões. Essas medidas devem ser anotadas para que, então, 
sejam comparadas.
As medidas devem partir sempre do mesmo ponto. Para isso, o ideal é utilizar protuberâncias ósseas e 
articulações como parâmetro, pois estão sempre no mesmo lugar. O umbigo também pode ser referência 
para medir a região abdominal. 
Um exemplo para medir o braço é a utilização do úmero (osso do braço) como referência. Deve‑se 
colocar o início da fita métrica na cabeça do úmero, descer com a fita 15 cm, marcar com a caneta e, no 
local, realizar a medição da circunferência. Essa técnica pode ser utilizada para medir outras regiões do 
corpo (PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
Outro detalhe importante é que o cliente deve estar com os braços sempre posicionados da mesma 
forma. Braços muito elevados tendem a diminuir as medidas, uma vez que o corpo se alonga, e braços 
abaixados e encostados no corpo podem atrapalhar o profissional. O ideal é que o cliente esteja com os 
braços afastados ao lado do corpo.
Figura 47 – Medida de 15 cm abaixo do úmero
Após encontrar a região em que deve ser realizada a circunferência, é recomendado marcá‑la com 
uma caneta para ter certeza de que será medida a circunferência no local correto.
75
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 48 – Medida da circunferência do braço
O umbigo pode ser referência para medir a região abdominal. Logo, pode ser medida a circunferência 
na altura do umbigo.
Figura 49 – Medida da circunferência na altura do umbigo
O ideal é tirar três medidas da região abdominal, pois, em muitos casos, o cliente tem mais perda 
de medida em uma área do que na outra. Normalmente, 5 cm acima do umbigo caracteriza a região 
mais fina do abdômen. Caso seja necessária outra medida, esta pode ser feita, desde que no mesmo 
lugar. Para isso, deve‑se verificar a quantos centímetros acima do umbigo (que é referência) será feita 
a circunferência.
76
Unidade II
Figura 50 – Marcação de 5 cm acima do umbigo 
para medir a circunferência sempre nesse local
A perda de medidas na região abdominal nem sempre é homogênea; pode ser maior na parte superior 
ou inferior. Por isso, é interessante realizar três registros dessa região.
Figura 51 – Marcação de 5 cm 
 abaixo do umbigo
Figura 52 – Circunferência medida a 5 cm 
abaixo do umbigo
A medida do quadril pode ser aferida na altura do osso púbico (crista ilíaca). O profissional deve 
sempre tomar o cuidado de manter a fita reta em toda a circunferência e não deixar a fita apertada 
nem folgada.
Para medir o culote, o cliente deve estar com as pernas unidas, e a fita deve ser posicionada abaixo 
da prega glútea.
77
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 53 – Aferição da altura dos culotes
As coxas devem ser medidas em dois ou três locais diferentes. A primeira referência é a patela. Logo 
acima da patela, é realizada a primeira medida. A segunda pode ser realizada a 15 cm acima da patela, 
e a última (se for necessário), na parte superior da coxa.
Figura 54 – Circunferência acima da patela
No caso de indivíduos de baixa estatura, a segunda medida pode ser mais baixa. Em vez de subir 
15 cm acima da patela, o profissional pode subir 10 cm ou menos. O importante é que essa altura seja 
anotada na ficha do cliente para que a medida seja sempre retirada no mesmo local.
78
Unidade II
Figura 55 – Marcação de 15 cm acima 
da patela
Figura 56 – Circunferência da coxa 
A última medida da coxa deve ser realizada logo abaixo da virilha. Essa medida indica a parte mais 
grossa da coxa. Assim como no abdômen, é recomendado tirar mais de uma medida dessa região, já que 
nem sempre a redução de medidas é homogênea em toda a área.
Figura 57 – Circunferência na parte superior da coxa
A medida da circunferência acima dos maléolos é importante, pois é um indicativo de edema. 
Indivíduos com muita retenção hídrica têm essa área mais inchada. Portanto, a perda de medidas nesse 
local indica que o cliente perdeu líquido com o procedimento estético.
79
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura58 – Circunferência do tornozelo
4.3 Modelo de ficha de anamnese
A ficha de anamnese é de extrema importância. Nela, há informações necessárias para a elaboração 
do tratamento estético.
A anamnese é o primeiro contato com o cliente. Durante todo o tempo de preenchimento da ficha, 
o profissional deve permanecer ao lado do cliente para esclarecimento de eventuais dúvidas. 
Deve ser reservado o horário de uma sessão para realizar essa avaliação.
Quadro 3 – Modelo de ficha de anamnese
Nome:
Data de nascimento:
Estado civil:
Profissão:
E‑mail/Redes sociais:
HISTÓRICO
Pratica atividade física? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, quantas vezes na semana?
