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Universidade Feral do Rio de Janeiro Disciplina – Microbiologia e Imunologia – Módulo Virologia Estudo Dirigido I– Detecção de Vírus em Alimentos Considerando os artigos recortados (Rutjes AS et al, 2006; Kobayashi S et al, 2004) e a ilustração abaixo responda: 1) Os dois artigos apresentam estratégias para detecção de vírus em alimentos. Qual o princípio básico dessas estratégias? 2) Porque a utilização de “Immunomagnetic Beads” se faz necessária na análise de alimentos? Que outras estratégias foram apresentadas nos dois artigos? 3) O Artigo de Kobayashi S (2004) demonstrou a presença de norovirus na comida e nas amostras de fezes das pessoas com sintomatologia clínica. Qual o ensaio de laboratório pode comprovar a associação entre os isolados? 4) Na Figura 1 de Kobayashi S (2004) em que amostras de alimentos a presença de vírus é confirmada? Justifique. 5) Em Rutjes (2006), é possível tirar conclusões sobre a eficiência das estratégias utilizadas? Esquema demonstrando o princípio de ação das esferas imunomagnéticas (Immunomagnetic beads) Quantificação Viral – Ensaio de placa de lise Adicionado esferas magnéticas cobertas com anticorpos contra o vírus Chiba (um norovirus) à comida Formados complexos antígeno – anticorpo É aplicada uma força magnética para atrair as esferas magnéticas Os vírus podem ser isolados e propagados em culturas de células suscetíveis. As células em cultura, ao serem infectadas, podem sofrer alterações metabólicas e morfológicas que são consequentes da biossíntese de novas partículas virais. Essas alterações morfológicas são denominadas de efeito citopático (CPE). As alterações associadas ao CPE são visíveis em microscópios óticos e são característicos de algumas viroses (Figura 1). O CPE pode ser desde a simples promoção da lise celular, bem como a indução de formação de sincícios (células multinucleadas), inclusões citoplasmáticas e nucleares. A presença e o tipo de CPE evidenciado na monocamada serão dependentes das interações vírus-célula que ocorrem na monocamada. Figura 1. Efeito citopático em monocamas de células. a) Monocamanda de células normais (não infectadas). b) Monocamada infectada por Adenovírus. c) Monocamada infectada por vírus herpes simplex. A detecção dos vírus infecciosos em uma determinada amostra e sua quantificação pode ser feitas através da observação do CPE que o mesmo promove em uma célula suscetível. Este fenômeno é utilizado para quantificação dos vírus presentes em uma amostra através da observação não do vírus, mas sim das placas de lise (Figura 2). No Ensaio de placa de lise a monocamada de células suscetíveis é inoculada com diluições seriadas da amostra contendo o vírus (Figura 3). Cada célula infectada produz vírus, que infectam as células adjacentes, gerando uma zona de infecção. Nessas condições,1 partícula viral pode gerar uma zona de infecção que será visualizada pela placa de lise, sendo considerada uma unidade formadora de placa (PFU) (Figura2). Figura 2. Formação de placas de lise. Efeito citopático em células vizinhas ao foco de infecção promove a formação de placas de lise. Figura 3. Diluições seriadas e formação de placas de lise 1) Explique resumidamente no que se baseia a titulação viral por unidades formadoras de placas de lise (PFU). 2) Descreva as vantagens e desvantagens dos métodos de quantificação por PFU e pela metodologia de PCR referente à: a) Infecciosidade b) Especificidade (idenficação do vírus na amostra) Cálculo do título viral PFU/mL = nº placas x fator de diluição
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