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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
RENAN DOS SANTOS LEMES
EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRAS EM TERRAS INDÍGENAS
Barra do Garças – MT
Setembro – 2018
RENAN DOS SANTOS LEMES
EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRAS EM TERRAS INDÍGENAS
Projeto de Pesquisa elaborado sob orientação de conteúdo do Prof. Ms. Jefferson Costa de Souza e orientação metodológica da Profª. Dr. Gisele Silva Lira de Resende para fins de avaliação na disciplina TCPP, do curso de Direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas do Araguaia – FACISA.
Barra do Garças – MT
Setembro – 2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 03
2 OBJETIVOS.................................................................................................................04
 2.1 GERAL............................................................................................................ 04
 2.2 ESPECÍFICOS................................................................................................ 04
3 METODOLOGIA........................................................................................................ 05
4 JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 06
5 QUADRO TEÓRICO........................................................................................07 08 09
6 CRONOGRAMA........................................................................................................ 10
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 11
1 INTRODUÇÃO 
A exploração ilegal de madeira é uma atividade na qual é realizada retirada de madeira sem a autorização de exploração, devastando grandes áreas de floresta nativa, provocando grandes impactos ambientais. Muitas vezes isso ocorre em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ou em áreas protegidas por lei, sendo assim as terras indígenas se torna um grande alvo, por conterem grande parte das madeiras, áreas estas protegidas pelo Estado como área de preservação permanente, ou seja, áreas que jamais deveriam sofrer qualquer modalidade de exploração, a não ser apenas exploradas por indígenas para sua própria subsistência de acordo com seus costumes.
Em alguns países, órgãos da ONU calculam que 90% da madeira que chega ao comercio trata-se de madeira ilegal. A exploração ilegal de madeiras é uma modalidade muito lucrativa movimenta cerca de US$ 100 bilhões ao ano. Ademais, segundo estimativas apresentadas por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 30% de toda madeira comercializada no planeta tem origem suspeita. 
O ser humano é o principal causador disto fazendo o uso irracional de recursos naturais, violando princípios e normas do direito brasileiro, isso faz jus ao sistema político ambiental passiveis de regulamentação, conservação, preservação e a sadia qualidade de vida.
Assim, este trabalho tem por objetivo demonstrar o quanto a exploração ilegal de madeiras vem degradando áreas que não deveriam ser exploradas. Com isso tem-se a seguinte problemática: Quais são os impactos sociais e as consequências ambientais mais relevantes ocasionadas em decorrência da exploração ilegal de madeiras em terras indígenas? Desta forma, será possível mensurar o tamanho do impacto social e as consequências ambientais mais presentes fomentadas em decorrência desta atividade ilegal.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Analisar quais são os impactos sociais e as consequências ambientais mais relevantes ocasionados em decorrência da exploração ilegal de madeiras em Terras Indígenas.
2.2 ESPECÍFICOS
· Verificar a eficácia ou não da Lei de Crimes Ambientais. No tocante exploração ilegal de madeiras.
· Reconhecer os impactos e as consequências ambientais causadas pela extração ilegal de madeiras;
· Demonstrar a importância do meio ambiente, por ser uma questão de prioridade máxima para a preservação da vida humana;
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa básica que tem como objetivo demonstrar os impactos sociais e as consequências ambientais em decorrência da exploração ilegal de madeiras em áreas indígenas, para isto será utilizado uma pesquisa qualitativa.
Quanto aos objetivos, busca-se através da pesquisa descritiva, interpretando os dados levantados e fazendo as devidas categorizações, a ponto de descrever a maneira que se e realizada a exploração ilegal da madeira em áreas indígenas. 
Ademais, será utilizada a pesquisa bibliográfica, partindo de informações de materiais disponibilizados na internet, artigos, livros e jurisprudências, sendo estes essenciais para a elaboração e formulação da resposta do problema levantado. 
Por fim, entende-se como adequado adotar o método de abordagem o método dialético, tendo em vista que atinge o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca. Como método de procedimento, o método bibliográfico é o que melhor se adéqua, visto que se investigam os motivos que levam a exploração ilegal de madeiras em terras indígenas, desde acontecimentos do passado até os dias atuais, para se verificar sua influência na atual sociedade.