Ingestão de água: Quantidade:
Faz uso de bebidas alcóolicas? ( ) Sim ( ) Não Frequência:
É fumante? ( ) Sim ( ) Não
HISTÓRICO MÉDICO
Fez cirurgia? ( ) Sim ( ) Não Qual? Quando?
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Unidade II
Faz tratamento médico? ( ) Sim ( ) Não Qual?
Faz uso de medicação? ( ) Sim ( ) Não Qual?
Tem alergias? ( ) Sim ( ) Não A quê?
Funcionamento intestinal: ( ) Regular ( ) Irregular
Ciclo menstrual: ( ) Regular ( ) Irregular
Usa método anticoncepcional? ( ) Sim ( ) Não Qual?
Está grávida? ( ) Sim ( ) Não 
Faz reposição hormonal? ( ) Sim ( ) Não 
Pressão alta? ( ) Sim ( ) Não 
Problemas endócrinos:
( ) Cistos no ovário
( ) Displasia mamária
( ) Ovários policísticos
( ) Disfunções na tireoide
( ) Menopausa
( ) Diabetes
( ) Reposição hormonal 
( ) Outros:
Problemas cardíacos? ( ) Sim ( ) Não Qual(is)?
Presença de metal no corpo? ( ) Sim ( ) Não Onde?
Portador de epilepsia? ( ) Sim ( ) Não 
Tem ou teve neoplasias (câncer)? ( ) Sim ( ) Não Qual(is)?
Se sim, há quanto tempo? Como foi o tratamento?
PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS
Já fez cirurgias estéticas? ( ) Sim ( ) Não Qual(is)?
Possui prótese? ( ) Sim ( ) Não Qual?
Tem botox? ( ) Sim ( ) Não Em qual região?
Usa filtro solar diariamente? ( ) Sim ( ) Não Qual?
Usa cosméticos no corpo? ( ) Sim ( ) Não Qual(is)?
AVALIAÇÃO PROFISSIONAL
Hipotonia muscular: Local:
Hipotonia tissular: Local:
Presença de FEG:
Compacta ( ) 
Edematosa ( )
Flácida ( )
Mista ( ) 
Grau:
Locais:
Adiposidade: Generalizada: Localizada: Onde?
Compacta ( )
Edematosa ( )
81
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Flácida ( )
Estrias: ( )
Rosadas: ( ) Locais:
Nacaradas (brancas) Locais: 
CONTROLE BIOMÉTRICO
Data Abdômen superior
Abdômen 
inferior
Altura do 
umbigo Quadril Culote
Coxa 
direita
Coxa 
esquerda
Braço 
direito
Braço
esquerdo
RELATÓRIO DE ATENDIMENTOS
Data Descrição do protocolo Assinatura do cliente
As declarações feitas neste documento são expressão da verdade, não cabendo ao profissional a responsabilidade por fatos 
omitidos ou falsos.
Cliente: 
RG:
Profissional:
RG: 
Data____/____/____ 
Adaptado de: Perez; Vasconcelos (2014, p. 35).
82
Unidade II
 Saiba mais
A ficha de anamnese é essencial para desenvolver um tratamento 
eficiente e seguro. Para obter mais informações sobre esse tema, leia 
o artigo:
MEYER, P. F. et al. Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de 
avaliação fisioterapêutica em pacientes com fibro edema geloide. Fisioterapia 
em Movimento, v. 18, n. 1, p. 75‑83, 2005.
4.4 Adipometria
A adipometria é muito utilizada por profissionais da área de educação física e nutrição para 
medir as dobras cutâneas. A vantagem dessa técnica é que considera os valores reais da pessoa, 
diferentemente do cálculo feito para a avalição do IMC, que tem como parâmetros apenas o peso 
e a altura do cliente.
Para realizar a adipometria, é necessário utilizar um compasso denominado adipômetro. Para medir, o 
cliente deve ficar em pé, com os braços voltados para baixo, e olhando para frente. Em seguida, o profissional 
realiza um forte pinçamento em uma dobra cutânea e pressiona o compasso. Alguns adipômetros mostram 
as medidas cutâneas por milímetros, e outros, não tão precisos, indicam a quantidade de camada adiposa 
através de uma régua. 
A medição deve ser feita sempre do lado direito do corpo, nas regiões subescapular e tricipital, 
na parte posterior do corpo, e nas regiões suprailíacas, abdominal e coxa, na parte anterior do corpo 
(PEREZ; VASCONCELOS, 2014).
