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Aula 04Facilitação Neuromuscular proprioceptiva - PNF

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Facilitação Neuromuscular proprioceptiva PNF
PROFESSORA NATÁLIA GONÇALVES
HISTÓRICO
1.940 - Médico neurofisiologista Herman Kabat e a Fisioterapeuta Margareth Knott – Maggie.
Baseados nos fundamentos neurofisiológicos do movimento na biomecânica corporal, desenvolveram a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva;
Centro de Reabilitação nos Estados Unidos, na cidade de Vallejo – Califórnia.
Inicialmente era específico para pacientes como POLIOMIELITE.
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 - Facilitação: É todo processo que acelera uma resposta – torna fácil. 
 - Neuromuscular: SNC + SNP.
- Proprioceptiva: Sentido de posição segmentar e percepção do movimento.
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ABORDAGEM POSITIVA
ABORDAGEM FUNCIONAL
MOBILIZAÇÃO DE RESERVAS 
CONSIDERAR A PESSOA COMO UM TODO
PRINCÍPIOS DE CONTROLE MOTOR E APRENDIZAGEM MOTORA 
OBJETIVO: 
NÍVEL FUNCIONAL
Facilitação
Inibição
Relaxamento e fortalecimento muscular
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Facilitação – Contração 
Inibição – Relaxamento = intensidade e duração.
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TÉCNICAS ESPECÍFICAS
São realizadas contrações musculares concêntricas, excêntricas e estáticas;
Combinadas com a aplicação gradual de uma resistência e com procedimentos facilitatórios adequados, todos ajustados para atingir as necessidades de cada paciente.
Tipos de contração muscular:
a) ISOTÔNICA CONCÊNTRICA: movimento com encurtamento muscular ->a resistência aplicada pelo terapeuta é maior. *O encurtamento do músculo agonista produz o movimento.
b) ISOTÔNICA EXCÊNTRICA: movimento com alongamento muscular -> a resistência aplicada pelo terapeuta é maior. * Uma força externa, a gravidade ou uma resistência produz o movimento. O movimento é restringido pelo alongamento controlado do agonista.
A resistência as contrações musculares concêntricas e excêntricas devem ser ajustadas para permitir que o movimento ocorra de forma suave e coordenada.
c) ISOTÔNICA MANTIDA: o paciente tenta se mover, mas é impedida pelo terapeuta ou por força externa -> a resistência/força exercida por ambos são iguais.
A resistência a uma contração mantida deve ser controlada para manter a posição estável.
* O paciente tem a intenção de produzir o movimento, mas é impedido pela resistência.
d) ISOMÉTRICA – ESTÁTICA: a intenção tanto do terapeuta quanto do paciente é que nenhum movimento ocorra, a resistência/força exercida por ambos são iguais.
 A resistência em uma contração isométrica deve aumentar e diminuir gradualmente, impedindo, assim, que o movimento ocorra.
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PADRÕES DE FACILITAÇÃO
O movimento funcional normal é composto por padrões de movimentos em massa dos membros e músculos sinérgicos do tronco - Kabat, 1.960.
Os padrões de PNF combinam movimentos em três planos:
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1. Plano Sagital: Flexão e extensão.
2.Plano frontal: Abdução e adução dos membros ou flexão lateral da coluna.
3. Plano transversal: rotação
Denominadas DIAGONAIS, os padrões são nomeados de acordo com o movimento que ocorre na articulação proximal ->Dois padrões antagonistas formam uma diagonal.
Promovem:
Nível estrutural: Força, estabilidade, coordenação, ADM.
Nível de atividade e participação: Simulam AVD’S, AVD’I.
Tratamento indireto: irradiação.
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CABEÇA E PESCOÇO: 
Flexão com rotação D +Extensão com rotação E.
Flexão com rotação E + Extensão com rotação D.
TRONCO SUPERIOR
Flexão com rotação D + Extensão com rotação E
Flexão com rotação E + Extensão com rotação D
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DIAGONAIS
Diagonais de Membros Superiores
Flexão – Abdução – Rotação externa+ Extensão –Adução – Rotação interna.
Flexão – Adução – Rotação externa + Extensão – Abdução – Rotação interna.
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INDICAÇÕES:
Disfunções causadas por problemas neurológicos;
Distúrbios musculares;
Limitações articulares; 
Exercitar o tronco; 
Irradiação – MS em MI.
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Diagonais de membros inferiores
Flexão – Abdução – Rotação interna + Extensão – Adução – Rotação externa.
Flexão – Adução – Rotação externa + Extensão – Abdução – Rotação interna.
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INDICAÇÕES:
Fraqueza muscular;
Falta de coordenação; 
Limitações articulares; 
Alterações da marcha.
* A resistência aplicada nos músculos mais fortes do MI produz irradiação para músculos mais fracos, de outras partes do corpo.
