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GAES_Unidade 02 (1)

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SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E 
DE QUALIDADE AMBIENTAL
Professora:
Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett 
DIREÇÃO
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; STRUETT, Mirian Aparecida Micarelli.
 
 Gestão Ambiental na Empresa e Sustentabilidade. Mirian 
Aparecida Micarelli Struett.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 46 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Ambiental 2. Sustentabilidade 3. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-459-0024-5
CDD - 22 ed. 628
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Diretoria de Design Educacional Débora Leite
Diretoria de Pós-graduação e Graduação Kátia Coelho
Diretoria de Permanência Leonardo Spaine 
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Pós-graduação e Extensão Fellipe de Assis Zaremba
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Nayara Garcia Valenciano 
Editoração Flávia Thaís Pedroso
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
01
02
03
sumário
07| QUALIDADE E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
16| DA PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE AOS SISTEMAS 
DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
27| LICENÇAS E CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Compreender o conceito e a evolução da qualidade no tempo.
 • Verificar o comprometimento da empresa verde na gestão ambiental.
 • Entender os conceitos sobre empresa verde, ecoeficiência, design for 
environment e outros modelos baseados na ecologia.
 • Compreender como ocorre a implantação do sistema de gestão ambiental 
SGA, ISO 14.001.
 • Apresentar outras ferramentas importantes da série ISO 14000 e de Auditorias 
Ambientais.
 • Discutir conceitos e formas de obtenção das licenças e certificações 
ambientais.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Qualidade e evolução da qualidade
 • Da preocupação com o meio ambiente aos sistemas de gestão ambiental (SGA)
 • Licenças e certificações ambientais
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E DE QUALIDADE 
AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
introdução
Caro(a) aluno(a),
Nesta unidade de estudo, serão apresentados a você conceitos e evolução 
da qualidade e sua influência na gestão ambiental. Apresentaremos algumas 
estratégias e alternativas que corroboram a empresa verde bem como a 
implantação do Sistema de Gestão Ambiental e a forma de obtenção de licenças 
e certificações/selos importantes para uma gestão socioambiental empresarial 
sustentável.
Garantir a sustentabilidade empresarial nos dias de hoje é uma tarefa árdua. 
Para permanecer no mercado altamente competitivo, é necessário combinar 
produtividade, manter custos baixos sem abrir mão da qualidade. Neste conteúdo, 
você conhecerá mais sobre a influência do conceito da qualidade total na gestão 
ambiental. 
Para tanto, inicialmente, discorreremos sobre o conceito e a evolução da 
qualidade começando pelos conceitos da qualidade e dos princípios para 
a qualidade total, passando pelas Eras da qualidade até a sua influência na 
gestão ambiental (TQEM), sigla em inglês para Total Quality Environmental 
Management.
A partir da TQEM, apresentamos a você, caro(a) aluno(a), como é o 
comprometimento da empresa que busca qualidade, a chamada empresa 
verde, que utiliza princípios da ecoeficiência, do design for environment, dentre 
outros modelos baseados na ecologia para corroborar a qualidade necessária 
para o atendimento das expectativas dos clientes.
Em seguida, verificaremos como, a partir da preocupação com o meio 
ambiente, ocorre a implantação do sistema de gestão ambiental, começando 
pelo Responsible Care Program e a implantação do mais conhecido Sistema de 
Gestão Ambiental, nacional e internacionalmente, a ISO 14.001.
Conjuntamente ao Sistema de Gestão Ambiental, apresentar-se-ão outras 
importantes ferramentas da série ISO 14000, como a rotulagem ambiental, a 
análise de ciclo do produto e a importância da Auditoria Ambiental (AA) neste 
processo.
INTRODUÇÃO
introdução
Por fim, discutiremos quais são as formas de obtenção das licenças e 
certificações ambientais, iniciando pela AIA, incluindo as já mencionadas ISO’s, 
para uma melhor gestão socioambiental empresarial mais sustentável.
Desejo a você uma boa leitura!
Nas primeiras décadas da industrialização, o termo produtividade resumia os objetivos 
da gestão empresarial. Para Curi (2012), a palavra de ordem era a economia de escala, 
mas aos poucos, com o aumento da concorrência, as empresas passaram a disputar a 
liderança em seus setores. Na segunda metade do século XX, a qualidade é imperativa, 
apesar da grande dificuldade em defini-la, considerando-se as diferenças culturais, 
sociais e até individuais da sociedade global. Para Marshall Junior et al. (2010, p.1), a 
qualidade é definida como: 
 “
[...] um conceito espontâneo e intrínseco a qualquer situação de uso de algo 
tangível, a relacionamentos envolvidos na prestação de um serviço ou a 
percepções associadas a produtos de natureza intelectual, artística, emocional 
e vivencial. Estamos frequentemente avaliando e sendo avaliados no ato de 
gerarmos ou recebermos os elementos que compõem a interação e os atos 
de consumo presentes em nossa vida.
Qualidade e Evolução 
da Qualidade
Pós-Universo 8
Corroborando o conceito de Marshall (2010), Mello (2011) salienta que o cliente tem 
em mente verificar o custo-benefício da qualidade, pois não se trata apenas de avaliar 
a qualidade embutida no produto ou do serviço em si. Dentre os benefícios, estão: 
a durabilidade, a estética, rendimento, segurança, facilidade de uso, dentre outros 
que agregam valor ao produto. Atualmente, agrega-se ao valor do produto o meio 
ambiente, a responsabilidade social com os trabalhadores e com a comunidade ao 
seu redor. Estes dois fatores, meio ambiente e responsabilidade social, não tinham, há 
20 anos, o peso que têm agora em relação às expectativas do consumidor (MELLO, 
2011).
Essa definição leva-nos a uma percepção dinâmica e ampliada da qualidade, 
onde diversas outras áreas estão envolvidas em um único conceito, seja qualidade 
ambiental, qualidade do produto, qualidade advinda das expectativas dos clientes, 
envolvendo ainda responsabilidade social.
De acordo com Paladini (2006), há duas maneiras básicas de se observar como 
essa qualidade é desenvolvida. Inicialmente, produzindo a qualidade, onde a empresa 
assegura maior atuação no mercado, possui maior competitividade, trabalha com 
preços mais estáveis, cria maior fidelidade de consumidores e coloca a empresa em 
posição de vanguarda no mercado. Uma segunda maneira envolve a redução de 
custos via otimização dos processos e serviços.
Se, por um lado, a qualidade pressupõe prevenção, por outro, pressupõe também 
o controle. Feingenbaum (1994) destacou dez princípios fundamentais para o controle 
da qualidade total:
1. Qualidade é um processo extensivo: processo sistêmico que envolve 
toda a cadeia até o consumidor;
2. Qualidade é o que o consumidor julga ser: questione seu consumidor 
e você saberá o que deverá fazer;
3. Qualidade e custo são soma e não diferença: produzir produtos e serviços 
constitui estratégia quando há uma maneira criteriosa de custos da qualidade;
Pós-Universo 9
4. Qualidade exige zelo individual e coletivo: tarefa deve ser atribuível a 
todos, não deve ser implantada isoladamente;
5. Qualidadeé um modo de gerenciamento: buscar a melhor maneira de 
conduzir o processo é a chave do sucesso;
6. Qualidade e inovação são mutuamente dependentes: associar a 
qualidade ao desenvolvimento de novos produtos ou inovação neste mesmo 
produto ou serviço;
7. Qualidade é ética: objetivo é a excelência, programas baseados em mapas 
e gráficos não são suficientes;
8. Qualidade exige aperfeiçoamento contínuo: deve ser meta ascendente 
e constante;
9. Qualidade é um caminho mais efetivo em custo e menos intensivo em 
capital no rumo à produtividade: utilizar adequadamente as técnicas da 
qualidade;
10. Qualidade é implementada com sistema total associado a clientes e 
fornecedores: capacidade técnica não é o principal problema na qualidade, 
e sim a falta de liderança.
Uma questão muito importante que norteia o conceito de qualidade é a premissa do 
relacionamento ético entre todos os elementos envolvidos na cadeia de produção, 
sem esquecer, inclusive, o meio ambiente e a sociedade; e outra, é fazer melhor, com 
menos custos e entregando ao cliente produtos que correspondam ou superem suas 
expectativas. De acordo com Mello (2011), há diferentes definições de qualidade, 
porém três fatores estão intrinsecamente ligados ao conceito: a redução de custos, 
o aumento da produtividade e a satisfação dos clientes (a Figura 1 pode representar 
melhor este conceito).
Pós-Universo 10
Redução de Custos
Aumento de 
Produtividade
Satisfação de 
Clientes
Conceito Básico de 
Qualidade
Figura 1: Conceito Básico da Qualidade
Fonte: adaptada de Mello (2011)
A evolução da qualidade se deu em três grandes fases ou períodos: a Era da inspeção, 
a Era do controle estatístico e a Era da qualidade total e a atual Gestão Estratégica da 
Qualidade (MARSHAL JUNIOR et al., 2010; MELLO, 2011). 
Veja na Figura 2, sinteticamente, as principais ideias de acordo com as evoluções 
e as Eras da Qualidade para a Gestão da Qualidade Total. 