Figura 59 ‑ Aferição da prega cutânea na 
região abdominal
Figura 60 – Aferição da prega cutânea na 
região anterior da coxa
83
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Figura 61 – Aferição da prega cutânea no tríceps Figura 62 – Aferição da prega cutânea 
na região infraescapular
A adipometria e a perimetria permitem a avaliação das perdas de gordura do cliente através das 
medidas e da espessura das dobras cutâneas. É importante que essas medidas sejam periodizadas. 
As medidas de perimetria podem ser realizadas a cada cinco sessões, e as medidas das dobras cutâneas 
podem ser avaliadas antes e ao término do procedimento estético.
Vale a pena ressaltar que o cliente só perderá gordura de maneira significativa se associar o 
tratamento estético com a reeducação alimentar e a prática de atividade física regular. Conforme dito 
anteriormente, o tratamento estético deve ser multidisciplinar.
4.5 Avaliação postural
É importante que o profissional de Estética avalie, também, a postura do seu cliente. Algumas 
alterações posturais podem ser responsáveis por mais acúmulos de gorduras em um lado do corpo do 
que em outro. O cliente precisa saber que os problemas posturais devem ser tratados com um profissional 
de fisioterapia. Em casos de maior deposição de gordura de um lado do corpo, o profissional de Estética 
não é capaz de corrigir através de tratamento estético. 
Na avaliação postural, o cliente deve estar em pé. O profissional faz a análise a partir de três ângulos 
diferentes: vista anterior, posterior e lateral.
Figura 63 – Vista anterior, posterior e lateral
84
Unidade II
Considera‑se lordose quando o indivíduo possui uma curvatura exagerada da coluna para dentro. 
Esse tipo de alteração é comum em mulheres e se acentua durante a gestação. Indivíduos com lordose 
não conseguem permanecer, por muito tempo, deitados em decúbito dorsal (barriga para cima). 
Os clientes com lordose devem elevar os joelhos durante o atendimento. Essa elevação alonga a região 
lombar, o que evita dores e desconfortos durante e após a sessão de estética.
Figura 64 – Comparativo de coluna normal e coluna com lordose (à direita)
A escoliose é caracterizada por um desvio da coluna para o lado direito ou para o lado esquerdo. Essa 
é uma alteração comum. A deposição de gordura acontece em maior escala do lado em que ocorre a 
flexão das vértebras. Muitas pessoas não têm ciência do seu corpo; por isso, também é importante realizar 
o registro fotográfico. Essa alteração de gordura em um dos lados tem como causa o desvio postural. 
Portanto, o tratamento estético não é capaz de corrigir tal imperfeição. Nesse caso, o profissional de 
fisioterapia deve fazer parte da equipe multidisciplinar.
Figura 65 – Comparativo de coluna normal e coluna com escoliose (à direita)
85
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A cifose é uma alteração caracterizada pelo aumento da curvatura da coluna torácica. Essa alteração 
favorece o acúmulo de gordura localizada nas regiões supraescapulares e do trapézio. Registros 
fotográficos, principalmente de costas, são aconselháveis para mostrar ao cliente. Os resultados estéticos 
serão mais satisfatórios se o cliente fizer sessões de fisioterapia para correção.
Figura 66 – Comparativo de coluna com cifose (à esquerda) e coluna normal
4.6 Termografia
O método da termografia se utiliza de placas flexíveis termossensíveis de colesterol, cuja função 
é avaliar e classificar o FEG e a circulação sanguínea e linfática de acordo com a temperatura 
cutânea superficial, diretamente relacionada às compressões vasculares e à retenção hídrica 
ocasionada pelo distúrbio. 
Para a realização da técnica, é necessário encostar a placa no local afetado pelo FEG e manter por, 
aproximadamente, 15 segundos. Após esse tempo, a placa apresenta um mapa de cores, que indica a 
diferença de temperatura em áreas localizadas nasuperfície cutânea. A imagem que surge pode ser 
homogênia ou não. De modo geral, quanto mais uniforme for a imagem, com coloração verde ou 
rosada, menor será o comprometimento circulatório; ou seja, as cores de maneira uniforme indicam que 
a circulação está relativamente boa. Esse é um caso que pode ser classificado como FEG de grau 1 ou até 
ausência de FEG no tecido analisado (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Nas zonas que indicam hipotermia (baixa temperatura), a coloração é escura, e a imagem se parece 
com buracos escuros ou a pele de leopardo. Nesse caso, a placa indica um grau elevado do FEG e um 
grande comprometimento circulatório.
86
Unidade II
Figura 67 – Placa termográfica: diferentes cores para níveis diferentes de temperatura
É importante que a temperatura local esteja amena – em média, 22 graus –, para que o teste seja 
realizado com eficiência. Por se tratar de placas termossensíveis, temperaturas muito baixas ou muito 
elevadas podem comprometer e modificar o resultado apresentado na imagem.
