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Filo annelida
Anelídeos são animais que, dependendo da classe, vivem em ambiente marinho ou terrestre. 
Os anelídeos são triploblásticos, bilaterais, protostômios e celomados.  A segmentação corporal desses organismos é chamada de metameria que é a principal característica desse grupo. A cabeça é composta por um prostômio e um peristômio, este último portando a boca.
  O corpo de um anelídeo pode ser homônomo, onde todos os segmentos são muito parecidos, ou heterônomos, onde possuem grupos de segmentos especializados para diferentes funções. Cada segmento é preenchido por líquido celomático e é delimitado por uma membrana chamada de peritônio que forma os septos intersegmentares.
  A locomoção dos anelídeos conta com estruturas rígidas de origem epidérmica denominada cerdas. Seu sistema nervoso é desenvolvido, o tubo digestivo é completo, o sistema circulatório é fechado, a respiração pode ser tegumentar ou branquial e a excreção é realizada por metanefrídeos ou protonefrídeos. Os anelídeos podem ser dióicos ou hermafroditas, sendo que as formas de vida marinha apresentam desenvolvimento indireto com a presença de uma larva trocófora. Esqueleto hidrostático que acumula água no celoma e auxilia na movimentação.
  O filo Annelida é separado em duas classes, Polychaeta e Clitellata, sendo a classe Polychaeta a mais numerosa. A classe Clitellata é composta por duas subclasses denominadas, Oligochaeta, representada por minhocas, e Hirudinoidea, conhecidos como sanguessugas.
Classe Polychaeta
 
Os poliquetas são vermes anelídeos predominantemente marinhos e bentônicos, havendo apenas algumas famílias pelágicas. São reconhecidamente dominantes em ambientes marinhos de substrato inconsolidado, independente da profundidade. (poly = várias; chaeta = cerdas)
Revisões gerais sobre a diversidade e função dos poliquetas em comunidades bentônicas de fundos inconsolidados, apontam este grupo como, geralmente, o mais abundante neste tipo de comunidade. No entanto, a grande diversidade de formas e hábitos alimentares garantiram sua distribuição em praticamente todos os habitats marinhos, podendo ser encontrados desde a zona entre-marés até a zona hadal, nos diversos tipos de substrato, sendo comuns também em estuários. Algumas espécies conseguem viver até mesmo em água doce.
Segundo classificações mais recentes, o grupo abrange mais de 8.000 espécies, distribuídas em cerca de 84 famílias, podendo este último número variar, devido a divergências entre autores de diferentes orientações sistemáticas. No Brasil, já foram identificadas cerca de 800 espécies.
 São indivíduos dioicos, marinhos, com corpo rico em cerdas laterais (parapódios) e sem clitelo. A reprodução pode ser sexuada, com desenvolvimento de larva trocófora; ou assexuada, por brotamento (esquizogênese). Muitas espécies possuem olhos e/ou tentáculos.
Sistema nervoso
O cérebro e as cordas nervosas em escada de mão de poliquetas são semelhantes dos anelídeos em geral. O cérebro deles, entretanto, pode ser grande e lobado, se a cabeça possuir órgãos sensoriais. Possuem gânglios adicionais, denominados gânglios pedais, estão ligados com às cordas nervosas segmentares nas bases dos parapódios. Esses gânglios, só pertencem aos poliquetas, desepenham o papel de centros de controles dos movimentos parapodiais. O cordão nervoso ventral pode ser paralelo e estar em forma de escada de mão - como na família Sabellidae - ou os dois cordões se encontram fundidos em grau variável, na linha mediana do corpo, como por exemplo no tubícola Owenia. Um cordão nervoso ímpar e sem gânglios ocorre na epiderme.
Nutrição e Sistema digestivo
A nutrição dos poliquetas está diretamente relacionada ao seu hábito de vida. Os poliquetas sedentários (cavadores e tubícolas) alimentam-se de depósitos, utilizando como alimento a matéria orgânica presente no sedimento. Ou podem ainda capturar partículas em suspensão – no caso dos sabelídeos, que possuem apêndices ciliados com superfície ampla (coroa branquial) para aprisionar partículas. Os poliquetas carnívoros, herbívoros ou detritívoros são essencialmente os móveis (com algumas exceções que podem ser tubícolas ou cavadores ativos). Os carnívoros, em geral, apresentam faringe muscular eversível bem desenvolvida (comum em Phyllodocidae) ou mandíbulas com dentes para agarrar as presas (presentes nas famílias Nereididae, Eunicidae e Lumbrineridae).