ERA DA INSPEÇÃO
• Produtos são verificados 
um a um
• Cliente participa da 
inspeção
• Inspeção encontra 
defeitos, mas não 
produz qualidade
ERA DO CONTROLE 
ESTATÍSTICO
• Produtos são verificados 
por amostragem
• Departamento 
especializado faz 
inspeção da qualidade
• Ênfase na localização 
de defeitos
ERA DA QUALIDADE TOTAL
• Foco na prevenção dos 
defeitos
• Envolvimento de todos 
os setores
• Criação de sistemas de 
qualidade
• Conceito de qualidade 
total
GESTÃO DA QUALIDADE 
TOTAL
• Foco na gestão
• Envolvimento integral
• Superação das 
expectativas dos 
clientes
• Surgimento das normas 
ISO
Figura 2: Eras da Qualidade para a Gestão da Qualidade Total
Fonte: adaptada de Marshal Junior et al. (2010) e Mello (2011)
Pós-Universo 11
Cada vez mais a questão ambiental tem sido pauta nas agendas dos executivos das 
empresas requerida nacionalmente e internacionalmente de acordo com padrões de 
qualidade ambiental descritos na série ISO 14000. Conforme aponta Donaire (2007, p. 
50), “a conscientização crescente dos atuais consumidores e a disseminação da educação 
ambiental nas escolas” permitem antecipar que os futuros consumidores também 
exigirão a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida. As organizações 
desta forma deverão incorporar a variável ambiental na prospecção de seus cenários 
e nas tomadas de decisões empresariais. 
De acordo com Curi (2012), a Gestão Ambiental da Qualidade Total (TQEM) 
é semelhante ao Total Quality Management (TQM). Desta forma, a gestão deve 
ficar atenta às reinvindicações do consumidor na hora de decidir os rumos de seus 
empreendimentos. Essa ferramenta amplia o entendimento das falhas e desperdícios 
para abranger os impactos ambientais.
A ideia da introdução da variável ambiental traz consigo o aumento de despesas 
e, consequentemente, o acréscimo dos custos do processo produtivo, porém é 
possível proteger o meio ambiente e ainda assim obter oportunidades que reflitam 
em recursos financeiros, como a reciclagem de materiais (economia de recursos para 
a empresa), reaproveitamento dos resíduos ou sua venda para outras empresas, o 
desenvolvimento de novos processos produtivos que envolvam tecnologias limpas, 
transformando-se em vantagens competitivas, o desenvolvimento de produtos 
novos para consumidores mais conscientes sobre a questão ecológica, a geração de 
materiais de grande valor industrial (iodo tóxico, estações portáteis de tratamento, 
mini usinas para uso de pequenas empresas), aparecimento de um mercado de 
trabalho promissor, que envolva auditores ambientais, gerentes de meio ambiente, 
advogados ambientais, e outros incrementos de novas funções técnicas específicas 
(DONAIRE, 2007).
As empresas podem obter muitos benefícios como reduzir custos, reduzir riscos, 
obter maior participação no mercado, maior competitividade e lucro, maior satisfação 
dos clientes. Para isso, é preciso buscar qualidade e também a excelência ambiental. 
Assim uma postura pró-ativa em relação às questões ambientais pode ser o primeiro 
passo para alcançar a melhoria contínua e a aceitação de que é vital para a empresa 
atender à demanda socioambiental.
Pós-Universo 12
Para Elkington e Burke (1989 apud DONAIRE, 2007, p. 50), os dez passos necessários 
para a excelência ambiental são os seguintes:
 “
1. Desenvolva e publique uma política ambiental.
2. Estabeleça metas e continue a avaliar os ganhos.
3. Defina claramente as responsabilidades ambientais de cada uma das áreas 
e do pessoal administrativo (linha ou assessoria).
4. Divulgue interna e externamente a política, os objetivos e as metas e 
responsabilidades.
5. Obtenha recursos adequados.
6. Eduque e treine seu pessoal e informe os consumidores e comunidade.
7. Acompanhe a situação ambiental da empresa e faça auditorias e relatórios.
8. Acompanhe a evolução da discussão sobre a questão ambiental.
9. Contribua para os programas ambientais da comunidade e invista em 
pesquisa e desenvolvimento aplicado à área ambiental. 
10. Ajude a conciliar os diferentes interesses existentes entre todos os 
envolvidos: empresa, consumidores, comunidades, acionista, etc.
Até que ponto todos os dirigentes empresariais são afetados pelo aumento 
da consciência ecológica dos consumidores e pelas exigências da legislação? 
reflita
Pós-Universo 13
Concordando com os autores supramencionados, Curi (2011) apresenta alguns 
aspectos fundamentais de gestão ambiental, aos quais os gestores ambientais devem 
estar atentos:
1. Utilizar os princípios da Ecoeficiência (consumir direito significa reduzir o 
uso dos recursos naturais, cortar custos e aumentar lucros). A ideia é eliminar 
o desperdício e diminuir o custo do produto.
2. Abusar das alternativas verdes (reduzir o consumo de recursos naturais 
e explorar os recursos naturais com sustentabilidade, aproveitando as 
oportunidades).
3. Ser socialmente responsável, com uma atuação responsável (investimentos 
em saúde, segurança e meio ambiente).
4. Utilizar a estratégia da produção mais limpa (não produzir poluentes, utilizar 
os recursos com mais eficiência – reaproveitamento, reciclagem etc.). Muito 
parecido com os princípios da Ecoeficiência. As estratégias para prevenção 
da poluição são: (1) o desenvolvimento de técnicas preventivas, (2) a redução 
da quantidade de resíduos, (3) o reuso e reciclagem, (4) a recuperação de 
materiais e energia, e (5) a disposição final dos resíduos inevitáveis.
5. Fazer a gestão a partir dos fundamentos do design for environment, também 
conhecido como Ecodesign for environment – modelo de gestão para 
meio ambiente (tomar a decisão correta sobre a produção e utilização dos 
produtos levando em conta os impactos ambientais).
6. Utilizar-se dos modelos baseados na natureza (ecologia e metabolismos 
industriais, reaproveitando tudo o que a natureza oferece e transformando-
os em insumos ou novos produtos).
7. Estar atento à influência dos Stakeholders e das parcerias e associações 
com outros atores da sociedade também preocupadoscom o meio ambiente.
Pós-Universo 14
Para a implantação de algumas tecnologias e estratégias, são necessárias a gestão de 
ciclo de produtos e a reciclagem. Esses fatores devem ser analisados também pelo 
processo da logística reversa (utilizar tecnologias limpas, realizar trocas de materiais 
e de processos poluentes por outros com índices de poluição menores). Assim, 
para atingir a meta de índice zero de poluição, devem ser agregados o conceito de 
ecoeficiência e o princípio de precaução (PHILIPPI JR.; ROMÉRO; BRUNA, 2004).
Logística Reversa: o processo de planejamento, implementação e controle 
da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em 
processo, produtos acabados e informações correspondentes do ponto de 
consumo ao ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou 
destinar à apropriada disposição (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999, p. 2 apud 
LEITE, 2009, p. 16).
saiba mais 
A análise do ciclo de vida do produto (ACV) é um importante instrumento de gestão 
ambiental, pois avalia os impactos em diferentes níveis. Infelizmente, as pessoas não 
enxergam o ciclo antes de comprar ou descartar um objeto. Verificar, por exemplo, que 
a sacola plástica utiliza petróleo (recurso não renovável) que, além de escasso, emite 
CO2 durante sua combustão. A ACV surge como uma forma para conscientização 
da sociedade, porém não é tarefa fácil calcular seu impacto em todos os estágios. 
Sua análise envolve: avaliação do consumo de matéria-prima, da transformação da 
matéria-prima, do transporte, do consumo e descarte (CURI, 2011).
Com relação à reciclagem, de acordo com Mazzarotto e Berté (2013), os resíduos 
sólidos merecem toda a nossa atenção, uma vez que produz degradação ambiental e 
poluição. Prejudiciais à qualidade de vida das comunidades, cabe às empresas fazerem 
a sua correta destinação, considerando que, dependendo do tipo de organização, há 
uma classificação e destinação diferente, de acordo com as características biológicas, 
físicas e químicas de cada setor. Importante destacar que os resíduos devem ser vistos 
como uma fonte de matéria-prima e não somente como resíduos a serem descartados. 
Desta forma, podem ser implantadas, por exemplo, a coleta seletiva e a reciclagem 
(papel, metal, plásticos, dentre outros) como fontes alternativas econômico-financeiras.
Pós-Universo 15
Caminhando neste sentido, a logística reversa vem ganhando força, tanto no foco 
ambiental (embalagens retornáveis ou preocupação, como as baterias) quanto no 
foco econômico-ambiental (recuperar custos de produção, exemplos: componentes 
eletrônicos, indústria de cosméticos, montadoras automobilísticas). O que atribui 
também maior responsabilidade no que concerne ao ciclo de vida dos produtos e à 
destinação correta dos resíduos (RAZZOLINI FILHO; BERTÉ, 2013).
As práticas tecnológicas ou contemporâneas, como apontam os autores Philippi Jr., 
Roméro e Bruna (2004), podem gerar uma interação positiva entre as empresas, o meio 
natural e meio social. Neste processo podem surgir soluções como a transformação 
de resíduos, por exemplo, em novas oportunidades de negócios e muitas outras 
oportunidades de negócio ao pensar e executar as estratégias vinculadas ao meio 
ambiente.