Outros fatores, como o tabagismo, a exposição solar, o estado febril e a época do ciclo menstrual, 
podem influir diretamente na coloração apresentada nas placas (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Ao fumar, o indivíduo inala muitas substâncias tóxicas, e o organismo realiza vasoconstrição para 
ativar mecanismos de defesa. Essa alteração vascular prejudica diretamente a circulação do sangue 
e dificulta a eliminação de toxinas através do sistema linfático. Isso implica o aumento da retenção 
hídrica, provocando o agravamento do quadro do FEG.
Figura 68 – Aplicação da técnica de termografia
A utilização da termografia também é indicada para mostrar os resultados na melhora da circulação, 
os quais, muitas vezes, não aparecem no início do tratamento estético. As alterações vasculares são 
resultados que, mesmo não visíveis a olho nu, apontam que o tratamento está sendo satisfatório. 
Essa técnica é, portanto, um complemento da avaliação clínica, pois auxilia na comprovação 
de resultados, mesmo quando estes ainda não estão visíveis em fotografias antes e depois do 
programa estético. 
87
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
4.7 Técnicas para pesar
Alguns profissionais de Estética gostam de utilizar a técnica de avaliação do peso. Porém, para obter 
grandes resultados na diminuição de peso, é fundamental que o tratamento seja multidisciplinar. 
Em primeiro lugar, o profissional deve se certificar de que a balança utilizada está devidamente calibrada.
O peso corporal varia durante o dia, principalmente em pessoas que têm retenção hídrica. Por esse 
motivo, o ideal é que o peso seja aferido sempre no mesmo horário. Além disso, é importante que seja 
sempre na mesma balança, para não haver diferença na calibração.
O cliente deve estar sempre descalço e com roupas leves. Caso a balança seja na cabine de estética, 
o ideal é que ele esteja com trajes de banho.
4.8 Técnicas para fotografar
A técnica para fotografar é muito usual e importante para avaliar se os resultados estão sendo 
satisfatórios. Entretanto, caso a fotografia não esteja com boa resolução ou não seja tirada no mesmo 
ângulo, pode distorcer resultados.
O cliente deve estar vestindo sempre o mesmo traje, pois, dependendo do modelo ou da cor, pode 
haver uma impressão diferente da imagem.
A distância entre a câmera e o cliente deve ser sempre a mesma. Fotografias mais próximas parecem 
maiores do que fotografias mais distantes.
O fundo deve ser sempre da mesma cor. E o ângulo da máquina deve ser sempre de 90º.
Outro detalhe importante é que a máquina utilizada deve ser sempre a mesma, pois as resoluções e 
os parâmetros de cada uma são diferentes. A imagem deve ter boa resolução. As melhores câmeras são 
as utilizadas por profissionais de fotografia. Também podem ser usadas as câmeras de celular, desde que 
respeitem as mesmas regras e tenham boa qualidade. 
As imagens de clientes são utilizadas para arquivo interno do profissional de Estética, não podendo 
ser reveladas em nenhum local sem a autorização prévia do cliente.
4.9 Considerações para a avaliação dos procedimentos estéticos
4.9.1 Relações humanas
É importante manter uma boa relação com todas as pessoas que estão inseridas no ambiente de 
trabalho. Os clientes nem sempre pensam da mesma forma; por isso, é preciso saber ouvir as suas reais 
necessidades e os motivos pelos quais eles procuram aquele serviço.
88
Unidade II
Quanto aos colegas de trabalho, devemos lembrar que, mesmo não concordando com eles em todos 
os aspectos, é importante manter o ambiente harmonioso, respeitando as opiniões alheias e expondo as 
nossas sem promover uma discussão, com o objetivo de evitar tensão e mal‑entendidos (GERSON, 2011).
Figura 69 – Boa relação com o cliente
Entender as pessoas é o segredo para a eficiência em muitas profissões. Na Estética, essa capacidade 
é particularmente importante, já que o atendimento ao cliente é fundamental para o sucesso. A maioria 
das interações depende da habilidade de se comunicar com sucesso com uma variedade de pessoas: 
chefe, colegas, clientes e diferentes vendedores que vão ao salão ou spa para vender e dar instruções 
sobre os seus produtos.
Quando entendemos claramente os motivos e as necessidades dos outros, estamos em uma posição 
melhor para realizar o nosso trabalho com profissionalismo e facilidade. O profissional de Estética deve 
sempre se atentar às contraindicações e, por uma questão ética e humana, não realizar procedimentos 
não recomendados ao cliente. 
Nem sempre o procedimento estético pensado pelo profissional é aquele que o cliente procura. 
