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Edital da Magistratura Federal - Resolução CJF - MINHAS ANOTAÇÕES

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#costurandoatoga
· Edital Organizado
· Resolução CJF 67/09 – 407/16
 
 (
620
)
 CADERNO DE ANOTAÇÕES ORGANIZADO CONFORME EDITAL DA MAGISTRATURA FEDERAL RESOLUÇÃO 67/2009 CJF, ALTERADA PELA RESOLUÇÃO 407/2016.
· Bloco I – Direito Constitucional; Direito Previdenciário; Direito Penal; Direito Processual Penal; e Direito Econômico e de Proteção ao Consumidor. 
· Bloco II - Direito Civil; Direito Processual Civil; Direito Empresarial; e Direito Financeiro e Tributário. 
· Bloco III - Direito Administrativo; Direito Ambiental; e Direito Internacional Público e Privado.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1.	DIREITO CONSTITUCIONAL
1.1.	Teoria Geral do Direito Constitucional
1.1.1.	Neoconstitucionalismo e constitucionalismo
1.1.1.1.	Daniel Sarmento
1.1.2.	Poder Constituinte – Teoria Geral do Estado – Conceitos
1.1.3.	Hermenêutica
1.1.4.	Classificação
1.1.5.	Normas Constitucionais e histórico
1.2.	Direitos e Garantias fundamentais
1.2.1.	Direitos Individuais
1.2.2.	Direitos Humanos – Políticas Públicas – Saúde e remédios
1.2.3.	Direitos Sociais
1.2.4.	Nacionalidade
1.2.5.	Direitos Políticos
1.3.	Repartição de competências – Organização dos Entes
1.3.1.	Organização dos entes
1.3.2.	Competência Legislativa
1.3.3.	Intervenção Federal e Estadual
1.4.	Poder Legislativo
1.4.1.	Regime Jurídico dos Deputados e Senadores
1.4.2.	Processo Legislativo
1.4.3.	Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI
1.4.4.	Casas Congressistas
1.4.5.	Controle Externo
1.5.	Poder Executivo
1.6.	Poder Judiciário
1.6.1.	Estatuto da Magistratura – Magistrados
1.6.2.	Tribunais – Questões Constitucionais – RPV – Reclamação – Recursos - SV
1.6.3.	Competências Judiciais
1.6.4.	CNJ
1.7.	Controle de Constitucionalidade
1.8.	Funções essenciais à Justiça
1.8.1.	Ministério Público
1.8.2.	Advocacia Pública
1.8.3.	Defensoria Pública
1.9.	Defesa do Estado
1.9.1.	Militares
1.10.	Direito de Propriedade. Econômico. Comunicação. Cultura. Educação. Desporto. Criança. Idoso. Indígenas. Geral
1.10.1.	Educação
1.10.2.	Dos Índios e Quilombolas
2.	DIREITO PREVIDENCIÁRIO
2.1.	Seguridade Social. Saúde, Previdência e Assistência. Distinções.
2.2.	Custeio – Valor de benefício – Tempo de contribuição
2.3.	RGPS – Segurados e dependentes
2.3.1.	Segurados e dependentes
2.4.	Benefícios em espécie
2.4.1.	Aposentadoria por idade
2.4.1.1.	Aposentadoria devida ao portador de deficiência (idade e tempo)
2.4.2.	Aposentadoria por tempo de contribuição
2.4.3.	Pensão por morte
2.4.4.	Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez
2.4.5.	Auxílio-acidente
2.4.6.	Aposentadoria especial
2.4.7.	Professores e aposentadoria
2.4.8.	Auxílio-reclusão
2.4.9.	Salário-maternidade
2.4.10.	Salário-família
2.5.	Aposentadoria rural – Segurado Especial
2.6.	Assistência Social – LOAS
2.6.1.	Seguro-defeso
2.7.	Regime Próprio
2.8.	Previdência Privada e Complementar
2.9.	Processo administrativo previdenciário
2.10.	Ações previdenciárias e demais questões da Lei 8.213
3.	DIREITO PENAL – parte geral
3.1.	Introdução ao Direito Penal
3.1.1.	Princípio da insignificância
3.2.	Aplicação da lei penal
3.3.	Teoria do crime: fato típico – ilícito/antijurídico - erros
3.3.1.	Dolo e culpa
3.3.2.	Crime impossível
3.3.3.	Cosunção, absorção, subsidiariedade e especialidade
3.3.4.	Desistência voluntária, arrependimento eficaz e posterior
3.3.5.	Teoria dos erros
3.3.6.	Teoria da ilicitude – antijurídico - excludentes
3.4.	Teoria do crime: culpabilidade
3.5.	Teoria da pena – efeitos da condenação – concurso de crimes
3.5.1.	Dosimetria: aplicação de qualificadoras, agravantes, atenuantes
3.5.2.	Das Penas: regime
3.5.3.	Pena de multa
3.5.4.	Efeitos da condenação
3.5.5.	Concurso de agentes
3.5.6.	Concurso de crimes e crime continuado
3.6.	Medida de segurança
3.7.	Extinção da punibilidade – reabilitação e perdão judicial
3.7.1.	Prescrição
3.7.2.	Perdão judicial
3.7.3.	Livramento condicional
4.	DIREITO PENAL – parte especial
4.1.	Dos crimes contra a Administração Pública
4.1.1.	Crimes funcionais
4.1.2.	Crimes contra a fé pública
4.2.	Crimes contra a Previdência Social
4.3.	Crimes contra a organização do trabalho
4.4.	Crimes contra o patrimônio
4.5.	Crimes diversos previstos no Código Penal
5.	LEGISLAÇÃO PENAL EXTRAVAGANTE: penal e processo penal
5.1.	Leis diversas
5.2.	Crimes hediondos – Lei 8.072/90
5.3.	Lei de drogas – Lei 11.343/06
5.4.	Crimes nas licitações – Lei 8.666/93
5.5.	Crimes políticos
5.6.	Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional – SFN – Lei 7.492/86