A “Votorantim Celulose e Papel”, desde 2006, oficializou o seu compromisso 
com a Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa do PNUMA, 
realizando em sua fábrica o pré-branqueamento da celulose seguida da 
recuperação de produtos químicos. A reciclagem interna também faz parte 
de seu cotidiano. Atualmente, os resíduos de madeira são utilizados nas 
florestas para servir de adubo. Além disso, seus processos são executados por 
meio de tecnologia disponível, o que ajuda a mitigar os impactos negativos 
de suas atividades sobre o meio ambiente.
Fonte: Curi (2011)
fatos e dados
Sabemos que a proposta mundial para o desenvolvimento está ligada à preservação do 
meio ambiente e baseia-se, sobretudo, no conceito de Desenvolvimento Sustentável. 
Também é importante destacar que vários foram e podem ser os impactos causados 
pelo processo produtivo, dadas a questões sobre a competitividade global e 
meio ambiente. Desta forma, o Desenvolvimento Sustentável “deve ser capaz de 
compatibilizar o rápido crescimento econômico, o que exige políticas apropriadas, 
planejamento prévio e investimentos criteriosos” (MAZZAROTTO; BERTÉ, 2013, p.36).
De acordo com North (1992 apud DONAIRE, 2007), para responder ao anseio 
dos consumidores e exigências legais, a primeira coisa que os gestores devem fazer 
é avaliar o posicionamento de sua empresa em relação à questão ambiental. Neste 
sentido, apresentam-se as variáveis ou características que seriam consideradas mais 
amigáveis ou mais agressivas, conforme se verifica no Quadro 1.
Da Preocupação com o Meio 
Ambiente aos Sistemas de 
Gestão Ambiental (SGA)
Pós-Universo 17
Quadro 1: Posicionamento da empresa em relação à questão ambiental
Empresas agressivas
Classificação
Empresas amigáveis
VARIÁVEIS VARIÁVEIS
(Alta poluição) 1 2 3 4 5 (Baixa poluição)
1. Ramo da atividade
2. Produtos
• MP não renováveis
• Não há reciclagem
• Não há aproveitamento de resíduos
• Poluidores
• Alto consumo de energia
• MP renováveis
• Reciclagem
• Há aproveitamento de resíduos
• Não há Poluidores
• Baixo consumo de energia
3. Processo
• Poluentes
• Resíduos perigosos
• Alto consumo de energia
• Ineficiente uso dos recursos
• Insalubre aos trabalhadores
• Não Poluentes
• Poucos Resíduos perigosos
• Baixo consumo de energia
• Eficiente uso dos recursos
• Não Afeta trabalhadores
4. Consciência ambiental
• Consumidores não conscientes
- Consumidores conscientes
5. Padrões ambientais
• Baixos padrões
• Não obediência às restrições
• Altos padrões
• Obediência às restriç’ões
6. Comprometimento gerencial
• Não comprometido
• Comprometido
7. Nível Capacidade do Pessoal
• Baixo
• Acostumado a velhas tecnologias
• Alto
• Voltado para novas tecnologias
8. Capacidade de P&D
• Baixa criatividade
• Longos ciclos de desenvolvimento
• Alta criatividade
• Curtos ciclos de desenvolvimento
9. Capital
• Ausência de capital
• Pouca possibilidade de empréstimos
• Existência de capital
• Alta possibilidade de empréstimos
Classificação 1 = empresa muito ameaçada pela questão ambiental e 5 = questão ambiental constitui opor-
tunidades de crescimento.
Fonte: adaptado de North (1992 apud DONAIRE, 2007).
Pós-Universo 18
De acordo com Mazzarotto e Berté (2013, p. 46), “a poluição pode ser entendida como 
desperdício econômico”, por exemplo. Muitas vezes os resíduos industriais podem ser 
reaproveitados tanto para geração de energia como para a extração de substâncias 
reutilizáveis e/ou recicláveis. 
Nossa preocupação continua, afinal de contas, como afirma Curi (2011, p. 116):
 “
[...]medidas isoladas não são o bastante para enfrentar os desafios ambientais 
do século XXI: é preciso formular uma política integrante, dando conta de 
todos os impactos decorrentes das atividades econômicas da organização. 
Assim sendo, para atender à preocupação ambiental com o meio ambiente de forma 
efetiva, surge o Sistema de Gestão Ambiental (SGA). O processo para sua sustentação 
decorre do controle, da prevenção e de estratégias. Este último pressupõe um nível 
de sistematização maior.
Em 1984, nasceu um dos primeiros Sistemas de Gestão Ambiental conhecido 
como Responsible Care Program, resultado da ação de indústrias químicas do 
Canadá, quando criaram um pré-requisito para o ingresso do associado à Chemical 
Manufacturers Association, as quais exigiam investimentos pesados em saúde, 
segurança e meio ambiente. Também previa a formação de alianças com o governo, 
empresas e autoridades, negociando leis para o bem-estar da comunidade e a 
preservação dos recursos naturais, obedecendo ainda às obrigações legais. Além 
desse sistema, outro sugerido pela Câmara de Comércio Internacional (ICC) - uma 
organização não governamental (ONG) especializadaem trocas econômicas - criou 
16 princípios demonstrando, desta forma, que a gestão ambiental não é um processo 
isolado, mas um objetivo estratégico de toda a organização (CURI, 2011).
Pós-Universo 19
A International Organization for Standarditzation - ISO é uma organização 
internacional, fundada em 1947, em Genebra, Suíça. As normas de Série ISO 9000 
tornaram-se mundialmente conhecidas. A ISO se refere ao sistema de gerenciamento 
da qualidade da produção de bens de consumo ou prestação de serviços que possui 
relação com a gestão da qualidade nas empresas (DONAIRE, 2007; CURI, 2011).
A Normalização segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 
estabelece normas presentes na fabricação de produtos, transferência de tecnologia, 
na melhoria de qualidade de vida por meio de normas relativas à saúde, à segurança 
e à preservação do meio ambiente, e é utilizada cada vez mais como um meio de 
alcançar a redução do custo de produção e do produto final, mantendo ou melhorando 
a qualidade. No Brasil, as normas ISO são regulamentadas pela ABNT - NBR. 
De acordo com a ABNT, o aumento crescente da consciência ambiental e a 
escassez de recursos levaram as organizações a contribuírem com a redução de 
impactos ambientais, assim a conformidade com o sistema ABNT-NBR ISO 14001 
garante a redução de poluição gerada por organizações, além de contribuir com o 
equilíbrio ambiental e a qualidade de vida da população, servindo como um diferencial 
competitivo e fortalecendo sua ação no mercado.
Com referência às normas ambientais, destaca-se a norma emitida pelo British 
Standard Institution – BS 7750, preparada pelo Comitê de Política e Normalização 
Ambiental e da Poluição da Inglaterra, que serviu de referencial para outros países como 
forma de estabelecer procedimentos para fixar uma política ambiental, oficializada, em 
1996, pela ISO como a primeira norma da série ISO 14000, no intuito de estabelecer 
diretrizes para implementação de um sistema de gestão ambiental. As normas ISO 
14001(define diretrizes para o uso da especificação estabelecendo correspondência 
e compatibilidade com a ISO 9001) e ISO 14004 (são descritas as diretrizes gerais 
sobre os princípios, os sistemas e as técnicas de apoio do SAG) se referem ao SGA – 
Sistema de Gerenciamento Ambiental, que visa a integração com os demais objetivos 
da organização (DONAIRE, 2007).
Pós-Universo 20
A Figura 3 demonstra como se configura um sistema de Gestão Ambiental.
Análise crítica pela 
administração
Melhoria contínua
Política 
ambiental
Implementação e 
operação
Verificação e opção 
corretiva
Planejamento
Figura 3: Espiral do sistema de gestão ambiental
Fonte: ISO (2004).
De acordo com Donaire (2007), o resultado da aplicação do SGA depende do 
comprometimento de todos os níveis e funções na organização e tem como objetivo 
a melhoria contínua, buscando sempre superar os padrões vigentes. A norma ISO 
14004 especifica os princípios e elementos integrantes de um SGA composto por 
cinco princípios.
1. Comprometimento e política: é preciso assegurar o comprometimento com 
o seu SGA a partir do comprometimento e liderança da alta administração, 
da avaliação ambiental inicial e do estabelecimento da política ambiental.
2. Planejamento: é preciso um plano para cumprir com a política ambiental. 
Desta forma, primeiramente se identificam os aspectos ambientais e realiza-
se a avaliação dos impactos ambientais associados, apoiada pelos requisitos 
legais e outros que se fizerem necessários, a partir também do levantamento 
dos critérios internos de desempenho, dos objetivos e metas ambientais e 
do programa de gestão ambiental.
Pós-Universo 21
3. Implementação: para uma efetiva implementação, recomenda-se 
desenvolver a capacitação (recursos humanos, físicos e financeiros, 
harmonizando e integrando a SGA, com a devida responsabilidade técnica 
e pessoal bem como promovendo a conscientização ambiental, motivação, 
conhecimentos, habilidades e atitudes) e mecanismos de apoio (comunicar, 
relatar, documentar o SGA, realizar o controle operacional, preparação e 
atendimento às emergências) para atender a política, objetivos e metas 
ambientais. 
