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Demonstrações Contábeis e Balanço Patrimonial

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ENGENHARIA ECONÔMICA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Teodoro Garbrecht 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá, caros alunos! 
Nesta aula, vamos aprender conceitos básicos sobre as demonstrações 
produzidas pela Contabilidade. As informações contábeis podem auxiliar no 
processo de análise de investimentos, desde a fase de planejamento, 
elaboração de orçamentos, controle das atividades até a análise dos 
resultados. Para isso, precisamos conhecer alguns conceitos inerentes à 
Contabilidade, além das demonstrações elaboradas pela mesma. 
A Contabilidade, de acordo com Franco (1990, p. 21), é a ciência que 
estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, 
mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, 
com o fim de fornecer informações sobre a composição do patrimônio, suas 
variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza 
patrimonial. 
Esse conceito nos indica que todas as operações da empresa são 
registradas, demonstrando a situação patrimonial e o resultado econômico da 
entidade. Por meio das demonstrações contábeis, a Contabilidade objetiva 
fornecer informações, que auxiliem os diversos usuários na tomada de 
decisões. 
As demonstrações contábeis obrigatórias de acordo com a Lei 6.404/76, 
no seu art. 176, são: 
I. Balanço patrimonial; 
II. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III. Demonstração do resultado do exercício; 
IV. Demonstração dos resultados abrangentes; 
V. Demonstração dos fluxos de caixa; 
VI. Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
 
Observação: adicionalmente devem ser preparadas Notas Explicativas, 
para auxiliar na compreensão das informações das demonstrações. 
Iremos analisar a estrutura e as informações dos dois principais 
demonstrativos: Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
 
 
 
3 
Balanço Patrimonial (BP) 
É a demonstração que evidencia a posição patrimonial e financeira de 
uma entidade, em um determinado momento. O Balanço Patrimonial é uma 
posição estática, em determinada data, que objetiva demonstrar os bens, 
direitos e obrigações da empresa. 
O registro das operações da empresa é realizado pelo Regime de 
Competência, ou seja, o registro ocorre quando a operação (compra ou venda) 
é realizada, independentemente de ter havido o pagamento ou o recebimento. 
Uma venda realizada a prazo, por exemplo, é registrada no momento em que 
ocorre a operação, e não quando o cliente efetua o pagamento. 
O BP é dividido em: 
I. Ativo: representa os bens (os ativos que a empresa possui) e direitos 
(valores que a empresa tem a receber); 
II. Passivo e Patrimônio Líquido: representam as obrigações com 
terceiros (as dívidas que a empresa tem com terceiros, conhecidos como 
capital de terceiros) e obrigações com sócios (conhecidos como capital 
próprio). 
Na sequência, é apresentada uma estrutura básica de um Balanço 
Patrimonial. 
 
 
 
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido 
Ativo circulante Passivo Circulante 
 Caixas e Equivalentes de Caixa Fornecedores 
 Caixa Empréstimos 
 Bancos Obrigações Trabalhistas 
 Aplicações Financeiras Obrigações Tributárias 
 Direitos Realizáveis Provisões 
 Contas a Receber 
(Duplicatas a Receber) 
Passivo Não Circulante 
 Estoques Fornecedores 
 Impostos a Recuperar Empréstimos 
 Despesas de Exercício Seguinte Financiamentos 
Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido 
 Realizável à Longo Prazo Capital Social 
 Créditos com Sócios e Coligadas Reservas de Capital 
 Investimentos (-) Ações em Tesouraria 
 Participações em Outras 
Empresas 
 Reservas de Lucros 
 Imobilizado Ajuste de Avaliação Patrimonial 
 Prédios, Máquinas, Veículos, etc. (-) Prejuízos Acumulados 
 (-) Depreciação Acumulada 
 
 
4 
 Intangível 
 Marcas, Patentes, Software etc. 
 (-) Amortização Acumulada 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
 
 
O total do Ativo será sempre igual ao total do Passivo, representando a 
equação: 
 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido 
 
A seguir, vamos estudar os principais grupos e as características dos 
mesmos. 
 
Ativo Circulante 
No Circulante, são classificados: os bens e direitos que se espera que 
sejam realizados, vendidos ou consumidos no ciclo operacional da entidade; os 
bens e direitos que são mantidos com o propósito de serem negociados; os 
que sejam realizáveis até doze meses após a data do balanço. São os itens de 
curto prazo e sua ordem segue a liquidez com que são transformados em 
dinheiro. São os bens e direitos com maior giro dentro da empresa, como por 
exemplo: 
 Caixa e Equivalentes de Caixa: recursos em dinheiro ou rapidamente 
transformáveis em dinheiro, como valores em Contas Bancárias ou 
Aplicações Financeiras. 
 Duplicatas a Receber: também chamadas de contas a receber, pois são 
os direitos a receber oriundos das vendas a prazo. As vendas a prazo, 
quando realizadas, configuram-se receitas, mas como não há o 
recebimento imediato, o registro ocorre como um direito a receber, na 
conta de Duplicatas a Receber. 
 Estoques: bens da empresa que serão comercializados (mercadorias) ou 
farão parte do processo produtivo (matéria-prima) para a fabricação de 
produtos (produtos acabados). 
 Despesas do Exercício Seguinte: constituem-se despesas pagas e que 
a empresa irá se beneficiar em períodos futuros. Ex: seguro de máquinas, 
que é contratado por 12 meses. Em função do regime de competência, o 
 