Outros podem ainda ser parasitas, como alguns representantes das famílias Oenonidae (parasitas de outros poliquetas), Ichthyotomidae (hematófagos de enguias marinhas) e Cirratulidae (endoparasita de estrela-do-mar). O sistema digestório nos poliquetas trata-se de um tubo reto que se inicia na boca, na extremidade anterior, até ao ânus (pigídio), ele diferencia dos anelídeos em possuir faringe (ou cavidade bucal caso a faringe esteja ausente), esôfago curto, estômago – em algumas espécies - intestino e reto. A faringe pode ser protraível, em forma de língua, bulbo muscular (localizado na parede mediana ventral do intestino anterior) ou um órgão eversível. Os dentes podem ser de formas e funções diferenciadas, em alguns casos formam mandíbulas como garras. Em Nereis, dois grandes cecos glandulares se abrem no esôfago, este por sua vez secreta enzimas digestivas. A forma de defecação é bem diversificada, sendo que, nos rastejantes e cavadores, as fezes são excretadas e abandonadas. Muitos poliquetas tubícola, como Chaetopterus, que bombeiam águam unidirecionalmente através de seus tubos, defecam na corrente exalante. Nesse caso, alguns poliquetas evitam a contaminação fecal vivendo de cabeça para baixo (com o ânus para cima) em seus tubos verticais, como fazem os maldanídeos, enquanto muitos outros se viram temporariamente para defecar na superfície. Há ainda outros poliquetas que vivem com a cabeça para cima em seus tubos em fundo cego, como os sabelídeos e os sabelariídeos, que eliminam as suas fezes sem se virar de cabeça para baixo. Muitas espécies consolidam as fezes em pelotas fecais ou fitas muito densas, que tendem a não ser re-suspensas e entrar novamente nos tubos.
Sistema circulatório
O sistema circulatório é fechado na maioria dos poliquetas e compõe-se de um vaso sanguíneo dorsal, situado sobre o tubo digestivo; um vaso sanguíneo ventral; e uma rede de vasos laterais que os conectam. O sangue é impulsionado por ondas de contração dos vasos, especialmente pelo vaso dorsal. Existem bombas acessórias similares a corações no sistema sanguíneo-vascular de algumas espécies. Os parapódios provocam mudanças no sistema circulatório, onde o vaso ventral origina em cada segmento um par de vasos parapodiais ventrais, responsáveis pela circulação nos parapódios, na parede corporal e nos nefrídios. O vaso sanguíneo ventral também dá origem a vários vasos intestinais ventrais, que levam o sangue ao intestino. O vaso dorsal recebe um par de vasos parapodiais e um vaso intestinal dorsal. Em outras espécies, a circulação pode ser aberta ou até mesmo não existir sistema circulatório, como é o caso das que possuem os septos reduzidos, onde o transporte interno é feito pelo celoma.
 
Sistema respiratório
A respiração é predominantemente cutânea e pode ser complementada pela respiração branquial. As brânquias variam muito em estrutura e localização; podem estar associadas aos parapódios, aos radíolos ou presentes nas extremidades anteriores próximas à abertura dos tubos ou buracos em que habitam. Estão ausentes nos poliquetas muito pequenos e nos que possuem longos corpos cordoniformes. Os poliquetas possuem três pigmentos respiratórios, sendo o mais frequente a hemoglobina. Há também a clorocruorina, que é um tipo de hemoglobina verde, e alguns poliquetas portam um pigmento protéico, a hemeritrina. O fluido celômico pode ser incolor ou ser constituído de uma hemoglobina corpuscular. Ele circula basicamente através de contrações musculares da parede do corpo.
