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Alvéolos Os alvéolos são os espaços aéreos terminais do sistema respiratório e constituem os verdadeiros locais de troca gasosa entre o ar e o sangue. Cada alvéolo é circundado por uma rede de capilares que coloca o sangue em grande proximidade com o ar inalado dentro do alvéolo. Os ductos alveolares são vias respiratórias alongadas, cujas paredes são formadas quase exclusivamente por alvéolos. Observa-se a existências de anéis de m. liso nos septos interalveolares semelhantes a maçanetas. Os sacos alveolares são espaços circundados por grupos de alvéolos. Os alvéolos circundantes abrem-se nesses espaços. Os alvéolos são circundados e separados uns dos outros por uma camada de tecido conjuntivo extremamente fina, contendo capilares sanguíneos. O tecido entre os espaços aéreos alveolares adjacentes é denominado septo alveolar ou parede septal. O epitélio alveolar é composto de várias células especializadas e seus produtos: · As células alveolares tipo I (pneumócitos do tipo I) – células pavimentosas extremamente finas, que revestem a maior parte da superfície dos alvéolos. Essas células são unidas entre si e com outras células do epitélio alveolar por zônulas de oclusão. As junções formam uma barreira efetiva entre os espaços aéreo e os componentes da parede septal. · As células alveolares do tipo II (pneumócitos tipo II ou células septais) – células secretoras que tem formato cuboide e estão intercaladas com as células do tipo I, mas tende a se concentrar nas junções septais. São ricas em uma mistura de fosfolipídios, lipídios neutros e proteínas, que é secretada por exocitose, formando um agente tensoativo de revestimento alveolar, denominado surfactante. São progenitoras das células alveolares do tipo I. Após lesão pulmonar, elas proliferam e restauram ambos tipos de células alveolares. · As células em escova – presentes em pequeno número. Podem atuar como receptores que monitoram a qualidade do ar no pulmão. A barreira hematoaérea refere-se as células e a produtos celulares através dos quais os gases devem se difundir entre os compartimentos alveolares e capilares. A barreira hematoaérea mais delgada consiste em uma fina camada de surfactante, uma célula epitelial do tipo I e sua lâmina basal e uma célula endotelial capilar e sua lâmina basal. As células e fibras do tecido conjuntivo que podem estar presentes entre as duas lâminas basais ampliam a barreira hematoaérea. Acredita-se que a maior parte da troca gasosa ocorra através da porção delgada da barreira e que a porção espessa constitua um local em que o líquido tecidual pode acumular-se e até mesmo atravessar o alvéolo. Os vasos linfáticos no tecido conjuntivo dos bronquíolos terminais drenam o líquido que se acumula na porção espessa do septo. Os macrófagos alveolares são especiais, pois atuam tanto no tecido conjuntivo do septo quanto no espaço aéreo do alvéolo. Macrófagos denominados células de poeira, nos espaços aéreos, varrem a superfície e removem o material particulado inalado. Os macrófagos alveolares fagocitam os eritrócitos que podem entrar nos alvéolos em situação de insuficiência cardíaca. Aberturas nos septos interalveolares possibilitam a circulação de um alvéolo para outro. Esses poros alveolares (de Kohn) podem ser de grande importância em algumas condições patológicas, nas quais a doença pulmonar obstrutiva bloqueia a via normal do ar para os alvéolos. Os alvéolos localizados distalmente ao bloqueio podem continuar a ser arejados através dos poros de um lóbulo ou acino adjacente. Histologia – Paula Toneli lâmina r-3: Pulmão Roxo – saco alveolar Azul – septo interalveolar lâmina r-3: Pulmão Vermelho – pneumócito I Azul – pneumócito II Roxo – septo alveolar lâmina r-3: Pulmão Vermelho – bronquíolo terminal Azul – ducto alveolar