 
5 
registro como despesa será feito nos 12 meses em que o serviço do 
seguro estará disponível para a empresa. 
 
Ativo Não Circulante 
Registra os bens e direitos cuja realização será no prazo superior a doze 
meses. Neste grupo são registrados: os bens e direitos utilizados para as 
atividades da empresa e bens que permanecem na empresa e são destinados 
ao funcionamento normal da entidade. Divide-se em: 
 Realizável à Longo Prazo: registram-se nesse grupo os bens e 
direitos com características de Ativo Circulante, mas que serão 
realizados (transformados em dinheiro) após 12 meses do 
encerramento do balanço. Ex: uma venda a prazo, com recebimento 
previsto para 24 meses, deve ser registrada no Ativo Não Circulante. 
 Investimentos: neste grupo, registram-se as participações e 
investimentos de caráter permanente que a empresa mantem para 
valorização econômica ou para renda. Ex: empresas que compõem 
um grupo econômico podem possuir participação em outras empresas, 
denominadas de coligadas e controladas. 
 Imobilizado: destina-se à manutenção das atividades da empresa e 
possui caráter permanente. São ativos fixos utilizados pela empresa 
para a realização de suas atividades. Os bens do ativo imobilizado 
sofrem com o desgaste, obsolescência, perda tecnológica, etc., e o 
registro da diminuição de sua capacidade é feito nas contas de 
depreciação acumulada, exaustão acumulada e amortização 
acumulada. 
 Intangível: representa os bens incorpóreos, sem substância física, 
mas destinados à manutenção das atividades da empresa. Ex: direitos 
de exploração de uma marca. 
 
Passivo Circulante 
No Passivo Circulante, são classificadas: as obrigações que se espera 
que sejam liquidadas durante o ciclo operacional normal da entidade; 
obrigações mantidas essencialmente para a finalidade de ser negociado; e que 
devem ser liquidadas no período de até doze meses após a data do balanço. 
São as obrigações de curto prazo, como por exemplo: 
 
 
6 
 Fornecedores: registram as compras a prazo de mercadorias, matéria-
prima e serviços. Também chamados de duplicatas a pagar. 
 Empréstimos: valores captados junto a instituições financeiras, no qual 
a empresa necessita devolver o principal com acréscimos de juros. 
 Obrigações Trabalhistas: representam os valores de salários a pagar,férias, 13º salário, bem como encargos incidentes sobre a folha de 
pagamento. 
 Obrigações Tributárias: registram os valores que a empresa tem que 
pagar como impostos e contribuições, para entes governamentais 
federais, estaduais e municipais. 
 Provisões: representam valores e despesas que serão pagos 
futuramente, provêm de eventos que já ocorreram, mas que irão requerer 
a saída de recursos no futuro. Exemplo: provisões trabalhistas. 
 
Passivo Não Circulante 
São obrigações com terceiros assumidas pela empresa e que serão 
pagas no longo prazo, superior a 12 meses. Exemplos: fornecedores, 
empréstimos e financiamentos que possuem a data de vencimento superior a 
12 meses. 
 
Patrimônio Líquido 
Registram-se as obrigações para com sócios da empresa. Evidencia os 
capitais próprios disponibilizados pelos sócios para a entidade. Também 
registram-se nesse grupo os acréscimos de patrimônio da empresa, fonte da 
sua atividade, na forma dos lucros gerados nas atividades e não distribuídos, 
permanecendo na empresa sob a forma de reservas. 
 
Origens e Aplicações de Recursos 
O Ativo, Passivo e o Patrimônio Líquido também se constituem nas 
origens e aplicações dos recursos da empresa. A origem dos recursos provém 
de duas fontes de capitais registradas no Patrimônio Líquido e no Passivo, 
respectivamente: Próprios; ou de Terceiros. 
Os capitais próprios correspondem aos valores colocados na empresa 
pelos sócios ou ainda os recursos das próprias operações da empresa (lucro): 
 
 
7 
a. Sócios ou acionistas: quando uma empresa é constituída, existe 
a entrega de recursos por parte dos sócios ou acionistas, na forma de dinheiro, 
bens ou direitos. Este valor é registrado no Patrimônio Líquido da entidade, 
sendo o Capital Social da mesma. Posteriormente, pode ocorrer um novo aporte 
de capital por parte dos sócios, que aumentará o capital social; 
 
b. Lucros gerados pela empresa: quando as receitas superam os 
custos e despesas de um período, a empresa obtém lucro. O lucro é registrado 
no Patrimônio Líquido e, não havendo a distribuição do mesmo aos sócios e 
acionistas, esse recurso é utilizado nas operações da empresa. 
 