Por isso, é importante manter o diálogo e uma boa relação com ele (GERSON, 2011).
Figura 70 – Atenção às reais necessidades do cliente
A melhor maneira de entender os outros é entender, primeiro, a nós. Ao tomar consciência de nossas 
próprias necessidades e desejos, é mais fácil perceber os outros e ajudá‑los a obter o que querem. Todos 
devem ser tratados com muito respeito.
Um detalhe importante para qualquer tipo de relação é a confiança. É preciso criar um ambiente 
no qual os clientes e os amigos no trabalho confiem uns nos outros. Para isso, o profissional de Estética 
89
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
deve propor tratamentos que realmente condizem com o que foi vendido, não oferecendo protocolos 
milagrosos, dos quais não tem certeza da eficácia. Isso pode prejudicar sua reputação, e, muitas vezes, 
não há uma oportunidade de reverter essa imagem frente aos clientes e amigos.
As boas relações são, portanto, fundamentadas no respeito mútuo e na compreensão. A seguir, 
vamos conhecer algumas dicas práticas para lidar com possíveis situações do dia a dia.
A segurança é um fator de extrema importância. É fundamental se manter atualizado, buscar 
novos conhecimentos, participar constantemente de congressos, feiras e cursos referentes à Estética e 
Cosmética, pois sempre há novidades no mercado nacional e internacional.
Quando nos sentimos seguros, ficamos felizes, calmos e confiantes e agimos de uma maneira 
cooperativa e confiável. Na insegurança, ficamos preocupados e não conseguimos transmitir uma boa 
impressão. Se respondemos de forma insegura, o cliente provavelmente irá procurar outro profissional. 
Os seres humanos são, por natureza, sociáveis. Quando seguros, gostamos de interagir com as outras 
pessoas e dar opiniões. Apreciamos quando as pessoas nos ajudam e temos orgulho de nossa capacidade 
de ajudar os outros. A honestidade também é algo que deve ser enfatizado e sempre valorizado. 
Na área de Estética, existem muitas variações de protocolos e de preço. O bom profissional é aquele 
que pensa sempre nos resultados do cliente, e não no dinheiro que esse tratamento lhe trará, pois o 
resultado financeiro é consequência de resultados estéticos. Se o cliente obtiver resultados, ele confiará 
no profissional e o indicará a outros clientes, e o resultado desse trabalho honesto será a recompensa 
financeira. Devemos oferecer algo que o cliente realmente necessita.Dessa forma, o sucesso será consequência da honestidade. Em muitos casos, os procedimentos mais 
simples são os indicados. E isso não significa ganhar menos, pois há a conquista da confiança e da 
fidelidade do cliente. A fidelidade de um cliente é mais importante do que a conquista de novos clientes. 
Ao fidelizar, novos clientes aparecerão por meio das indicações. 
Na Estética, a indicação e a chamada propaganda boca a boca são muito importantes para aumentar 
a agenda de clientes. 
Mesmo que o profissional seja absolutamente seguro em tudo o que faça, haverá momentos que 
terá dúvidas. Ele não deve hesitar em dizer ao cliente que precisa pesquisar sobre o assunto. É melhor 
ter uma atitude consciente do que afirmar algo de que não se tem certeza.
A seguir, são apresentadas algumas dicas gerais para ter boas relações:
•	 Acreditar no potencial. Confiando no próprio julgamento, é possível manter os princípios e 
agir da maneira considerada correta. Para ter autoconfiança, é preciso, em primeiro lugar, ter 
conhecimento sobre todos os procedimentos executados.
•	 Falar menos e ouvir mais. Nas relações humanas e, principalmente, em uma área de muita 
aproximação como a Estética, é necessário conhecer as reais necessidades do cliente. Para isso, 
devemos ouvi‑lo. 
90
Unidade II
•	 Ser atencioso e simpático. Cada cliente é de um jeito: uns sabem exatamente o querem; outros 
são indecisos, têm dificuldade de entender e ainda são exigentes. Sem a habilidade de nos 
relacionar com os diferentes tipos de pessoas, podemos transmitir um ar de arrogância e 
intolerância. Se esse elo não for estabelecido, provavelmente o cliente irá procurar outra pessoa 
que tenha essa habilidade.
•	 Não falar dos seus problemas particulares para os clientes. Eles estão em um momento de 
relaxamento. O profissional de Estética deve permanecer em silêncio durante o procedimento e 
lembrar que o cliente está pagando pelo procedimento. Ouvir problemas alheios não irá auxiliar 
no resultado; pelo contrário, pode impedir o relaxamento e tornar a sessão cansativa.