4 JUSTIFICATIVA
A exploração ilegal de madeiras está em decorrência em todos os momentos, mesmo havendo repulsa a tal atividade, apesar de mesmo assim não se vê a diminuição da mesma. Tal tema é de vasto cunho informacional devido à presença de desrespeito dos entes que compõe a sociedade para com tal grupo vulnerável (indígenas). Essa desinformação acarreta em julgamentos, preconceito, além de gerar casos de genocídio em massa por parte dos entes interessados no poder aquisitivo econômico, como também aos demais indivíduos presentes na sociedade em cima da população indígena. 
O mundo com toda sua complexidade e com todo seu vasto cunho de informações, onde os indivíduos têm grande dificuldade de digerir coisas simples, esse trabalho visa orientar e conscientizar os demais indivíduos da sociedade sobre um grave problema presente em nosso País. Os índios, com sua vulnerabilidade, se tornam o único alvo dessa exploração sem precedentes que visa apenas o poder aquisitivo e o poder político, cabe-se, portanto, a presença e a intervenção do estado sob o homem branco com o objetivo de atenuar dados alarmantes acerca do tema.
O tema, por si só, tem uma justificativa pessoal, devido ao fato da vasta presença de indígenas em nosso meio social, na região do vale do Araguaia, o que põe a prova à necessidade de conscientizar a população majoritária (brancos) acerca de tais indivíduos e as circunstancias do qual o índio provem. 
Diante de tal explicação, a escolha e dissertação acerca desse tema se influem principalmente no objetivo de conscientizar a população que possui maioria de poder aquisitivo e político, visando, assim, uma diminuição no grau de exploração econômica nas regiões indígenas, alem de, buscar conciliar tal idéia com o preceito de meio ambiente ecologicamente equilibrado presente em nossa constituição. 
5 QUADRO TEORICO
FAZER OS SUBTITULOS
A exploração ilegal de madeira tem sido realizada em um ritmo muito superior a capacidade de regeneração da vegetação. Isso acontece para satisfazer o mercado externo e interno, tudo isso e realizado de uma forma muito clandestina, na qual dificulta ainda mais sua percepção para haver a devida fiscalização. Com a preocupante realidade e do recognação de que a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado é direito fundamental do homem e de suma importância para sua sadia qualidade de vida, o legislador lança da sua ultima ratio, convocando o Direito Penal para buscar dar efetividade à sua proteção.
Em uma entrevista, Antonio Herman Benjamim, um dos grandes precursores do Direito Ambiental no Brasil, ao ser questionadosobre a efetividade das leis ambientais no Brasil, assim respondeu: “Essa efetividade ainda é vaga. A lei é boa, mas sua aplicação é ruim. Precisamos criar mecanismos que propiciem uma boa aplicação da lei e o fortalecimento das instituições que têm responsabilidade”. (BENJAMIN, 2004, p. 5)
Esse problema é agravado ainda com a não existência de uma identidade do Direito Penal Ambiental, e de não haver uma jurisprudência que de consolidação sob a Lei 9605/98, tendo vista que maiorias dos delitos ambientais existentes tramitam em juizados especiais criminais e em suas respectivas turmas recursais.
Neste sentido, ainda e perceptível à falta de compromisso ambiental por agentes aplicadores do direito, a qual vus tratam as questões ambientais com a visão que se tinha no século XIX, oportunidade está que gera muitas decisões das quais não produzem o efeito esperado, refletindo assim em uma legislação penal ambiental obscura.
A uma dificuldade em desenvolver um ponto de equilíbrio, sendo o verdadeiro divisor aos interesses existentes na proteção dos direitos individuais e da coletividade, provavelmente, este seja uns dos maiores motivadores da falta de efetividade na aplicação da tutela penal ambiental no Brasil.
Segundo Márcia Elayne Berbich de Moraes, a qual faz critica a eficiência do Direito Penal moderno para tutelar o meio ambiente, sobe analise da Lei 9605/98, nos diz:
 [...] a seleção processual penal dos crimes ambientais reflete o caráter simbólico da Lei 9605/98, uma vez que não demonstra estar responsabilizando os verdadeiros poluidores e apenas estar atingindo determinados segmentos da população; b) esse tipo de seleção desvirtua o Direito Penal para uma função educativa ou coercitiva, transformando-o num instrumento funcionalista; c) existe uma “capa protetora” ou “fator de invisibilidade” que é negociado com as empresas potencialmente poluidoras junto ao Estado, no sentido de permissão para poluir, uma vez que a atual situação de nosso ecossistema demonstra sério desequilíbrio, deixando ainda mais evidente a “irresponsabilidade organizada” do Estado [...].( MORAES, 2004, p. 187)