Os capitais de terceiros correspondem aos recursos disponibilizados à 
empresa por terceiros. Pode-se citar os: 
a. Empréstimos; 
b. Financiamentos; 
c. Debêntures; 
d. Arrendamento Mercantil; 
e. Outros. 
 
Os capitais próprios distinguem-se dos capitais de terceiros pelo: 
I. Grau de prioridade na liquidação: os capitais de terceiros devem 
necessariamente ser quitados antes; 
II. Grau de certeza quanto ao valor: os recursos emprestados por 
terceiros são regidos por contratos com valores determinados, ao 
contrário dos capitais próprios, que serão remunerados (sob a forma 
do lucro) se a empresa obtiver resultado positivo. 
III. Grau de certeza quanto à data: os mesmos contratos que 
determinam os valores também determinam as datas que os 
empréstimos e financiamentos devem ser quitados. O sócio ou 
acionista não tem uma data, dependerá dos resultados da empresa 
(se a mesma tiver resultado positivo = lucro). 
 
Os bens e direitos registrados no Ativo representam as aplicações dos 
recursos. O Passivo e o Patrimônio Líquido originam os recursos (de terceiros 
 
 
8 
e próprios) e os mesmos são aplicados na forma de bens, estoques, direitos, 
caixa etc. no Ativo da Companhia. 
 
Para saber mais: 
Para conhecer melhor o Balanço Patrimonial e as Origens e Aplicações 
dos Recursos, assista aos vídeos disponíveis a seguir: 
https://www.youtube.com/watch?v=vogdvZWmrDw 
https://www.youtube.com/watch?v=X0UvkRxkVRA 
 
Demonstração do Resultado (DR) 
A Demonstração do Resultado evidencia o resultado econômico da 
empresa em um determinado período de tempo, normalmente 12 meses. 
Evidencia se a empresa apresentou lucro ou prejuízo após a realização de 
suas atividades, pois confronta as receitas com os custos/despesas 
necessários para a realização das receitas. Se as receitas forem maiores que 
os custos/despesas, a empresa apresenta lucro no exercício. Se as receitas 
forem menores que os custos/despesas, a empresa apresenta prejuízo no 
período. 
Os registros efetuados na Demonstração de Resultado são realizados 
seguindo o princípio de competência, que, como já foi visto, evidencia as 
operações mesmo que não tenha ocorrido ainda o recebimento (nas vendas) 
ou pagamentos (nos custos e despesas). 
A estrutura de uma Demonstração do Resultado está apresentada na 
sequência e depois detalhada, com base na Lei nº 6.404/76 e normas da CVM. 
Clique no botão abaixo para visualizar: 
A seguir, vamos dividir em tópicos e olhar as características de cada 
grupo. 
 (+) Receita Operacional Bruta 
 Venda de Produtos, Mercadorias e Serviços 
(-) Deduções de Vendas 
 Devoluções / Abatimentos / Impostos Sobre 
Vendas 
(=) Receita Líquida 
(-) Custos dos Produtos Vendidos, Mercadorias 
ou Serviços 
(=) Lucro Bruto 
(+/-) Receitas e Despesas Operacionais 
(-) Despesas 
com Vendas 
 
https://www.youtube.com/watch?v=vogdvZWmrDw
https://www.youtube.com/watch?v=X0UvkRxkVRA
 
 
9 
(-) Despesas Administrativas 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
(+) Resultado de Equivalência Patrimonial 
(=) Resultado antes do Resultado Financeiro e 
dos Tributos 
(+/-) Resultado Financeiro 
(=) Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro 
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social 
sobre o Lucro 
(=) Resultado Líquido das Operações 
Continuadas 
(+/-) Resultado Líquido de Operações 
Descontinuadas 
(=) Lucro/Prejuízo do Período 
 
 
Receita Operacional Bruta 
Neste grupo, são registradas todas as vendas efetuadas pela empresa, 
pelo princípio de competência, ou seja, registram-se tanto as vendas à vista, 
quanto as vendas a prazo, dentro de um determinado período de tempo, o 
exercício social da empresa. 
 Vendas das empresas indústrias = Vendas de Produtos; 
 Vendas das empresas comerciais = Vendas de Mercadorias; 
 Vendas de empresas prestadoras de serviços = Prestação 
de Serviços. 
 