5.7.	Crimes contra a ordem tributária e econômica – Lei 8.137/90
5.8.	Crimes contra a ordem econômica – Lei 8.176/91
5.9.	Ocultação de bens e lavagem de dinheiro – Lei 9.613/98
5.10.	Crimes de responsabilidade – Lei nº 1.079/50 e DL nº 201/67
5.11.	Organização Criminosa – Lei 12.850/13
5.12.	Tratados internacionais em matéria penal
5.12.1.	Corrupção
5.12.2.	Organização Criminosa
5.12.3.	Tráfico de pessoas, armas, terrorismo e escravidão
5.12.4.	Estatuto de Roma
5.13.	ECA
5.14.	Racismo/discriminação – Lei 7.716/89
5.15.	Genocídio – Lei 2.889/56
5.16.	Tortura
5.17.	Lei de abuso de autoridade
5.18.	Lei de armas – Lei 10.826/03
5.19.	Lei Antiterrorismo
5.20.	Invasão de terras da União
5.21.	Identificação criminal e perfil genético – Lei 12.037/09
5.22.	Proteção à vítimas e testemunhas ameaçadas – Lei 9.807/99
5.23.	Código Penal Militar (CPM)
5.24.	Crimes no CDC
5.25.	Lei de procedimento em Tribunal – Lei 8.038/90
5.26.	Interceptação telefônica – Lei 9.296/96
5.27.	Juizados Especiais – Lei 9.099/95
6.	DIREITO PROCESSUAL PENAL
6.1.	Introdução e Teoria Geral Processual Penal
6.2.	Inquérito Policial
6.3.	Ação Penal – Ação civil ex delicto
6.3.1.	Denúncia e queixa-crime
6.3.2.	Ação civil ex delicto
6.4.	Sujeitos do processo: partes, MP, juiz, assistente
6.4.1.	Juiz
6.4.2.	Assistente de acusação
6.4.3.	Defensor e advogado
6.4.4.	Ministério Público
6.5.	Atos processuais: decisões – sentenças
6.5.1.	Sentença
6.6.	Competência – foro por prerrogativa de função/privilegiado
6.6.1.	Justiça Federal
6.6.2.	Justiça Estadual
6.6.3.	Justiça Militar
6.6.4.	Foro por prerrogativa de função / foro privilegiado
6.7.	Questões incidentes: medidas assecuratórias
6.7.1.	Sequestro, arresto
6.7.2.	Busca e apreensão
6.7.3.	Insanidade mental
6.8.	Teoria Geral da Prova
6.9.	Prisões e medidas cautelares diversas da prisão
6.9.1.	Medidas cautelares diversas da prisão
6.9.2.	Prisão em flagrante
6.9.3.	Prisão preventiva
6.9.3.1.	Atos infracionais e prisão preventiva
6.9.4.	Prisão domiciliar processual X domiciliar executória
6.9.5.	Prisão temporária
6.9.6.	Liberdade provisória e Fiança
6.10.	Procedimentos
6.10.1.	Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos
6.10.2.	Tribunal do Júri
6.11.	Relação jurisdicional com autoridade estrangeira
6.12.	Nulidades
6.13.	Teoria Geral dos Recursos – ações autônomas de impugnação
6.13.1.	Recurso em sentido estrito
6.13.2.	Apelação
6.13.3.	Habeas corpus
6.13.4.	Mandado de segurança
6.13.5.	Revisão criminal
6.13.6.	Embargos infringentes
6.14.	Controle externo da atividade policial
6.15.	Execução Penal
6.15.1.	Remição
6.15.2.	Crimes hediondos
7.	DIREITO ECONÔMICO
7.1.	Teoria Geral: introdução, constituição e conceitos
7.2.	Direito Concorrencial – Lei antitruste
7.3.	Comércio internacional - OMC
7.3.1.	OMC
7.3.2.	Infrações no comércio exterior
8.	DIREITO DO CONSUMIDOR
8.1.	Relação de consumo: geral
8.1.1.	Contratos de consumo: geral, prescrição, responsabilidade
8.1.2.	Cadastro de proteção de crédito
8.1.3.	Infrações
8.1.4.	Plano de saúde
8.2.	Objeto de consumo: produto e serviço
8.3.	Atividades e aplicação do CDC
8.3.1.	Atividade bancária
9.	DIREITO CIVIL
9.1.	LINDB, pessoas naturais, domicílio, Estatuto da Pessoa com Deficiência
9.1.1.	LINDB
9.1.2.	Pessoa – capacidade – personalidade
9.2.	Pessoas Jurídicas – desconsideração da personalidade jurídica
9.2.1.	Desconsideração da personalidade jurídica
9.3.	Bens
9.4.	Fatos e negócios jurídicos; Das Provas
9.4.1.	Fato e Negócio jurídico
9.4.2.	Prescrição e Decadência
9.4.3.	Ato ilícito e boa-fé
9.4.4.	Fraude contra credores X Fraude à execução
9.4.5.	Das provas
9.5.	Obrigações
9.5.1.	Juros
9.5.2.	Arras e cláusulas penais
9.6.	Contratos9.6.1.	Seguro
9.6.2.	Locação
9.6.3.	Fiança
9.6.4.	Mútuo
9.6.5.	Alienação fiduciária
9.6.6.	Extinção contratual
9.7.	Responsabilidade Civil – atos unilaterais
9.8.	Direitos Reais
9.8.1.	Sistema financeiro de Habitação
9.8.2.	Estatuto da cidade
9.9.	Direito Agrário
9.10.	Estatuto da Criança/Adolescente. Estatuto da Juventude. Estatuto do Idoso.
9.11.	Direito de Família
10.	DIREITO PROCESSUAL CIVIL
10.1.	Teoria Geral do Processo: normas, jurisdição, ação, equivalentes jurisdicionais
10.1.1.	Direito Intertemporal no CPC
10.1.2.	Arbitragem
10.2.	Competência
10.2.1.	Justiça Federal
10.3.	Sujeitos do processo
10.3.1.	Gratuidade da justiça
10.4.	Intervenção de terceiros: litisconsórcio, assistência, denunciação a lide, desconsideração da personalidade jurídica, chamamento ao processo e amicus curiae
10.4.1.	Litisconsórcio
10.4.2.	Assistência
10.4.3.	Denunciação da lide
10.4.4.	Chamamento ao processo
10.4.5.	Desconsideração da personalidade jurídica
10.4.6.	Amicus curiae
10.5.	Dos atos processuais
10.5.1.	Das nulidades
10.6.	Tutelas provisórias
10.7.	Procedimento: formação, extinção, procedimentos.
10.8.	Teoria geral das Provas
10.9.	Da sentença e da coisa julgada.
10.9.1.	Coisa julgada
10.9.2.	Remessa necessária
10.10.	Liquidação de sentença
10.11.	Cumprimento de sentença
10.11.1.	Contra a Fazenda Pública
10.12.	Procedimentos especiais
10.12.1.	Embargos de terceiro
10.12.2.	Ação monitória
10.12.3.	Ações possessórias
10.12.4.	Lei de locações – ação de despejo
10.12.5.	Prestação de contas
10.13.	Processo de execução
10.14.	Processos nos Tribunais – Meios de impugnação
10.14.1.	Reclamação
10.14.2.	Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas
10.14.3.	Incidente de Assunção de Competência
10.14.4.	Ação rescisória
10.15.	Recursos
10.15.1.	Apelação
10.15.2.	Agravo de instrumento
10.15.3.	Agravo interno
10.15.4.	Recurso Extraordinário e Recurso Especial
10.15.4.1.	Repercussão geral
10.15.5.	Embargos de divergência
10.15.6.	Embargos de declaração
10.15.7.	Recurso adesivo
10.16.	Juizados Especiais
10.17.	Ações Constitucionais
10.17.1.	Mandado de segurança
10.17.2.	Habeas data
10.17.3.	Mandado de Injunção
10.18.	Ações coletivas
10.18.1.	Regra geral de Direito Coletivo
10.18.2.	Ação Civil Pública
10.18.3.	Ação Popular
10.18.4.	Mandado de segurança coletivo
10.18.5.	Mandado de injunção coletivo
10.19.	Fazenda Pública em Juízo
10.19.1.	Suspensão de segurança
10.19.2.	Intervenção anômala
11.	DIREITO EMPRESARIAL
11.1.	Teoria Geral do Direito de Empresa
11.2.	Empresa: atividade empresarial, responsabilidade, estabelecimento, trespasse.
11.3.	Direito societário: simples, empresarial, espécies
11.3.1.	Sociedades anônimas
11.4.	Títulos de crédito
11.5.	Propriedade industrial
11.6.	Contratos empresariais
11.6.1.	Alienação Fiduciária
11.6.2.	Franquia
11.6.3.	Contratos bancários
11.6.4.	Arrendamento mercantil
11.6.5.	Factoring
11.7.	Sistema Financeiro Nacional / Sistema Financeiro da Habitação – SFH
11.7.1.	Liquidação – instituição financeira
11.8.	Recuperação e falência
11.9.	Comércio eletrônico
12.	DIREITO FINANCEIRO
12.1.	Atividade financeira do Estado. Finanças na Constituição de 88.
12.2.	Orçamento Público
12.3.	Despesa Pública - Precatórios
12.3.1.	Precatórios
12.4.	Dívida Pública – Crédito Público - Dívida Ativa da União
12.5.	Receita Pública
12.6.	Responsabilidade Fiscal e Lei 4.320
12.7.	Controle da atividade financeira – Políticas Públicas
13.	DIREITO TRIBUTÁRIO
13.1.	Sistema Tributário Nacional - Introdução
13.2.	Tributos em espécie
13.2.1.	Taxa e Tarifa/preço público
13.2.2.	Contribuições
13.2.3.	Contribuição de melhoria
13.3.	Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar: imunidades e princípios