Sistema excretor
O sistema excretor é igualmente variável de acordo com a espécie, podendo ser constituído por um únicopar de tubos excretores ou um par por segmento; sendo que o par de nefrídios começa em um segmento, atravessa o septo e termina no próximo segmento onde o nefridióporo se abre. Os poliquetas, de acordo com a forma corporal, possuem protonefrídios ou metanefrídios; podendo também existir os dois tipos combinados. Nos poliquetas que possuem vasos sanguíneos, acredita-se que a ultrafiltração do sangue ocorre através da parede do vaso, posteriormente ocorre mudança no ultrafiltrado que é levado ao exterior pelo metanefrídio (ducto ciliado). Já naqueles que não possuem vasos sanguíneos, crê-se que a ultrafiltração acontece de acordo com o deslocamento do fluido celômico através das paredes das células terminais protonefrídicas e a reabsorção ocorre nos solenócitos, que são as células terminais protonefrídicas, similares a um metanefrídio. Estruturas como a parede intestinal, os celomócitos e o tecido cloragógeno podem ser coadjuvantes no processo de excreção.
Reprodução e desenvolvimento
Os poliquetas são animais dióicos) e a reprodução é geralmente sexuada. As gônadas de poliquetas são órgãos pareados e segmentares. Na maioria dos poliquetas as gônadas estão presentes na maioria dos segmentos, enquanto que, em algumas espécies as gônadas estão presentes apenas em certos segmentos (segmentos genitais). As células germinativas são liberadas no celoma, onde passam por diferenciação e amadurecem, sendo os gametas posteriormente liberados na água através dos metanefrídeos ou pela simples ruptura da parede do corpo. A fecundação é externa e o desenvolvimento indireto. Em diversos poliquetas é comum a ocorrência do fenômeno reprodutivo de epitoquia, onde um indivíduo não reprodutor bentônico (denominado átoco) dá origem a um indivíduo reprodutor pelágico (denominado epítoco). A epitoquia se assemelha a uma metamorfose e envolve mudanças no animal para a natação e reconhecimento do parceiro sexual, além da produção de gametas e maturação sexual. Os epítocos então nadam para a superfície simultaneamente e liberam seus óvulos e espermatozóides. Este comportamento sincronizado é conhecido como enxameamento e tem grande importância na garantia da variabilidade genética e no sucesso da fecundação. O estímulo luminoso é um fator importante na sincronização do enxameamento, desta forma certas espécies são impelidas a subir à superfície para a reprodução durante a aurora ou crepúsculo ou ainda estimuladas pela lua, como os vermes palolo. Em geral, após a fertilização rapidamente formam-se larvas planctônicas, as larvas trocóforas. Em seguida ocorre a metamorfose que transforma a trocófora em corpo juvenil e é caracterizada pelo alongamento gradual da zona de crescimento, sendo os novos segmentos acrescentados na região do pigídio. Certas espécies, entretanto, apresentam sua fase trocófora ainda dentro do ovo, eclodindo assim um indivíduo já na fase juvenil. Existem ainda poliquetas que retém seus ovos dentro de tubos ou galerias, ou ainda, aqueles que os depositam em massas gelatinosas que são aderidas aos tubos ou outras superfícies.
Musculatura e Locomoção
Em geral, poliquetas cavadores apresentam uma musculatura circular bem desenvolvida e septos completos, onde o fluido celomático (que funciona como esqueleto hidrostático ou hidroesqueleto) é restringido a cada segmento. A escavação se dá por peristalse, como nas minhocas, as quais são bastante semelhantes. São representados pelas famílias Arenicolidae, Capitellidae e Orbiniidae. Muitos poliquetas apresentam parapódios e cerdas bem desenvolvidas, permitindo-lhes rastejar sobre superfícies ou mesmo nadar. Estes são representados pelas famílias Nereididae, Phyllodocidae, Polynoydae, Alciopidae e Tomopteridae. Seu movimento é resultado da combinação de parapódios, musculatura da parede do corpo e hidroesqueleto, sendo que nesses casos sua musculatura longitudinal é mais desenvolvida que a circular e os septos são geralmente incompletos. No movimento de rastejar estão envolvidos além dos parapódios, ondulações laterais do corpo produzidas pela contração da musculatura longitudinal. Alguns poliquetas habitantes de sedimentos, como os pertencentes às famílias Dinophilidae e Diurodrilidae utilizam ainda cílios em sua locomoção.