Deduções das Vendas 
As deduções das vendas são operações que reduzem diretamente das 
vendas, como: 
I. Vendas Canceladas; 
II. Devoluções de Vendas; 
III. Abatimentos Sobre Vendas; 
IV. Descontos Incondicionais; 
V. Impostos Sobre Vendas. 
 
Os impostos sobre vendas incidem diretamente sobre a receita 
operacional bruta, e citamos os seguintes (clique nos botões): 
 
 
10 
Federal: Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI); Programa de 
Integração Social (PIS); Contribuição para Financiamento da Seguridade Social 
(COFINS). 
Estadual: Imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, 
intermunicipal e de comunicação (ICMS). 
Municipal: Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
A incidência do imposto dependerá do tipo de empresa. Sobre as 
vendas das empresas industriais, incidirá o IPI, PIS, COFINS e ICMS. As 
empresas comerciais recolhem PIS, COFINS e ICMS. Nas vendas das 
empresas prestadoras de serviços incide o PIS, COFINS e o ISS. 
 
Dependendo do tipo de prestação de serviço realizadas pelas empresas 
prestadoras de serviços, incidirá também ICMS. 
 
Receita Líquida 
É o resultado das receitas brutas menos as deduções, descritas no 
tópico anterior. Corresponde ao valor que a empresa recebe pelas vendas de 
seus produtos, após as deduções, e que será confrontado com os custos e 
despesas, para a apuração do resultado do período. 
 
Custo dos Produtos Vendidos, Mercadorias Vendidas e Serviços 
Prestados 
Em uma empresa industrial, corresponde aos gastos realizados pela 
empresa para a fabricação de um produto, desde os insumos diretos, como a 
matéria-prima e mão de obra direta, até os gastos indiretos de fabricação, 
como aluguel da fábrica, mão de obra indireta, depreciação dos equipamentos, 
entreoutros. Já em uma empresa comercial, corresponde basicamente ao 
custo de aquisição da mercadoria para revenda. As prestadoras de serviços 
apresentam seus custos principalmente de mão de obra, mas podem também 
ter custos de materiais, se fornecerem os mesmos na prestação de serviço. 
Os produtos e mercadorias são registrados inicialmente no estoque da 
empresa e, por ocasião da venda, baixados do estoque e transferidos para as 
contas de custo da DR. Nas próximas aulas, vamos explorar mais os gastos, 
custos e despesas. 
 
 
11 
 
Lucro Bruto 
É o resultado da Receita Líquida menos os custos (CPV/CMV ou CSP). 
Demonstra o lucro da empresa após deduzidos os custos, mas, antes das 
despesas e receitas operacionais. Demonstra quanto de lucro a empresa tem 
para o pagamento das despesas. 
 
Receitas e Despesas Operacionais 
Neste item, são considerados todos os valores referentes às despesas, 
necessárias para a empresa desenvolver suas atividades, mas não diretamente 
relacionadas ao produto vendido. Como exemplos de despesas, temos as 
administrativas, com vendas, marketing, dentre outras. 
Nesse grupo, também figuram as outras receitas operacionais, que não 
são as receitas das atividades principais da empresa, como a venda de 
produtos, mercadorias ou prestação de serviços. Como outras receitas 
podemos citar: as vendas dos ativos imobilizados, investimentos e intangíveis; 
os resultados da Equivalência Patrimonial (investimento em outras empresas); 
e receitas eventuais. 
 
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 
Corresponde ao resultado do lucro bruto menos as receitas/despesas 
operacionais. É o resultado da empresa antes das receitas/despesas 
financeiras e o valor dos impostos sobre o resultado da empresa (imposto de 
renda e contribuição social). 
 
Resultado Financeiro 
Compreende as receitas financeiras, como receitas com juros, 
descontos obtidos, variações cambiais, variações monetárias, dentre outros; e 
as despesas financeiras, como os pagamentos de juros, descontos concedidos, 
variações cambiais passivas, variações monetárias passivas. Esse grupo 
objetiva demonstrar as operações financeiras realizadas pelas empresas. 
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro 
São impostos federais que incidem sobre o lucro do exercício. O lucro 
tributado é denominado de lucro fiscal. 
 
 
 
12 
Resultado Líquido das Operações Continuadas 
Compreende o resultado (lucro ou prejuízo) das operações que a 
empresa pretende continuar nos próximos períodos. A divisão entre operações 
continuadas e descontinuadas permite que o usuário da informação contábil 
identifique operações que a empresa não manterá, ou ainda, aquelas que ela já 
não mantém. 
 
Resultado Líquido das Operações Descontinuadas 
Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi 
baixado ou está classificado como mantido para venda. Pode ser uma linha 
separada de negócios, uma área geográfica de operações, uma controlada que 
foi adquirida com objetivo de revenda, entre outras. Compreende as receitas e 
despesas das operações que a entidade determinou como descontinuadas, ou 
seja, que não permanecerão sob controle da entidade. 
 