4. Mediação e avaliação: é preciso mensurar, monitorar e avaliar o desempenho 
ambiental e realizar ações corretivas e preventivas bem como os registros 
de SGA e a gestão da informação.
5. Análise crítica e melhoria: recomenda-se a análise crítica para o 
aperfeiçoamento constante do SGA.
Para desencorajar a elaboração de falsos compromissos, a ISO 14004 propõe-se a 
ir direto ao ponto, descrevendo de forma clara e objetiva seus compromissos com 
o meio ambiente. É o caso da Siderúrgica Usiminas, que resume seu programa de 
gestão aos 4Rs – reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar. De acordo com Curi (2011, 
p. 126), “nas usinas de Cubatão e Ipatinga, uma parcela significativa dos resíduos é 
reaproveitada; a lama resultante da produção é comercializada pela indústria cerâmica, 
por exemplo”.
Como um Sistema de Gestão Integrado, a ISO da série 14000 expandiu-se e, em 
busca da qualidade, com o passar dos anos, e a partir da demanda cada vez mais 
exigente da sociedade, trouxe novas normas para aprovação na área de gestão 
ambiental. Estas últimas, voltadas para a rotulagem, comunicação e análise do ciclo 
de vida, por exemplo, e das AA (Auditorias Ambientais) representadas pela ISO 19011.
Pós-Universo 22
Análise do Ciclo 
de Vida
Rotulagem 
Ambiental
Aspectos 
Ambientais em 
normas dos 
produtos
Sistema 
de gestão 
ambiental
Avaliação de 
Desempenho 
Ambiental
Gases do Efeito 
Estufa (GEE)
Auditoria 
Ambiental
Gestão Ambiental
Figura 4: A série de normas ISO de gestão ambiental
Fonte: Seiffert (2011, p. 193)
De acordo com Mazzarotto e Berté (2013), durante a elaboração das normas, vários 
documentos são elaborados para serem submetidos à aprovação da ISO, processo 
esse que compreende três fases distintas: (1) a necessidade requerida, (2) a elaboração 
do padrão (standard) e (3) a aprovação. Ressaltam-se também os princípios que a 
fundamentam: (1) princípio do consenso, (2) da abrangência internacional e (3) da 
voluntariedade (não há obrigatoriedade, a não ser em caso de interesse em certificação 
ambiental).
A seguir, apresentamos as normas da série ISO 14000 por ordem de importância.
Quadro 2: Normas da Série ISO 14000
Norma Especificação
ISO 14001:2004 SGA – requisitos com orientações para uso.
ISO 14004:2004 SGA – diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.
ISO 14005:2010
SGA – diretrizes para implementação faseada de um sistema de 
gestão ambiental, incluindo a utilização da avaliação de desem-
penho ambiental.
ISO 14015:2001
Gestão Ambiental – avaliação ambiental dos locais e das organi-
zações (GEAA).
ISO 14020:2000 Rótulos e declarações ambientais – princípios gerais.
Pós-Universo 23
Norma Especificação
ISO 14021:1999
Rótulos e declarações ambientais – autodeclarações ambientais 
(tipo II rotulagem ambiental).
ISO 14024:1999
Rótulos e declarações ambientais – tipo I rotulagem ambiental – 
princípios e procedimentos.
ISO 14025:2006
Rótulos e declarações ambientais – tipo III declarações ambientais 
– princípios e procedimentos.
ISO 14031:1999 Gestão Ambiental – avaliação do desempenho ambiental – diretrizes.
ISO 14040:2006 Gestão Ambiental – avaliação do ciclo – princípios e estrutura.
ISO 14044:2006 Gestão Ambiental – avaliação do ciclo – requisitos e diretrizes.
ISO 14050:2009 Gestão Ambiental – vocabulário.
ISO 14063:2006 Gestão Ambiental – comunicação ambiental – diretrizes e exemplos.
ISO Guide 64:2008 Guia para tratar das questões ambientais nas normas sobre produtos.
ISOTR/14049:2000
Gestão Ambiental – avaliação do ciclo - exemplos de aplicação 
da ISO 14041 para definição de objetivo e escopo e análise de 
inventário.
ISO TR 14062:2002
Gestão Ambiental – integração dos aspectos ambientais na con-
cepção e no desenvolvimento de produtos.ISO TS 14048:2002 Gestão Ambiental – avaliação do ciclo – formato de documentação.
Fonte: Mazzarotto e Berté (2013, p.106-107)
Para Curi (2012), a partir das famílias ISO 14000, temos 
também a ISO 14020, que se refere à busca pela 
conformidade na rotulagem ambiental, criando regras 
para a elaboração desses rótulos. Como exemplo, a 
ISO recomenda informações precisas, no caso de um 
lápis não basta dizer no rótulo “amigo das florestas”, é 
fundamental mencionar de onde veio a matéria-prima 
– proveniente de reflorestamento, por exemplo – e mais 
do que isso, apresentar um resumo do ciclo de vida do 
produto.
Pós-Universo 24
Conforme demonstrado no Quadro 2, e sendo tratados como um ponto importante 
para as ISOs de rótulos verdes, preveem-se três tipos de rotulagens ISOs: 14024 
(provar que o processo da análise do ciclo de vida é ecologicamente correto), 14021 
(autodeclarações, dispensa a análise do ciclo de vida do produto, realizada a certificação 
pela parte interessada) e 14025 (envolve divulgar dados do produto, inclusive análise 
do ciclo de vida do produto, diferente do tipo I, pois não precisa cumprir metas), 
respectivamente (CURI, 2011). Também a 14031, avaliação do desempenho ambiental, 
que envolve uma sistemática bem mais complexa englobando o ciclo de vida dos 
produtos e da empresa em todo o processo, sendo bem mais detalhado quando 
comparado com a ISO 14001, uma vez que envolve medição, análise, avaliação e 
descrição do desempenho da organização em relação ao seu SGA (SEIFFERT, 2011). 
 “
O objetivo do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é assegurar a melhoria 
contínua do desempenho ambiental da empresa. Segundo a norma ISO 
14031, desempenho ambiental “são os resultados obtidos com a gestão 
dos aspectos ambientais da empresa”. Ou seja, resultados obtidos na gestão 
das atividades, produtos e serviços da empresa que podem interagir com 
o meio ambiente. Desta forma, a implementação de um SGA constitui uma 
ferramenta estratégica para que a empresa, em processo contínuo, identifique 
oportunidades de melhorias que reduzam os impactos das suas atividades 
sobre o meio ambiente, melhorando seu desempenho ambiental. Mas 
sempre de maneira integralizada à situação de conquista de mercado e de 
lucratividade (MARTINS; NASCIMENTO, 1998, p. 6).
A Norma da Análise do Ciclo de Vida, ISO 14040, propõe um processo que envolve 
quatro etapas: (1) definição de objetivos e âmbito (descreve-se o produto ou serviço), 
(2) análise do inventário (mensura consumo dos recursos naturais e emissão de 
resíduos e efluentes), (3) análise do impacto (analisam-se os efeitos sobre o meio 
ambiente) e (4) interpretação dos resultados (compara resultados da análise de 
inventário e impacto). Atualmente, essa metodologia traz inúmeras vantagens para 
a gestão empresarial (CURI, 2011).
De acordo com Donaire (2007), para corroborar uma efetiva política de minimização 
dos impactos ambientais e da redução de seus índices de poluição, é importante 
que se adote também a Auditoria Ambiental. Os conceitos servem para elucidar sua 
importância.
Pós-Universo 25
 “
Auditoria ambiental é um processo sistemático e formal de verificação, por 
uma parte auditora, se a conduta ambiental e/ou desempenho ambiental de 
uma entidade auditada atendem a um conjunto de critérios especificados 
(PHILLIPI JR; AGUIAR, 2004, p. 811).
A Auditoria Ambiental é uma atividade administrativa que compreende uma 
sistemática e documentada avaliação de como a organização se encontra 
em relação à questão ambiental. Esta Auditoria que deve ser realizada 
periodicamente visa facilitar a atuação e o controle da gestão ambiental da 
empresa e assegurar que a planta industrial esteja dentro dos padrões de 
emissão exigidos pela legislação ambiental (DONAIRE, 2007, p. 123).
As Auditorias Ambientais (AA) passaram a ter lugar de destaque entre os instrumentos 
de gestão ambiental. A competição internacional e as exigências ambientais levaram 
à elaboração de ISO 14001 e a correspondentes sistemas de auditoria e certificação 
ao redor do mundo. Processos como fusões e aquisições de empresas requerem 
verificações rigorosas, o que leva os empresários a buscarem cada vez mais processos 
sistemáticos de cuidados com o meio ambiente por meio de auditoria do passivo 
ambiental (PHILLIPI JR; AGUIAR, 2004).
De acordo com Seiffert (2011), a ISO 19011 (Auditoria de Sistemas de Gestão da 
Qualidade e Meio Ambiente) e ISO 26000 (Responsabilidade Social) surgiram para 
complementar o grupo de normas ambientais. A 19011 é, além disso, um subsídio 
determinante para a implantação do requisito da auditoria de SGA, o qual deve ser 
completado com uma certificação. É uma norma de orientação para o processo de 
auditoria de sistemas de gestão ambiental e da qualidade e não especificação.