13.4.	Competência Tributária
13.5.	Legislação Tributária
13.6.	Obrigação Tributária e Responsabilidade Tributária
13.7.	Crédito Tributário: suspensão, exclusão e extinção.
13.7.1.	Suspensão
13.7.2.	Extinção
13.7.2.1.	Prescrição e decadência
13.7.3.	Exclusão
13.8.	Garantias e privilégios do crédito tributário: administração tributária
13.8.1.	CADIN
13.8.2.	CDA
13.9.	Impostos Federais
13.9.1.	IR
13.9.2.	IPI
13.9.3.	IOF
13.9.4.	ITR
13.10.	Impostos Estaduais e Municipais
13.10.1.	Impostos Municipais
13.10.2.	Impostos Estaduais
13.11.	Processo administrativo e Judicial Tributário
13.11.1.	Processo administrativo
13.11.1.1.	Medida Cautelar Fiscal
13.11.2.	Execução fiscal
13.11.2.1.	Redirecionamento de execução fiscal
13.11.2.2.	FGTS
14.	DIREITO ADMINISTRATIVO
14.1.	Introdução. Princípios.
14.2.	Poderes Administrativos
14.3.	Atos Administrativos
14.4.	Processo administrativo (disciplinar e comum)
14.5.	Estrutura da Administração: Administração Direta e Indireta
14.5.1.	Administração Direta
14.5.2.	Autarquias
14.5.3.	Autarquias especiais
14.5.4.	Fundações Públicas
14.5.5.	Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista
14.5.6.	Consórcios e convênios
14.5.7.	Terceiro Setor
14.6.	Serviços Públicos
14.6.1.	Parceia Público Privada
14.7.	Intervenção do Estado na propriedade
14.7.1.	Desapropriação
14.7.2.	Tombamento
14.7.3.	Limitações administrativas
14.7.4.	Servidão Administrativa
14.7.5.	Ocupação temporária
14.8.	Bens Públicos
14.9.	Responsabilidade Civil do Estado
14.10.	Controle Administrativo
14.10.1.	Inscrição de entes em cadastro de inadimplência pela União
14.10.2.	Tribunais de Contas
14.11.	Improbidade Administrativa. Lei anticorrupção
14.11.1.	Improbidade
14.11.1.1.	Indisponibilidade de bens em caso de improbidade administrativa
14.11.2.	Lei anticorrupção
14.12.	Agentes Públicos: regime, concurso, previdência.
14.12.1.	Concurso Público
14.12.2.	Aposentadoria – Regime Jurídico – RPPS
14.12.3.	Lei 8.112/91
14.12.4.	Competência de ações envolvendo servidores
14.13.	Licitações e contratos
14.13.1.	RDC
14.14.	A saúde pública
15.	DIREITO AMBIENTAL
15.1.	Constituição. Competência. Princípios. Biodiversidade
15.2.	Política Nacional do Meio Ambiente
15.2.1.	Instrumentos da PNMA
15.2.2.	Zoneamento Ambiental
15.3.	Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC
15.4.	Código Florestal: APP e Reserva legal
15.4.1.	Reserva legal
15.4.2.	Área de Preservação Permanente
15.4.3.	Pequena Propriedade Rural
15.5.	Licenciamento Ambiental – Poder de Polícia Ambiental
15.5.1.	Licenciamento Ambiental
15.5.2.	Avaliação de Impacto Ambiental
15.5.3.	Poder de Polícia Ambiental
15.6.	Responsabilidade Ambiental – Lei 9.605
15.7.	Florestas Públicas – proteção às florestas – Mata Atlântica
15.7.1.	Mata Atlântica
15.8.	Organismos geneticamente modificados (OGM)
15.9.	Patrimônio genético, conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético. (Lei 13.123/15)
15.10.	Política Nacional dos Recursos Hídricos
15.11.	Política Nacional dos Resíduos Sólidos – Produtos Tóxicos
15.12.	Mineração – Política Energética
15.13.	Efetivação da Proteção Ambiental pelos Poderes.
16.	DIREITO INTERNACIONAL
16.1.	Introdução. Fontes. Princípios.
16.2.	Tratados Internacionais. Atos internacionais.
16.3.	Sujeitos do Direito Internacional - Diplomacia
16.3.1.	Consulados e embaixadas – Diplomacia
16.3.2.	ONU
16.3.3.	OIT
16.4.	Nacionalidade; Estrangeiro; Personalidade internacional.
16.4.1.	Documentos do estrangeiro
16.4.2.	Nacionalidade
16.4.3.	Estatuto da Igualdade – Portugueses e Brasileiros
16.4.4.	Expulsão, extradição e deportação
16.5.	Direito de integração – Direito Comunitário
16.5.1.	MERCOSUL
16.6.	Conflitos Internacionais; Processos Internacionais; TPI
16.6.1.1.	Tribunal Penal Internacional – TPI
16.7.	Domínio Público Internacional
16.8.	Responsabilidade Internacional
16.8.1.	Lei anticorrupção e pessoas jurídicas internacionais
16.9.	Convenções Extravagantes
16.9.1.	Alimentos e Crianças
16.9.1.1.	Convenção sobre os Aspectos Civis do Sequestro Internacional de Crianças
16.9.2.	Direito Ambiental
16.10.	Direito Internacional Privado
16.10.1.	Homologação de sentença estrangeira
17.	PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
17.1.	Regras gerais sobre direitos humanos
17.2.	Global
17.3.	Regional
17.3.1.1.	Corte Interamericana e Comissão Interamericana
17.3.1.1.1.	Opiniões Consultivas
17.3.1.2.	Corte Europeia
17.4.	Tratados Extravagantes por tema
17.4.1.	Tortura17.4.2.	Deficientes
17.5.	Mecanismos de apuração de violações de direitos humanos
18.	DIREITO ELEITORAL
18.1.	Princípios
18.2.	Direitos Políticos
18.3.	Justiça Eleitoral
18.4.	Ministério Público Eleitoral
18.5.	Partidos Políticos, campanhas e contas
18.6.	Sistemas eleitorais, organização territorial e política do eleitorado
18.7.	Alistamento eleitoral
18.8.	Condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade
18.9.	Processo Eleitoral – Convenção partidária – Registro de candidatura – financiamento eleitoral
18.10.	Propaganda eleitoral
18.11.	Abuso do poder econômico, captação ilícita de sufrágio e condutas vedadas
18.12.	Ações Eleitorais
18.13.	Eleição
18.14.	Direito Penal e Processo Penal Eleitoral
19.	NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA
19.1.	SOCIOLOGIA DO DIREITO
19.2.	PSICOLOGIA JUDICIÁRIA
19.3.	ÉTICA E ESTATUTO JURÍDICO DA MAGISTRATURA NACIONAL
19.4.	FILOSOFIA DO DIREITO
19.4.1.	Positivismo
19.4.2.	Interpretativismo – Pós-positivismo
19.5.	TEORIA GERAL DO DIREITO E DA POLÍTICA
1. DIREITO CONSTITUCIONAL
1.1. Teoria Geral do Direito Constitucional 
Constituição. Conceito. Classificação. Elementos. Poder constituinte: originário e derivado. Hermenêutica constitucional. O constitucionalismo brasileiro. A ordem constitucional vigente. Emendas à Constituição. Disposições gerais e transitórias. República e federação no direito Constitucional em geral. Sistema brasileiro.
1.1.1. Neoconstitucionalismo e constitucionalismo
· Neoconstitucionalismo: resposta aos horrores ocorridos na 2ª Guerra, se consagrando a partir das novas constituições europeias, principalmente a Lei Fundamental de Bonn (Constituição Alemã de 1949).
· Conceito: concepção teórica que busca superar concepções positivistas, valorizando a razão prática no âmbito jurídico e buscando soluções não meramente legais/subsuntivas para os denominados hard cases. Parte de uma nova concepção dogmática, principiológica e de caráter eminentemente axiológico.
· Brasil:
· Seu 1 º marco ocorre com a publicação da CF de 1988.
· 2º marco: pilares principais:
· Reconhece a força normativa da Constituição: deixa de considerar a Constituição como documento político e de caráter programático. A força normativa irradia perante todo o ordenamento, devendo ser, além de moldura, a razão, através de seus princípios e dogmas.
· Expansão da jurisdição Constitucional: centraliza os direitos fundamentais na discussão jurídica, de modo que o judiciário passa a ser visto como protetor dos direitos, havendo a criação de mecanismos para a sua tutela, como as ações de controle de constitucionalidade e demais ações constitucionais. Tema relevante para Jurisdição Constitucional.
· Desenvolvimento de nova dogmática de interpretação constitucional: novas leituras das cláusulas gerais (sem previsão de resultado no texto legal) e conceitos indeterminados (há opção para o juiz no texto legal); distinção qualitativa entre princípios e regras de criação de postulados para resolver a colisão de normas constitucionais, com a aplicação, dentre outros, da técnica da ponderação.
· Marco filosófico: pós-positivista (jusnaturalismo + positivismo) defesa de valores caros para a sociedade atual, particularmente a defesa da dignidade humana, de influência kantiana. Propõe reconstruir o significado da ordem jurídica, não se podendo considerar como mero sinônimo de neoconstitucionalismo e sim seu fundo filosófico. Influencia tanto a dogmática quanto a própria doutrina constitucional.
· Estado de coisas inconstitucionais e neoconstitucionalismo: tratou-se sobre o principal item defendido no neoconstitucionalismo: dignidade humana. Através da irradiação dos princípios constitucionais, verificou-se o estado calamitoso em que os presídios encontravam-se (ADPF 347). Controle de políticas públicas. Requisitos:
· a) vulneração massiva e generalizada de direitos fundamentais de um número significativo de pessoas;
· b) prolongada omissão das autoridades no cumprimento de suas obrigações para garantia e promoção dos direitos;
· c) a superação das violações de direitos pressupõe a adoção de medidas complexas por uma pluralidade de órgãos, envolvendo mudanças estruturais, que podem depender da alocação de recursos públicos, correção das políticas públicas existentes ou formulação de novas políticas, dentre outras medidas; e
· d) potencialidade de congestionamento da justiça, se todos os que tiverem os seus direitos violados acorrerem individualmente ao Poder Judiciário.
· Neoconstitucionalismo é pós-positivista, buscando superar a separação do direito e da moral. 
· O pós-positivismo, como novo paradigma jusfilosófico, revela-se por meio de uma argumentação jurídica mais aberta e permeável à moral. E, apesar de existirem visões mais ou menos liberais nos campos políticos e econômicos, mais ou menos favoráveis ao protagonismo do Poder Judiciário na arena constitucional, é inquestionável que o paradigma pós-positivista alastrou-se pelo pensamento constitucional contemporâneo ocidental Neoconstitucinalismo.
· Constitucionalismo ocidental:
· Francês: traz a ideia de Poder Constituinte, de que o poder é anterior, pré-jurídico, ilimitado. Jusnaturalismo.
· Norte-Americano: coloca a constituição como fonte de poder, bem como os direitos fundamentais na constituição. (Limitação e organização do Poder)
· Poder constituinte material: conjunto de forças político-sociais que vão produzir o conteúdo de uma nova Constituição, a partir da ruptura jurídico-política. Ou seja, é a ideia de direito, fruto desse conjunto de forças político-sociais.
· Poder Constituinte formal: é aquele que vai formalizar a ideia de direito construída por meio do Poder Constituinte Material. O Poder Constituinte Formal será o grupo encarregado de redigir a Constituição.
· Pelo critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a elaboração e suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios, que se organizam mediante lei orgânica.
· Princípios são comandos de otimização que exigem que algo seja realizado na máxima medida possível dentro das circunstâncias fáticas e jurídicas, enquanto regras são comandos definitivos, os quais exigem apenas que certa conduta seja realizada
1.1.1.1. Daniel Sarmento
· Constitucionalismo liberal: busca idealismo constitucional e conteúdo mínimo (direitos individuais e normais de organização do Estado de acordo com o princípio da separação dos poderes), a fim de preservar os direitos individuais.
· Esse modelo não correspondia à realidade concreta da sociedade, marcada pelo arbítrio e pela desigualdade. Críticas: Ferdinand Lassale – a constituição deve resultar dos fatores reais de poder, sob pena de ser mera folha de papel.
· Constitucionalismo social: positivam normas de economia, cultura, direitos sociais e família – Constituição Alemã de 1919, Weimar. Com o tempo, revelou-se uma preocupação com a efetivação do vasto rol de direitos anunciados.
· A definição de constituição deixa de ser apenas material (idealismo constitucional) e passa a ser formal (Hans Kelsen), de modo que tudo o que está na constituição, é formalmente constitucional – positivismo constitucional, não tendo relevância a vertente política adotada.
· Surge Carl Schimitt separando as “Leis constitucionais”, que são elementos que não são propriamente constitucionais (materialmente), das normas constitucionais (idealismo). Assim, a Constituição seria uma decisão política fundamental, sendo um mero ato de vontade.
· Ruldolf Smend (Weimar): agregou na teoria de Lassale o elemento da “dinâmica constitucional”, de modo que a realidade é dinâmica, e não estática. Assim, a constituição está em constante processo de desenvolvimento, que envolve fatores espirituais, sociais, individuais e coletivos. Assim, a interpretação constitucional deve ser exercida de forma extensiva e flexível.
· Herman Heller (Weimar): elabora o conceito unitário ou estrutural de Constituição. Além de norma, a Constituição é realidade social, pois refleteo padrão em determinada sociedade. Cria os conceitos de normalidade e normatividade, elementos indissociáveis da estrutura constitucional.
· Normalidade: elemento real;
· Normatividade: elemento normativo. 
· É a preocupação com a efetivação constitucional, tornando-se a preocupação central da teoria constitucional após o Constitucionalismo Social e a concretização do vasto rol de direitos sociais.
· Konrad Hesse: resgata a proposta de Heller e apresenta a normatividade como o elemento essencial de uma constituição, e apresenta a teoria da força normativa da Constituição para a concretização dos ditames constitucionais.
· Ordenação jurídica da realidade significa que a ordenação e realidade devem ser consideradas em seu inseparável contexto e no seu condicionamento recíproco. Ao mesmo tempo em que a constituição tem o poder de conformar a realidade social, também está condicionada pela mesma realidade histórica.
