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AGRAVO DE INSTR

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ANA BÁRBARA DE SOUZA VIEIRA
R.A: 10061893
TURMA: 8°C
LABORATÓRIO JURÍDICO II
ATIVIDADE 26/08/2020
PEÇA:
A Editora Cruzeiro lançou uma biografia da cantora Jaqueline, que fez grande sucesso nas décadas de 1990 e 2000, e, por conta do consumo exagerado de drogas, dentre outros excessos, acabou por se afastar da vida artística, vivendo reclusa em uma chácara no interior de Minas Gerais, há quase 20 anos.
Poucos dias após o início da venda dos livros, e alguns dias antes de um evento nacional organizado para sua divulgação, por meio de oficial de justiça, a editora foi citada para responder a uma ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer, ajuizada por Jaqueline. No mesmo mandado, a editora foi intimada a cumprir decisão do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, que deferiu a antecipação de tutela para condenar a ré a não mais vender exemplares da biografia, bem a recolher todos aqueles que já tivessem sido remetidos a pontos de venda e ainda não tivessem sido comprados, no prazo de setenta e duas horas, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
A decisão acolheu os fundamentos da petição inicial, no sentido de que a obra revela fatos da imagem e da vida privada da cantora sem que tenha havido sua autorização prévia, o que gera lesão à sua personalidade e dano moral, nos termos dos artigos 20 e 21 do Código Civil, e que, sem a imediata interrupção da divulgação da biografia, essa lesão se ampliaria e se consumaria de forma definitiva, revelando o perigo de dano irreparável e o risco ao resultado útil do processo. 
A editora procura você como advogado(a), informando que foi intimada da decisão há três dias (mas o mandado somente foi juntado aos autos no dia de hoje) e que pretende dela recorrer, pois entende que não se justifica a censura à sua atividade, por tratar-se de informações verdadeiras sobre a vida de uma celebridade, e afirma que o recolhimento dos livros lhe causará significativos prejuízos, especialmente com o cancelamento do evento de divulgação programado para ser realizado em trinta dias. 
Na qualidade de advogado(a) da editora Cruzeiro, elabore o recurso cabível voltado a impugnar a decisão que deferiu a antecipação da tutela descrita no enunciado.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Processo: xxxxx
EDITORA CRUZEIRO, Pessoa Jurídica, CNPJ nºxxxxx, com sede à Rua xxxxx, ré da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CUMULADO COM OBRIGAÇÃO DE FAZER, que tramita no Juízo de Direito da 1º Vara Cível da Comarca do Estado de São Paulo em que contende com JAQUELINE, brasileira, solteira, inscrita no CPF nº xxxxx, residente à Rua xxxxx, vem, respeitosamente, por meio de sua advogada que a esta subscreve, perante Vossa Excelência, não se conformando com a r. Decisão de fll., e com fundamento nos artigos 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO com respaldo no art. 995, parágrafo único, do CPC c/c art. 1.015, inc. I do mesmo Código, pelas seguintes razões de fato e de direito a seguir expostas.
I DO PREPARO 
Com respaldo no CPC, art. 1.007, caput c/c art. 1.017, § 1º, do mesmo Código, menciona-se que o agravante acosta o comprovante de recolhimento do preparo, cuja guia, correspondente ao valor de R$ xxxxx, atende à tabela de custas deste Tribunal.
II DA TEMPESTIVIDADE
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que foi interposto em até 15 dias úteis conforme menciona o artigo 1003, §5º do CPC, contados da data da juntada aos autos do mandado de intimação, conforme o art. 231, inciso II, também do CPC. 
III DOS NOMES E ENDEREÇO COMPLETO DOS ADVOGADOS
Advogado Agravante: Nome xxxxx, OAB n° xxxxx/xx, E-mail: xxxxx, com endereço profissional à rua xxxxx.
Advogado Agravado: Nome xxxxx, OAB n° xxxxx/xx, e-mail: xxxxx, com endereço profissional à rua xxxxx.
IV DO CABIMENTO
A decisão agravada é interlocutória e concessiva de tutela provisória, segundo o Art. 1.015, inciso I, do CPC, cabendo interposição do presente recurso. 
V DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS (art. 1.017, inc. I e III CPC)
O Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos termos do artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças obrigatórias:
A) Cópia da r. Decisão agravada (fls. xxx);
B) Cópia da certidão da intimação da r. Decisão agravada ou outro documento oficial que comprove a tempestividade (fls. xxx);
C) Cópia da procuração outorgada aos advogados (fls. xxx);
D) Contestação da agravante (fls. xxx).
Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo distribuído a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (art. 1.016, caput, CPC), para que seja, inicialmente, e com urgência, submetido para análise do PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO ao recurso (art. 1.019, inc. I/art.995, parágrafo único do CPC).