As Auditorias Ambientais (AA) de Sistemas de Gestão em geral incluem o 
comprometimento com a legislação ambiental, significando na prática uma forma 
de identificação da legislação (produtos e serviços), uma forma de verificar os 
requisitos da legislação, se está sendo cumprida, e de ações definidas para corrigir 
eventos adversos. Da mesma forma, as não conformidades podem ser contra os 
requisitos em que o sistema se baseia, contra os procedimentos estabelecidos, contra 
a legislação ambiental, como é o caso do papel de conformidade que a empresa tem 
que estabelecer quando busca a certificação ISO 14001.
Pós-Universo 26
A NBR ISO 19011:2002 surgiu para substituir as NBRs 14010, 14011 e 14012 
dentre outras importantes. Tanto a NBR ISO 9000 quanto as da série NBR 
ISO 14000 enfatizam a importância das auditorias como uma ferramenta 
contínua de monitoramento da política de qualidade e/ou ambiental da 
organização.
Fonte: Curi (2012)
saiba mais 
Como se pode perceber, a sobrevivência dos negócios depende de estratégias 
administrativas integradas a outras áreas de gestão que tornam a empresa ainda mais 
eficiente que o tratamento isolado de fatores socioambientais de gestão. Portanto, 
há a necessidade de maior aprofundamento no processo administrativo e integração 
com a área socioambiental.
PERDIGÃO E SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO
Líder nacional de vendas, a Perdigão também quer se destacar no exterior. Não 
é fácil, pois o consumidor estrangeiro costuma ser ainda mais exigente com 
a qualidade dos produtos. De acordo com a Revista Exame (2005 apud CURI, 
2011), as 13 cidades que abrigam a empresa sempre se beneficiaram de seus 
programas sociais que contribuíram para consolidar o bom relacionamento 
com o público. Desde 2002 integrou ao seu Sistema de Gestão ingredientes 
como qualidade, proteção do meio ambiente e cuidados com a segurança 
ocupacional. Os itens produzidos em Marau (RS) são exportados para Holanda 
e Inglaterra, conhecidos como os clientes mais difíceis de agradar. Marau – 
hoje, um modelo de sustentabilidade - tem 98% dos efluentes industriais 
tratados e a coleta seletiva dá conta de todos os resíduos da fábrica. A 
redução de 4,1% no consumo de energia também foi acompanhada da 
diminuição de 11,8% da emissão de carbono. A saúde e a segurança no 
trabalho não foram esquecidas, o número de acidentes de trabalho caiu 42% 
contribuindo para o bem-estar dos empregados. Hoje ostenta importantes 
certificados como ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (SGA) e OHSAS 18001 
(saúde e segurança). Foi premiada em 2005 pelo Índice de Sustentabilidade 
Empresarial (ISE) da Bovespa. Criou Instituto Perdigão de Sustentabilidade, 
onde se incluem programas de reuso da água, de inclusão digital e programa 
de florestas renováveis. 
Fonte: Curi (2011)
minicaso
Ter um Sistema de Gestão Ambiental é muito importante porque serve para proteger 
o meio ambiente, aumentar a eficiência das atividades e melhorar a imagem que os 
clientes têm da empresa. E uma maneira inteligente de conquistar a confiança do 
cliente é a partir da obtenção das certificações (CURI, 2011).
De acordo com Schenini (2005), antes deiniciar suas atividades, a empresa necessita, 
inicialmente, obter o licenciamento ambiental junto ao órgão competente local por 
meio do EIA-RIMA. Uma vez em funcionamento, as empresas devem ser auditadas e 
fiscalizadas para verificar sua adequação e aderência às legislações.
De acordo com Curi (2011), em 1981, a Lei nº 6.938 já estabelecia o licenciamento 
ambiental como instrumento de política pública para regular as atividades com elevado 
nível de poluição ambiental e a resolução CONAMA nº237/97 reiterou a importância 
do licenciamento. O primeiro passo é o EIA RIMA, em seguida, os comentários e 
audiências públicas que conferem ao processo a publicidade exigida por lei. Durante 
o processo, o órgão público pode intervir no projeto, sugerindo adequações. Só 
necessitam solicitar a licença aqueles que constam na lista de atividades com potencial 
poluidor elevado.
Licenças e Certificações 
Ambientais
Pós-Universo 28
O EIA/Rima é exigido para diversos empreendimentos ou atividades, de 
acordo com a Resolução Conama 01/86. Qualquer empreendimento ou 
atividade pode causar algum tipo de impacto. E dependendo do tipo de 
impacto, podem se caracterizar como poluidor elevado. Conheça no link a 
seguir os mais exigidos segundo a Lei: http://www.meioambiente.mg.gov.
br/licenciamento/370. Acesso em: 10 abril. 2015
Fonte: Brasil (2014, online)
saiba mais 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) 
é o responsável pela concessão de licenças e projetos com impacto ambiental, que 
seguem 8 etapas: (1) o órgão competente solicita o EIA-RIMA ou solicita um relatório 
simplificado; (2) requer-se a licença ambiental dando-lhes a publicidade exigida por 
lei – casos polêmicos; (3) o pedido é deferido ou indeferido; (4) pode ser dadas as 
licenças em três modalidades – licença prévia (prazo 5 anos), licença de instalação 
(prazo 6 anos) e licença de operação (prazo de 4 a 10 anos); (4) o órgão público 
estabelece um período de vigência para a licença; (5) antes de 120 dias de vencimento 
da licença, deve-se procurar o órgão novamente; (6) dá-se um novo período, que 
pode ser diferente do anterior, (7) se julgar necessário, o órgão pode fazer novas 
exigências no ato da renovação, (8) a licença pode ser suspensa ou renovada (CURI, 
2011).
Na área ambiental, as empresas têm buscado a diferenciação no mercado, por 
meio da rotulagem ambiental ou selos verdes para certificarem seus produtos, e na 
forma de descarte ambientalmente correto para se adequarem às exigências dos 
consumidores, principalmente no mercado internacional.
Pós-Universo 29
Muitas podem ser as barreiras ambientais ou verdes, uma delas é realizada a 
partir da barreira comercial (regulamento, leis, práticas ou política governamental 
imposta) para proteger os produtos contra competição interna. No Brasil, por exemplo, 
o Instituto Nacional de Metrologia – INMETRO faz a fiscalização, normalização e 
certificação dos produtos importados e produzidos no país. Essas barreiras tendem 
a conduzir os países à harmonia entre normas e interesses, inclusive no que se refere 
às normas ambientais. A ABNT, por exemplo, cita que os selos e certificações podem 
abrigar tendencionalidades e imprecisões que objetivam favorecer alguns setores 
produtivos de países desenvolvidos. O Protecionismo pode estar em uma roupagem 
de proteção ambiental ou mesmo criando-a para estabelecimento de estratégias 
comerciais com o objetivo de obtenção de lucro (MAZZAROTTO; BERTÉ, 2013).
De acordo com os autores Stadler e Maioli (2011), na Alemanha, desde 1977, a 
certificação Blaue Angel - considerado o mais antigo dos selos em atuação no mercado 
- está ligada a mais de 3.600 produtos certificados. Em 1990, a Green Seal, uma ONG 
dos EUA, cria padrões ambientais para testar produtos. Em 1992, o parlamento Europeu 
criou a Ecolabel, selo válido para toda a União Europeia, mais exigida para produtos 
importados, e, no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT criou 
o selo de qualidade ambiental que certifica os produtos disponíveis no mercado, 
considerando seu ciclo de vida. A partir da década de 90, as organizações passaram 
a utilizar uma nova maneira de gerenciar seus resíduos a partir da técnica dos 4Rs: 
redução, reutilização, reciclagem e recuperação, buscando uma melhor geração de 
resíduos, recuperação de materiais e descarte correto.
No mundo todo, organizações e empresas que possuem atuação global utilizam 
os selos verdes e certificam seus produtos e serviços de forma que atendam às 
necessidades dos consumidores. Dentre eles, o NordicSwan (1988, países nórdicos), 
o Environmental Choice (Canadá, 1988), Eco Mark (Japão, 1989 e Índia, 1991), dentre 
outros (STADLER; MAIOLI, 2011; SEIFFERT, 2011).
Pós-Universo 30
A seguir, são apresentados alguns selos verdes, certificações nacionais e 
internacionais mais conhecidos e utilizados pelas organizações, empresas e eventos 
no Brasil. Basta você acessar os links para conhecer um pouco mais sobre cada 
um deles.
Selo CarbonFree
Este selo atesta que determinada atividade teve suas emissões de gases do efeito 
estufa inventariadas (metodologia GHG Protocol) e compensadas por meio do 
restauro da mata atlântica. Quem adere ao programa recebe o selo que pode ser 
utilizado como forma de comunicação e publicidade, e nele constam o número 
de árvores plantadas e a quantidade de GEEs neutralizadas <www.iniciativaver-
de.org.br>.
