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Intoxicação por Mercúrio: Riscos e Precauções

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Universidade Paulista
Ciências Biológicas
Cauê dos Santos D52EBG4
Caio Cezar Cersosimo D804AE-0
Sarah Lima Barros N165588
William Gomes Nanni Bianchi D613AF-8
Intoxicação por Mercúrio: Riscos e Precauções.
São Paulo 
2020
Cauê dos Santos D52EBG4
Caio Cezar Cersosimo D804AE-0
Sarah Lima Barros N165588
William Gomes Nanni Bianchi D613AF-8
Intoxicação por Mercúrio: Riscos e Precauções.
Trabalho de Atividades Práticas 
Supervisionadas apresentado como requisito
 para a conclusão do semestre letivo em
 ciências biológicas pela universidade paulista- UNIP. 
Orientador(a):
São Paulo 
2020
Título (talvez)
 Mercúrio é um elemento químico usado em diversas áreas, tendo sua origem em erupções vulcânicas, usado em por exemplo: Queima de carvão, petróleo e madeira, componente de termômetros e lâmpadas fluorescentes, e até mesmo na mineração de ouro, onde é utilizado para facilitar a separação de partículas, entretanto, o mercúrio é um dos elementos mais tóxicos tanto para seres humanos quanto para animais, na natureza, o mercúrio pode ser encontrado em diversas formas: elementar (metálico); inorgânico (cloreto de mercúrio, por exemplo) e orgânico (etil e metil mercúrio, por exemplo). O mercúrio elementar é o único metal líquido na temperatura ambiente, sendo altamente volátil. Evapora-se com facilidade para a atmosfera, de onde retorna com as chuvas, contaminando rios e lagos.
 O mercúrio é um tóxico celular geral, provocando desintegração de tecidos e bloqueio dos sistemas enzimáticos fundamentais para a oxidação celular, agindo como veneno. Ele é tóxico para o homem em qualquer de suas formas, mas o mercúrio elementar representa a maior fonte de problemas, ou a mais identificável delas, graças à sua propriedade de ser solúvel em gorduras, o mercúrio atravessa as mucosas e assim se torna um metal muito perigoso quando em contato com o organismo humano, quer seja pela via aérea, cutânea ou por ingestão. Depois de absorvido por uma dessas vias ele cai na corrente sanguínea e se deposita em vários órgãos, aos quais danifica. Os danos causados por ele em geral são graves e permanentes.
 