Para concluir, as relações humanas podem ser recompensadoras ou frustrantes. Tudo depende da 
disposição do profissional para se doar (GERSON, 2011). 
4.9.2 Regras para obter uma boa relação profissional e com o cliente
Em qualquer área, é preciso prestar atenção na maneira pela qual nos relacionamos com as outras 
pessoas. O sucesso profissional depende do conhecimento individual e da habilidade de relacionamento.
Em uma sessão de procedimentos estéticos, o profissional e o cliente ficam íntimos. Muitas vezes, 
conhecemos o motivo da baixa autoestima dos clientes. Devemos aprender a lidar com as mais diversas 
situações e deixar que o cliente se sinta à vontade. Para tal, vamos conhecer, a seguir, algumas dicas para 
ter uma boa relação interpessoal no ambiente de trabalho:
•	 Desenvolver o trabalho sempre com amor e dedicação. Lembrar que, se pensar nos resultados, o 
sucesso financeiro será uma consequência.
•	 Sorrir sempre. Os clientes não têm culpa dos problemas do terapeuta. O clima do atendimento 
pode ser tornar pesado.
Figura 71 – Relação cordial com clientes
91
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
•	 Tratar as pessoas como gostaria de ser tratado.
•	 Cada ação promove uma reação. Quando o profissional desagrada o cliente, ele provavelmente irá 
fazer uma propaganda negativa a seu respeito, o que poderá prejudicar os resultados financeiros 
do seu negócio.
•	 Aprender a se equilibrar profissionalmente. Trabalhar com pessoas requer doação de energia. 
Por isso, ela deverá estar sempre renovada. É importante procurar algo que traga o equilíbrio.
Figura 72 – Equilíbrio para atender melhor o cliente
•	 Ter o hábito de elogiar as pessoas – todos têm um lado positivo. 
•	 Ser paciente.
•	 Criar metas coletivas, tanto com os amigos de trabalho quanto com os clientes. Dessa forma, 
todos se ajudarão em um trabalho em equipe.
•	 Agradecer a todos que, de alguma forma, ajudam ou prestam um favor. Ser sempre cordial.
4.9.3 Sigilo quanto aos procedimentos
Todas as informações transmitidas pelo cliente devem ser mantidas em sigilo, pois são confidenciais, 
sendo passadas para a elaboração de um programa estético. O cliente poderá abrir um processo judicial 
caso essas informações se tornem públicas.
As fotos de clientes satisfeitos são ideais para demonstrar a eficácia de um produto ou serviço, 
mas nem sempre são adequadas. Embora muitas clínicas de cuidados com a pele e spas médicos 
utilizem fotos de antes e depois para documentar o progresso de um cliente, é importante lembrar 
que as informações dele são confidenciais. Se o profissional de Estética possui um cliente cujo 
progresso foi significativo, deve pedir permissão para usar suas fotos para fins promocionais 
(GERSON, 2011).
92
Unidade II
Hoje, é comum usarmos as redes sociais ou a panfletagem para fazer propaganda. Ao apresentar imagens, 
é necessário explicar como é realizado o procedimento e destacar o seu diferencial.
Caso o profissional queira utilizar imagens dos seus clientes para tal, deverá consultar um profissional 
de Direito e elaborar um contrato no qual o cliente autoriza a divulgação das imagens (GERSON, 2011).
4.9.4 Como lidar com clientes insatisfeitos com o procedimento estético
Mesmo que haja muito esforço para prestar um bom serviço ao cliente, é possível encontrar pessoas 
que não ficam satisfeitas.
O problema deve ser solucionado para que o terapeuta consiga fidelizar o cliente. Algumas 
orientações são:
•	 Inicialmente, acalmar‑se e tentar acolher o cliente de maneira confortável.
•	 Descobrir o que o deixou insatisfeito. Pedir informações específicas e detalhadas.
•	 Se possível, modificar o procedimento ou trocar por outro de mesmo valor.
•	 Tentar resolver a situação de uma maneira que o cliente não se sinta lesado. É importante 
deixar registrado no contrato de prestação de serviços que o profissional não se responsabiliza 
por resultados, já que estes também dependem do metabolismo e da colaboração dos clientes. 
Para evitar esse tipo de situação, os procedimentos, bem como os possíveis resultados, deverão 
ser bem esclarecidos inicialmente.
•	 Caso o problema não seja com o procedimento, mas com um profissional, tentar solucioná‑lo 
com quem o executou. É importante sempre ouvir todas as pessoas envolvidas, ponderar as 
reclamações e recebê‑las como críticas construtivas para melhorar os atendimentos e aumentar 
a carteira de clientes.