Forest Stewardship 
Council (FSC)
Este selo tem como objetivo a certificação da prática sustentável e o manejo sus-
tentável dos produtos florestais. Certificadora internacional, desde 1993 possui 
três certificados: manejo florestal (manejo sustentável), cadeia de custódia (em 
toda a cadeia) e madeira controlada (controle da fonte de madeira). As normas 
podem ser consultadas no site <www.br.fsc.org>.
Selos do Conselho 
Nacional de Defesa 
Ambiental (CNDA)
O selo verde é a ecoetiqueta que atesta a qualidade ecológica, socioambiental 
do produto ou serviço que tem o apoio da sociedade civil, é fornecida por em-
presas que comprovam por meio de laudos técnicos que seus ciclos de vida são 
amigáveis ao planeta.
As ecoetiquetas institucionais premiam os esforços de ajustamento de conduta 
e participações em campanhas que apoiam movimentos socioambientais. Os 
selos premiam os amigos do meio ambiente, amigo do paciente, etc. <www.
cnda.org.br>.
Certificações de 
Produtos Orgânicos
A certificação de produtos orgânicos atesta por escrito que determinado produto, 
processo ou serviço obedece às normas e práticas orgânicas (MAPA tem a lista 
das acreditadas).
Certificação por Auditoria – concedida pela SisOrg, é feita por uma certifica-
dora pública ou privada credenciada no Ministério da Agricultura, e obedece a 
procedimentos e critérios reconhecidos internacionalmente, além dos requisitos 
técnicos estabelecidos pela legislação brasileira.
Sistema Participativo de Garantia – caracteriza-se pela responsabilidade coleti-
va dos membros do sistema, que podem ser produtores, consumidores, técnicos 
e demais interessados. 
Controle Social na Venda Direta – a legislação brasileira abriu uma exceção na 
obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. 
Exige-se, porém, o credenciamento em uma organização de controle social ca-
dastrado em órgão fiscalizador oficial. Com isso, os agricultores familiares passam 
a fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.
<www.organicsnet.com.br/>.
Pós-Universo 31
Certificações para Construções Sustentáveis
O GBC Brasil (Green Building Council) e a Fundação Vanzolini são alguns dos organismos que conduzem certifi-
cações no Brasil - respectivamente, os selos Leed e Aqua. Um edifício pode ser certificado por um ou mais selos.
 
LEED (Liderança em 
Energia e Design 
Ambiental)
A certificação LEED foi lançada em 2009 e desenvolvida pela USGBC (Green 
Building Council, dos EUA) para medir o desempenhoambiental de design, cons-
trução e manutenção de edifícios. Utiliza-se a soma de créditos e, de acordo com 
a pontuação, a organização pode alcançar o standart de certificada, Silver, Gold 
ou Platinum <www.gbcbrasil.org.br>.
AQUA (Alta Qualidade 
Ambiental)
O AQUA é um processo de gestão total do projeto que engloba a qualidade de 
vida do usuário, economia de água, energia, disposição de resíduos e manu-
tenção, contribuição para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental da 
região. É uma adaptação para o Brasil da “Démarche HQE”, da França <www.van-
zolini.org.br>.
PROCEL – Eficiência 
Energética em 
Edificações
O selo PROCEL Edificações é um selo brasileiro de eficiência energética e atua de 
forma conjunta com os ministérios de Minas e Energia, Ministério das Cidades, uni-
versidades, centros de pesquisa e entidades não governamentais, tecnológicas, 
econômicas e de desenvolvimento. São considerados três quesitos: iluminação, 
condicionamento de ar e envoltória (fachada, vidros, janelas etc.) O Banco Nacional 
do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou linha de crédito especial 
para hotéis em construção ou reforma para a COPA <www.procelinfo.com.br>.
Ele também esteve presente nas edificações da COPA 2014 e Olimpíada.
Selo PROCEL
O selo Procel de Economia de Energia ou simplesmente Selo Procel tem como 
objetivo orientar o consumidor no ato da compra, indicando os produtos que 
apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria, 
proporcionando assim economia na conta de energia elétrica. Também estimula 
a fabricação e a comercialização de produtos mais eficientes, contribuindo para 
o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente. Diversas 
empresas utilizam este selo para seus equipamentos (bombas, coletores solares, 
condicionadores de ar, lâmpadas, lavadoras de roupa, geladeiras, reatores, reser-
vatórios, televisores etc.). Este selo foi instituído por Decreto em 1993, concedido 
pelo Programa Nacional de Conservação e Energia Elétrica (PROCEL), coordena-
do pelo Ministério das Minas e Energia e Eletrobrás.
LIFE - Lasting Initiative 
for Earth
Criada em 2009 pela Fundação AVINA, O Boticário de proteção à natureza, Posigraf 
e Sociedade de pesquisa em vida selvagem e ambiental (SPVS), com o objetivo 
de administrar uma certificação especializada em biodiversidade, em organiza-
ções públicas e privadas. A LIFE se propõe a avaliar os impactos à biodiversidade 
por parte da organização e a subsequente mitigação ou compensação dos refe-
ridos impactos por meio de uma gama de ações concretas para a conservação 
da biodiversidade que são contempladas com base em prioridades.
A organização deve demonstrar que tem atendido aos critérios mínimos da me-
todologia <www.institutolife.org.br>.
Pós-Universo 32
As leis de certificação de produtos orgânicos estão sempre sofrendo 
alterações. Um exemplo é a modificação em 2014 na estrutura dos selos a 
serem colocados nas embalagens. 
Para maiores informações em certificações no Brasil, acesse também o site: 
<http://ibd.com.br/pt/Default.aspx>.
atenção
As Auditorias Ambientais para o processo de certificação
Para Mazzarotto e Berté (2013), a Auditoria Ambiental (AA) visa a uma análise profunda 
do andamento e cumprimento das normas estabelecidas em um SGA, conforme 
vimos anteriormente, porém quando o objetivo é a certificação de produtos, 
processos ou serviços relacionados a uma determinada norma, as auditorias podem 
ser classificadas como: (1) Auditoria de primeira parte: corresponde às auditorias 
internas, (2) Auditoria de segunda parte: quando ocorre a avaliação dos sistemas 
por uma empresa independente e, (3) Auditoria de terceira parte: realizada por uma 
acreditadora, com o objetivo de obter uma certificação.
Barbieri (2007 apud CURI, 2011) aponta quatro tipos de certificações: 
1. Autoavaliações - a declaração é emitida pela própria organização, descrendo 
o que ela faz pelo meio ambiente.
2. Confirmação da autodeclaração por partes interessadas - stakeholders 
confirmam que a autodeclaração da empresa é verdadeira.
3. Confirmação da autodeclaração por organização externa - um órgão 
independente confirma que a autodeclaração da empresa é verdadeira.
4. Certificação ou registro do SGA por uma organização externa - a 
empresa segue as normas criadas pelo órgão independente e, depois de 
avaliada, recebe uma certificação.
Pós-Universo 33
Conforme percebemos nos quatro tipos de certificações apontadas, de acordo com 
Curi (2011), nos três primeiros tipos, a empresa decide como quer cuidar da natureza; 
enquanto no último, a definição é dada por uma organização externa, cabendo à 
empresa seguir as recomendações. O quarto tipo é o mais procurado pelas empresas, 
por transmitir maior confiabilidade. 
Em geral, Curi (2011) aponta que a certificação envolve três entidades, conforme 
demonstrado na Figura 5:
Organismo 
Normalizador
Organismo 
Credenciador
Organismo 
Certificador
Figura 5: As três entidades envolvidas no processo de certificação
Fonte: Curi (2011, p. 95)
 • Organismo Normalizador: a ISO cria as normas, porém não é sua função 
avaliar se as empresas merecem ou não a certificação. Como já vimos no 
tópico anterior, a ABNT é a sua representante no Brasil e aparece como 
Normas ABNT-NBR.
 • Organismo Credenciador: são representados pelos Organismos de 
Certificação Credenciados (OCCs) responsáveis por dar uma credencial ou 
autorização para que um organismo possa conceder certificações. No Brasil, 
essa função é do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (SINMETRO), criado pela Lei nº 5.966/73 que segue as regras do 
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(CONMETRO) ocorrendo na prática pelo Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). O INMETRO credencia uma 
instituição e verifica se ela é realmente capaz de conduzir os processos de 
certificação. Mas não necessariamente deve-se recorrer ao INMETRO para 
adquirir a certificação, pois dependendo de sua clientela (se forem dos 
EUA, por exemplo), eles provavelmente buscarão um órgão acreditado pelo 
Comitê de Registro de Credenciamento pelos EUA (Register Accreditation 
Board – RAB). Neste caso, o interessante é ter a autorização da RAB.
Pós-Universo 34
 • Organismo Certificador: a empresa precisa ser aprovada por organismo 
credenciador. Em vez de ficar limitado ao INMETRO, procure também os 
órgãos Internacionais Register Accreditattion Board (RAB - EUA), Nacional 
Accreditation Council for Certification Bodies (NACCB-Reino Unido) e o 
Japan Accredititation Board (JAB – Japão). Para as empresas brasileiras após 
o aval do organismo credenciador, o primeiro passo será duas auditorias, a 
primeira apresentando o SGA para eventuais correções e outra auditoria em 
90 dias; ou para aquelas com maior segurança, podem fazê-la em uma única 
auditoria, porém tem-se que tomar cuidado, pois se for reprovada, perde a 
segunda chance e fica sem a certificação. Se quiser manter a certificação, tem 
que se submeter a auditorias semestrais e, de três em três anos, reinspeção 
e recertificação. A ABNT é a mais famosa e também opera com certificado 
internacional. 