Hábitos de vida
Os poliquetas são os únicos entre os anelídeos que secretam e vivem dentro de um tubo. O tubo pode ser aberto em uma ou ambas as extremidades e parcialmente enterradas no substrato ou aderidas a superfícies, podendo viver permanentemente em seu tubo ou ele pode abandonar, caminhar para outro lugar e secretar um novo tubo. O material dos tubos é uma proteína fibrosa que tem aparência e a textura de celofane, pergaminho ou seda. Os tubos são protetores, mas também podem possuir outras funções. Para alguns poliquetas, o tubo é uma toca a partir da qual o animal emerge e captura presas que passam pelo local. Como um snorkel que se projeta acima da superfície do sedimento, o tubo proporciona acesso à água limpa e oxigenada para seu ocupante subterrâneo. A adesão do tubo permite que o animal ocupe superfícies duras e expostas. Alguns poliquetas incubam seus ovos e juvenis dentro do tubo, outros bombeiam água através de seu tubo para trocas gasosas e alimentação por filtração.
Filogenia
A filogenia indica os dois maiores clados de poliquetas: Scolecida e Palpata. Os escolécidos são escavadores comedores de depósitos sem apêndices cefálicos, muito semelhantes ao suposto ancestral de anelídeos, e os poliquetas palpados possuem apêndices cefálicos e uma grande variedade de modos alimentares e estilos de vida. Pode-se imaginar, dessa forma, o progenitor de poliquetas emergindo do lodo e irradiando em formas rastejantes, nadadores e tubícolas. Uma alternativa ainda não testada é a de que os anelídeos ancestrais possuíssem parapódios e que estes foram perdidos em minhocas e sanguessugas e reduzidos independentemente em diversos táxons de poliquetas.
Classe Clitellata
Clitellata é uma classe de vermes anelídeos, caracterizados por ter um clitelo - o colarinho que forma um casulo reprodutivo durante parte de seu ciclo de vida. Os clitelados abrangem cerca de 8.000 espécies. Representados pelas minhocas e sanguessugas.
Suas cerdas são muito reduzidas ou ausentes; São hermafroditas, sistema reprodutor bem desenvolvido e complexo; o desenvolvimento é direto.
Diferentemente da classe dos Polychaeta, os clitelados não possuem parápodes e sua cabeça é menos desenvolvida. 
Apresenta duas subclasses Oligochaeta e Hirudinoidea.
- Subclasse Oligochaeta
Oligochaeta ou oligoqueta (do grego ὀλίγος "pouco" e χαίτη "cerda"; "poucas cerdas") é uma subclasse que compreende mais de 6.000 espécies, onde a maioria vive em água doce ou ambientes terrestres. Cerca de 200 espécies invadiram com sucesso águas salobras e marinhas. A maioria são escavadores e apresentam prostômio reduzido e não possuem parapódios. Possuem o corpo altamente homônomo, (exceto região clitelar, brânquias ou cerdas) apresentam poucas cerdas móveis que são importantes para sua locomoção.
Anatomia externa
Externamente, o corpo pode ser homônomo ou incluir algumas especialização regional, com brânquias localizadas ou variação no comprimento das cerdas (que são poucas ocorrendo em pares de feixes segmentares) podendo ser divido em: prostômio, peristômio e pigídio. Entre o peristômio e o pigídio encontra-se o clitelo, uma região secretora que atua na reprodução. A cabeça é formada por um prostômio, que é geralmente muito pequeno, e um peristômio que frequentemente incorpora alguns segmentos corporais anteriores. A boca é ventral e está presente no peristômio, enquanto que o ânus está localizado no pigídio.[
Anatomia interna
A parede do corpo das Oligochaetas é composta por uma fina cutícula que cobre a epiderme que contém células glandulares mucossecretoras, abaixo da epiderme estão as camadas musculares circulares e logintudinais sendo a última revestida internamente pelo peritônio. Os septos intersegmentares são geralmente bem desenvolvidos e musculares sendo muito complexo, exceto nasextremidades posteriores e anteriores do animal, apresentando perfurações nos mesmos. Os Oligochaetas estão constantemente liberando um muco com a função de manter o tegumento do animal úmido para que possam realizar tanto as trocas gasosas através da epiderme, quanto auxiliar na fixação das paredes das galerias que esses animais constroem no solo.