Lucro ou Prejuízo do Período 
É o resultado contábil do período analisado. O lucro ou prejuízo é o 
ganho destinado aos sócios ou acionistas. A sua destinação é determinada 
pela lei, pelo estatuto ou contrato social da empresa. Para as empresas 
Sociedades Anônimas, a DR demonstra o lucro ou prejuízo por ação. 
 
Para saber mais: 
Aprofunde seus conhecimentos sobre a Demonstração do Resultado do 
Exercício e seu relacionamento com o Balanço Patrimonial, assista ao vídeo 
abaixo. Em seguida, veja outro modelo de Demonstração do Resultado, 
clicando no botão a seguir. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=uVc7Gih4DNg 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm 
 
Gastos 
É a aquisição de um bem, produto, mercadoria ou serviço, mediante o 
sacrifício da troca. Os gastos implicam em saídas de recursos da empresa, e 
os pagamentos realizados para a aquisição de um bem ou serviço representam 
https://www.youtube.com/watch?v=uVc7Gih4DNg
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm
 
 
13 
os desembolsos. Os desembolsos podem ocorrer antes, durante ou, ainda, 
após o bem ou serviço ser adquirido. Gastos podem ser: 
I. Investimentos; 
II. Custos; 
III. Despesas. 
 
Investimentos 
É um gasto que é ativado pela empresa, representando bens, direitos, 
estoques, dentre outros. Os investimentos compreendem os ativos fixos da 
empresa, que são adquiridos para geração de renda, permanecendo na 
empresa durante a sua vida útil (exemplo: Ativo Imobilizado), ou em função dos 
benefícios futuros que os mesmos proporcionarão à empresa (exemplo: 
matérias-primas). 
 
Custos 
É um gasto reconhecido como custo no momento em que há o efetivo 
consumo dos fatores produtivos no processo de produção. 
Uma matéria-prima, ao ser adquirida e permanecer no estoque, é um 
investimento realizado pela empresa. Quando a matéria-prima é consumida no 
processo de fabricação de um novo produto, torna-se nesse momento um 
custo para a fabricação do bem. Os custos não são somente os bens tangíveis 
(corpóreos) utilizados no processo de produção, mas tudo o que é necessário à 
fabricação do produto. Como exemplo, temos a mão de obra direta, a energia 
elétrica, a depreciação, dentre outros. 
Quando o produto fabricado estiver concluído, passa novamente a ser 
um investimento para a empresa, com o objetivo de gerar resultados futuros. 
 
Despesas 
É um gasto que a empresa tem que representa um sacrifício com o 
objetivo de gerar renda, e não um produto. São gastos necessários para que a 
empresa consiga vender e distribuir os produtos, mercadorias ou serviços. As 
despesas não estão diretamente relacionadas com a fabricação dos produtos 
da empresa, mas, são gastos necessários para que se consiga gerar renda 
com a venda do item. 
 
 
 
14 
Perdas 
A perda é um evento de natureza anormal, involuntária e imprevisível, 
que uma empresa sofre em relação aos seus recursos 
produtivos/investimentos que, por sua vez, lhe prejudica de alguma forma; por 
exemplo: incêndios, furtos, greves etc. Não é um sacrifício realizado com o 
objetivo de obter renda, portanto, não é considerado custo ou despesa. 
Se a empresa tiver desperdícios no seu processo produtivo, por exemplo 
sobras ou rebarbas de matéria-prima, consideradas necessárias e “normais” no 
processo de fabricação, as mesmas não são consideradas perdas, mas 
integrantes do processo de produção. 
 
 
Custos e suas 
nomenclaturas 
Vamos, 
agora, analisar os 
custos e suas 
classificações. As 
principais 
classificações dos custos são em: (i) Diretos ou Indiretos; e (ii) Variáveis ou 
Fixos. 
 
Custos Diretos 
São gastos facilmente identificados quanto aos produtos a que 
pertencem, como por exemplo a matéria-prima e a mão de obra direta. 
Relacionam-se com os produtos fabricados, sendo facilmente alocados direta e 
objetivamente. 
 
Custos Indiretos 
São os custos de natureza mais gerais dentro da empresa, não sendo 
elementos que participam diretamente na produção de um ou mais de um 
produto. Não é possível alocá-los de modo direto ou objetivamente aos 
produtos fabricados pela empresa. 
Nesse caso, a atribuição de tais custos aos produtos deve ser feita com 
a utilização de critérios de alocação ou rateios. Algumas vezes, os critérios 
 
 
15 
tornam-se arbitrários, mas existe a necessidade de adotar critérios que não 
distorçam a divisão dos custos entre os produtos ou linhas de produtos. Como 
exemplo, pode-se citar a mão de obra da supervisão da fábrica ou linha de 
montagem. 
Esses custos não são ligados diretamente a um determinado produto, 
mas, sim, ao conjunto completo de produtos. Nesse caso, precisa seralocado 
utilizando critérios de rateio. 
 