Importante salientar, como afirma Seiffert (2011), que o automonitoramento realizado 
pela própria organização quanto ao seu desempenho ambiental é fundamental para 
assegurar que o seu padrão esteja ao menos cumprindo a regulamentação estadual, 
municipal e federal aplicável ao seu empreendimento. Caso tenha implantado um 
SGA ou produção mais limpa, esse processo assume importância ainda maior, porque 
não se restringe somente ao monitoramento de parâmetros legais, mas também 
à verificação de outros indicadores operacionais e estratégicos associados à sua 
implantação.
Em 2009, a Justiça Federal decidiu suspender o licenciamento da Usina 
Hidrelétrica Juruema. A licença foi concedida pela Secretaria do MeioAmbiente 
em resposta a um consórcio com a Maggi Energia, Linear Participações e 
MCA energia. De acordo com o Ministério, era falsa a capacidade de geração 
prevista nos estudos encaminhados, reduzindo drasticamente o potencial da 
Usina, declarando apenas 25 Megawatts. A mentira foi constatada quando 
foram verificados dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a 
qual em um relatório revelou uma potência de 46 Megawatts, número que 
tornaria obrigatório o EIA-RIMA. Além disso, se as informações não tivessem 
sido mascaradas, a Secretaria do Meio Ambiente as teria encaminhado 
corretamente para o IBAMA.
Fonte: Curi (2011)
fatos e dados
atividades de estudo
1. Conforme apresentado na nossa discussão, muitos são os benefícios para a empresa 
que busca a qualidade dos seus produtos, processos e/ou serviços. Atualmente, 
agrega-se um valor maior do produto ao meio ambiente, a responsabilidade social. 
Considerando os conceitos atrelados à qualidade, leia as afirmações que se seguem:
I. É um conceito difícil de definir se considerarmos as diferenças culturais, sociais e 
até individuais da sociedade.
II. Dentre os benefícios a serem alcançados, têm-se a durabilidade, estética, rendimento, 
segurança, facilidade de uso por exemplos.
III. Três fatores estão intrinsecamente ligados ao conceito: a redução de custos, o 
aumento da produtividade e a satisfação dos clientes.
IV. Para alcançar a excelência ambiental, primeiramente é preciso desenvolver e 
publicar uma política ambiental.
V. Dentre os aspectos fundamentais de gestão ambiental, são contempladas a 
utilização dos princípios da ecoeficiência e a atuação responsável.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmação I está correta.
b) Somente as afirmações II e III estão corretas.
c) Somente as afirmações II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmações I, II, IV e V estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.
atividades de estudo
2. As principais ideias de acordo com as evoluções e as Eras da Qualidade para a Gestão 
da Qualidade Total estão relacionadas a três grandes fases ou Eras: (1) Era da Inspeção; 
(2) Era do Controle Estatístico; (3) Era da Qualidade Total, culminando na (4) Gestão 
da Qualidade Total. Considerando o contexto, leia as afirmações a seguir:
I. Os produtos são verificados por amostragem e existe um departamento 
especializado em realizar a inspeção da qualidade.
II. A inspeção dos produtos é realizada um a um pelos clientes.
III. Há a criação de sistemas de qualidade com o envolvimento de todos os setores.
IV. A inspeção encontra os defeitos, mas não produz qualidade.
V. Essa gestão enfatiza envolvimento integral e surgimento das normas ISO.
Considerando as afirmações, relacione-as com as Eras ou Fases:
a) 2, 1, 3, 1, 4.
b) 3, 2, 1, 4, 2.
c) 1, 2, 3, 4, 2.
d) 2, 3, 1, 2, 4.
e) 1, 4, 2, 1, 3.
atividades de estudo
3. O resultado da aplicação do SGA depende do comprometimento de todos os níveis 
e funções na organização e tem como objetivo a melhoria contínua, buscando 
sempre superar os padrões vigentes. A norma ISO 14004 especifica os princípios e 
elementos integrantes de um SGA composto por cinco princípios. Considerando 
esses princípios, leia as afirmações que se seguem:
I. É preciso assegurar o comprometimento da liderança da alta administração com 
o SGA.
II. Não há necessidade de uma política ambiental definida, desde que haja um 
planejamento para identificar os aspectos ambientais.
III. Recomenda-se o desenvolvimento e a capacitação (recursos humanos, físicos 
e financeiros, harmonizando e integrando a SGA, com a devida responsabilidade 
técnica e pessoal).
IV. Deve haver a promoção da conscientização ambiental, motivação, conhecimentos, 
habilidades e atitudes para atender a política, objetivos e metas ambientais. 
V. Mensurar, monitorar e avaliar o desempenho ambiental e realizar ações corretivas 
e preventivas bem como os registros de SGA e a gestão da informação são 
imprescindíveis, assim como a análise crítica e aperfeiçoamento constante.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmação I está correta.
b) Somente as afirmações II e III estão corretas. 
c) Somente as afirmações II, III e IV estão corretas. 
d) Somente as afirmações I, III, IV e V estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.
atividades de estudo
4. As Auditorias Ambientais (AA) passaram a ter lugar de destaque entre os instrumentos 
de gestão ambiental, principalmente pelo motivo da competição internacional e das 
exigências ambientais advindas da sociedade. Esses fatores levaram à elaboração 
da ISO 14001 e a correspondentes sistemas de auditoria e certificação ao redor do 
mundo. Com relação às Auditorias Ambientais, é correto afirmar:
a) É um processo sistemático, porém informal, de verificação das normas ambientais. 
b) Serve para dificultar a atuação e o controle da gestão ambiental da empresa.
c) Deve assegurar que a planta industrial esteja dentro dos padrões de emissão 
exigidos pela legislação ambiental.
d) As normas ambientais a serem seguidas devem ir contra as normas da SGA.
e) Nenhuma das afirmações anteriores está correta.
resumo
O conceito de qualidade envolve muitos conceitos como: as diferenças culturais, sociais, individuais 
e a redução de custos, o aumento da produtividade e a satisfação atrelada à qualidade ambiental, 
do produto e da expectativa dos clientes. 
Como vimos neste material de estudo, as Eras da qualidade se deram em três fases, sendo elas: Era 
da inspeção, Era do controle estatístico e Era da Qualidade Total, culminando finalmente no que 
conhecemos hoje por Gestão Estratégica da Qualidade e evoluindo o seu conceito para Gestão 
da Qualidade Ambiental Total (TQEM), dada a importância do tema ambiental nas empresas. 
Para enfrentar os desafios propostos, surge o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e as certificações 
e selos que atestam que a empresa cumpre com suas obrigações socioambientais e como ela 
segue o processo de Gestão para a busca da excelência ambiental. 
Na década de 80 e 90 evidenciou-se a busca pela qualidade, com o surgimento do Responsible 
Care Programe e da International Organization for Standarditzation – ISO, regulamentada no 
Brasil pela ABNT por meio das ISOs das séries 14000, e várias outras mencionadas à área da gestão 
ambiental.
Conforme discutido anteriormente, atualmente a confiança do cliente precisa ser conquistada 
pelas empresas. O primeiro passo para isso é buscar a certificação EIA-RIMA, principalmente 
quando tem-se potencial elevado de poluição. As etapas para esse processo, desde a solicitação 
do EIA-RIMA até a licença, foram apresentadas e, como você pode perceber, a certificação pode 
ser suspensa ou renovada se a empresa não estiver de acordo com o cumprimento de alguns 
pré-requisitos, como o atendimento à legislação, por exemplo.
Ao final do nosso material de estudo, foram apresentadas formas de obtenção desses selos e 
certificações incluindo os selos verdes mais conhecidos nacionalmente e internacionalmente bem 
como de cada etapa de avaliação da Auditoria Ambiental, sendo apresentadas suas principais 
características.
leitura complementar
Como obter as certificações ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e ABNT 16001: O 
passo-a-passo para as empresas se certificarem
De maneira sucinta, segundo reportagem publicada em 2010 pela Revista Pequenas Empresas 
& Grandes Negócios, para que uma empresa alcance a certificação, o passo inicial consiste na 
aquisição de uma brochura ou arquivo eletrônico que contém as normas ISOs que deverão 
ser seguidas. O passo seguinte para a empresa é contratar uma certificadora independente 
que poderá afirmar se os padrões estão sendo aplicados corretamente. Realizado esse 
processo, a empresa será considerada certificada.
A norma OHSAS 18001 pode ser obtida por meio de uma brochura impressa vendida 
no site do QSP (Centro de Qualidade, Segurança e Produtividade) a R$ 290,00e chega até o 
endereço do comprador em até 48 horas. Já as normas ISO 9001, ISO 14001 e ABNT 16001 
custam, em média, R$ 100 cada e são entregues em até sete dias úteis a contar da solicitação, 
com frete por conta do interessado, e também em formato digital, com impressão a partir 
do link <www.abnt.org.br>.