VI DA FUNDAMENTAÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
Deve ser deduzido pedido de concessão de efeito suspensivo ao agravo, de forma a evitar risco de dano grave ou de difícil reparação que a manutenção da decisão ocasionará, na forma dos artigos supracitados: 995 e 1.019, ambos do CPC. 
Respeitosamente, pede deferimento.
Local: xxxxx, dia xx de xxxxx, do ano de xxxx
Advogado: xxxxx
OAB n°: xxxxx/xx
RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
DOUTOS DESEMBARGADORES
A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em franco confronto com os interesses do Agravante, já que o mantém em situação de risco pela inflexibilidade do Agravado.
Autos do processo nº xxxxx
Comarca de São Paulo - 1ª Vara Cível
Agravante: Editora Cruzeiro
Agravada: Jaqueline
I DOS FATOS
A Editora, ré, por volta dos anos 1990 e 2000, lançou uma biografia da autora, que na época fez grande sucesso. Por conta de consumir drogas e afins, a mesma veio a se afastar da vida artística, mantendo reclusa morada no interior de Minas Gerais, por quase 20 anos.
Posteriormente, a Editora foi citada para responder a uma ação de indenização por danos morais cumulada com obrigação de fazer, assim, sendo intimada a cumprir decisão do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, que deferiu a antecipação de tutela para condenar a ré a: no prazo de setenta e duas horas, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), deixar de vender exemplares da biografia, além de recolher todos aqueles que já tivessem em canais de venda e ainda não tivessem sido comprados.
A decisão acolheu os fundamentos da inicial, no sentido de que a obra estaria expondo fatos da imagem e da vida privada da autora, sem sua autorização prévia, gerando lesão à sua personalidade e dano moral, nos termos dos artigos 20 e 21 do atual Código Civil. Ainda, sem a imediata interrupção da divulgação da biografia, alegou-se que a lesão se ampliaria e se consumaria de forma definitiva, dando como consequência o perigo de dano irreparável e risco ao resultado útil do processo. 
Sem embargo, a Editora afirma que o recolhimento dos livros lhe causará significativos prejuízos, mencionando que o principal detrimento recairá ao cancelamento do evento de divulgação, programado para ser realizado em trinta dias.
II DA NECESSIDADE DE PROVER O EFEITO SUSPENSIVO
Conforme os fatos já narrados, a agravante afirma que o recolhimento das obras significa prejuízos, especialmente com o cancelamento do evento de divulgação programado para ser realizado em trinta dias, produzindo risco de dano grave e de difícil reparação. 
Assim faz-se necessária a concessão liminar no sentido de suspender a eficácia da decisão atacada conforme autoriza os artigos 995, parágrafo único e artigo 1019, I ambos do CPC.
III DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO
Em relação a decisão interlocutória do respeitável Magistrado, devemos lembrar que o Brasil adota do sistema de Civil Law a qualvia de regra, o precedente tem a função de orientar a interpretação da lei, mas necessariamente não obriga o julgador a adotar o mesmo fundamento da decisão anteriormente proferida e, que tenha como base uma situação jurídica semelhante, não sendo esta justificativa para a adoção do “stare decisis et non quieta movere" (respeitar as coisas decididas e não mexer no que está estabelecido).
No mérito, deve ser impugnada a probabilidade do direito, de acordo com a interpretação conforme à Constituição dada aos artigos 20 e 21 do CC pela jurisprudência superior, no sentido de ser inexigível autorização de pessoa biografada. A ponderação, nesta hipótese, deve privilegiar a liberdade de expressão, assegurada pelo art. 5º, IX, da Constituição da República, especialmente em se tratando de pessoa notória, cabível somente, em caso de abuso, a responsabilização posterior, mas não a censura prévia.
De acordo com a tese, os tópicos narrados e as decisões apresentadas, respeitosamente, peço a V. Exa. pela reforma da decisão interlocutória. 
IV DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer digne-se Vossa Excelência:
A) o conhecimento do presente recurso com efeito suspensivo à decisão interlocutória, como autoriza o art. 1.019, I do CPC, para reformar da decisão; melhor dizendo, indeferir a tutela provisória a partir dos fatos mencionados.
B) o conhecimento e o consequente provimento do presente recurso;
C) a intimação do agravado para responder ao presente recurso no prazo legal conforme artigo 1,019, II do CPC;
D) a juntada do comprovante de recolhimento de custas.
Nestes termos, pede deferimento. 
Local: xxxxx, dia xx de xxxxx, do ano de xxxx
Advogado: xxxxx
OAB n°: xxxxx/xx

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