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RESISTÊNCIA 
Deve ser oferecida uma quantidade adequada as condições do paciente = resistência adequada e ao objetivo da atividade.
IRRADIAÇÃO: é a propagação da resposta ao estímulo.
Facilitação – Contração 
Inibição – Relaxamento = intensidade e duração.
II. IRRADIAÇÃO E REFORÇO
A RESISTÊNCIA APLICADA DE FORMA APROPRIADA RESULTA EM IRRADIAÇÃO POR ESFORÇO.
Procedimentos básicos 
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III.CONTATO MANUAL - CONTATO LUMBRICAL
Aumenta a força e guia o movimento com toque e pressão.
Uma pressão no músculo AUMENTA A SUA HABILIDADE DE CONTRAÇÃO.
IV. POSIÇÃO CORPORAL E BIOMECÂNICA: Guiam e controlam o movimento ou a estabilização.
Direção correta do movimento.
V. ESTÍMULO VERBAL
VI. VISÃO 
Guia o movimento e aumenta o empenho.
O feedback fornecido pelo sistema sensorial da visão pode promover uma contração muscular mais potente.
O Comando verbal: utiliza palavras e tom de voz apropriados para direcionar o paciente.
Preparação: prepara o paciente para a ação.
Ação: diz ao paciente para começar a ação.
Correção: orienta o paciente sobre como corrigir ou modificar a ação.
VII. TRAÇÃO E APROXIMAÇÃO
TRAÇÃO: é um alongamento do tronco ou extremidade. 
Pode ser utilizada em pacientes com dores articulares.
Objetivo: Facilitar os movimentos.
APROXIMAÇÃO: é uma aproximação do tronco ou extremidade.
Pode ser utilizada no tratamento de articulações instáveis e dolorosas.
Objetivo: Promover a estabilização.
VIII. ESTIRAMENTO
O reflexo de estiramento é provocado nos músculos sob tensão, tanto por alongamento quanto por contração.
O alongamento muscular e o reflexo de estiramento facilitam a contração e diminuem a fadiga muscular.
IX: SINCRONIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS
Sequência de movimentos. 
Ocorre de distal para proximal, devido a evolução do controle e da coordenação durante o desenvolvimento motor. 
Já para manter o equilíbrio em pé, ocorre de distal para proximal.
Objetivo: Aumentar a força da contração e diminuem a fadiga muscular.
SINCRONIZAÇÃO POR ÊNFASE: envolve a modificação da sequência normal dos movimentos para enfatizar um músculo ou atividade desejada. 
1. INICIAÇÃO RÍTMICA
É o movimento rítmico de um membro ou do corpo, realizado por meio da ADM desejada. 
Iniciado com movimento passivo e progredindo a um movimento ativo resistido.
TÉCNICAS ESPECÍFICAS DO PNF
INDICAÇÕES
Dificuldades em iniciar o movimento;
Movimento muito rápido ou muito lento;
Movimento incoordenado; 
Tensão geral.
OBJETIVOS:
Facilitar a iniciativa motora; 
Melhorar a coordenação e a percepção do movimento; 
Normalizar o ritmo do movimento, aumentando ou diminuindo;
Ensinar o movimento;
Ajudar o paciente a relaxar.
2. COMBINAÇÃO DE ISOTÔNICAS
O tratamento deve ser iniciado onde o paciente tem maior força ou melhor coordenação.
CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA: Resiste ao movimento ativo.
CONTRAÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO: Ao final do movimento, solicitamos que o paciente mantenha a posição.
 CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA: Quando a estabilização é atingida – Terapeuta pede ao paciente que permita que o membro seja movido a sua posição inicial, ou seja, retorne a posição inicial.
INDICAÇÕES:
Diminuição do controle excêntrico;
Perda da coordenação ou da habilidade em mover-se na direção desejada; 
Diminuição da amplitude ativa do movimento;
Movimentação ativa precária dentro da amplitude do movimento.
OBJETIVOS: 
Controle ativo de movimento.
Coordenação.
Aumentar a ADM ativa do movimento.
Aumentar a força muscular.
Treinar o controle excêntrico funcional do movimento.
3.REVERSÃO DE ANTAGONISTAS
3.1 Reversão dinâmica de antagonistas
 Ocorre alternância de movimento ativo, de uma direção (agonista) para a direção oposta (antagonista), sem interrupção ou relaxamento. 
Ex.: Arremessando uma bola.
OBJETIVO: Aumentar a amplitude ativa do movimento.
Indicações:
Diminuição da amplitude ativa de movimento.
Fraqueza de músculos agonistas.
Diminuiçãoda habilidade de modificar a direção do movimento.
Aparecimento de fadiga durante o exercício.
Objetivos
Aumentar a amplitude ativa do movimento.
Aumentar a força muscular.