Sistema nervoso
O sistema nervoso central consiste nos costumeiros componentes anelidianos: um gânglio cerebral supra-entéricos unidos a um cordão nervoso ventral ganglionar por conectivos circum-entéricos e uma gânglio subentérico. Com a redução do tamanho da cabeça, princialmente do prostômio, o gânglio cerebral ocupa uma posição mais posteriormente. O par de cordões nervosos ventrais está quase sempre fundido num trato único e geralmente contém algumas fibras gigantes. Parece ser o gânglio subentérico, o centro de controle motor dos movimentos do corpo; o gânglio cerebral medeia essas atividades, por influências inibitórias.
Os órgãos sensoriais epiteliais são uma variedade de unidades receptoras distribuídas sobre a maior parte do corpo. Esses receptores podem ser terminações nervosas livres dentro da epiderme, ou agrupamentos de células receptoras especiais. muitas destas estruturas têm função tátil, importante na escavação. Suspeita-se que outras sejam quimiorreceptoras, fornecendo informações sobre o ambiente onde se encontram.
Excreção e osmorregulação
Apresentam metanefrídeos pareados, dispostos em todos os segmentos, exceto por aqueles da extremidades anterior e posterior. Um nefrídeo típico desse grupo, é composto por nesfrostômio pré-septal um curto canal que penetra pelo septo e uma nefridioduto pós-septal.
O papel exato das células claragógenas na excreção não é totalmente entendido. Enquanto se sabe que a desaminação de proteínas e a formação de resíduos nitrogenados ocorrem dentro das células, o método de eliminação destes resíduos é desconhecido.
O equilíbrio iônico e a regulação osmótica são de vital importância para invertebrados de corpo mole de água doce e terrestres. A superfície permeável úmida necessária para as trocas gasosas e os gradientes osmóticos severos através da parede do corpo impõem problemas potencialmente sérios de perda de água para as formas terrestres, e de ganho de água para as formas de água doce.
As minhocas não são osmorreguladoras, ao invés disso, elas perdem e ganham água de acordo com a quantidade de água no seu ambiente. Diversas espécies podem tolerar uma perda de 20 a 75% de água corporal e ainda se recuperar. Certamente, há adaptações comportamentais para permanecer em ambientes relativamente úmidos, além de adaptações fisiológicas que permitem que esses animais tolerem desidratação parcial de seus corpos temporariamente.
Sistema digestivo
O sistema digestivo é basicamente um tubo reto,com vários graus de especialização regional, particularmente em direção a extremidade anterior. Numa minhoca, por exemplo, a boca leva a uma região anterior do trato digestivo estomodeal, composta por um tubo bucal, uma faringe muscular e um esôfago. A parte posterior da esôfago frequentemente apresenta regiões formando um papo e moela. O esôfago também apresenta envaginações revestidas por tecido glandular que apresenta glândulas calcíferas removem o cálcio do material ingerido onde o excesso de cálcio é precipitado pelas glândulas como calcita e então liberado de volta à luz do trato digestivo. Entretanto a calcita não é absorvida pela parede intestinal e assim do corpo pelo ânus. Além disso, as glândulas calcíferas aparentemente regulam os níveis de íons de cálcio e carbonato no sangue e fluidos celômicos, agindo como um tampão no pH desses fluídos.
As funções primarias da região anterior do trato digestivo são: ingestão, transporte, armazenamento e digestão mecânica do alimento. O restante do tubo digestivo é divido por duas regiões a mediana que compreende o intestino levando a uma curta região posterior proctodeal e ao ânus, localizado no pigídio. Em espécies terrestres, a área superficial do intestino é denominada tiflossele.