· O poder da constituição de conformar a realidade social não é ilimitado e tampouco uniforme. Devem buscar a “vontade da constituição” – os que vivem sob a égide de determinada constituição devem se empenhar na luta pela efetivação de seus comandos. Assim, a Constituição deve manter questões “conscientemente abertas (Constituição aberta)” para que haja espaço à livre discussão, decisão e configuração das forças políticas.
· Para ele, interpretar a constituição seria um processo de concretização, devendo ser considerado não apenas o texto constitucional, mas também a realidade social sobre a qual incide.
1.1.2. Disposições de direito intertemporal
I – O STF entendeu que a vedação constitucional à discriminação entre filhos não alcançava inventários pendentes, de pessoas falecidas antes da promulgação da CF/88, tendo em vista o princípio de que a sucessão deve ser regida pelas normas vigentes à época do óbito.
II – Para o STF, a vigência e a eficácia de uma nova Constituição implicam a supressão da existência, a perda da validade e a cessação da eficácia da anterior Constituição por ela revogada, não se cogitando indagar da recepção de preceitos constantes da Carta Política anterior.
III – Considerando que determinadas alterações impostas pela nova ordem constitucional demandam tempo para a sua implementação, o STF já consentiu com a manutenção provisória de normas anteriores à Constituição de 1988 e com ela incompatíveis. Isso deve ser previsto no novo texto constitucional, como por exemplo o artigo 34 do ADCT, que tratou sobre as normas tributárias.
	Nada sobrevive ao novo texto Magno', dada a impossibilidade de convívio entre duas ordens constitucionais originárias (cada qual representando uma ideia própria de Direito e refletindo uma particular concepção político-ideológica de mundo), exceto se a Nova Constituição, mediante processo de recepção material (que muito mais traduz verdadeira novação de caráter jurídico-normativo), conferir vigência parcial e eficácia temporal limitada a determinados preceitos constitucionais inscritos na Lei Fundamental revogada, à semelhança do que fez o art. 34, caput, do ADCT/1988.
IV – O STF não admite a figura da repristinação constitucional tácita, o que significa dizer que, se uma norma é editada de forma contrária à Constituição, a superveniência de emenda constitucional com ela compatível não lhe convalida o vício de origem.
1.1.3. Poder Constituinte – Teoria Geral do Estado – Conceitos 
· Poder Constituinte Supranacional: “virada kantiana” – o estado tem que defender o indivíduo. 
· -1945: fim da 2ª Guerra Mundial. Antes, o indivíduo era considerado sujeito apenas no plano nacional. A soberania estatal era considerada absoluta, não havendo proteção do indivíduo em relação ao poder do estado.
· -Após, o sujeito passa a ser visto no plano internacional e a soberania estatal deixar de ser absoluta para ser relativa. Foi guiada pelo princípio da dignidade da pessoa humana. Foi criada a ONU, com sistema normativo internacional. Assim, nasce a visão do Poder Supranacional.
· Os estados estão condicionados a POVO, TERRITÓRIO e GOVERNO SOBERANO, e não a uma Constituição. Logo, nem todo Estado possui uma Constituição.
· Ferdinand Lassale: Sentido sociológico. Para ele existe duas constituições que convivem paralelamente. A constituição real e efetiva seria resultado da soma dos fatores reais de poder. 
· Real: real e efetiva, que corresponde à soma dos fatores reais de poder e que regem esse país. Em caso de conflito com a constituição escrita, a constituição real prevalece.
· Fatores reais de poder: Forças reais que mandam no país. Lassale diz que está ligado aos anseios dos detentores de poder na realidade dos fatos do que com a forma que o poder emana do povo. São as forças que atuam na política, e legitimamente, como monarquia, banqueiros, grande burguesia.
· Escrita: folha de papel, que só teria validade se correspondesse a constituição real, ou seja, se tivesse suas raízes nos fatores reais de poder.
· Carl Schmitt: documento que determina as normas fundamentais e estruturais (ele faz a divisão entre leis constitucionais, normas materialmente constitucionais). Decisão política fundamental. Normas Constitucionais e Leis constitucionais.
· A constituição não se apoia em suas normas, mas na decisão política que lhe dá existência. 
· Hans Kelsen: dever ser, fruto da vontade racional do homem, sistema normativo piramidal. Há dois sentidos que fundamentam uma Constituição para ele:
· Lógico Jurídico: se fundamenta em uma norma hipotética fundamental.
· Jurídico-positivo: é a norma que o ordenamento fundamenta sua validade.
· Poder Constituinte Difuso é o fundamento da aplicação mutação constitucional, ou seja, alteração no significado e sentido interpretativo do texto constitucional em virtude de mudança na percepção política, social e econômica.
· Não se admite um poder constituinte derivado de terceiro grau. Só os Estados (poder de 2º grau) possuem poder constituinte derivado. Assim, o município, ao editar sua lei orgânica, não o faz sob fundamento de poder constituinte e nem mesmo sua lei é paradigma para algum controle de constitucionalidade. ATENÇÃO: não tem poder constituinte derivado decorrente em municípios. Ele não possui Constituição, mas LEI ORGÂNICA. Não há Poder Constituinte Derivado Decorrente de 3º grau.
· Isso deve ser lembrado em caso de CPI municipal, que não possui poderes próprios de autoridade judicial, como as CPIs Federais e Estaduais.
· A constituição nova não torna inconstitucional a legislação anterior quando da edição da lei, mas tão somente as revoga/não recepciona. Não existe inconstitucionalidade superveniente.
· ATENÇÃO: a teoria moderna aceita a inconstitucionalidade superveniente, conceituando esta como lei que sofreu um processo de inconstitucionalização, considerando o tempo e as mudanças verificadas no cenário jurídico, político, econômico e social do país. Não há uma sucessão de Constituições, mas uma desarmonia com a CF e com o tempo, tornando-se incompatível com o texto constitucional. Essa inconstitucionalidade se dá com relação à constituição vigente, e não uma Constituição antiga.
· Em relação ao Poder Constituinte Originário, o Brasil adotou a teoria POSITIVISTA, para a qual o poder constituinte originário é ilimitado e pré-jurídico (político).
· As normas que no advento da Constituição anterior eram de competência da União e, com a constituição nova, passam a ser do Estado ou Município, são recepcionadas, permanecendo válidas até que o ente disponha de modo diverso.
· Teorias que fundamentam o Poder Constituinte Originário:	
· Positivistas (constituinte): Como para Kelsen todo o poder estatal é um poder positivado, se o poder constituinte é pré-estatal, então ele é um poder de fato, e não jurídico, pois o direito só surge quando já há um Estado. Não aceita o direito natural. Não há como uma Constituição surgir sem um fundamento de validade. Logo, é um Poder de Fato.
· Jusnaturalistas (constituinte): é um poder de Direito, porque se fundamenta em um direito já existente, que é o Direito Natural.
· O poderconstituinte originário é político (poder de fato), pois é uma decisão. Já o derivado, é jurídico (direito), pois advém de um conjunto de normas positivadas.
· O poder constituinte material diz o que é constitucional, o formal materializa e sedimenta a constituição no documento final.
· Poder constituinte atípico: é aquele que após a elaboração da Constituição não se dissolve, e se converte em poder Constituído, passando a exercer as funções de legislador ordinário. É o Congresso Nacional. O poder típico é dissolvido após a elaboração da Constituição.
· Segundo o CESPE o poder de constituinte originário tem o condão de instaurar nova ordem por uma nova constituição ou por ato institucional. 
· Escolas teóricas sobre a separação dos poderes:
· Escola FRANCESA: separação rígida de poderes. As atribuições do Estado são entregues praticamente com exclusividade ao órgão. Não há destaque para o sistema de freio e contrapesos.
· Contencioso Administrativo.
· Escola INGLESA: faz a separação de poderes sem exclusividade aos órgãos, de modo flexível.
· Unicidade de jurisdição.
· Emmanuel Sieyés – O que é o terceiro estado:
· Poder constituinte: poder de elaborar a estrutura do Estado e dividir os Poderes.
· Poder constituído: os Poderes reconhecidos pela Constituição, Legislativo, Executivo e Judiciário.
· O terceiro estado é a burguesia, maioria e detentora da economia. Ela que deveria ser o titular do Poder, ou seja, a nação, e não o Rei ou o Clero. Essa foi a razão da revolução francesa: o povo como titular do Poder. Liberdade, igualdade, fraternidade.
· Ele defendia a representatividade do povo, e não a participação direta.
· A teoria da soberania popular considera que o poder constituinte é de titularidade do povo, esse compreendido como complexo de forças políticas plurais, “grandeza pluralística”, ou seja, como uma pluralidade de forças culturais, sociais e políticas tais como partidos, grupos, igrejas, associações, personalidades, decisivamente influenciadoras da formação de opiniões, vontades, correntes ou sensibilidade políticas nos momentos preconstituintes e nos procedimentos constituintes. 
· Nesta obra, pela primeira vez, alguém racionalmente tratou do poder constituinte.
· Titular do Poder Constituinte:
· Teoria Clássica (Sieyés): é a NAÇÃO, sendo esta um conjunto de valores morais compartilhados, e não um grupo de indivíduos.
· Teoria Contemporânea (Rosseau): é o povo, como um conjunto coletivo de pessoas cidadãs, comprometidas com aquela sociedade.
· Teoria da dupla revisão: a teoria estabelece que é legítima a vontade do Poder Constituinte Originário em impedir a modificação da Constituição em alguns pontos, porém, aceita que esses parâmetros protegidos sejam modificados pelo Constituinte Derivado, permitindo, a partir daí, a dupla revisão da Constituição. Assim, seria possível abolir o rol de cláusulas pétreas e depois modificar qualquer princípio base da Constituição. NÃO ADOTADA NO BRASIL.
· Desconstitucionalização: recepção de norma da Constituição anterior, compatível materialmente (só material) com a Constituição atual, com status de lei. Deve vir expressamente previsto na Constituição nova. Como regra geral, a constituição atual não prevê expressamente desconstitucionalização. A Lei Maior anterior inteira fica superada. Nada impede que a constituição atual diga que determinado dispositivo da constituição anterior vigerá, ainda que temporariamente.