Exemplos de Custos Diretos e Indiretos: 
a) Custos Diretos: 
 Matéria-prima direta; 
 Mão de obra direta; 
 Materiais consumidos diretamente no processo produtivo; 
 Materiais de embalagem; 
 Componentes do processo de produção; 
 Energia elétrica que possa ter seu consumo mensurado no processo 
de produção etc. 
 
b) Custos Indiretos: 
 Mão de obra indireta; 
 Supervisão da Fábrica; 
 Manutenção dos Equipamentos; 
 Depreciação dos Equipamentos; 
 Energia gasta na iluminação da fábrica; 
 Água; 
 Material de expediente; 
 Aluguel etc. 
 
Custos Variáveis 
Os custos variáveis variam na medida em que ocorrem alterações nos 
volumes de produção. Esses custos apresentam correlação entre suas 
quantidades consumidas na produção e as quantidades fabricadas de produto. 
Quando ocorre um aumento na quantidade produzida, ocorre o aumento do 
recurso produtivo, utilizado no processo de fabricação do mesmo. Como 
exemplo principal, temos a matéria-prima. 
 
 
16 
Custos Fixos 
São os gastos que não se alteram em virtude de modificações na 
quantidade produzida, permanecendo constante, desde que não ocorra um 
aumento da capacidade instalada da fábrica, o que produzirá um aumento dos 
custos fixos. Embora sejam custos fixos, os mesmos podem alterar-se. O custo 
fixo não se altera em função da quantidade produzida, mas seus valores 
podem alterar-se. Um exemplo que podemos citar é o do aluguel da fábrica, 
que é um custo fixo, mas pode alterar-se em função de reajustes nos alugueis. 
O custo fixo pode ser repetitivo (quando é constante em um determinado 
período) ou não repetitivo (o valor não é o mesmo em todos os períodos). 
Outras Classificações: Custos Primários ou de Transformação; 
Controlável e Não Controlável; Meta e Padrão. 
 
Para saber mais: 
Assista aos vídeos abaixo para compreender melhor a classificação dos 
custos. 
https://www.youtube.com/watch?v=_7BrfWI7eoc 
https://www.youtube.com/watch?v=ggarPLu4XrM 
 
Custo dos Produtos Vendidos 
Como vimos, a matéria-prima é um custo utilizado no processo de 
fabricação de um produto final, chamado de produto acabado. O produto 
acabado enquanto permanecer no estoque da empresa, é um investimento 
realizado pela companhia. 
Quando o produto é vendido, o mesmo deve ser baixado do estoque e 
transferido para a Demonstração do Resultado, no Grupo de Custos dos 
Produtos Vendidos. O Custo dos Produtos Vendidos compõe-se de custos 
diretos e indiretos, utilizados na fase de produção. 
Se for uma empresa comercial, o termo é Custo das Mercadorias 
Vendidas e se for uma prestadora de serviços, é Custo dos Serviços 
Prestados. Para a determinação dos custos dos produtos vendidos (ou 
mercadorias ou serviços), são necessárias três etapas. Envolve encontrar o 
que foi gasto na produção em determinado período. Utilizaremos a fórmula: 
CP = MD + MOD + CIF 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_7BrfWI7eoc
https://www.youtube.com/watch?v=ggarPLu4XrM
 
 
17 
Na qual: 
CP = Custos de Produção 
MD = Materiais Diretos 
MOD = Mão de Obra Direta 
CIF = Custo Indiretos de Fabricação 
 
Os materiais diretos são os insumos aplicados diretamente nos 
produtos, como matéria prima, embalagens, materiais de consumo, etc. A mão 
de obra direta é aquela utilizada diretamente na transformação do produto. 
Os custos indiretos são os demais custos, não aplicáveis diretamente ao 
produto e que necessitam de uma alocação com o uso de critérios específicos 
para dividir os custos pelos produtos ou linhas de produtos. Por exemplo, para 
fabricação de móveis, precisamos dos seguintes materiais em determinado 
período: 
a) Materiais Diretos Madeira R$ 1.000,00 
Tinta R$ 200,00 
Colas R$ 100,00 
Parafusos R$ 50,00 
 
b) Mão de Obra Direta Mão de Obra Direta R$ 900,00 
c) Custos Indiretos Mão de Obra Supervisão R$ 500,00 
Ferramentas R$ 100,00 
Depreciação R$ 200,00 
 
