Buscar

atividade1comunicacao

Prévia do material em texto

ALESSANDRA XIMENES
ATIVIDADE 1 – COMUNICAÇÃO
A partir dessa reflexão, então, eleja uma região do Brasil e cite alguns exemplos de atos de preconceito linguístico que os povos da região sofrem e o que isso reflete na em sua vivência e comunicação na sociedade, articulando com sua exposição acerca dos gêneros discursivos.​ 
Pude em 2017 morar em Recife pois fui transferida de empresa, é muito comum chegar na região e se apaixonar pelo dialeto recifense.
Suas características mais marcantes são o chiado, quando os fonemas /s/ e /z/ são pronunciados [ʃ] e [ʒ] em final de sílaba (assim como ocorre no sotaque carioca), e a não palatalização das letras "d" e "t" antes da semivogal /i/ (pronuncia-se "leiti" e não "leitchi"). Esta última característica é compartilhada com o dialeto nordestino, que tem origem no Recife. 
Expressões como oxe, visse e entendesse estão entre os termos mais característicos deste dialeto.
Ainda tiveram as gírias, onde o entendimento muitas vezes era demorado, mas pode-se criar um verdadeiro novo dicionário, como os exemplos abaixo.
Passei por várias situações engraçadas por realmente não conhecer tal vocabulário, quando disse um dia na empresa que eu iria pegar o ônibus bacurau, e só depois descobri q era um ônibus noturno, sendo que eu trabalhava de manhã. 
Dicionário de gírias recifenses
Abestalhado: bobo
Afolosado: frouxo
Agoniado: inquieto, nervoso
A pulso: na marra
Arregar dos outros: se aproveitar
Arretado: algo muito bom ou alguém com raiva
Bacurau: último ônibus a passar à noite
Bicado: bêbado
Bizu: dica
Bote fé: expressão de concordância
Botar os bofes pra fora: vomitar
Borocoxô: triste, desanimado
Cabuloso: pessoa chata
Cambitos: pernas finas
Cheguei: de cores berrantes
De rosca: algo que está demorando, difícil de ser concluído
Dispense: deixe disso, pare com isso
Diadema: tiara
Pala: mentira, conversa mole
Farda: uniforme escolar
Fazer o balão: dar a volta com o carro, retornar
Frouxo: medroso
Fuleiro: de má qualidade (objeto), ou que não cumpre o que promete/não é confiável (pessoa)
Gazear: “matar” aula
Gréia: zoação, brincadeira
Guela: garganta
Iapôis: concordância
Inhaca: mau cheiro
Invocado: com raiva
Jegue: sem estilo, brega
Lavrar/dar o lavra: sair
Leso: bobo
Liso: sem dinheiro
Malamanhado: desarrumado
Mangar: zombar de alguém
Maneiro: leve, sem peso
Massa: muito legal
Mermão: contração de “meu irmão”
Morgado: monótono, desanimado
Munganga: palhaçada
Muriçoca: pernilongo
Pantim: frescura, mimimi
Pala: mentira, enrolação
Parêia: amigo, camarada
Peba: coisa de má qualidade
Pitó: elástico de cabelo
Pitoco: botão
Pirangueiro: pão duro
Queijo/queijudo: frescura/frescurento
Sargaço: algas marinhas
Se lascar: se dar mal
Tabacudo: bobo, besta, idiota
Torar aço: ter medo
Toró: chuva forte
Tribufu: pessoa feia
Virado no mói de cuento: pessoa agitada ou alterada, com raiva
Visse?: viu?
Vou chegar: vou embora (sim, somos estranhos)
Xexêro: pessoa que não paga o que deve

Continue navegando