· ATENÇÃO: deve estar expressamente previsto na nova constituição, não bastando a compatibilidade material da norma anterior. Em regra, a constituição anterior fica inteiramente revogada.
· Para recepção da norma e sua desconstitucionalização, ela deve ser constitucional formal e materialmente com o ordenamento anterior.
· A CF contempla hipótese configuradora do denominado fenômeno da recepção material das normas constitucionais, que consiste na possiblidade de a norma de uma constituição anterior ser recepcionada pela nova constituição, com status de norma constitucional. 
· Por força de norma expressa do ADCT (art. 34), houve manutenção de aplicação de determinados dispositivos da constituição de 67, por prazo certo e em caráter precário. Neste artigo, a CF88 manteve o sistema tributário nacional anterior por cinco meses e, após, entraria em vigor o STN da CF88.
· Recepção: acontece com normas infraconstitucionais que são recebidas como normas infraconstitucionais
· Desconstitucionalização: acontece com normas constitucionais que são recebidas como normas infraconstitucionais
· Recepção material de normas constitucionais: acontece com normas da constituição anterior que são recebidas como normas constitucionais.
· 
· Súmula 654-STF: A garantia de irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da constituição da república, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
· Não há direito adquirido à manutenção dos critérios legais de fixação do valor da remuneração.
· Não há direito adquirido a não incidência tributária. Caso de tributação por emenda constitucional dos proventos de servidores aposentados.
1.1.4. Hermenêutica
· Hiato constitucional: nome que se dá nos casos em que se constata discrepância entre o conteúdo da Constituição política e a realidade social, podendo ser verificado fenômenos como convocação de Assembleia Nacional Constituinte, mutação constitucional, reforma constitucional e hiato autoritário (outorga de poder autoritário).
· Técnicas de interpretação constitucional:
· Construtiva: estende-se o alcance desta para abranger hipótese não expressamente prevista.
· Evolutiva: atualiza-se o sentido desta para abranger hipótese não existente quando de sua elaboração e claramente contemplada nas possibilidades semânticas do texto.
· Nenhum dos dois se confundem com a mutação constitucional. A mutação é a mudança no sentido da norma, em contraste com entendimento pré-existente, ou seja, a mutação ocorrerá quando se estiver diante da alteração de uma interpretação previamente existente.
· Mutação constitucional e superação de jurisprudência consolidada: a) mudança na percepção do direito; b) modificações na realidade fática; c) consequência prática negativa de determinada linha de entendimento.
· Mutação constitucional: não ofende o texto da lei quando da sedimentação do novo entendimento.
· Mutação inconstitucional: ex: as decisões definitivas de mérito em controle concentrado de constitucionalidade admitem efeito vinculante. Entretanto, o STF, por meio de decisão, admitiu-se o efeito vinculante da decisão liminar, com nítida ofensa à literalidade da constituição.
· O princípio da força normativa está contido na máxima efetividade, e não o contrário.
· A decisão do STF sobre mutação constitucional acerca do artigo 52, X, que confere a ideia de que o Senado só dá publicidade às decisões do STF de inconstitucionalidade, é um exemplo de inobservância do princípio da conformidade funcional, pois um poder se imiscui no outro. 
· Houve um julgado aqui que abre possibilidades para a abstrativização do controle difuso, no caso do AMIANTO: Para essa corrente, o art. 52, X, da CF/88 sofreu uma mutação constitucional e, portanto, deve ser reinterpretado.  Dessa forma, o papel do Senado, atualmente, é apenas o de dar publicidade à decisão do STF. Em outras palavras, a decisão do STF, mesmo em controle difuso, já é dotada de efeitos erga omnes e o Senado apenas confere publicidade a isso.
· De acordo com o positivismo de Hans Kelsen, a escolha de uma interpretação dentro da moldura de possibilidades proporcionada pela norma jurídica realiza-se segundo a livre apreciação do tribunal, e não por meio de qualquer espécie de conhecimento preexistente. Por conta da abstração e indeterminação da norma jurídica, ela deve ser como uma moldura, de modo que a sua interpretação deve ocorrer sob a ótica desse molde. Kelsen defende que não há vinculação de qualquer espécie de conhecimento do direito preexistente, devido ao seu viés positivista, e não naturalista.
· Robert ALEXY: Princípios Constitucionais são mandamentos de otimizaçãoque conduzem à única resposta correta a uma interpretação efetivadora de normas atinentes a determinadas situações jurídicas.
· Interpretação CONFORME:
· O intérprete não pode contrariar o texto literal e o sentido da norma interpretada, a fim de obter concordância com a Constituição.
· A interpretação conforme a Constituição só é admitida quando existe, de fato, um espaço de decisão/interpretação em que sejam admissíveis várias propostas interpretativas, estando pelo menos uma delas em conformidade com a Constituição, que deve ser preferida às outras, em desconformidade com ela.
· No caso de se chegar a um resultado interpretativo de uma lei inequivocamente em contradição com a Constituição, não se pode utilizar a interpretação conforme.
· Deve o interprete zelar pela manutenção da vontade do legislador, devendo ser afastada a interpretação conforme a Constituição quando dela resultar uma regulação distinta daquela originariamente almejada pelo legislador, sob pena de transformar o interprete em legislador positivo.
· Concordância prática e harmonização: coordenação e combinação de bens jurídicos em conflito de forma a evitar o sacrifício total de uns em relação aos outros. É a utilização da ponderação.
· Justeza e conformidade funcional: não se pode chegar a uma interpretação que subverta, altere ou perturbe o esquema organizatório-funcional estabelecido pelo constituinte originário.
· Método Normativo-Estruturante: trabalha com a concepção de que a norma jurídica não se identifica com seu texto – expresso -, pois ela é o resultado de um processo de concretização; texto da norma, então, não tem normatividade, mas apenas validade. A normatividade não é produzida pelo texto (que é apenas a forma da lei atuando como diretriz e limite a uma determinada concretização), mas resulta da implementação de uma decisão (governamental) que concretize a norma.
· A Constituição dirigente busca por programa a serem realizados, possuindo inspiração ideológica socialista. Foge-se, portanto, da visão tradicional de constituição que concebe como lei processual ou instrumento de governo, definidora de competências e reguladora de processos. Assim, não implica a adoção de uma concepção procedimentalista, mas sim buscando programas econômicos e sociais a serem realizados.d
· A derrotabilidade da norma jurídica significa a possibilidade, no caso concreto, de uma norma ser afastada ou ter sua aplicação negada, sempre que uma exceção relevante se apresente, ainda que a norma tenha preenchido seus requisitos necessários e suficientes para que seja válida e aplicável.
· Por força da doutrina da derrotabilidade das regras (defeasibility), uma norma pode alojar infinitas exceções implícitas e imprevisíveis que, em um dado caso concreto, justificam seja episodicamente afastada, a pretexto de se fazer Justiça ou de assegurar os seus fins, permanecendo íntegro o texto que alberga o seu comando. Na feliz síntese de Carsten Bäcker, “derrotabilidade deve ser entendida como a capacidade de acomodar exceções”
· Derrota-se a norma, jamais o texto que a abrigou. Declara-se a “norma” inconstitucional, no sentido de que naquela ocasião, ela é inconstitucional. Trata-se de uma declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto.
· Hart percebeu que em razão da impossibilidade de as normas preverem as diversas situações fáticas, ainda que presentes seus requisitos, elas contém, de forma implícita, uma cláusula de exceção (tipo: a menos que), de modo a ensejar, diante do caso concreto, a derrota/superação da norma
· A não ser por meio de dons premonitórios, é impossível ao legislador antever todas as hipóteses reais que justificariam fosse excepcionada a regra que pretende elaborar.
· A derrotabilidade (ou superabilidade) de uma regra implica a não incidência de uma norma existente, válida e eficaz, ou seja, embora tenha percorrido todos os degraus da escada ponteana, não se sagra vitoriosa no caso que normatizou.
· Nisso se distingue do controle de constitucionalidade, afinal, enquanto a sindicância de constitucionalidade aquilata a validade das normas, a derrotabilidade trabalha com uma norma válida, mas episodicamente afastada em nome do que é (ou parece ser) justo.
· A constituição como processo público é aquela da sociedade aberta dos intérpretes, de Peter Häberle, onde pode ser interpretada em qualquer espaço, e não apenas por juristas no bojo dos processos.
· 
1.1.5. Classificação
· Quanto ao papel, as Constituições podem ser classificadas em Constituição-lei, Constituição-fundamento e Constituição-moldura.
· Quanto à finalidade, em garantia, balanço e dirigentes
· Quanto ao MODO de ELABORAÇÃO:
· Históricas: juridicamente flexíveis, pois pode ser modificada pelo legislador ordinário, mas, normalmente, são política e socialmente rígidas, sendo raramente modificadas.
· Dogmáticas:
· Quanto à origem:
· Promulgada
· Outorgada
· Cesarista
· Quanto ao CONTEÚDO: formal ou material.
· Quanto à extensão: sintética ou analítica.
· A CF é DIRIGENTE OU PROGRAMÁTICA, pois abundam normas programáticas.
· Em constituição flexível, a lei ordinária altera a Constituição caso esta seja contrária à nova lei, pois não há hierarquia.
· Constituição negativa ou garantia é típica do Estado Liberal, pois visa coibir os ataques do Estado através do estabelecimento de garantias aos indivíduos. Já a Constituição dirigente, possui normas programáticas em seu bojo, dando atenção especial à implementação de programas pelo Estado.
· Constituição Balanço: explicita as características atuais da sociedade, trazendo parâmetros que devem ser observados à luz da realidade econômica, política e social existente.