CP = MD + MOD + CIF 
CP = 1.350,00 + 900,00 + 800,00 
CP = R$3.050,00 
 
Custo da Produção Acabada (CPA) 
O custo da produção acabada é o valor total que saiu da produção e foi 
compor o estoque da empresa, como produto pronto. Ele é obtido 
considerando quanto a empresa já tinha de gasto no período anterior na forma 
de estoque inicial de produto em processo (EIPP) mais o que foi adicionado no 
período, isto é, o CP que foi calculado anteriormente menos o que sobrou na 
produção no final do período (EFPP): 
 
 
18 
CPA = EIPP + CP - EFPP 
 
No qual: 
EIPP = Estoque Inicial de Produto em Processo 
CP = Custo de Produção 
EFPP = Estoque Final de Produto em Processo 
Exemplo: 
Utilizando os mesmos valores anteriores, vamos supor que o saldo 
anterior era de R$ 1.200,00 e o saldo final foi de R$ 1.450,00, em determinado 
período: 
CPA = EIPP + CP - EFPP 
CPA = 1.200,00 + 3.050,00 – 1.450,00 
CPA = R$ 2.800,00 
 
No período, foram concluídos (terminados ou acabados) produtos no 
valor de R$ 2.800,00. 
 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
Corresponde ao custo do produto que foi comercializado no período. É o 
valor do estoque inicial somado com o custo da produção acabada menos o 
estoque final de produção acabada. É o valor efetivamente vendido dos 
produtos no período. 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
No qual: 
CPV = Custos dos Produtos Vendidos 
EIPA = Estoque Inicial dos Produtos Acabados 
CPA = Custo dos Produtos Acabados 
EFPA = Estoque Final dos Produtos Acabados 
 
Exemplo: 
Utilizando os mesmos valores anteriores, vamos supor que o saldo 
anterior era de R$ 1.000,00 e o saldo final foi de R$ 1.200,00, em determinado 
período: 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
 
19 
CPV = 1.000,00 + 2.800,00 – 1.200,00 
CPV = R$ 2.600,00 
 
No período foram vendidos bens e o custo dos produtos vendidos foi de 
R$ 2.600,00. 
 
Como vimos, os gastos em bens como prédios, máquinas e 
equipamentos, dentre outros, são registrados como um Imobilizado da 
companhia, e serão utilizados para a geração de renda para a empresa, 
compondo os investimentos da empresa. 
Mas os bens, com o passar do tempo, tem sua capacidade produtiva 
diminuída, em função de desgaste pelo uso, desgaste pela ação do tempo ou 
ainda pela própria obsolescência tecnológica. O registro dessa perda no valor 
dos bens é denominado de depreciação, amortização ou exaustão. 
 
Depreciação 
É a diminuição do valor dos bens de uso da empresa, pelo desgaste, 
ação da natureza ou obsolescência. A depreciação é calculada sobre os bens 
materiais, corpóreos ou tangíveis, classificados no Ativo imobilizado. 
O registro é feito periodicamente, diminuindo-se o valor do bem (por 
meio da criação de uma conta redutora) e contabilizando-se como Custo ou 
Despesa, dependendo do uso do bem, se no processo produtivo, para a 
geração dos produtos, ou utilizados nos processos administrativos, de vendas, 
dentre outros, necessários à empresa, mas não diretamente ligados à 
fabricação dos produtos. 
 
Amortização 
Corresponde à diminuição de valor de um ativo intangível, ao longo da 
sua vida útil. 
Os bens que possuem existência ou duração limitada possuem o 
registro da diminuição do valor do capital aplicado ao longo do prazo legal ou 
contratualmente limitado. Como exemplo, se a empresa tem uma determinada 
marca ou patente e pode utilizar por um período de tempo determinado, o valor 
amortizável desse item será calculado em função do prazo legal ou contratual 
que poderá utilizar. 
 
 
20 
 
Exaustão 
Exaustão está relacionada com a redução da capacidade de um recurso 
mineral ou florestal. Os recursos minerais ou florestais possuem sua 
capacidade física exaurida, à medida que ocorre a extração dos referidos 
recursos. 
Se uma determinada jazida tem seu prazo de uso determinado em 
contrato (o prazo de concessão), os valores gastos para sua aquisição devem 
sofrer exaustão no período do contrato. Se a mesma jazida não tem umprazo 
de extração, mas sabe-se a quantidade possível de minério a ser extraído, o 
valor da exaustão corresponderá ao percentual extraído do total em 
determinado período. Ex: se uma mina de carvão tem capacidade de 10.000 
toneladas e em determinado período foram extraídas 1.000 toneladas, a quota 
de exaustão corresponde a 10% do valor de aquisição da mina. 
 