Alimentação
Mostram modos alimentares especializados, que evoluíram em associação a seus habitatis particulares e exploram diversas fontes alimentares. A maioria pode ser classificada como predadora, detritívora ou comedora de depósito. Em geral, se alimentam de pequenos invertebrados, como outros vermes e crustáceos diminutos. Muitos são capazes de everter a porção dorsal da faringe( como uma probóscide), onde de situam glândulas secretoras de muco e recolhidas para dentro do trato digestivo com a retração da faringe.
Reprodução
Poder de regeneração varia muito dentro do grupo, onde muitos podem regenerar praticamente qualquer parte do corpo perdida,  porém o número de segmentos regenerados é sempre igual ao número de segmentos perdidos.
Geralmente, a reprodução assexuada é um evento sazonal, alterando-se com a atividade sexuada. Rápida reprodução assexuada geralmente ocorre do início até a metade do verão, de maneira que os animais se aproveitem da temperatura amena e abundância de alimento. Os indivíduos maturam se reproduzem sexuadamente no fim do verão ou início do outono, produzindo ovos que atravessam o inverno e eclodem na primavera.
A reprodução assexuada se dá por uma ou mais formas de fissão transversal.  Em alguns, ocorre a fragmentação, seguindo pela regeneração de cada fragmento. Em outros, ocorre por brotamento.
Se tratando de reprodução sexuada, os oligoquetas são hermafroditas e as gônodas são permanentes apresentam um sistema reprodutor bem desenvolvido, num arranjo que facilita a reprodução cruzada, o que contribuiu para a invasão do ambiente de água doce e terrestre.
De grande importância para toda estratégia reprodutiva é região singular, de tecido glandular denominada clitelo, formado por células secretoras que produz muco para auxiliar a cópula, a substância que forma o casulo e albumina.
O sistema reprodutor masculino apresenta 1 ou 2 pares de testículos que liberam os espermatozóides no espaço celômico. Podem amadurecer tanto no celoma, quanto em vesículas seminais. Através ductos espermáticos são levados para os gonóporos.
O sistema reprodutor feminino é constituído um par de ovários localizados posteriormente em relação aos testículos. Os ovócitos são lançados no celoma, podendo sofrer maturação em ovisacos. Os ductos transportam os ovócito para os gonóporos.
Na copula, os gonóporos do macho em contato com as espermatecas, envolvendo estruturas especializadas, como cerdas e pênis eversíveis, ou a formação de sulcos por onde os espermatozóides são transportados.  A fertilização ocorre na matriz de albumina dentro de casulo 1 a 20 zigotos- um ou poucos chegam à eclosão.
Sustentação e Locomoção
Os oligoquetas dependem muito do seu esqueleto hidrostático bem desenvolvido tanto para o suporte, quanto para a locomoção. A ação dos músculos da parede do corpo nos fluidos celômicos fornece mudanças hidráulicas associadas ao padrão típico da locomoção. Na ausência dos parapódios, há a dependência de peristaltismo e manipulação das cerdas para cavar, para se mover através dos sedimentos do fundo e para rastejar sobre superfícies. Cada segmento funciona mais ou menos independente, e a constrição de uma área do corpo não resulta em fluxo de fluido celômico para outra área. Portanto, cada segmento tem volume constante, de maneira que uma diminuição no diâmetro tem de ser acompanhada por um aumento no seu comprimento e vice-versa.
- Subclasse Hirudinoidea
Hirudinea é uma subclasse de anelídios conhecidos popularmente como sanguessugas. são encontradas no mar, na água doce e em meio terrestre úmido.
Do mesmo modo que as minhocas, possuem corpo segmentado, clitélo e não tem cabeça diferenciada e muito menos parapódios. Sãohermafroditas e a reprodução sexuada inclui os mesmos passos descritos para as minhocas. Diferentemente das minhocas, porém não possuem cerdas nos segmentos, sendo por isso também chamadas de anelídeos aquetas (= sem cerdas). O corpo é levemente achatadodorsoventralmente.
A principal diferença, porém, entre as sanguessugas e outros anelídeos é a presença de ventosas fixadoras que funcionam como "desentupidoras de pia" e que se localizam nas duas extremidades do corpo. A da região anterior abriga a boca e possui alguns dentículos raspadores. A da extremidade posterior não abriga o ânus, que se abre dorsalmente, antes da ventosa.