· Constituição simbólica:  A preocupação com a implementação de dispositivos constitucionais e, em particular, de suas promessas sociais, não é central. As controvérsias constitucionais são decididas com base nos códigos da política e conforme conflitos de interesse. Nessa luta, acabam preponderando os interesses dos grupos mais poderosos, dos denominados “sobrecidadãos”, que conseguem utilizar a Constituição e o Estado em geral como instrumento para satisfazer seus interesses. A juridicidade da Constituição fica comprometida pela corrupção da normatividade jurídica igualitária e impessoal, conforme o binômio legal-ilegal. As controvérsias constitucionais são decididas com base no código do poder.
· Constituição Culturalista: Na concepção culturalista, tem-se a síntese dos fundamentos até aqui elencados, porque defende a existência de uma Constituição total formada por aspectos jurídicos, econômicos, filosóficos e sociológicos. A Constituição recebe influências da cultura total de um povo e também, por meio de sua força normativa, interfere na própria cultura.
1.1.6. Normas Constitucionais
· As normas internas que forem contrárias ao tratado internacional de direito humanos, seja ele equivalente à emenda constitucional ou supralegal, têm sua eficácia normativa suspensa.
· Reserva legal: submissão à lei.
· Simples: a CF autoriza que a lei restrinja algo, sem definir o que deverá constar na lei.
· Qualificada: a CF, além de autorizar a restrição, estabelece os fins necessariamente a serem perseguidos ou os meios a serem adotados pelo legislador.
· Necessário se faz compreender a distinção entre eficácia meio e eficácia fim.
· A primeira, presente em todas as normas, traz consigo um efeito negativo (negação às normas inferiores que lhe são contrárias), um efeito interpretativo (vetor de interpretação para as demais normas, ainda que pendente a sua regulamentação), e um efeito de vedação do retrocesso (o conteúdo da norma fica protegido contra forças retroativas). É o que acontece com as normas de eficácia limitada. 
· Já a segunda diz respeito à aptidão da norma de, independentemente de qualquer intermediação legislativa, produzir seu efeito finalístico de regular o comportamento nela previsto. 
· A CF não positivou expressamente a regra de que as leis não podem atingir fatos ocorridos no passado, adotando, na verdade, a teoria subjetiva de proteção dos direitosadquiridos em face de leis novas.
· Não confundir teoria SUBJETIVA dos direitos adquiridos com a questão da RETROATIVIDADE MÍNIMA
· A teoria subjetiva encara o problema em face de direitos subjetivos individuais (direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada). A teoria objetiva procura resolver o problema sob o aspecto de situações jurídicas criadas pela lei. “ É adquirido todo direito que seja consequência de um fato idôneo a produzi-lo, em virtude da lei do tempo em que esse fato foi realizado, embora a ocasião de o fazer valer não se tenha apresentado antes do surgimento de uma lei nova sobre o mesmo.”
· considera-se adquirido o direito que: a) seja conseqüência de um fato jurídico; b) tenha entrado para o patrimônio do sujeito (GABBA. Teoria della retroatività delle leggi ). A inclusão do elemento patrimônio exclui, da definição de direito adquirido, as meras possibilidades ou faculdades abstratas, consoante o mesmo autor.
· Em nosso ordenamento observamos influência da supracitada teoria na seguinte assertiva:" (...) ou condição preestabelecida inalterável ao arbítrio de outrem "(parte final do § 2º do artigo 6º da LICC). Desse modo, adotamos a TEORIA DE GABBA em sua essência, qual seja a impossibilidade de alteração ou supressão do direito adquirido, ainda que esse o titular desse direito não se tenha manifestado interesse em garanti-lo, eis que já o possuía independentemente de prévia manifestação de vontade.
· Dessa forma, quanto ao conflito de leis no tempo, a doutrina e a jurisprudência adotam mecanismos de retroatividade como forma de evolução da Teoria de Gabba (teoria subjetiva que se apóia no respeito ao direito adquirido).
· Em suma, a Teoria Subjetiva de Gabba, que se apoia no respeito ao direito adquirido, discorre acerca do conflito intertemporal e entende que a lei nova pode retroagir, desde que tenha como limite o direito adquirido.
· Pela teoria subjetivista, a questão deve ser encarada sob o prisma dos direitos subjetivos que surgiram ao tempo da lei velha. Essa escola remete a doutrinadores como SAVIGNY, LASSALE e GABBA, bem como às diferenças conceituais entre "direitos adquiridos", meras "expectativas de direito", simples "faculdades legais" e institutos correlatos. Nessa linha, nem toda retroatividade legal é censurável, mas somente aquela que interfere em direitos subjetivos surgidos anteriormente. 
· Já pela teoria objetivista, defendida principalmente por DE PAGE e ROUBIER, a ênfase dos estudos deve girar em torno das situações jurídicas criadas pela lei nova. Assim, retroatividade é o efeito da norma que atinge situações jurídicas anteriormente constituídas, independentemente do exame dos direitos subjetivos decorrentes da lei velha. Nesse sentido, os princípios constitucionais do direito adquirido e do ato jurídico perfeito não se mostram aptos a proteger as posições jurídicas contra eventuais mudanças dos institutos ou dos próprios estatutos jurídicos previamente fixados.
· Roubier afigura-se menos reverente em relação às posições jurídicas consolidadas no passado, na medida em que admite, ao contrário de Gabba, a chamada "retroatividade mínima" da lei - que pra Roubier não configurava autêntica retroatividade, mas "efeito jurídico" imediato da nova lei, possibilitando assim que as normas editadas incidam sobre efeitos futuros de atos jurídicos praticados antes dela. Em suma, a lei nova que governa os efeitos de uma situação jurídica não pode, sem retroatividade, atingir os efeitos já produzidos sob a lei anterior. A eficácia da norma nova é imediata, às situações jurídicas que se criam quando de sua vigência.
· Não há direito adquirido a regime jurídico de um instituto de direito. Ex: direito de propriedade, regime jurídico único,
· Os direitos adquiridos se configuram assim que preenchidos seus requisitos e, qualquer tentativa de supressão, seja por ato normativo, administrativo ou judicial, atenta contra a ordem constitucional, violando o basilar princípio da segurança jurídica insculpido no inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal 
· O direito adquirido tira sua existência dos fatos jurídicos passados e definitivos, quando o seu titular os pode exercer. No entanto, não deixa de ser adquirido o direito, mesmo quando seu exercício dependa de um termo prefixo ou de uma condição preestabelecida inalterável ao arbítrio de outrem. Por isso sob o ponto de vista da retroatividade das leis, não somente se consideram adquiridos os direitos aperfeiçoados ao tempo em que se promulga a lei nova, como os que estejam subordinados a condições ainda não verificadas, desde que não se indiquem alteráveis ao arbítrio de outrem. De Plácido e Silva.
· José Carvalho Santos: se o exercício depende de termo prefixo, o direito já é adquirido, sendo evidente, pois, que no sistema do código não é adquirido somente o direito que já se incorporou ao patrimônio individual. O prazo ou termo, de fato, não prejudica a aquisição do direito, que já se verificou, sendo seu único efeito protelar o exercício deste direito.
· Entretanto, em relação às Constituições, salvo disposição nela expressa em contrário, as normas constitucionais originárias gozam de retroatividade mínima, pois aplicam-se, quando self executing (auto-aplicáveis), imediatamente, alcançando, inclusive, os efeitos futuros de atos ou fatos anteriores. Isto é, as Constituições têm vigência imediata, alcançando os efeitos futuros de fatos passados (retroatividade mínima). Porém, as normas constitucionais, salvo disposição expressa em contrário (pois a Constituição pode fazê-lo), não alcançam os atos ou fatos consumados no passado (retroatividade máxima) nem os seus efeitos pendentes (retroatividade média). Salvo as permissões constitucionais, as leis INFRACONSTITUCIONAIS não retroagem, pois as impede desse efeito o princípio constitucional da irretroatividade, segundo o qual “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Aplicam-se, assim, para o futuro, alcançando apenas os novos atos e situações e seus novos efeitos.
· Mas se a constituição adota o sistema subjetivo do direito adquirido, como fica quanto aos direitos que a Constituição não menciona como será regulado? Sarmento e Barroso mencionam a jurisprudência do STF no sentido da retroatividade mínima.
· O princípio do direito adquirido "se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva"
· A União não pode invocar direito adquirido contra lei federal que suprima direitos da própria União. 
· Súmula 654 STF: A garantia de irretroatividade da lei, prevista no artigo 5º, XXXVI, da constituição da república, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.
· Servidor público não tem direito adquirido à manutenção dos critérios legais de fixação do valor da remuneração. O que não pode haver é a redução do valor global.
· Diante de aparente antinomia entre normas principiológicas ou constitucionais, não é correto falar em conflito, mas em momentâneo estado de tensão ou de mal-estar hermenêutico, cuja solução não se dá pela exclusão de uma norma do ordenamento jurídico, como ocorre com as regras em geral, mas pela ponderação entre os princípios, em cada caso concreto.
· A norma que prevê gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos que tenham mais de sessenta e cinco anos de idade possui eficácia plena e aplicabilidade imediata.
· A norma que prevê imunidade recíproca dos entes e imunidade por extensão às entidades é de aplicabilidade imediata e eficácia contida.
· 
1.1.7. História do Constitucionalismo Brasileiro
· A constituição do império foi a que mais vigorou: 1824 a 1891 – 65 anos, tendo sofrido apenas duas revisões.
· A Constituição de 1891 deu autonomia aos Estados, contemplando o Poder Derivado Decorrente. Foi a inauguração da forma federativa. Cada uma das províncias foram transformadas em Estados, com autonomia político-administrativa garantida constitucionalmente.· A EC 01/69, ainda que haja divergências, apresentou-se como uma nova Constituição, vez que não retirou seu fundamento da Constituição anterior.
· José Afonso da Silva: A emenda só serviu como mecanismo de outorga, uma vez que verdadeiramente se promulgou texto integralmente reformulado, a começar pela denominada que se lhe deu: Constituição da República Federativa do Brasil, enquanto a de 1967 se chamava apenas de Constituição do Brasil.
· Daniel Sarmento: a constituição de 1969 não foi outorgada com fundamento na Constituição de 1967, mas, sim, com base no suposto poder constituinte originário de revolução vitoriosa.