Métodos de Cálculo da Depreciação 
A partir de 2008, com a adoção das Normas Internacionais de 
Contabilidade, existe a depreciação para fins fiscais, com taxas de depreciação 
determinadas pela Receita Federal e a depreciação com base na vida útil do 
bem. A vida útil econômica do bem é determinado pela empresa, com base em 
estudos e na real capacidade de produção do bem. 
As empresas devem utilizar a depreciação fiscal para o atendimento ao 
fisco e a depreciação com base na vida útil para a contabilização da Despesa 
com Depreciação, que, dependendo da utilização do bem, será um custo dos 
produtos fabricados ou uma despesa. O cálculo da depreciação é realizado 
mensalmente e o valor a ser depreciado é chamado de Valor Depreciável, que 
corresponde ao valor original de aquisição menos o valor residual. O valor 
residual é o valor que a empresa estima que irá conseguir com a venda do bem 
no final da vida útil para a empresa. Veremos os principais métodos a seguir. 
 
Método Linear ou Constante 
São aplicadas taxas constantes durante o tempo de vida útil estimada 
para o bem. É o método mais utilizado. A depreciação por esse método é 
calculada dividindo-se o valor depreciável pelo tempo de vida útil do bem, e é 
representado pela seguinte fórmula: 
 
 
21 
 
Depreciação = (Valor Custo - Valor Residual) / Vida útil 
 
 
Valor do Bem = R$10.000,00 
Valor Residual = R$ 2.320,00 
Valor a ser depreciado = R$ 7.680,00 
Vida útil estimada = 4 anos 
Depreciação Anual = 7.680,00 / 4 = 1.920,00 
Depreciação Mensal = 7.680,00 / 48 = 160,00 
 
Método da Soma dos Dígitos ou soma dos algarismos dos anos 
Neste método as taxas são variáveis, determinadas pela soma dos 
algarismos que formam o tempo de vida útil do bem, que representam o 
denominador da fração. A depreciação é maior no início e menor no final, 
representando a maior produtividade no início do período e menor 
produtividade nos anos seguintes. 
Valor do Bem = R$10.000,00 
Valor Residual = R$ 2.320,00 
Valor a ser depreciado = R$ 7.680,00 
Vida útil estimada = 4 anos 
Soma dos dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 
1º ano = (4 / 10) x 7.680,00 = 0,4 x 7.680,00 = 3.072,00 
2º ano = (3 / 10) x 7.680,00 = 0,3 x 7.680,00 = 2.304,00 
3º ano = (2 / 10) x 7.680,00 = 0,2 x 7.680,00 = 1.536,00 
4º ano = (1 / 10) x 7.680,00 = 0,1 x 7.680,00 = 768,00 
 
Método das Horas de Trabalho / Utilizadas 
Existem equipamentos que tem a vida útil estimada em horas de 
trabalho e nesse caso a depreciação pode ser calculada com base nas horas 
trabalhadas. A quota anual de depreciação é expressa pela seguinte fórmula: 
 
 
 
22 
 
Valor do Bem = R$10.000,00 
Valor Residual = R$ 2.320,00 
Valor a ser depreciado = R$ 7.680,00 
Quota de depreciação anual (1º período) = 800 / 10.000 horas = 0,08 ou 
8% 
Depreciação 1º período = 7.680,00 x 0,08 = 614,40 
Quota de depreciação anual (2º período) = 1.200 / 10.000 horas = 0,12 
ou 12% 
Depreciação 2º período = 7.680,00 x 0,12 = 921,60 
E assim sucessivamente até depreciar todas as 10.000 horas 
disponíveis para uso da máquina. 
 
Método das Unidades Produzidas 
Esse método determina a taxa de depreciação com base no número de 
unidades produzidas. É utilizado para o cálculo da depreciação de 
equipamentos que possuem sua limitação em relação ao total de unidades 
produzidas. A quota anual de depreciação é expressa pela seguinte fórmula: 
 
Valor do Bem = R$10.000,00 
Valor Residual = R$ 2.320,00 
Valor a ser depreciado = R$ 7.680,00 
Quota de depreciação anual (1º período) = 60.000 / 600.000 unidades = 
0,10 ou 10% 
Depreciação 1º período = 7.680,00 x 0,10 = 768,00 
Quota de depreciação anual (2º período) = 80.000 / 6000.000 unidades 
= 0,13333 ou 13,33% 
Depreciação 2º período = 7.680,00 x 0,13333 = 1.024,00 
E assim sucessivamente até depreciar todas as 600.000 unidades que 
forem produzidas. 
 
 
 
 
23 
Para saber mais: 
Para entender mais sobre os conceitos de depreciação, vida útil dos 
ativos, métodos de cálculos e teste de recuperabilidade de ativos, assista o 
vídeo listado a seguir. 
https://www.youtube.com/watch?v=PQH6P7s_gQk 
 
https://www.youtube.com/watch?v=PQH6P7s_gQk

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