 A pessoa que lida diretamente com o mercúrio elementar expõe-se a vapores invisíveis desprendidos pelo metal, os quais são aspirados e entram no organismo através do sangue. 
 A utilização de peixes e crustáceos contaminados é uma das fontes de contaminação pelo metal. Os compostos solúveis do mercúrio são absorvidos pelas mucosas, os vapores por via da inalação e os insolúveis pela pele e pelas glândulas sebáceas. Uma vez no sangue, ele se fixa às proteínas (albumina) e aos glóbulos vermelhos, sendo daí distribuído para vários sistemas orgânicos. O mercúrio pode transpor a barreira placentária e atingir fetos em desenvolvimento em mulheres gestantes, causando grandes danos a eles.
 Sabendo desse risco, diversas técnicas surgiram com o objetivo de tratar os ambientes contaminados, as técnicas biológicas tem como princípio a utilização de seres vivos, como plantas e microorganismos que são capazes de degradar, ou até mesmo remover o contaminante em águas subterrâneas e em solos.
 No caso específico da utilização de microrganismos, estes podem ser de ocorrência natural (nativos) ou cultivados, sendo que, bactérias, fungos filamentosos e leveduras são os mais utilizados, porém, as bactérias são os principais microrganismos que atuam na biorremediação de contaminantes.
 A biorremediação é uma tecnologia promissora para lidar com as questões da poluição por metais tóxicos. Entretanto os resultados desta técnica ainda podem ser considerados bastante inconsistentes, uma vez que, alguns fatores e parâmetros do contaminante, clima e solo afetam diretamente a eficiência do processo, tais como a disponibilidade de microrganismos com atividade enzimática e capacidade fisiológica adequada, condições ambientais e nutricionais favoráveis para o metabolismo e o crescimento microbiano, temperatura, pH, salinidade, umidade, composição e concentração dos poluentes/contaminantes.
 As principais técnicas de biorremediação de solos contaminados com metais tóxicos estão associadas à biolixiviação, biomineralização, biotransformação, bioacumulação e biossorção.
 Um estudo na área foi feito em Barreiras, pertencente ao município de Itaituba, estado do Pará, com bactérias gram-negativas. A partir do isolamento de bactérias em substrato do fundo do rio, isolou-se 82 amostras de bactérias gram-negativas na forma de cocos, bacilos e cocobacilos. A análise mostrou as bactérias sendo resistentes ao mercúrio pertencentes a espécie Pseudomonas stutzeri e a Acinetobacter baumannii pertencente a amostra da região de controle. Essa pesquisa mostrou que os microorganismos oriundos da região mais gravemente afetada com a contaminação possuem maior resistência ao metal.
 Em outro estudo com uma amostra contaminada com mercúrio, obtida do Sistema Centralizado de Controle de Resíduos do Polo Petroquímico do Sul, em que os isolados resistentes foram avaliados quanto sua capacidade de volatizar o mercúrio e produzir mercúrio redutase, uma enzima que catalisa a molécula do mercúrio orgânico. Na identificação, dez dos isolados capacitados são do gênero Pseudomonas (o mais frequente), quatro do Enterobacter, um do Proteus e um do Serratia.
 O Brasil não está fora dessa, também estamos contribuindo para o avanço do conhecimento nesta área de extrema importante para saúde global, uma pesquisa no estado do Amazonas, foi capaz de desenvolver uma bactéria capaz de identificar e remediar parte do mercúrio encontrado em rios. O estudo foi apresentado no final de 2014 durante a Competição Internacional de Biologia Sintética (iGEM) e ganhou ouro na categoria meio ambiente, sendo a primeira do Brasil nessa categoria. A iGEM foi criada em 2003 no Instituto de Tecnologia de Massachussets, EUA.
 Apesar das diversas pesquisas e conhecimento já adquirido, a intoxicação por mercúrio continua sendo assunto discutido em publicações científicas. Pelos estudos levantados, o mercúrio continua sendo um grave componente de
degradação ambiental especialmente na região Amazônica, as altas concentrações de mercúrio encontradas no ecossistema amazônico são atribuídas não só à mineração de ouro, mas também à presença de solos com concentrações relativamente elevadas de mercúrio de origem natural, ao transporte atmosférico e à deposição de mercúrio de origem antrópica.
 Liberado para atmosfera, o mercúrio causa intoxicação da população por via alimentar ou respiratória, a presença de mercúrio no corpo humano pode ocasionar importantes danos à saúde. devido à sua acumulação progressiva e irreversível, esse elemento fica retido nos tecidos, causando lesões graves, principalmente aos rins, fígado, aparelho digestivo e sistema nervoso central.
Referências:
1. GUERREIRO, Isaac e MANSUÊTO, Luis. Bactéria poderá ser usada para detectar mercúrio em rios do Amazonas. Amazonas, 2020. Disponível em: http://www.fapeam.am.gov.br/bacteria-podera-ser-usada-para-detectar-mercurio-em-rios-do-amazonas/. Acesso em: 19 de out. de 2020. 
2. PÉREZ, Alexander. MARTÍNEZ, Dalila. BARRAZA, Zafiro. MARRUGO, José. Bactérias endofíticas associadas ao gênero cyperus e paspaslum em solos contaminados com mercúrio. SCIELO. Bogotá, 21 de jul. de 2015. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-34752019000200036&lang=pt>. Acesso em: 19 de out. de 2020.
3. JARDIM, Wilson. BUENO, Maria. Compostos de mercúrio: Revisão de métodos de determinação, tratamento e descarte. ResearchGate. Campinas, 11 de fev. de 2000. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Wilson_Jardim/publication/26352195_Compostos_de_mercurio_Revisao_de_metodos_de_determinacao_tratamento_e_descarte/links/0c9605383869513130000000/Compostos-de-mercurio-Revisao-de-metodos-de-determinacao-tratamento-e-descarte.pdf> . Acesso em: 19 de out. de 2020.
4. PINTO, Michelle. Bases moleculares da resistência ao mercúrio em bactérias gram- negativas da Amazôniabrasileira. UFPA. Belém, 2004. Disponível em: < http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/4845/6/Dissertacao_BasesMolecularesResistencia.pdf>. Acesso em: 19 de out. de 2020.
5. PÉREZ, Maria. ROMERO, Deimer. CORDEIRO, Alexander. Biorremediação de mercúrio e níquel por bactérias endofíticas de macrófitas aquáticas. SCIELO. Colombia, 10 de jan. de 2020. Disponível em: < http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-34752019000200036&lang=pt>. Acesso em: 19 de out. de 2020.
Alexander Pérez1, Dalila Martínez2, Zafiro Barraza3, José Marrugo4

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