· Logo, houve a instauração de uma nova ordem Constitucional, com roupagem de emenda.
· O controle de constitucionalidade só existiu na CF de 1891, sendo o Controle difuso. No império vigorava somente a Soberania do Parlamento e o Poder Moderador. O modelo concentrado surge só na CF de 1934, com a ADI interventiva.
· A EC 16/65 cria a ADI genérica, aprimorada na CF 88.
1.2. Direitos e Garantias fundamentais
Direitos Humanos. Direitos e Garantias Fundamentais. Processo eleitoral. Plebiscito. Referendum. Iniciativa Popular. Direitos e garantias individuais. O rol da constituição brasileira. Direitos explícitos e implícitos. Classificação dos direitos explícitos. Abuso de direito individual ou político. Direitos políticos e partidos políticos. Alistamento. Elegibilidade e inelegibilidade. Suspensão e perda dos direitos políticos. Sufrágio: natureza e forma. Nacionalidade.
· Imprescritíveis: ação armada contra o Estado democrático de Direito; Racismo.
· Inafiançáveis e insuscetível de graça ou anistia: Tráfico, Tortura, Terrorismo, Hediondo
1.2.1. Direitos Individuais
· Extradição de brasileiro naturalizado:
· Crime comum: só os cometidos antes da naturalização.
· Tráfico de drogas: a qualquer tempo.
· Os direitos e garantias fundamentais enunciados na maioria do artigo 5º da CF são normas que produzem seus efeitos típicos independentemente da atuação do legislador infraconstitucional.
· Georg Jellinek: o indivíduo está vinculado ao Estado e é dotado de personalidade jurídica. A sua teoria trabalha as funções dos direitos e garantias fundamentais.
· Ativo: participação ativa do indivíduo na formação da vontade política do Estado. Cidadania
· Passivo: o Estado vincula seus indivíduos por meio de proibições, mandamentos, ordenações.
· Positivo: o indivíduo pode exigir uma prestação positiva do Estado, uma ação.
· Negativo: o indivíduo tem direito de exigir do Estado uma abstenção.
· O fato de ser livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, não impede que tal direito seja limitado pelo legislador, permitindo-se, por exemplo, a proteção da reputação das demais pessoas, da segurança nacional, da ordem pública e da saúde.
· É desnecessária a autorização judicial para apreensão de documentos no interior de veículo automotor, por constituir hipótese de busca pessoal, caracterizada pela ins
· Ingresso em domicílio invito domino (ingresso forçado). Somente o ingresso invito domino nas hipóteses chanceladas na constituição.
· A adoção de critérios diferenciados para o licenciamento dos militares temporários, em razão do sexo, não viola o princípio da isonomia.
· O Estado, observado o binômio Laicidade do Estado (art. 19, I) / Consagração da Liberdade religiosa (art. 5º, VI) e o princípio da igualdade (art. 5º, caput), deverá atuar na regulamentação do cumprimento do preceito constitucional previsto no art. 210, §1º, autorizando na rede pública, em igualdade de condições, o oferecimento de ensino confessional das diversas crenças, mediante requisitos formais e objetivos previamente fixados pelo Ministério da Educação. Dessa maneira, será permitido aos alunos que voluntariamente se matricularem o pleno exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente credenciados e, preferencialmente, sem qualquer ônus para o Poder Público.
· Laicidade X Laicismo
· Laicidade: neutralidade religiosa por parte do Estado. É a característica do Brasil.
· Laicismo: atitude de intolerância e hostilidade estatal em relação à algumas religiões.
· “O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento de tributos constantes de sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos administração fazendária dos entes estatais”.
· A administração pode monitorar o conteúdo do e-mail corporativo de seus servidores.
· A divulgação de elementos cadastrais dos beneficiários de decisão proferida em ação civil pública que determinou o pagamento dos expurgos inflacionários decorrentes de planos econômicos configura quebra de sigilo bancário.
· Direito de informação: liberdade de informar, de se informar e de ser informado.
· Censura X Limitação à liberdade de expressão:
· Censura: pressupõe controle prévio da programação, para evitar a veiculação de conteúdo atentatório à lei. Jamais pode ser admitida, uma vez que vedada pela CF e, além de limitar o conteúdo ilícito, cria barreiras ao conteúdo lícito, pois haveria submissão ao exame de autoridade antes da divulgação.
· Limitação da liberdade de expressão sem censurar: impedimento de reprise de certo programa, recolhimento de impressos, imposição do direito de resposta e a indenização por danos são mecanismos válidos para proteger outros direitos frente ao excesso cometido no exercício na liberdade de expressão.
· STF: admite restrições legais à liberdade de expressão, desde que promovam outros valores e interesses constitucionais também relevantes e respeitem o princípio da proporcionalidade.
· É possível que seja por normas infraconstitucionais ou por tutela inibitória. Quando uma programação exceda os limites da liberdade de expressão e se mostre ofensiva a valores constitucionais, pode o Poder Público adotar medidas para restringir ou impedir sua veiculação. O importante é que o juízo de restrição se faça com vistas ao princípio da proporcionalidade e as ações adotadas sejam aquelas estritamente necessárias para afastar o abuso da liberdade de expressão.
· A simples disponibilização de aparelhos de rádio e TV em quartos de hotéis, motéis, clínicas e hospitais autoriza a cobrança de DIREITOS AUTORAIS por parte do ECAD.
· Súmula 63 STJ: São devidos direitos autorais pela retransmissão radiofônica de músicas em estabelecimentos comerciais.
· Tanto o hotel quanto a empresa de fornecimento de TV à cabo tem que pagar os direitos autorais ao ECAD, pois são fatos geradores distintos: captação e transmissão de radiofusão em local coletivo e a própria radiofusão sonora ou televisiva pela empresa.
· É CONSTITUCIONAL lei municipal, de iniciativa parlamentar, que veda realização de eventos, em imóveis públicos, patrocinados por produtoras, distribuidoras, importadoras ou representantes de bebidas alcoólicas ou cigarros, com a utilização da respectiva propaganda.
· Não se trata de limitação de propaganda de competência da União, mas de restrição da Administração sobre o bem público, e não sobre as empresas.
· Liberdade religiosa: consciência, crença e culto.
· O estado não pode opor a teoria da reserva do possível quando não atingiu o mínimo existencial. Somente depois de atingido o mínimo existencial é que se poderá opor a reserva do possível em relação aos recursos remanescentes.
· Lembre-se da frase: A interpretação da norma programática não pode transformá-la em PROMESSA CONSTITUCIONAL INCONSEQUENTE”  [...] Nesse viés, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, o reconhecimento, pelo Poder Judiciário, da validade jurídica de certos programas sociais, como a distribuição gratuita de medicamentos a pessoas hipossuficientes, faz-se imprescindível para que se confira efetividade a preceitos fundamentais da Constituição da República, sob pena de, não o fazendo, estar o Estado substituindode forma ilegítima seu dever impostergável, transformando referido direito social em verdadeira promessa constitucional inconsequente, meramente estampada no texto normativo.
· Por esse motivo, não havendo comprovação objetiva da incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal, inexistirá empecilho jurídico para que o Judiciário determine a inclusão de determinada política pública nos planos orçamentários do ente político. Só se aplica a reserva do possível quando se comprove objetivamente a incapacidade econômico-financeira.
· A mera intuição de que está havendo tráfico de drogas na casa não autoriza o ingresso sem mandado judicial ou consentimento do morador.
· O direito à informação pode ser voltado exclusivamente ao atendimento de interesse particular, como escrever uma obra literária sobre a ditadura militar.
· O direito à informação incide também, em regra, sobre os registros de áudios de sessões e também sobre os autos de processo que tramitaram no STM.
· Ainda que classificada como ultrassecretas as informações, seu sigilo só pode durar por, no máximo, 25 anos, nos termos da lei 12527/2011.
· STF já admitiu que direção do presídio intercepte correspondência dirigida ao preso, devidamente fundamentado em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica.
· A Constituição de 1988 contempla essas três dimensões da igualdade. A igualdade formal vem prevista no art. 5º, caput: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Já a igualdade como redistribuição decorre de objetivos da República, como “construir uma sociedade livre, justa e solidária” (art. 3o, I) e “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” (art. 3o, III). Por fim, a igualdade como reconhecimento tem lastro nos objetivos fundamentais do país de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3o, IV), bem como no repúdio ao racismo (art. 5o, XLII)” Palavras do Barroso na ADC 41
· O estatuto do torcedor é formal e materialmente constitucional.
· No estado de coisas inconstitucionais, relacionados ao presídio, o preso em situação degradante deve ser indenizado em pecúnia, não cabendo compensação pela remissão da pena. Cabíveis danos morais.
· Ao tratar do alcance da liberdade de expressão em relação ao chamado "discurso do ódio" (“hate speech”), o STF sustentou que o direito à liberdade de expressão é um direito relativo, objeto de ponderação, à luz dos princípios da dignidade humana, proporcionalidade e razoabilidade, não podendo acolher a incitação ao ódio racial ou religioso.
· Só haverá racismo se o discurso dessa religião supostamente superior for de dominação, opressão, restrição de direitos ou violação da dignidade humana das pessoas integrantes dos demais grupos. 
· A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores não está protegida pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão. Assim, é possível, a depender do caso concreto, que um líder religioso seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º, da Lei nº 7.716/89) por ter proferido discursos de ódio público contra outras denominações religiosas e seus seguidores. STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018 (Info 893). Atenção. Compare com RHC 134682/BA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/11/2016 (Info 849).
· Por outro lado, se essa religião supostamente superior pregar que tem o dever de ajudar os "inferiores" para que estes alcancem um nível mais alto de bem-estar e de salvação espiritual e, neste caso não haverá conduta criminosa.
· O sigilo bancário não foi expresso pela Constituição, estando englobado no direito à vida privada. As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes. Esta possibilidade encontra-se prevista no art. 6º da LC 105/2001, que foi considerada constitucional pelo STF. Isso porque esta previsão não se caracteriza como "quebra" de sigilo bancário, ocorrendo apenas a “transferência de sigilo” dos bancos ao Fisco.
