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Imunidade Inata e Adquirida

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Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
Imunidade Inata e Adquirida 
• Imunidade significa proteção contra doença e, mais especificamente, doença 
infecciosa além de fungos e parasitas, como protozoários e vermes. 
• O sistema imunológico é constituído por uma intrincada rede de órgãos, células e 
moléculas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, combatendo as 
agressões em geral. 
• As células e moléculas responsáveis pela imunidade constituem o sistema imune, e sua 
resposta coletiva e coordenada à entrada de substâncias estranhas é denominada 
resposta imune. 
RESPOSTA INESPECÍFICA (IMUNIDADE INATA) 
 
RESPOSTA ESPECÍFICA 
(IMUNIDADE ADQUIRIDA) 
 
PRIMEIRA LINHA DE COMBATE SEGUNDA LINHA DE COMBATE TERCEIRA LINHA DE COMBATE 
 
BARREIRAS NATURAIS 
 
INFLAMAÇÃO 
1- ANTICORPOS 
2- RESPOSTA IMUNE CELULAR 
1- PELE E MUCOSAS 
2- SECREÇÕES 
3- FLORA NATURAL 
4- PERISTALTISMO 
1- CÉLULAS FAGOCITÁRIAS 
2- SUBSTÂNCIAS ANTIMICROBIANA 
3- COMPLEMENTO 
4- ALTAS TEMPERATURAS 
 