4.9.5 Como lidar com pessoas difíceis
Inicialmente, o profissional de Estética deve entender que o problema não é pessoal. Não deve 
considerar palavras ofensivas, estando preparado para lidar com essas situações, pois trabalhar com 
estética é lidar diretamente com o público. 
Alguns clientes podem fazer reclamações simplesmente para tentar obter vantagem financeira. 
Vamos aprender como evitar essas situações: 
•	 Respeitar os limites da relação e ter um diálogo profissional.
•	 Nunca dar conselhos pessoais, apenas aconselhamentos referentes aos procedimentos estéticos.
93
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
•	 Deixar as regras claras em um lugar visível e até mesmo em um contrato de prestação de serviços. 
Antes de tudo, o profissional de Estética é um vendedor de serviços e, por isso, deve se precaver 
de possíveis situações desagradáveis.
•	 Praticar habilidades positivas de diálogo e tentar pensar antes de falar. Habituar‑se a falar 
pausadamente.
•	 Nunca se envolver em fofocas. 
•	 Ser claro e não provocar controversas ou discussões. 
•	 Realizar tudo o que estiver ao alcance para satisfazer o cliente. 
4.9.6 Como lidar com atrasos nas sessões de Estética
Existem clientes que se atrasam em todo setor de serviços. Como os profissionais do cuidado com a 
pele são tão dependentes das consultas e da agenda para maximizar o horário de trabalho, um cliente 
que se atrasa muito (ou sempre) para uma consulta pode causar problemas, influenciando no horário 
de todos os clientes marcados.
Em primeirolugar, é importante construir as regras do estabelecimento. Não é aconselhável manter 
os horários muito apertados, deixando 15 minutos de tolerância, principalmente quando está localizado 
em grandes metrópoles, onde problemas com o deslocamento são frequentes.
Se o cliente estiver atrasado, mas o profissional tiver tempo para atender, deve informar que o 
atenderá apesar do atraso porque não tem outro cliente na sequência, deixando claro que nem sempre 
poderá ser dessa forma.
Caso tenha outro cliente na sequência, o profissional deve verificar se o tempo restante é suficiente 
para realizar o tratamento; caso sim, perguntar ao cliente se ele quer ser atendido com o tempo da 
sessão reduzido.
Se o tempo não for suficiente para a realização do procedimento, lamentar, e com educação, 
explicar que não será possível atender e que faria o mesmo faria com outro cliente para não atrasar o 
atendimento dele. 
É sempre importante ressaltar que a simpatia, a educação e a cordialidade devem estar presentes em 
situações delicadas como essas.
94
Unidade II
 Resumo
Esta unidade abordou temas importantes para a elaboração de 
procedimentos estéticos corporais, a montagem da ficha de anamnese e a 
avaliação do cliente.
A ficha de anamnese contém informações fundamentais sobre o 
cliente. Deve ser preenchida antes de iniciar o tratamento estético, pois, a 
partir das informações sobre o histórico de tratamentos, além de possíveis 
contraindicações e queixas, é que será desenvolvido o tratamento estético 
adequado. Os protocolos devem ser individualizados, pois cada pessoa 
possui particularidades a serem consideradas.
As técnicas para a avaliação são importantes para o acompanhamento 
dos resultados do programa estético.
As medidas antropométricas indicam possíveis redução no volume da 
circunferência. Essa diminuição ocorre, geralmente, com a realização de 
protocolos de desintoxicação e lipodistrofia localizada, devido à mobilização 
de líquidos e tecido adiposo. 
A fotografia é uma grande aliada na comprovação dos resultados. 
Porém, deve ser tirada sempre do mesmo ângulo, com boa iluminação, e o 
posicionamento do cliente deve ser igual ao da imagem primária. 
Já a termografia auxilia na avaliação do sistema circulatório e do 
grau do FEG, bem como da evolução do programa, além de comprovar a 
existência de resultados, mesmo quando ainda não são visíveis a olho nu.
As técnicas de avaliação devem ser sempre realizadas com muito cuidado, 
já que, a partir delas, o programa estético será elaborado e analisado.
O desenvolvimento das estrias ocorre por decorrência de alguns fatores. 
São determinantes o crescimento, a gestação, a utilização de alguns 
medicamentos e, principalmente, a predisposição genética. Protocolos com 
endermoterapia e princípios ativos de natureza ortomolecular são indicados 
para o tratamento dessa alteração estética.
A esfoliação é, normalmente, a primeira etapa de qualquer procedimento 
estético, pois esta remove parte da camada córnea da epiderme, que serve 
como barreira e dificulta a permeação dos princípios ativos cosméticos. 
95
TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
A hidratação é um protocolo estético que ajuda a manter a integridade 
do manto hidrolipídico da pele, deixando a pele mais fortalecida, mais 
macia e umectada, além de prevenir o aparecimento de estrias.
