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Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 1 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Universidade Paulista – UNIP UNIDADE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO CURSO ENGENHARIA CICLO BÁSICO LUCAS VIANNA TEIXEIRA F037894 PEDRO PAULO BIROLINI D974696 PEDRO HENRIQUES VIANA F051BA3 GABRIEL DE MELO BICALETI F052354 GUSTAVO DAMO D85DHI8 MIGUEL PEREIRA EMILIANO N408GC7 VICTOR HUGO MARIA LOPES D857FF-0 PÊNDULO SIMPLES Atividade Prática Supervisionada São José do Rio Preto - SP 2020 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 2 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 CURSO ENGENHARIA CICLO BÁSICO LUCAS VIANNA TEIXEIRA F037894 PEDRO PAULO BIROLINI D974696 PEDRO HENRIQUES VIANA F051BA3 GABRIEL DE MELO BICALETI F052354 GUSTAVO DAMO D85DHI8 MIGUEL PEREIRA EMILIANO N408GC7 VICTOR HUGO MARIA LOPES D857FF-0 PÊNDULO SIMPLES Atividade Prática Supervisionada Trabalho elaborado para a disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas com o objetivo de ampliar o conhecimento e desenvolver a interdisciplinaridade no curso de Engenharia Ciclo Básico. Campus São José do Rio Preto São José do Rio Preto 2020 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 3 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 SUMÁRIO 1. Objetivo --------------------------------------------------------------4 2. Metodologia----------------------------------------------------------4 3. Introdução------------------------------------------------------------5 4. Leis e Teorias --------------------------------------------------------9 5. O Experimento------------------------------------------------------12 6. Principais impactos produzidos na sociedade -------------------18 6.1 Relógio de Pendulo--------------------------------------------18 6.2 Pêndulo de Foucault-------------------------------------------19 6.3 Pêndulo na Construção Civil---------------------------------20 7. Interdisciplinaridade envolvida------------------------------------21 8. Conclusão ------------------------------------------------------------22 9. Bibliografia-----------------------------------------------------------24 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 4 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 1. Objetivo Conforme o edital, disponibilizado pela Universidade paulista – UNIP, o trabalho tem como finalidade: expor, dissertar e apresentar um protótipo, relacionado as aulas de Dinâmica dos Sólidos e Complementos de Física. Com o propósito de calcular a gravidade local, o tema escolhido foi o Pêndulo Simples. 2. Metodologia Para realização do trabalho, foi preciso uma base teórica já estudada e divulgada que se estabeleça de acordo com o tema da pesquisa, onde assim, foi possível identificar, selecionar, registrar e compreender melhor o surgimento do Pêndulo Simples, como ele foi desenvolvido, sua finalidade e etc. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos fontes secundárias como: livros, revistas, documentários e sites. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 5 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 3. Introdução O estudo do movimento do pêndulo simples é um dos problemas mais populares em livros de mecânica e seu impacto na ciência, na cultura e na educação é intensamente discutido, por exemplo, em Baker e Blackburn (2005) e Matthews, Gauld e Stinner (2005). Este estudo está associado, na sua forma mais simples, à observação do isocronismo das oscilações do pêndulo para pequenos arcos de trajetória. As condições desse comportamento são aproximadamente satisfeitas por um corpo de dimensões pequenas comparadas com as dimensões do fio que o mantém suspenso, massa bem maior que a do fio, e para pequenos deslocamentos do corpo em relação à sua posição de equilíbrio. Como discutido por Hall (1978), a história da física do pêndulo remonta às origens da ciência moderna, com a história, talvez fantasiosa, das observações de Galileu Galilei (1564-1642) sobre a oscilação dos candelabros da catedral de Pisa, ou às observações dos escolásticos franceses Jean Buridan (c. 1300–1358), professor na Université de Paris, e seu provável aluno Nicole Oresme (c. 1320–1382), realizadas duzentos e cinquenta anos antes do cientista italiano. Apesar disso, o trabalho realizado por Galileu é considerado o trabalho pioneiro ao apresentar todos os ingredientes da atividade cientifica moderna: a observação de um fenômeno, a sua análise e uma conclusão. Galileu observou a forma como os pêndulos oscilavam e ficou surpreendido pelo fato de candelabros com uma amplitude de oscilação maior parecerem levar o mesmo tempo a percorrer a uma determinada distância que candelabros com menor amplitude. Só em 1602 é que apresentou a um amigo seu pela primeira vez a ideia do isocronismo de pêndulos, isto é, que o seu período de oscilação de um pêndulo é independente da sua amplitude (para pequenas oscilações apenas). Foi o início do estudo do movimento harmónico simples. No ano seguinte, um outro amigo com quem partilhou a descoberta começou a usar pêndulos para medir a pulsação dos seus pacientes, com um instrumento a que chamou pulsilogium. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 6 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Galileu investigou as características de pêndulos e chegou à conclusão não só que eram isócronos, característica que, repete-se, só é válida em regime de pequenas oscilações, como também voltavam praticamente à altura a que tinham sido largados, o que hoje se admite como manifestação da conservação de energia, um conceito ainda não introduzido na época. Além disso, observou que pêndulos mais leves cessavam a sua oscilação mais rapidamente que os que possuíam pesos maiores e que o quadrado do período de oscilação é proporcional ao comprimento do pêndulo. Galileu foi, sem dúvida, um dos primeiros cientistas modernos e o movimento do pêndulo está entre os primeiros temas da sua pesquisa científica: uma discussão sobre o pêndulo já aparece em uma de suas primeiras obras De Motu, publicadaem 1590 (WISAN,1974). Somente décadas mais tarde, em 1638, Galileu volta a descrever seus experimentos com os pêndulos na sua última obra, as Duas Novas Ciências (Discorsi e dimostrazioni matematiche, intorno à due nuove scienze) (GALILEI, 1954), em que descreve os seus derradeiros trinta anos de trabalho. Após os trabalhos pioneiros de Galileu, ao final do século 16, a importância do pêndulo como um padrão para a escala de tempo foi amplamente reconhecida. O estudo do movimento do pêndulo conheceu um franco desenvolvimento experimental e teórico durante o transcorrer do século 17, e o primeiro relógio de pêndulo foi construído, em 1657, por Christian Huygens (1629-1695) (YODER, 2004). As propriedades do movimento pendular foram muito bem estabelecidas e, dentre elas, uma das mais marcantes é a isocromia do movimento do pêndulo simples causado por pequenos desvios angulares em relação a sua posição de equilíbrio: praticamente, o período da oscilação do pêndulo simples depende somente do seu comprimento. Em 1641, quando Galileu já estava completamente cego, ocorreu-lhe que talvez fosse possível adaptar o pêndulo a relógios, utilizando pesos ou molas. Ele acreditava que os defeitos dos relógios convencionais pudessem ser corrigidos pelo movimento periódico intrínseco aos pêndulos. Numa ocasião que o seu filho Vicenzio o visitou, ele contou-lhe as suas intenções e pediu-lhe para desenhar esboços da máquina. Decidiram construí-la, para verificar a existência de erros inesperados teoricamente. Foi a descoberta de Galileu que permitiu o florescer de novos relógios muito mais precisos, porque o período do pêndulo depende do seu comprimento, uma variável fácil de controlar, ao invés da sua amplitude, como se julgava e que é de difícil controlo. Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 7 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Alguns deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos, de Foucault, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples e que tem maior utilização é o pêndulo simples. Pêndulo Simples O pêndulo simples é um sistema mecânico que consiste em uma massa puntiforme, ou seja, um corpo com dimensões insignificantes, presa a um fio de massa desprezível e inextensível capaz de oscilar em torno de uma posição fixa. Figura 1 – Pêndulo Simples em repouso. Fonte: Mundo Educação UOL - 2016 Quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao desconsiderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o fio e o peso da massa m. Como as forças peso e tração não se cancelam nesse contexto, já que isso só acontece na posição de equilíbrio, surge, dessa forma, uma força resultante de natureza centrípeta, fazendo o pêndulo oscilar em torno de um ponto de equilíbrio. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 8 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Figura 2 – A força resultante entre a tração (T) e o peso (P) é uma força centrípeta. Fonte: Mundo Educação UOL - 2016 A partir das equações horárias do movimento harmônico simples e das leis de Newton, é possível determinar um conjunto de equações exclusivas para os pêndulos simples, para isso, dizemos que a resultante entre a força peso e a força de tração é uma força centrípeta. Além disso, a força restauradora do movimento pendular é a componente horizontal do peso. Figura 3 – Pêndulo simples em movimento. Fonte: Mundo Educação UOL - 2016 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 9 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Na natureza, existe um grande número de fenômenos em que se observam eventos periódicos. As ondas sonoras, a vibração de uma corda de um instrumento musical, as radiações eletromagnéticas e o movimento dos elétrons em um campo elétrico alternado são alguns exemplos de fenômenos que apresentam grandezas com comportamento oscilatório e periódico. Embora a natureza dessas oscilações seja bastante diversa, as formulações matemáticas utilizadas para descrevê-las são parecidas. Assim, o tratamento matemático empregado no estudo de um sistema simples pode ser estendido a sistemas análogos. Um sistema muito usado para estudar os movimentos oscilatórios e periódicos é o pêndulo simples. 4. Leis e teorias pêndulo simples O movimento de um pêndulo simples envolve basicamente uma grandeza chamada período (simbolizada por T): é o intervalo de tempo que o objeto leva para percorrer toda a trajetória (ou seja, retornar a sua posição original de lançamento, uma vez que o movimento pendular é periódico). Derivada dessa grandeza, existe a frequência (f), numericamente igual ao inverso do período (f = 1 / T), e que, portanto, se caracteriza pelo número de vezes (ciclos) que o objeto percorre a trajetória pendular num intervalo de tempo específico. A unidade da frequência no SI é o hertz, equivalente a um ciclo por segundo (1/s). O pêndulo simples é uma aproximação em que não existem forças dissipadas, ou seja, forças de atrito ou de arraste, atuando sobre quaisquer componentes do sistema. Como as forças peso e tração não se cancelam, já que isso só acontece na posição de equilíbrio, surge, dessa forma, uma força resultante de natureza centrípeta, fazendo o pêndulo oscilar em torno de um ponto de equilíbrio. A partir das equações horárias do movimento harmônico simples e das leis de Newton, é possível determinar um conjunto de equações exclusivas para os pêndulos simples, para isso, dizemos que a resultante entre a força peso e a força de tração é uma força centrípeta A fórmula mostrada a seguir é usada para calcular o período no pêndulo simples, ela relaciona o tempo de uma oscilação completa ao tamanho do fio e à aceleração da gravidade local: Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 10 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 (Considerando T – período (s), L – comprimento do fio (m) e g – gravidade (m/s²) A fórmula anterior nos mostra que o tempo da oscilação no pêndulo simples não depende da massa do objeto que se encontra a oscilar. Para deduzirmos essa fórmula, é necessário assumir que a oscilação ocorre apenas em ângulos pequenos, de modo que o seno do ângulo θ seja muito próximo ao próprio valor de θ, em graus. A força restauradora (F) é responsável por fazer com que o pêndulo retorne para sua posição de equilíbrio, já que a gravidade o direciona para o ponto mais baixo. Pela posição para qual o corpo é direcionado no pêndulo, entende-se que a força restauradora é a componente horizontal da força peso. Por isso, sua fórmula é: 𝑓𝑥 = −K . X (Onde Fx é a força restauradora, em kg.m/s2, que equivale ao newton (N). X é o deslocamento da posição de equilíbrio, em metros (m). K é a constante de proporcionalidade, dada por m.g/L). Durantea oscilação do pêndulo simples, a energia mecânica permanece constante, no entanto, a cada oscilação completa, ocorre o intercâmbio entre as energias cinéticas e potencial gravitacional. A transferência de energia entre as diferentes posições do pêndulo em função do tempo de uma oscilação apresenta-se como uma onda senoidal. Um pêndulo simples está na sua posição de equilíbrio, representada pela letra A. Ao deslocá-lo para direita, é posicionado em B e ao soltá-lo alcança a posição C. Figura 4 – Pêndulo Simples - energia potencial e cinética Fonte: Lilith Física UFMG - 2013 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 11 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Na posição B, o corpo na extremidade do fio adquire energia potencial. Ao soltá-lo ocorre o movimento que vai até a posição C, fazendo com que adquira energia cinética, mas perca energia potencial ao diminuir a altura. Quando o corpo sai da posição B e chega até a posição