IMUNIDADE INATA: (INESPECÍFICA) 
• É essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou dias após a infecção, antes 
que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. 
• A imunidade inata é mediada por mecanismos que já existem antes da ocorrência de uma infeção 
(por isso inata) e que facilitam rápidas respostas contra microrganismos invasores. 
• Na imunidade inata, a primeira linha de defesa é fornecida por barreiras epiteliais da pele e tecidos 
da mucosa e por células e antibióticos naturais presentes no epitélio, os quais funcionam para 
bloquear a entrada dos microrganismos. 
• Se os microrganismos violarem o epitélio e alcançarem os tecidos ou a circulação, eles são atacados 
pelos fagócitos, linfócitos especializados chamados de células linfóides, que incluem as células 
natural killer e várias proteínas plasmáticas, incluindo as proteínas do sistema complemento. 
• Todos esses mecanismos da imunidade inata especificamente reconhecem e reagem contra os 
microrganismos. Além de fornecer a defesa precoce contra infecções, as respostas imunes inatas 
amplificam as respostas imunes adaptativas contra os agentes infecciosos. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
• Seus mecanismos compreendem barreiras físicas, químicas e biológicas, componentes celulares e 
moléculas solúveis. 
• Barreiras Físicas: Pele, mucosas, tratos respiratórios e geniturinário, secreções, flora natural e 
peristaltismo. 
• Barreiras Químicas: pH, ácidos graxos, moléculas microbicidas. 
• Células Fagocíticas: Granulócitos e Macrófagos 
ETAPAS: 
• Reconhecimento molecular dos agentes agressores; 
• Ativação de vias bioquímicas intracelulares que resultam em modificações vasculares e teciduais; 
• Produção de mediadores com efeitos locais e sistêmicos no âmbito da ativação e proliferação 
celulares; 
• Síntese de novos produtos envolvidos na quimioatração e migração de células especializadas na 
destruição e remoção do agente agressor, e a recuperação tecidual com o restabelecimento 
funcional do tecido ou órgão. 
CÉLULAS: 
• Neutrófilos: envolve as células doentes e as destroem. 
• Eosinófilos: agem contra parasitas. 
• Basófilos: relacionado com alergias. 
• Fagócitos: realizam fagocitose de patógenos. 
• Monócitos: penetram os tecidos para os defender dos patógenos. 
• Células NK: liberação de grânulos líticos e morte de células infectadas com vírus e outros agentes 
ativos. 
• Fagocitose: (“ingestão celular”). Consiste no engolfamento de uma partícula por uma célula. 
Macrófagos e PMNs (antes chamados de “micrófagos”) são as células fagocíticas mais importantes. 
A grande maioria dos materiais estranhos que entra nos tecidos acaba sendo eliminada por esse 
mecanismo. 
• Defensinas: Peptídeos antimicrobianos de particular importância para a proteção inicial dos pulmões 
e do trato digestório contra bactérias. 
• Lisozima (muramidase): Trata-se de uma enzima secretada por macrófagos que ataca a parede 
celular de algumas bactérias. 
• Complemento: Consiste em um grupo de proteínas encontradas no soro que, uma vez ativadas, 
produzem efeitos inflamatórios disseminados, além de lise bacteriana, etc. Algumas bactérias ativam 
o complemento diretamente, enquanto outras o ativam somente com a ajuda de anticorpos. 
• Lise: Vazamento irreversível do conteúdo celular subsequente ao dano à membrana. Para uma 
bactéria, a lise seria fatal. 
• Mastócito: Célula tecidual ampla que libera mediadores inflamatórios quando danificada e também 
sob influência de anticorpo. Ao aumentar a permeabilidade vascular, a inflamação permite que 
moléculas de complemento e células oriundas do sangue entrem nos tecidos. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
• PMN: O leucócito polimorfonuclear (80% das células brancas encontradas no sangue humano) é 
uma célula sanguínea “varredora” (scavenger) dotada de grânulos que contêm enzimas 
bactericidas poderosas. Seu nome deriva do formato peculiar do núcleo. 
• MAC: O macrófago é uma célula tecidual grande que remove tecidos danificados, células, 
bactérias etc. PMNs e macrófagos são ambos oriundos da medula óssea, sendo por isso conhecidos 
como células mieloides. 
• CD: As células dendríticas apresentam antígenos para células T e, assim, iniciam todas as respostas 
imunes dependentes de células T. Não devem ser confundidas com as células dendríticas foliculares, 
que armazenam antígenos para as células B 
TIPOS DE BARREIRAS: 
• Barreiras físicas e mecânicas: retardam/impedem a entrada de moléculas e agentes 
infecciosos. 
• Barreiras fisiológicas: inibem/eliminam o crescimento de microrganismo patogênicos devido 
a temperatura corporal. 
• Barreiras celulares: edocitam/ fogocitam as partículas e microrganismos estranhos, 
eliminando-os. 
• Barreira inflamatória: reação a infecções com danos tecidulares, induzem células fagocitárias 
para área afetada. 
IMUNIDADE ADAPTATIVA: (ESPECÍFICA) 
• Se desenvolve como uma resposta a infecção e se adapta à infecção, ele reconhece e reage a 
um grande número de substâncias microbianas e não microbianas. As características que definem 
a imunidade adaptativa são a habilidade de distinguir entre diferentes substâncias, chamada 
especificidade, e a habilidade de responder mais vigorosamente a exposições repetidas ao 
mesmo microrganismo, conhecida como memória. 
• Só são ativadas quando atravessam barreiras e podem ser reconhecidas. 
• A imunidade é adquirida por contato com o invasor e específica apenas para o invasor. 
• Consiste em linfócitos e nos seus produtos, como os anticorpos. As respostas imunes adaptativas são 
especialmente importantes para a defesa contra microrganismos infecciosos que são capazes de 
causar doença para os seres humanos e que podem ter evoluído para resistir à imunidade inata. 
• Enquanto os mecanismos da imunidade inata reconhecem estruturas compartilhadas por classes 
de microrganismo, as células da imunidade adaptativa (linfócitos) expressam receptores que 
reconhecem especificamente uma variedade mais ampla de moléculas produzidas por 
microrganismos, bem como substâncias não infecciosas. 
• Qualquer substância especificamente reconhecida pelos linfócitos ou por anticorpos é chamada 
de antígeno. As respostas imunes adaptativas muitas vezes usam as células e moléculas do sistema 
imune inato para eliminar os microrganismos, e a imunidade adaptativa funciona para aumentar 
consideravelmente esses mecanismos antimicrobianos da imunidade inata. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
• Por exemplo: Os anticorpos (que são componentes da imunidade adaptativa) se ligam aos 
microrganismos, e estes microrganismos revestidos avidamente se ligam aos fagócitos 
(componentes da imunidade inata), ativando-os e os levando a ingerir e destruir os 
microrganismos. 
• Geram mecanismos que são especializados para combater tipos diferentes de infecções: 
Anticorpos - microrganismosem fluidos extracelulares. 
Linfócitos T ativados - microrganismos intracelulares. 
• Fases de ativação 
 