· Tese de repercussão geral: “O art. 6º da Lei Complementar 105/01 não ofende o direito ao sigilo bancário, pois realiza a igualdade em relação aos cidadãos, por meio do princípio da capacidade contributiva, bem como estabelece requisitos objetivos e o traslado do dever de sigilo da esfera bancária para a fiscal.”
· Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente.
· Parágrafo único. O resultado dos exames, as informações e os documentos a que se refere este artigo serão conservados em sigilo, observada a legislação tributária.
· Vale ressaltar que os Estados-Membros e os Municípios somente podem obter as informações previstas no art. 6º da LC 105/2001, uma vez regulamentada a matéria de forma análoga ao Decreto Federal nº 3.724/2001, observados os seguintes parâmetros: a) pertinência temática entre a obtenção das informações bancárias e o tributo objeto de cobrança no procedimento administrativo instaurado; b) prévia notificação do contribuinte quanto à instauração do processo e a todos os demais atos, garantido o mais amplo acesso do contribuinte aos autos, permitindo-lhe tirar cópias, não apenas de documentos, mas também de decisões; c) sujeição do pedido de acesso a um superior hierárquico; d) existência de sistemas eletrônicos de segurança que fossem certificados e com o registro de acesso; e, finalmente, e) estabelecimento de mecanismos efetivos de apuração e correção de desvios. 
· A Receita Federal, atualmente, já pode requisitar tais informações bancárias porque possui esse regulamento. Trata-se justamente do Decreto 3.724/2001 acima mencionada, que regulamenta o art. 6º da LC 105/2001. O art. 5º da LC 105/2001, que permite obriga as instituições financeiras a informarem periodicamente à Receita Federal as operações financeiras realizadas acima de determinado valor, também é considerado constitucional. 
· Fisco Estadual, Distrital e Municipal: SIM, podem transferir, desde que regulamentem, no âmbito de suas esferas de competência, o art. 6º da LC 105/2001, de forma análoga ao Decreto Federal 3.724/2001.
· Não é nula a condenação criminal lastreada em prova produzida no âmbito da Receita Federal do Brasil por meio da obtenção de informações de instituições financeiras sem prévia autorização judicial de quebra do sigilo bancário. Isso porque o STF decidiu que são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC 105/2001, que permitem o acesso direto da Receita Federal à movimentação financeira dos contribuintes.
· CPI: SIM (seja ela federal ou estadual/distrital) (art. 4º, § 1º da LC 105/2001). MUNICPAL, não pode, porque não tem judiciário!
· A requisição de informações bancárias dos contribuintes pelo Fisco não é quebra de sigilo, mas transferência de sigilo, e prescinde de autorização judicial. (LC 105/01)
· Fundamentos: constitucionalismo igualitário; à luz da justiça social; dever fundamental de pagar tributos; legítima expectativa de obtenção de renda pública; não afronta o sigilo bancário, representando unicamente traslado do sigilo bancário ao fisco; novo paradigma de tributação – Fisco Global; o Brasil assinou diversos tratados em matéria de trocas de informações fiscais.
· A identificação do patrimônio, rendimentos e atividades econômicas do contribuinte servem para a efetivação do princípio da capacidade contributiva.
· É lícito o compartilhamento promovido pelaReceita Federal dos dados bancários por ela obtidos, havendo previsão legal para que o compartilhamento ocorra com a PF e com o MP. Essa comunicação ocorre de mera obrigação legal de comunicar às autoridades competentes acerca de possível ilícito cometido, não representando ofensa ao princóipio da reserva de jurisdição com o uso de tais elementos.
· Os dados obtidos por meio da quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal devem ser mantidos sob reserva. Assim, a página do Senado Federal na internet não pode divulgar os dados obtidos por meio da quebra de sigilo determinada por comissão parlamentar de inquérito (CPI). STF. Plenário. MS 25940, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/4/2018 (Info 899).
· 1 – O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, não se exigindo para tanto nada além da manifestação de vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente pela via administrativa.
· 2 – Essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento, vedada a inclusão do termo “transgênero”
· 3 – Nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a origem do ato, vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a requerimento do próprio interessado ou por determinação judicial.
· 4 – Efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado determinar, de ofício ou a requerimento do interessado, a expedição de mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo sobre a origem dos atos.
· O efeito horizontal mediato/indireto: Segundo essa corrente, os direitos fundamentais não ingressam no cenário privado como direitos subjetivos, sendo necessária a intermediação do legislador. Para que se possa invocar esse direito contra outro indivíduo, é necessário que o legislador regulamente de que maneira os direitos fundamentais serão aplicados. O pressuposto disso é a existência de um direito geral de liberdade, que só poderia ser restringido nas relações de particulares se existisse uma lei regulamentando. Para os adeptos, uma aplicação direta causaria a desfiguração do direito privado e ameaçaria a autonomia privada.
· O efeito horizontal indireto obriga o Poder Judiciário a observar a normatividade dos direitos fundamentais ao decidir os conflitos interindividuais.
· Depende de atuação do legislador, que ponderará quais os direitos devem ser aplicados às relações privadas. O efeito horizontal indireto obriga o Poder Judiciário a observar a normatividade dos direitos fundamentais ao decidir conflitos interindividuais.
·  A teoria da eficácia horizontal indireta e mediata foi sustentada, inicialmente, por Ernest Durig, na Alemanha, em 1956. Também defendida por Konrad Hesse. Para essa teoria, a aplicação dos Direitos Fundamentais em relações particulares somente se efetiva quando da produção de leis infraconstitucionais voltadas para tais relações. A irradiação de efeitos dos direitos fundamentais nas relações construídas no plano horizontal estaria, pois, condicionada à mediação promovida: 1) pelo legislador, ou mesmo 2) pelo juiz - que deve ler o direito infraconstitucional com os “óculos da Constituição". Para os defensores desta teoria, ou se aceita que essa incorporação (dos direitos fundamentais em âmbito privado) deva ser direcionada pelo legislador ou, do contrário, estar-se-á desfigurando o direito privado a partir da superação de seu princípio basilar: a autonomia da vontade.
· O efeito horizontal imediato/direto: Admite a aplicação direta dos direitos fundamentais às relações entre particulares, embora entenda que essa não deva ocorrer com a mesma intensidade da aplicação em relação ao Estado, por ser necessário levar em consideração a autonomia privada. b) eficácia direta ou imediata: alguns direitos fundamentais podem ser aplicados diretamente às relações privadas, sem a necessidade de intermediação legislativa para a sua concretização. Não há uma posição definida, por isso o intérprete deve valer-se da ponderação entre os interesses do caso concreto.
· 
· Representação biográfica não depende de autorização de terceiros coadjuvantes ali representados. Inaplicabilidade da súmula 403 do STJ.
· Inconstitucional norma que proíbe prática de proselitismo em rádio. A liberdade de pensamento inclui o discurso persuasivo, uso de argumentos críticos o consenso e o debate público e informado e pressupõe a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de informações.
· A determinação de retirada de matéria jornalística afronta a liberdade de expressão e de informação, além de constituir censura prévia. Essas liberdades ostentam preferência em relação ao direito à intimidade, ainda que a matéria tenha sido redigida em tom crítico.
· A colisão da liberdade de expressão com os direitos da personalidade deve ser resolvida pela retificação, pelo direito de resposta ou pela reparação civil. Se uma decisão judicial determina que se retire do site de uma revista determinada matéria jornalística, esta decisão viola a orientação do STF, cabendo reclamação.
· São inconstitucionais os atos judiciais ou administrativos que determinem ou promovam: 
· o ingresso de agentes públicos em universidades públicas e privadas;
· o recolhimento de documentos (ex: panfletos);
· a interrupção de aulas, debates ou manifestações de docentes e discentes universitários;
· a realização de atividade disciplinar docente e discente e a coleta irregular de depoimentos desses cidadãos pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários ou em equipamentos sob a administração de universidades públicas e privadas.
· ARGUMENTOS DA PGR: Alegou que tais apreensões ultrapassaram os limites de fiscalização do processo eleitoral e afrontaram o preceito fundamental da liberdade de expressão, na qual se incluem a livre manifestação do pensamento e de cátedra e a autonomia universitária. A liberdade de cátedra (também chamada de liberdade acadêmica) é um princípio segundo o qual o professor deve ter a liberdade de pesquisar e ensinar, ou seja, divulgar seu pensamento, arte e saber. Por outro lado, o aluno tem também a liberdade de aprender e pesquisar, sem a imposição de censuras. A liberdade de cátedra está prevista nos incisos II e III do art. 206 da CF/88.
· DECISÃO STF: os atos questionados violam os princípios constitucionais que asseguram a liberdade de manifestação do pensamento e as garantias inerentes à autonomia universitária. Para o STF, as decisões proferidas apresentam-se com alto grau de “subjetivismo”, incompatível com a objetividade e neutralidade que devem permear a função judicante. Além disso, tais atos demonstram erro de interpretação de lei, conduzindo a uma interpretação contrária ao Estado democrático de direito. As decisões impugnadas interromperam atos pelos quais professores e alunos expressavam suas ideias e ideologias, preferências, propostas e percepções do que se quer no processo político. Sem liberdade de manifestação, a escolha é inexistente. O processo eleitoral transforma-se em enquadramento eleitoral, próprio das ditaduras. Por isso, toda interpretação de norma jurídica que colida com qualquer daqueles princípios ou que restrinja ou impeça a manifestação da liberdade é inconstitucional e, portanto, inválida. Essa nulidade é ainda mais grave porque a restrição à liberdade de manifestação ocorreu dentro do ambiente universitário, onde vigora, por força constitucional, a liberdade de informação, ensino e aprendizagem, além da autonomia universitária.
1.2.2. Direitos Humanos – Políticas Públicas – Saúde e remédios
· O Estado deve manter seus presídios com padrões mínimos de humanidade e caso assim não o faça, terá a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. ADPF 347
· “O Ministério Público é parte

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