Desenvolver a coordenação – reversão suave dos movimentos.
Evitar ou reduzir fadiga.
Aumentar a resistência. 
3.2 Reversão de estabilizações
Contrações isotônicas alternadas, com resistência oposta suficiente para prevenir o movimento. O comando é dinâmico: “ EMPURRE CONTRA AS MINHAS MÃOS” ou “NÃO DEIXE EMPURRÁ-LO” e o terapeuta permite apenas um pequeno movimento.
Aplica se resistência na direção mais forte, enquanto paciente se opõe a força. Quando a resistência for máxima, Fisioterapeuta muda a direção, aplicando a força em outra direção.
INDICAÇÃO: Diminuição de estabilidade.
OBJETIVO: Aumentar a estabilidade e o equilíbrio.
3.3 Estabilização rítmica
Contrações isométricas alternadas utilizadas contra uma resistência, com aumento de intenção de movimento.
Resistência a uma contração isométrica de agonistas.
INDICAÇÕES:
Diminuição de amplitude de movimento.
Dor ao movimento.
Instabilidade articular.
Fraqueza de grupos musculares antagonistas.
Diminuição de equilíbrio.
OBJETIVOS:
Aumentar as amplitudes ativa e passiva do movimento.
Aumentar a força muscular.
Aumentar a estabilidade e o equilíbrio.
Diminuir a dor.
4.ESTIRAMENTO REPETIDO – Contrações repetidas
4.ESTIRAMENTO REPETIDO – Contrações repetidas
Estiramento repetido no início da amplitude
O reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de alongamento.
Tensão muscular por alongamento = estímulo de estiramento.
Tensão muscular por alongamento + alongamento leve e rápido = Reflexo de estiramento.
CINESIOTERAPIA - Professora Natália Gonçalves
INDICAÇÕES:
Fraqueza muscular.
Inabilidade de realizar o movimento devido a fraqueza ou rigidez.
Fadiga.
Diminuição da consciência do movimento.
CONTRA-INDICAÇÕES:
Instabilidade articular.
Dor.
Ossos instáveis devido a fraturas ou a osteoporose. 
Lesões musculares ou de tendões.
OBJETIVOS: 
Facilitar a iniciativa motora.
Aumentar a amplitude de movimento ativo.
Aumentar a força muscular.
Prevenir ou reduzir fadiga.
Guiar o movimento na direção desejada.
ESTIRAMENTO REPETIDO – Contrações repetidas
Estiramento repetido durante a amplitude
Reflexo de estiramento provocado por músculos sob tensão de contração.
Tensão muscular por alongamento = estímulo de estiramento.
Tensão muscular por alongamento + alongamento leve e rápido = Reflexo de estiramento.
CINESIOTERAPIA - Professora Natália Gonçalves
INDICAÇÕES:
Fraqueza muscular.
Fadiga.
Diminuição da conscientização do movimento desejado.
CONTRA-INDICAÇÕES
Instabilidade articular.
Dor.
Ossos instáveis devido a fratura ou a osteoporose.
Lesões musculares ou de tendões.
OBJETIVOS:
Aumentar a amplitude ativa de movimento.
Aumentar a força muscular.
Prevenir ou reduzir a fadiga.
Guiar o movimento na direção desejada.
5.CONTRAIR-RELAXAR
Aumenta somente amplitude passiva do movimento.
*É sempre preferível o movimento ativo do paciente.
Movimento pode ser ativo ou passivo – Solicita se que o paciente realize uma forte contração do músculo encurtado –agonista. Mantem por 5 a 8 segundos – RELAXA. 
OBJETIVO: Aumentar a amplitude passiva do movimento.
INDICAÇÃO: Diminuição da amplitude passiva de movimento.
Deve ser repetido até o novo limite da ADM. 
Pode ser repetido até que não se adquira mais amplitude.
CONTRAIR – RELAXAR= CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS RESISTIDAS
MANTER – RELAXAR = CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS RESISTIDAS
6. MANTER-RELAXAR
INDICAÇÃO: Quando a contração dos músculos encurtados é muito dolorosa.
Resistência a uma CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA dos músculos sinérgicos distantes da área afetada pela dor. A resistência é aumentada de forma gradual, mantendo-se sempre em um limite a dor. Durante o relaxamento a resistência diminui gradativamente.
7. RÉPLICA
PROMOVER A APRENDIZAGEM MOTORA DE ATIVIDADES FUNCIONAIS. 
Ensinar ao paciente o resultado de um movimento ou de uma atividade é importante para o trabalho funcional e para as atividades de autocuidado.
OBJETIVOS:
Ensinar ao paciente a posição final do movimento= Resultado.
Avaliar a habilidade do paciente de sustentar uma contração quando os músculos agonistas estão em encurtamento.
CINESIOTERAPIA - Professora Natália Gonçalves

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