TIPOS DE IMUNIDADE ADAPTATIVA: 
Os dois tipos de imunidade adaptativa, chamados de imunidade humoral e imunidade celular, são 
mediados por diferentes células e moléculas e fornece defesa contra microrganismos extracelulares 
e microrganismos intracelulares, respectivamente. 
• Imunidade humoral: 
• É mediada por proteínas chamadas de anticorpos, os quais são produzidos por células 
chamadas de linfócitos B. 
• Os linfócitos B maturam parcialmente na medula óssea, entram na circulação e povoam os 
órgãos linfóides periféricos. 
• Os anticorpos secretados por plasmócitos entram na circulação e nos fluidos das mucosas e 
neutralizam ou eliminam microrganismos e toxinas microbianas que estão presentes fora das 
células do hospedeiro, no sangue, no fluido extracelular derivado a partir do plasma e nos 
lúmens dos órgãos da mucosa, tais como os sistemas gastrointestinal e respiratório. 
• Uma das funções mais importantes dos anticorpos é impedir que os microrganismos que estão 
presentes nas superfícies mucosas e no sangue obtenham acesso e colonizem as células 
hospedeiras e os tecidos conjuntivos. 
• Desta forma, os anticorpos evitam que as infecções se estabeleçam. Os anticorpos não 
podem ter acesso aos microrganismos que vivem e se dividem dentro das células infectadas. 
•Imunidade celular: 
• É mediada pelas células, que são os chamados linfócitos T. 
• Os linfócitos T surgem da medula óssea e completam seu desenvolvimento no timo entram 
na circulação e vão semear os órgãos linfóides periféricos. 
• Alguns linfócitos T ativam os fagócitos para destruir microrganismos que foram ingeridos pelos 
fagócitos para vesículas intracelulares. Os outros linfócitos T eliminam qualquer tipo de células 
hospedeiras que estão abrigando os microrganismos infecciosos no citoplasma. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
• Em ambos os casos, as células T reconhecem os antígenos microbianos que são exibidos na 
superfície da célula hospedeira, que indicam que há um microrganismo no interior da célula. 
• As especificidades dos linfócitos B e T diferem em aspectos importantes. A maioria das células 
T reconhece unicamente antígenos de proteínas, enquanto as células B e os anticorpos são 
capazes de reconhecer muitos tipos diferentes de moléculas, incluindo proteínas, 
carboidratos, ácidos nucleicos e lipídeos. 
CÉLULAS QUE CONECTAM O SISTEMAS IMUNES INATO E ADAPTATIVO: 
• Uma sub-divisão especializada de células chamadas células apresentadoras de antígenos 
(APCs) 
• São leucócitos que têm papel importante na imunidade inata e agem como um conector 
para o sistema imune adaptativo ao participar na ativação de células T auxiliares (células 
Th): 
• Células dendríticas e macrófagos 
LINFÓCITOS T - CONSTITUEM DIFERENTES SUB-POPULAÇÕES COM VARIEDADE DE 
FUNÇÕES. 
• Linfócitos T auxiliares (Ta1) (T ”helper” Th1) – CD4 + Interagem com os fagócitos 
mononucleares auxiliando - os na destruição de patógenos intracelulares. (Resposta celular) 
• Linfócitos T auxiliares 2 (Ta2) (T “helper” Th2) – CD4+ Interagem com os linfócitos B auxiliando-
os na divisão e na diferenciação celular e na produção de anticorpos - destruição 
extracelular de patógenos e toxinas . (Resposta humoral) 
• Linfócitos T citotóxicos (Tc) - CD8+ – Destroem as células do hospedeiro que se tornam 
infectadas por vírus, por outros parasitas intracelulares ou células tumorais (citotoxicidade). 
 
 
 
