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Formação de ilhas e atóis

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DISCIPLINA: OCEANOGRAFIA 
· FORMAÇÃO DE ILHAS, ARQUIPÉLAGOS E ATÓIS
1 ILHAS 
A maior parte dos conteúdos sobre as ilhas, as conceituam como sendo uma área de terra rodeada de água por todos os lados. No entanto para o pesquisador Rodolfo Alves esse pensamento é falho devido a existência de dimensões que são cercadas por águas e não são denominadas ilhas, por exemplo os continentes são circundados por esse elemento. Então ele explica que tudo se deve a dimensões continentais que é qualquer extensão maior a Austrália, pois seu território é quase correspondente ao menor continente que é a Oceania. Tendo em vista esses aspectos o conceito de igual seria uma área de terra cercada por água em ambos os lados, cujo seu território deve ser menor que o australiano. As ilhas são divididas em dois tipos principais que dependem da sua formação, as oceânicas e continentais.
A formação de ilha é formada pela dinâmica de placas tectônicas e vulcanismo. A origem de uma ilha se dar por diversas maneiras, toda sua construção depende do tipo de ilha, que podem ser oceânicas acontece pelo processo de vulcanismo e as continentais formadas pelo acúmulo de sedimentos ou em algumas vezes pela erosão do solo.
O processo de desenvolvimento por meio dos vulcões podem ser o meio tradicional, quando acontece a ativação dos vulcões no fundo do mar, as larvas de magma saem e se cumulam passando o nível da água formando a ilha. O outro tipo é a vulcânica montanhosa: onde caso o magma procure “saídas” entre as placas tectônicas e conforme ele consegue sair, vai formando aos poucos cadeias montanhosas submarinas. Elas por sua vez crescem até que formam ilhas. O grande exemplo dessa ilha é a Islândia. Temos também a formação por vulcânica de choque: Esse tipo também é em consequência da erupção de vulcões. No entanto este caso, as placas no fundo do mar se chocam fazendo com que uma fique em cima da outra. Essa formação é chamada de zona de subducção. Aquela placa que fica embaixo força a lava para fora. Esse processo faz com que surjam os vulcões e que eles formem ilhas. Esse movimento chamado de subducção é constante e nestes lugares, além dos vulcões, tsunamis e terremotos são muito comuns. É exatamente por isso, que o Japão sofre com esses fenômenos naturais constantemente, porque foi formado exatamente daquela forma.
A criação das ilhas dentro dos continentes, quando acontece no mar tem início quando uma parte da terra do litoral de um continente passa por uma erosão, essa por sua vez é consequência de correntes marítimas que existem naquele determinado lugar. Com isso, o desgaste do solo é inevitável e depois de um tempo se abre um grande buraco porque uma parte da terra fica distante da outra, ressaltando que no fundo do mar elas ainda estão ligadas. 
Existe atualmente a formação de ilhas artificiais, onde navios de drenagem pulverizam um tipo específico de área em um único local afim de criar a base real da ilha, rochas grandes são colocados uma de cada vez ao redor da área criando como se fosse uma barreira de corais, servindo para que a ilha não seja levada pela água.
1.1 Por que São Luís é uma Ilha?
A ilha de São Luís (também conhecida ilha do Maranhão) é uma ilha continental, o que significa que já pertenceu ao continente, ou seja, já foi uma extensão do território de terra firme e, posteriormente, veio a se separar como resultado de processo erosivo que criou uma passagem de mar entre o que se tornou ilha e o continente.  
É possível que São Luís tenha se reconectado ao continente mais de uma vez porque o nível dos oceanos tem variado muito ao longo dos anos e o isolamento de ilhas continentais sempre pode ser afetado se esse nível ficar mais alto (transgressão) ou baixo (regressão).  A variação do nível dos oceanos ocorre principalmente com o resultado das glaciações. E nesse momento que o mar erode mais intensamente os litorais dos continentes, podendo escavar canais que criam ilhas. Estas variações normalmente levam dezenas de milhares de anos para ocorrer.  
O litoral maranhense se formou há mais de cem milhões de anos, quando o oceano Atlântico se expandiu para o sul, preenchendo a grande depressão deixada pela separação de duas grandes massas continentais, a América do Sul e a África. À medida que a África avançava lentamente para leste e a América do sul para oeste o oceano se tornava mais largo e profundo. A região norte do que é hoje o Maranhão se separou especificadamente da região onde são os territórios de Gana e Costa do Marfim, no oeste africano. Este processo de fragmentação da crosta terrestre associado à deriva dos continentes envolve grandes fraturas (chamadas falhas) da crosta terrestre. O Golfão Maranhense onde fica a ilha de São Luís, está justamente associada a algumas dessas falhas. 
Durante a formação destas faturas, a crosta ao seu redor sofreu lento afundamento. E isso fez com que o oceano penetrasse no território maranhense, erodindo mais profundamente a costa. 
Atualmente com o derretimento do gelo dos polos, grandes massas de gelo derretem e a água migra para os oceanos, provocando a elevação do seu nível em todo o planeta. A tendência na maioria das praias de São Luís e Alcântara é claramente de um aumento de erosão, associado ao avanço do mar sobre as ilhas costeiras e o próprio continente. Assim, a tendência nos próximos milhares de anos é de que a ilha de São Luís se mantenha como ilha porque não há nenhum indício de que o canal que a separa do continente, o Estreito dos Mosquitos, deixe de existir em um futuro próximo, já que a dinâmica do mar garante a conexão das correntes que vem tanto da baía de São José, quanto da baía de São Marcos. 