O banho de lua é um protocolo estético muito utilizado no verão, 
caracterizado pela descoloração dos pelos do corpo. O produto descolorante 
possui alto poder de corrosão; por isso, a epiderme deve ser protegida 
anteriormente e hidratada posteriormente à aplicação.
Os protocolos estéticos devem ser realizados com segurança e cautela. 
Para tanto, o profissional deve sempre considerar as informações particulares 
de cada cliente, para, então, desenvolver um protocolo específico, pois 
somos seres únicos.
 Exercícios 
Questão 1. (Upe 2011, adaptada) Leia o texto a seguir:
Estrias – inestéticas cicatrizes dérmicas
As estrias são cicatrizes cutâneas da pele, relacionadas com pequenas fraturas causadas à derme, por 
fenômenos de distensão. Segundo o Dr. Miguel Trincheiras, dermatologista, a distensão dos tecidos é 
comum na adolescência, quando há aumentos bruscos de massa gorda ou massas musculares (engordar/
emagrecer, musculação), e por ocasião da gravidez. O aparecimento das estrias ocorre na região glútea 
(nádegas) e nas ancas, já que são zonas de grande concentração de tecido adiposo.
A hidratação cutânea condiciona a elasticidade da pele e a sua capacidade de sofrer distensões 
sem haver ruptura dos tecidos. Os derivados da vitamina A têm a capacidade de estimular as células 
da derme na produção de fibras elásticas, colágeno e todas as substâncias fundamentais para a 
retenção de moléculas de água no seu seio.
Adaptado de: Medicina & Saúde®. Publicado por Isabel Perregil.
Algumas palavras destacadas do texto foram comentadas, explicadas e/ou justificadas nas alternativas 
a seguir. Identifique a correta.
A) O tecido adiposo é formado por adipócitos, células derivadas dos lipoblastos, que se especializaram 
em armazenar ácidos graxos, os quais provêm, essencialmente, da alimentação.
B) A pele é formada por um epitélio simples, pavimentoso, de origem endodérmica, cuja função é a 
de conferir proteção mecânica e impedir a perda de água.
C) As fibras elásticas são formadas pela proteína colágeno; são fibras resistentes à tração, sendo mais 
abundantes na pele de pessoas idosas.
96
Unidade II
D) O colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano e é sintetizado pelos plasmócitos, 
células frequentemente encontradas no tecido conjuntivo frouxo.
E) A derme é um tecido conjuntivo, que garante suporte e nutrição às células da epiderme; é rica 
em terminações nervosas, vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas e sebáceas, fibras elásticas, 
colágenas e reticulares, que conferem à pele sua resistência e elasticidade típicas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o tecido adiposo é uma variedade especial do tecido conjuntivo, no qual se encontra 
o predomínio de células adiposas (adipócitos), um tipo de célula que acumula gotículas de lipídios em 
seu citoplasma.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a pele protege o nosso corpo contra atritos, patógenos e a perda excessiva 
de água. Além disso, atua na termorregulação e contém receptores que permitem a percepção de 
dor, tato, temperatura e pressão. A pele apresenta uma estrutura com duas camadas distintas: a 
epiderme e a derme.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: as fibras elásticas têm como componente principal a elastina, proteína muito mais 
resistente que o colágeno, e a microfibrila elástica, formada por uma glicoproteína especializada. 
Suportam grandes trações. A elastina é a proteína mais resistente do organismo, sendo encontrada em 
pequena quantidade na pele e sintetizada pelas células musculares lisas, pelas células endoteliais, pelos 
fibroblastos e pelos condroblastos fibrocartilaginosos.
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o colágeno é a proteína mais abundante do corpo humano e é sintetizado 
pelos fibroblastos produzidos pelo tecido conjuntivo, que também sintetizam elastina, além das 
glicosaminoglicanas e das glicoproteínas multiadesivas, que farão parte da matriz extracelular.
E) Alternativa correta. 
Justificativa: é uma correta definição da derme.
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TÉCNICAS EM ESTÉTICA CORPORAL
Questão 2. (Enade 2016, adaptada) Uma cliente de 16 anos de idade, com sobrepeso e biotipo 
ginoide, faz uso de anticoncepcional oral desde os 15 anos. Na anamnese, o profissional tecnólogo 
em Estética e Cosmética registra, conforme relato, que a cliente tem alimentação rica em frituras, 
refrigerantes e doces, usa vestimenta predominantemente justa (jeans), faz uso de óleo mineral 
diariamente para hidratação corporal no banho e apresenta lesões lineares, atróficas, na região dos 
glúteos e culotes, acompanhadas de prurido, hiperemia local

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