 
MARCADORES CELULARES CD4+ E CD8+ POR EX.: 
• Células separadas por proteínas de superfície em painéis de anticorpos monoclonais. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
• A nomenclatura standard é o " CD " (“cluster of differentiation” = agrupamento de 
diferenciação). 
• A designação numérica que é usada para delinear proteínas de superfície que definem 
uma fase de diferenciação de célula e são reconhecidas por um agrupamento ou grupo 
de anticorpos. 
A TEORIA DE SELEÇÃO CLONAL 
• Como, aliás, seu nome indica, é uma teoria sobre clones linfocitários, e sua ativação. Ela não 
explica o sistema imune e sua organização. Do ponto de vista tradicional (clonal), a atividade 
imunológica só pode pecar por excesso, insuficiência ou desvio do desempenho clonal. A Teoria 
não considera importante a variedade (diversidade, clonalidade) dos linfócitos envolvidos em um 
dado evento, nem considera que essa pode ser a variável que representa a diferença entre uma 
operação fisiológica e a patologia, porque, na realidade, na Teoria não se refere à fisiologia do 
sistema. 
• O sistema imune adaptativo é capaz de distinguir entre milhões de diferentes antígenos ou porções 
de antígenos. Especificidade é a capacidade de distinguir entre muitos antígenos diferentes. Isso 
implica que o acervo total das especificidades dos linfócitos, às vezes chamado de repertório de 
linfócitos, é extremamente diverso. A base para esta especificidade e diversidade notável é que os 
linfócitos expressam receptores para antígenos clonalmente distribuídos, o que significa que a 
população total de linfócitos consiste em muitos clones diferentes (cada um composto por uma 
célula e por seu progenitor), e cada clone exprime um receptor de antígenos que é diferente dos 
receptores de todos os outros clones. A hipótese da seleção clonal, formulada na década de 1950, 
previu corretamente que os clones de linfocitos específicos para diferentes antígenos se 
desenvolvem antes de um encontro com estes antígenos, e cada antígeno provoca uma resposta 
imune, selecionando e ativando os linfócitos de um clone específico. Nós agora conhecemos a 
base molecular da maneira que a especificidade e a diversidade dos linfócitos são produzidas. 
• Se um microrganismo passar pelas defesas iniciais do sistema imune inato, o sistema imune 
adaptativo é alertado e responde. O sistema imune adaptativo gera e mantém um repertório 
diverso de clones de linfócitos B e T imaturos, com milhões de diferentes especificidades a 
antígenos microbianos, e todos esses clones diferentes se desenvolvem antes da exposição aos 
antígenos. Esses linfócitos circulam por todo o corpo, visitando os órgãos linfóides secundários 
(linfonodos, baço, tecidos linfóides da mucosa). Dada a sua diversidade, existe uma alta 
probabilidade de que a qualquer momento haverá um pequeno número de linfócitos imaturos que 
poderá reconhecer algumas moléculas produzidas pela maioria dos microrganismos. Para que a 
resposta imune adaptativa seja iniciada, um antígeno produzido pelos microrganismos seleciona 
um linfócito imaturo específico para o antígeno (seleção clonal), e os linfócitos respondem 
proliferando para produzir dezenas de milhares de linfócitos efetores com a especificidade idêntica 
capaz de eliminar a infecção microbiana. 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
 
Cada antígeno (X) seleciona um clone preexistente de linfócitos específicos e estimula a proliferação e diferenciação daquele clone. 
O diagrama mostra somente linfócitos B dando origem a células efetoras secretoras de anticorpos, mas o mesmo princípio se aplica 
aos linfócitos T. 
 
 
 
Fases da resposta imune adaptativa. Uma resposta imune adaptativa consiste em fases distintas; as três primeiras são o 
reconhecimento do antígeno, a ativação dos linfócitos e a eliminação do antígeno (fase efetora). A resposta diminui à medida que 
os linfócitos estimulados pelo antígeno morrem por apoptose, restaurando o estado de equilíbrio da linha de base chamado de 
homeostase, e as células específicas do antígeno que sobrevivem são responsáveis pela memória. A duração de cada fase pode 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
variar em diferentes respostas imunes. Estes princípios aplicam-se tanto à imunidade humoral (mediada pelos linfócitos B) quanto à 
imunidade celular (mediada por linfócitos T). 
ESPECIFICIDADE E DIVERSIDADE 
• Respostasimunes são específicas para antígenos distintos e, frequentemente, para diferentes 
porções de um único complexo proteico, polissacarídico ou de outra macromolécula. As porções 
de antígenos complexos especificamente reconhecidas por linfócitos individuais são denominadas 
determinantes ou epítopos. Essa especificidade fina existe porque os linfócitos individuais expressam 
receptores de membrana que podem distinguir diferenças sutis na estrutura de epítopos distintos. 
Clones de linfócitos com diferentes especificidades estão presentes em indivíduos não imunizados e 
são capazes de reconhecer e responder aos antígenos estranhos. Esse conceito fundamental é 
denominado seleção clonal e foi claramente enunciado por Macfarlane Burnet, em 1957, como 
uma hipótese para explicar de que modo o sistema imune poderia responder a um grande número 
e variedade de antígenos. De acordo com essa hipótese, a qual é hoje uma característica 
comprovada da imunidade adaptativa, clones de linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem 
antes e independentemente da exposição ao antígeno. Um antígeno introduzido se liga 
(seleciona) às células do clone antígeno-específico preexistente e às ativa. 
 