Após a aquisição, o próximo passo é a implantação de um sistema de gestão que 
corresponda aos requisitos existentes nessas normas. Também é importante estar atento ao 
fato de que a presença de um consultor durante esse processo não é fundamental. Contudo, 
a atuação deste profissional pode contribuir para acelerar o processo de implantação do 
sistema, principalmente em pequenas e médias empresas, que normalmente têm um 
quadro de colaboradores mais enxuto.
Feito o processo de adequação aos requisitos, é necessário que a empresa contrate uma 
certificadora para atestar se a mesma está em conformidade com as normas. Os valores 
cobrados pelas certificadoras às organizações variam conforme o ramo de atuação e o 
tamanho. Por exemplo, em 2010, foi possível registrar o preço médio de uma certificação, 
válida por três anos para pequena empresa, em torno de R$ 2 mil por ano. Para empresas 
de médio porte, esse valor é de R$ 3,5 mil por ano, em média. Outras informações sobre 
valores podem ser acessadas no site na Fundação Vanzolini (<http://www.vanzolini.org.br/>).
Fonte: adaptado de Camargo (2015, online)
material complementar
Qualidade e Gestão Ambiental: Sustentabilidade e Implantação 
da ISSO 14001
Autor: Luiz Antônio Abdalla de Moura 
Editora: Editora Juarez de Oliveira
Sinopse: o livro de Moura traz importantes informações sobre a questão 
ambiental. Inicia com um breve histórico sobre meio ambiente, em 
seguida apresenta as vantagens competitivas obtidas pelas empresas 
ao melhorarem seu desempenho ambiental, inclusive a partir do uso das 
normas da série ISO 14.000, sugerindo ações para implantação eficiente da Norma Internacional 
ISO 14.001, com o uso de ferramentas simples, porém de grande sucesso, empregadas na 
implantação de Sistemas da Qualidade. É um livro de fácil compreensão, destinado a estudantes 
e outros profissionais interessados no desempenho ambiental das empresas, contém tópicos 
comentando a importância da conscientização ambiental, o desenvolvimento sustentável, 
conceitos de qualidade total e as normas ambientais da família ISO 14.000, em particular a 
Norma ISO 14.001 – Sistemas de Gestão Ambiental. São sugeridas ações visando à elaboração 
da política ambiental e identificação dos requisitos legais e a implantação de um SGA. Apresenta 
também comentários sobre análises de risco, rotulagem ambiental, programas específicos 
de uso racional da água e energia, gerenciamento de resíduos sólidos e tecnologias visando 
reduzir a poluição. Apresenta também mais de uma centena de sites contendo informações 
na internet, que apresentam farto e valioso material sobre assuntos correlacionados ao livro.
ISO 14001, Sistemas de Gestão Ambiental: Implantação Objetiva 
e Econômica
Autor: Mari Elizabete Bernardini Seiffert
Editora: Atlas, 2011
Sinopse: atualmente, a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental 
(SGA - ISO 14001) é considerada como um elemento estratégico para 
organizações ambientais a torná-las mais competitivas em um mercado 
globalizado. Isto é particularmente importante para empresas de pequeno 
a médio porte, cuja amplitude do impacto ambiental é ainda pouco conhecida, particularmente 
em virtude de seu maior número. Neste livro, a implantação de SGAs é discutida com base 
na experiência prática e embasamento teórico, onde com uma linguagem clara e objetiva 
a autora discute cada etapa envolvida no processo de implantação de SGAs. A forma como 
o livro está estruturado permite ao leitor com um conhecimento superficial sobre o assunto 
compreender o processo de implantação de um SGA e a lógica envolvida bem como fornece 
informações valiosas para profissionais interessados em implantar ou reformular um SGA. Além 
disso, apresenta e discute a integração dos sistemas ISO 9001 - ISO 14001 e enfoca o processo 
de implantação cooperativo para empresas de pequeno a médio porte. Entre os capítulos 
abordados, destacam-se: A empresa e o meio ambiente; Abordagem de implantação; Fase 
de planejamento; Fase de implantação; Fase de verificação e ação corretiva e preventiva.
material complementar
Na Web
TEODOSIO, Armindo dos Santos de Souza; BARBIERI, Jose Carlos; CSILLAG, J.M. Sustentabilidade 
e competitividade: novas fronteiras a partir da gestão ambiental. Revista Gerenciais, v.5, p. 
37-49, 2006. 
O artigo discute o conceito da sustentabilidade e o uso de estratégias competitivas e gestão 
ambiental. São considerados dois eixos importantes nesta análise sobre a evolução da 
sustentabilidade sob a ótica dessas estratégias. Neste ínterim, são caracterizadas também 
algumas controvérsias teóricas em relação ao conceito do campo ambiental, pressupondo 
pontos de convergência entre os dois enfoques. A leitura deste artigo é relevante principalmente 
porque os autores se propõem a discutir os impactos da incorporação de variáveis do 
gerenciamento ambiental ao conceito de sustentabilidade da competitividade, ampliando 
assim a noção da sustentabilidade para com os empreendimentos empresariais.
Disponível em: <http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/revistagerenciais/rgerenciaisesp/
rgesp03b12.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2014.
Dia depois de Amanhã
Ano: 2004
Sinopse: conta a história da atração do ser humano pelo imaginário de 
pensar a própria aniquilação da espécie humana. Jack Hall, personagem 
principal, é o cientista que se ergue solitário contra o poder constituído. Se 
o aquecimento global prosseguir, a massa de água despejada nos mares 
pelo derretimento das calotas polares irá alterar o fluxo das correntes 
oceânicas, com uma consequente era glacial. Muitos morrem em Tóquio 
(pedras e gelos), uma nevasca instaura o caos em Nova Délhi, uma onda de frio varre a 
Inglaterra e tornados devastam Los Angeles. De uma estação meteorológica vem o aviso de 
que as previsões de Hall se confirmaram e as temperaturas caem cada vez mais, caindo vários 
graus por dia. Presos em uma biblioteca, nada queima tão bem quanto os livros sobre lei 
fiscal, enquanto milhares de americanos tentam cruzar ilegalmente a fronteira para o México, 
mas só passam depois de concordarem em perdoar a dívida externa da América Latina. A 
história é uma ficção que fala sobre o aquecimento global. A economia é ainda mais frágil 
que o clima, diz o presidente que vem a assinar o Protocolo de Kyoto, que controla os gases 
associados ao efeito estufa. O filme termina com os astronautas, olhando para a Terra a partir 
da Estação Espacial, mostrando a maior parte do hemisfério norte, coberto de gelo e neve, 
e uma redução significativa da poluição.
Comentário: em todo o mundo, o clima violento provoca destruição em massa. Esses dados 
são reais, e aquecimento global e a renitência americana em preveni-lo. É uma mensagem 
bastante dramática sobre a importância do meio ambiente e da gestão ambiental.
referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Disponível em: <www.abnt.org.br>. 
Acesso em: 07 abr. 2015. 
CAMARGO, Heloiza. Como obter as certificações ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e ABNT 
16001. Pequenas Empresas e Grandes Negócios. Disponível em:<http://revistapegn.globo.
com/Revista/Common/0,,EMI161127-17195,00-COMO+OBTER+AS+CERTIFICACOES+ISO+ISO+
OHSAS+E+ABNT.html>. Acesso em: 25 fev. 2015.
CURI, Denise. Gestão Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 
____. Gestão Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 2007.
FEINGENBAUM, Armand V. Controle da qualidade total: aplicação nas empresas. Trad. Regina 
Claudia Loverri. RT. José Carlos de Castro Waeny. v. 4. São Paulo: Makron Books, 1994.
MARSHALL JUNIOR, Isnard et al. Gestão da qualidade. Série gestão empresarial. 10. ed.Rio de 
Janeiro: FGV, 2010.
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qualidade ambiental. 1998. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/pangea/artigos/pangea_
qualidade.pdf>. Acesso em: 15 out. 2014.
MAZZAROTTO, Angelo Augusto Vale de Sá; BERTÉ, Rodrigo. Gestão Ambiental no Mercado 
Empresarial. Curitiba: Intersaberes, 2013.
MELLO, Carlos Henrique Pereira. Gestão da Qualidade. São Paulo: Ed. Pearson, 2011.
PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
PHILIPPI JR, Arlindo; ROMÉRO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet. Curso de Gestão 
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RAZZOLINI FILHO, Edelvino; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da logística e as questões ambientais 
no Brasil. Curitiba: Intersaberes, 2013.
ROGERS, D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backward: reverse logistics trends and practices. Reno: 
Universidade de Nevada, 1999.
referências
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2005.
SEIFFERT, Mari Elizabete Bernardini. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação 
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STADLER, Adriano; MAIOLI, Marcos Rogério. Organizações e desenvolvimento sustentável. 
Curitiba: Ibpex, 2011.
TACHIZAWA,Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de 
negócios focadas na realidade brasileira. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
resolução de exercícios
1. e) Todas as afirmações estão corretas.
2. a) 2, 1, 3, 1, 4.
3. d) Somente as afirmações I, III, IV e V estão corretas.
4. c) Deve assegurar que a planta industrial esteja dentro dos padrões de emissão 
exigidos pela legislação ambiental.
	Qualidade e Evolução da Qualidade

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