Os direitos fundamentais devem ser respeitados, na qual não podem servir de escudo para a prática de crimes. Deve-se ser levada em conta a postura de alguns minimalistas que mesmo com o crime organizado, lavagens de capitais, corrupção no poder público etc. Os quais tentam impedir a criação de mecanismos para conseguir o possível controle da criminalidade, refletindo-se em uma posição conservadora, até mesmo, fazendo pouco apoio junto ao Poder Legislativa. Entendendo alguns criminalistas que o controle seja realizado da forma de 1789, na qual se revelou totalmente ineficaz e inapropriada para a sociedade atual.
O Direito Penal Ambiental não ter ávido um rompimento com o Direito Penal clássico, porém, houve apenas uma adequação da tutela penal em áreas que anteriormente não se atuava. Não se pode negar a necessidade da utilização de normas penais no controle da criminalidade ambiental tratando de uma postura inequívoca, a qual se faz interesse apenas dos infratores contumazes.
Porém, esta utilização não pode decorrer para o abuso, mesma se for utilizada para a proteção penal ambiental, não podendo deixar o Direito Penal Ambiental sua característica de ultimo ratio. Dentre isso se vê a importância de se encontrar um ponto de equilíbrio na aplicação do Direito Penal Ambiental.
Boa parte dos crimes ambientais não se chega a instâncias judiciais, a qual dificulta a punibilidade aos infratores, isso porque a cerca da lucratividade se tem grandes interesse não somente de quem explora, mas também de quem se tem a força de punitiva, que se configura a corrupção passiva e ativa ambas tipificadas no Código Penal brasileiro, desta forma os infratores não cometem apenas um crime mais sim vários ao mesmo tempo, porém não tem se efetivado nenhum deste com punibilidade.
No tocante a terras indígenas isso se torna ainda mais frequente devido à fragilidade e total desconhecimentos dos indígenas a cerca dos impactos e de consequências que podem sofrer com a exploração de madeira, o fato da “comunidade” assim por eles utilizado, estar ganhando um pouco mais de dinheiro e o que basta, no entanto muitas vezes isto e motivo de briga entre os mesmo, pelo fato de que o dinheiro não ter sido repassado a toda a “comunidade”.
A Constituição Federal em seu art. 231 reconhece os direitos originários dos índios sobre as terras tipicamente ocupadas, a qual cabe a União protege-las e assim fazer respeitar todos os seus bens. Assim sendo livre somente aos índios o uso e gozo da fauna e flora para sua subsistência de acordo com seus costumes e tradições, e cabe a estes preserva-los.
 Art. 231. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
A proteção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, porem, não se tem efetividade fato ocasionado por uma serie de obstáculos e desafios. E necessário que a humanidade se preocupe com o meio ambiente, usando de seus recursos de forma consciente, na amplitude dos problemas ambientais existentes. Conforme determina a Constituição Federal em seu art. 225 “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações” 
Assim é claro o reconhecimento e preocupação do legislador ao redigir a Carta Magna em relação ao meio ambiente, e com as comunidades indígenas, a qual tem direito à posse permanente e ao usufruto especial das terras tradicionalmente ocupadas, e de suas riquezas ao seu bem comum, de acordo com seus usos, costumes e tradições.
6 CRONOGRAMA
	
	Ago.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Dez.
	Fev.
	Mar.
	Abr.
	Maio
	Jun.
	Jul.
	Encontro com o orientador
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
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	X
	X
	
	Escolha do Tema de Pesquisa
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico 
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Leituras
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	X
	X
	X
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	X
	X
	X
	
	Objetivos (Geral e Específicos)
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Metodologia Justificativa
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Quadro teórico ou Fundamentação teórica 
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Entregar PP
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração inicial do artigo
	
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	Entrega da versão preliminar
	
	
	
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	Sistematização da pesquisa / Elaboração do artigo
	
	
	
	
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	Depósito do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Defesa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
7 BIBLIOGRAFIA 
BENJAMIN, Antonio Herman. Temos uma das mais completas leis ambientais do mundo. Mas a aplicação não é plena. Jornal da ABRAMPA. Belo Horizonte, ano 1, julho de 2004, p. 5.
MORAES, Márcia Elayne Berbich de. A (in)eficiência  do Direito Penal Moderno para a Tutela do meio Ambiente na Sociedade de Risco (Lei 9605/98). Rio de Janeiro, Lúmen Júris, 2004, p. 187.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

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