2 ARQUIPÉLAGOS 
Essas construções são caracterizadas por ser um conjunto de ilhas que estão próximas, possuem as mesmas estruturas e sugiram do mesmo processo de formação. Como já explicados o arquipélago é montado por ilhas e por isso podem ser continentais esse tipo de arquipélago é formado pela movimentação das placas tectônicas, que fizeram com que uma parte do continente se “desprendesse”, formando as ilhas. 
Os coralinos O conjunto de ilhas é formado quando recifes de corais se fixam sobre rochas submersas. Nessas rochas, os corais depositam os seus esqueletos e dão origem às chamadas rochas coralíneas, que formam os recifes e as ilhas de forma circular conhecidas como atóis. Esse tipo de formação é menos comum.
Por fim temos os Arquipélagos vulcânicos  Existem diversos vulcões submersos nos oceanos. Esses vulcões no fundo do mar entram em erupção e, ao longo de milhões de anos, expelem lava, que se acumula e, ao ultrapassar a linha da água, forma as ilhas.
3 ATOL
Os atóis são recifes oceânicos que possuem um aspecto anular, na qual normalmente se encontra uma laguna interna e ilhas formadas por depósitos arenosos (BARRY et al., 2007). O processo de criação começa por uma ilha vulcânica. Onde, o vulcão entra em erupção, e a lava adentra o mar dando sustentação a uma estrutura de recifes costeiros que começa a se formar. Os recifes tendem a sair para fora do vulcão em busca de águas ricas em nutrientes. Aos poucos, vai se formando uma barreira em volta de todo o vulcão submerso (Figura1). Os canais que se formam entre elas servem de ligação entre as lagunas e o oceano (MESQUITA, 2018). 
Figura 1. Estágios de desenvolvimento nos recifes de coral.
Fonte: THURMAN
Uma característica comum é a presença de uma laguna de 30 a 80 metros de profundidade, essa profundidade é provavelmente dependente do diâmetro do atol, no entanto, a exceções com relação aos atóis bem pequenos que somente possuem centenas de metros ou poucos quilômetros e que excepcionalmente podem estar totalmente fechados (PURDY e WINTERER, 2006; SOARES et al., 2009).
São registrados aproximadamente 425 atóis. Onde, 27 estão localizados no Oceano Atlântico, sendo 26 no mar do Caribe. E o único atol do Atlântico Sul Ocidental está localizado na costa do Brasil, Atol das Rocas (SOARES et al., 2009). 
3.1 Atol das Rocas 
O atol das rocas está situado a cerca de 145 kma oeste do arquipélago de Fernando de Noronha e aproximadamente 260 km a nordeste da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Apresenta elevada importância ecológica por sua alta produtividade biológica e por ser importante zona de abrigo, alimentação e reprodução de diversas espécies de animais. O atol das Rocas foi transformado na primeira Reserva Biológica Marinha do Brasil, em 05 de julho de 1979 (GASPARINI e CHAGAS, 2005). 
O Atol das Rocas tem sua origem na mesma fratura perpendicular à cadeia Dorsal Atlântica, de onde emergiu o arquipélago de Fernando de Noronha. Tal como o arquipélago, o Atol das Rocas é o cume de um imenso edifício vulcânico, cuja base se perde no abismo atlântico. A diferença entre essas duas formações está em suas elevações vulcânicas, pois enquanto Noronha se ergueu a até 323 metros acima do nível do mar, Rocas se ergueu ao nível do mar (GASPARINI e CHAGAS, 2005).
Com o tempo, a ação das ondas reduziu todo o cume para alguns metros (dois ou três abaixo da superfície do mar). A formação desse substrato próximo à superfície do mar, devido à disponibilidade de luz e nutrientes, possibilitou a ocorrência de colônias de algas calcárias e corais. O desenvolvimento dessas colônias, nas bordas das formações vulcânicas submersas, deu origem aos recifes em forma circular (devido ao cume do vulcão submarino), com a presença de lagunas em seu interior. A esta formação recifal é nomeado de atol (GASPARINI e CHAGAS, 2005).
REFERÊNCIAS
BARRY, S.J., Cowell P.J., Woodroffe C.D. 2007. A morphodinamic model of reef-island development on atolls. Sedimentary Geology, 197:47-63. 
Como surge uma ilha. Cultura mix. Janeiro de 2014. Disponível em :<https://meioambiente.culturamix.com/natureza/como-surge-uma-ilha>. Acesso em 3 de setembro de 2019.
GASPARINI, J.L; CHAGAS, L.P. Geografia: Ensino fundamental e ensino médio: o mar no espaço geografico brasileiro / coordenação Carlos Frederico Simões Serafim, organização Paulo de Tarso Chaves. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2005. 304 p. (Coleção explorando o ensino, v. 8), p 88-90.
MEDEIROS, M.A. Por que São Luís é uma ilha? Nos mares da vida. Editora: Andrea Christina Gomes de Azevedo Cotrim. 2017. 
MESQUITA, J.L. Atol, conheça a formação, beleza e biodiversidade. Estadão. 31 de janeiro de 2018. Disponivel em < https://marsemfim.com.br/atol/>. Acesso em 31 de agosto de 2019.
PURDY, E.G. e Winterer E.L. 2006. Contradicting Barrier Reef relationships for Darwin’s evolution of reef types. Int. J. Earth. Sci (Geol Rundsch)., 95:143-167. 
RIBEIRO, A. Arquipélago. Brasil escola. Disponível em < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/arquipelago.htm>. Acesso em 03 de setembro de 2019. 
SOARES, M.O; LEMOS, V.B; KIKUCHI, R.K.P. Atol das rocas, Atlântico Sul Equatorial: considerações sobre a classificação do recife biogênico. Revista Brasileira de Geociências, v. 39, n. 2, p.238-243. Junho de 2009.

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