A maioria das sanguessugas, como o nome deixa claro, atua como ectoparasita de outros animais. Algumas espécies são predadoras de pequenos invertebrados. Quanto a locomoção, ela se dá com a utilização das duas ventosas alternadamente, em um mecanismo conhecido por "mede-palmos", embora muitos hirudíneos possam nadar por ondulações dorsiventrais do corpo. Em alguns lagos e riachos do nosso país, é muito comum ver animais vertebrados e mesmo pessoas saindo da água com sanguessugas, presas nas mucosas bucal e nasal ou na pele.
Uma sanguessuga é capaz de ingerir um peso de sangue três vezes  maior que seu próprio peso. Dessa forma o animal pode ficar bastante tempo sem se alimentar, podendo, muitas vezes, levar até 9 meses para nutrir-se novamente.
Alimentação
Todas as sanguessugas são carnívoras ou hematófagas, alimentando-se do sangue das suas vítimas e podendo ingerir uma quantidade de sangue 500 vezes superior ao seu próprio volume. Ao aderir ao corpo do ser vivo de que se alimenta, secreta um anticoagulante que leva o sangue a circular sem estancar. As sanguessugas têm faringe protraível ou não protraível sugadora, com ou sem mandíbulas. A sanguessuga não é apenas hematófaga, muitas espécies podem ser predadoras alimentando-se de vermes, caramujos e larvas de insetos, além de matéria orgânica.
Morfologia
O corpo da sanguessuga é achatado e afunilado na extremidade anterior, formando a cabeça, e ainda possui a ventosa anterior que circunda a boca. A ventosa posterior está localizada ventralmente, e é maior que a anterior. Possui 34 segmentos (anéis) no seu corpo. O clitelo por onde é secretado o muco (uma estrutura) não é visível, exceto na época da reprodução. O seu comprimento vai de 6 a 10 cm; a maior sanguessuga do mundo é a Haementeria ghilianii amazônica que mede 30 cm. As cores mais comuns são o negro, o marrom, o verde-oliva e o vermelho. As trocas gasosas são feitas pela superfície geral do corpo; Um tipo de hemoglobina pode ser encontrado no fluido celômico de algumas espécies. E a excreção acontece por Metanefrídios aprofundados no tecido conjuntivo.
Reprodução
Não se reproduzem assexuadamente nem são capazes de regenerar partes perdidas. São hermafroditas protrândricas (testículos maturam antes dos óvulos). O casulo recebe os ovos ao passar pelo gonóporo feminino. A fertilização é interna. A transferência de esperma ocorre entre os gonóporos pelo pênis. Em alguns, sem pênis, ocorre impregnação hipodérmica.
Habitat
Podem ser encontradas em todo o mundo, geralmente na água doce. Existem também algumas espécies marinhas e outras que vivem na lama. Nas zonas tropicais existem espécies arbóreas que caem sobre as vítimas. Preferem lagos, lagoas, rios calmos de água quente.
Uso medicinal
O registro mais antigo do uso de sanguessugas para propósitos medicinais aparece em uma pintura encontrada em uma tumba egípcia, de cerca de 1500 anos antes de Cristo até ao século XIX, as sanguessugas eram utilizadas na medicina tradicional chinesa, na medicina oriental e mesmo na medicina ocidental (nas sangrias). Hoje em dia ainda há necessidade de utilizar anticoagulantes na medicina convencional, ainda que sejam artificiais. Recentemente, as sanguessugas voltaram a ser utilizadas em medicina em casos de grandes dificuldades circulatórias em membros, visto que a sua ação sugadora força o sangue a circular, ajudando a manter vivas as células.
Porém, são usadas somente na medicina alternativa, já que essas técnicas exóticas não são aceitas na medicina tradicional. A eficácia destes tratamentos e outras propriedades das sanguessugas na medicina ainda são bastante pesquisadas, mas, por enquanto, não são utilizadas na medicina tradicional.
Antigamente elas eram usadas para tirar o veneno do sangue das pessoas.

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