 
 
Especificidade, memória e contração das respostas imunes adaptativas. Antígenos X e Y induzem a produção de diferentes 
anticorpos (especificidade). A resposta secundária ao antígeno X é mais rápida e maior do que a resposta primária (memória). Os 
níveis de anticorpos declinam com o tempo após cada imunização (contração, o processo que mantém a homeostasia). As mesmas 
características são vistas nas respostas imunes mediadas por células. 
• De acordo com essa hipótese, a qual é hoje uma característica comprovada da imunidade 
adaptativa, clones de linfócitos antígeno-específicos se desenvolvem antes e independentemente 
da exposição ao antígeno. Um antígeno introduzido se liga (seleciona) às células do clone 
antígeno-específico preexistente e às ativa. Como resultado, as células específicas para o antígeno 
proliferam para gerar milhares de descendentes com a mesma especificidade, um processo 
chamado expansão clonal. O número total de especificidades antigênicas dos linfócitos em um 
indivíduo, chamado repertório dos linfócitos, é extremamente grande. Estima-se que o sistema 
imune de um indivíduo possa discriminar 107 a 109 determinantes antigênicos distintos. Essa 
capacidade do repertório de linfócitos para reconhecer um grande número de antígenos (a 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
chamada diversidade) é resultado da variabilidade nas estruturas dos sítios de ligação ao antígeno 
dos receptores antigênicos dos linfócitos. Em outras palavras, existem muitos clones distintos de 
linfócitos e cada clone possui um único receptor antigênico e, consequentemente, uma única 
especificidade antigênica, contribuindo para um repertório total extremamente diverso. A 
expressão de diferentes receptores antigênicos em distintos clones de células T e B é a razão pela 
qual esses receptores são ditos clonalmente distribuídos. Os mecanismos moleculares que geram tal 
diversidade de receptores antigênicos são discutidos no Capítulo 8. A diversidade é essencial se o 
sistema imune existe para defender os indivíduos contra os diversos potenciais patógenos presentes 
no ambiente. 
• Memória: A exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta sua capacidade de 
responder novamente àquele antígeno. As respostas a uma segunda exposição ou exposições 
subsequentes ao mesmo antígeno, chamadas respostas imunes secundárias, são normalmente 
mais rápidas, de maior magnitude e, com frequência, quantitativamente diferentes da primeira 
resposta imune (ou primária) àquele antígeno. A memória imunológica ocorre porque cada 
exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa específicas para o antígeno. Há 
duas razões pelas quais a resposta secundária é tipicamente mais forte do que a resposta imune 
primária — as células de memória se acumulam e tornam-se mais numerosas do que os linfócitos 
naive específicos para o antígeno existentes no momento da exposição inicial ao antígeno; e 
células de memória reagem mais rápida e vigorosamente ao desafio antigênico do que os 
linfócitos naive. A memória permite que o sistema imune produza respostas aumentadas a 
exposições persistentes ou recorrentes ao mesmo antígeno e, assim, combater infecções por 
microrganismos prevalentes no meio ambiente e encontrados repetidamente. 
RESUMINDO 
• Especificidade: garante que a resposta imune a um microrganismo (ou antígeno não 
microbiano), é direcionada aquele microrganismo (ou antígeno). 
• Diversidade: Permite que o sistema imune responde a uma grande variedade de antígenos. 
• Memória: aumenta a habilidade no combate a infecções repetidas pelo mesmo 
microrganismo. 
• Expansão Clonal: Aumenta o número de linfócitos específicos para antígeno para manter o 
equilíbrio com os microrganismos. 
• Especialização: Gera respostas que são ótimas para a defesa contra diferentes tipos de 
microrganismos. 
• Contração e homeostasia: permite que o sistema imune se recupere de uma resposta, de 
tal forma que ele possa efetivamente responder a antígenos recentemente encontrados. 
• Não reatividade ao próprio: Previne a lesão ao hospedeiro durante as respostas aos 
antígenos estranhos. 
 
 
 
Conferência – Eduarda Miranda e George Lucas 
 
 
• Diferentes classes de linfócitos do sistema imune adaptativo reconhecem tipos distintos de 
antígenos e diferenciam-se em células efetoras, cuja função é eliminar os antígenos: 
• Os linfócitos B reconhecem antígenos solúveis ou na superfície celular e diferenciam-se em células 
secretoras de anticorpos. 
• Os linfócitos T auxiliares reconhecem os antígenos na superfície das células apresentadoras de 
antígeno e secretam citocinas, que estimulam os diferentes mecanismos de imunidade e 
inflamação. 
• Os linfócitos T citotóxicos reconhecem os antígenos em células infectadas e destroem estas células. 
(Note que os linfócitos T reconhecem os peptídeos que são apresentados pelas moléculas do MHC) 
• Células T reguladoras limitam a ativação de outros linfócitos, especialmente de células T, e 
previnem a autoimunidade.

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