A, nesse ponto a energia potencial é nula, enquanto a energia cinética é máxima. Desconsiderando a resistência do ar, pode-se admitir que o corpo nas posições B e C alcançam a mesma altura e, por isso, entende-se que o corpo possui a mesma energia do início. Figura 5 -Energias cinética e potencial variando em função da posição e do tempo Fonte: Mundo Educação UOL - 2016 Na figura acima, mostramos três posições especiais do pêndulo. Nas posições 1 e 3, há energia potencial gravitacional máxima e energia cinética mínima, na posição 2, há energia cinética máxima e energia potencial gravitacional mínima. Observa-se então que se trata de um sistema conservativo e a energia mecânica total do corpo permanece constante. Sendo assim, em qualquer ponto da trajetória a energia mecânica será a mesma. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 12 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 5. O experimento O movimento do pêndulo simples pode se apresentar em forma de movimento harmônico desde que o movimento seja restrito a pequenas oscilações, ou seja, o ângulo de abertura do pêndulo deve ser ≤ 10° graus. Devido a situação pandêmica que o mundo se encontra, o grupo buscou várias alternativas para confecção do protótipo de pêndulo simples. De início, utilizou-se um prego preso em uma parede, posteriormente foi amarrado uma linha de pesca juntamente com uma chumbada de pesca presa na ponta da linha. Ao iniciar o procedimento, foi notado que a esfera se esbarrava na parede, causando atrito e, consequentemente, dissipando suas forças, sendo inviável proceder com esse protótipo. Outra opção, foi desenvolver o protótipo com o auxílio de uma mesa e esse foi o procedimento onde os valores obtidos no experimento mais chegou próxima da realidade, desta forma, este foi o protótipo escolhido. Para confeccionar tal protótipo foi preciso utilizar os seguintes materiais: Tabela 1. – Materiais utilizados Materiais Custo (R$) Tesoura 11,80 Trena 7,50 Linha para pesca 5,96 Fita crepe 11,50 Escalímetro 27,99 Transferidor 1,90 Chumbada para pesca 3,59 Tubo de caneta (vazio) 0,57 Total 70,81 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 13 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Figura 6. – Materiais utilizados para confecção do protótipo O primeiro passo foi preciso alinhar o transferidor em um dos cantos da mesa e colar com a fita crepe. Figura 7. – Alinhamento do transferidor sobre a mesa Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 14 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Posteriormente, foi amarrado a chumbada na ponta da linha de pesca, em seguida mediu- se a linha em 0,30m e foi amarrada dentro do tubo da caneta. Por fim, a caneta foi presa com o auxílio da fita crepe. Figura 8. – Protótipo Pêndulo Simples finalizado. Para iniciar o procedimento, foi deslocada a esfera presa ao fio até o ângulo de 5º graus e abandonada (sem que haja qualquer tipo de movimento brusco). Com a finalidade de evitar erros nas medições, foram desconsiderados os primeiros períodos de cada repetição. Posteriormente, com o auxílio do cronometro, foi medido o tempo que o pêndulo levou para completar 10 oscilações completas, para 2 diferentes valores, sendo eles L1 0,30m e L2 0,60m. Repetiu-se esse procedimento 10 vezes em cada comprimento (L). Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 15 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Figura 9. – Protótipo em funcionamento. Considerando L como comprimento do fio, t como tempo total que leva para completar 10 oscilações e T como o período de uma oscilação. 5.1. Análise dos Dados Os valores encontrados em cada repetição, foram anotados e transformados em tabelas Tabela 2. - Dados obtidos na realização do experimento com L1= 0,30m Repetições t(s) T(s) T²(s) 1 11,15 1,159 1,343281 2 11,98 1,198 1,435204 3 11,05 1,105 1,221025 4 10,52 1,052 1,106704 5 11,04 1,104 1,218816 6 10,97 1,097 1,203409 7 11,41 1,041 1,083681 8 10,45 1,045 1,203409 9 11,67 1,167 1,207801 10 11,87 1,187 1,408969 Tabela 3. - Dados obtidos na realização do experimento com L2= 0,60m Repetições t(s) T(s) T²(s) 1 15,02 1,502 2,256004 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 16 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 2 16,03 1,603 2,569609 3 16,55 1,655 2,490084 4 16,45 1,645 2,706025 5 16,05 1,605 2,576025 6 16,74 1,674 2,449225 7 15,72 1,572 2,471184 8 16,12 1,612 2,598544 9 16,08 1,608 2,585664 10 15,07 1,507 2,271049 Através dos conhecimentos obtidos nas aulas de estática no 3° e 4° semestre, foi possível calcular a × (Média), 𝜎𝜌 (Desvio padrão) e a 𝜎2 (Variância), de ambas tabelas apresentada à cima Média Desvio padrão Erro da média Com isso, atingiu-se os seguintes valores Tabela 4. - Valores estatísticos Tabela 1 Tabela 2 T(s) T²(s) T(s) T²(s) × (Média) 1,1155 1,2475 1,5983 2,5574 𝜎𝜌 (Desvio padrão) 0,056 0,1264 0,0545 0,1726 𝜎2 (Variância) 3,16x10-03 0,0157 2,98x10-03 0,0298 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 17 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 5.2. Cálculo da gravidade local Através dos valores obtidos nas Tabela 2 e Tabela 3, foi possível calcular a força da gravidade local, através da fórmula: Tabela 2 = g1 = (4∗9,869604401∗0,3) 1,2475 = 9,493 m/s² Tabela 3 = g2 = (4∗9,869604401∗0,6) 2,5574 = 9,261 m/s² Usando a média dos valores g1 e g2, chegou ao valor estimado:𝑔 = 9,493+9,261 2 = 9,37 m/s² Como todos experimentos não estão isentos a erros, deve ser calcular o erro percentual. Ele é usado na ciência para relatar a diferença entre um valor teórico e o valor experimental. O erro percentual é dado pela equação abaixo: 𝐸% = | Valor Teórico − Valor Experimental Valor Teórico | 𝑥 100% Levando em consideração que, o valor da gravidade teórico é de 9,81 m/s² e que o valor experimental é a média do valor encontrado entre g1 e g2, chegou-se no seguinte resultado: Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 18 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 𝐸% = | 9,81 − 9,37 9,81 | 𝑥 100% = 0,045% 6. Principais impactos produzidos na sociedade Relógio de Pêndulo Relógio de pêndulo é um mecanismo para medida do tempo baseado na regularidade da oscilação (isocronismo) de um pêndulo. A revolução na marcação do tempo foi dada com a invenção do relógio de pêndulo, cujo princípio foi concebido por Galileu Galilei. O físico holandês Christian Huygens aperfeiçoou e materializou a ideia em 1656, este instrumento foi superado em precisão pelo relógio a quartzo e depois pelo relógio atômico, mas continua a ter certo emprego pelo seu valor estético e artístico. Chistian não só usou sua invenção para medir o tempo, mas também para ajudar em um problema da navegação de sua época, a longitude, que exigia uma medição mais precisa. Mesmo não sendo algo de extrema precisão, ajudou muita na navegação holandesa da época. Para um relógio de pêndulo ser um medidor de tempo mais preciso, a amplitude do movimento tem que ser mantida constante a pesar de as perdas por atrito afetarem todo o sistema mecânico. Variações na amplitude, bem pequenas como 4° ou 5°, fazem um relógio adiantar cerca de 15 segundos por dia, o que não é tolerável mesmo num relógio caseiro. Para manter constante a amplitude é necessário compensar com um peso ou mola, fornecendo energia automaticamente, compensando as perdas devidas a o atrito. Em 1665 enquanto Christiann Huygens estava doente em sua casa, ele observou que o movimento dos pêndulos de dois relógios pendurados em uma trave, estavam sincronizados, mesmo em qualquer posição de partida, os pêndulos mantinham-se em posição de fase, ou seja, enquanto um ia para a esquerda o outro ia para a direita. A explicação para esse fenómeno só veio em 2015 por um grupo de portugueses. Eles Fonte: Blog Kukos 2014 Fígura 10 - Relógio de pêndulo Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 19 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 explicaram que o movimento dos pêndulos de dois relógios colocados perto um do outro criavam em um determinado ponto do ciclo a transferência de energia a outro por impulsos sonoros. Os impulsos sonoros são ondas que transportam energia e essas ondas sincronizariam os relógios. Pêndulo de Foucault Um pêndulo de Foucault, assim chamado em referência ao físico francês Jean Bernard Léon Foucault, é uma experiência concebida para demonstrar a rotação da Terra em relação a seu próprio eixo. A primeira exposição de seu projeto aconteceu em fevereiro de 1851 no Meridiano do Observatório de Paris. Em seu projeto Foucault explica que no ''Polo Norte ou no Polo Sul o plano de oscilação do pêndulo permanece fixa em relação as massas distantes do universo enquanto gira a Terra debaixo dela dando um dia sideral para completar uma rotação. Assim, em relação à Terra, o plano de oscilação de um pêndulo no Polo Norte - visto de cima - sofre uma rotação completa no sentido horário durante um dia; um pêndulo no Polo Sul gira no sentido anti-horário. Quando um pêndulo de Foucault está suspenso no equador, o plano de oscilação permanece fixo em relação à Terra. Em outras latitudes, o plano de oscilação tem precessão em relação à Terra, mas mais lentamente do que no polo’’ A originalidade do pêndulo reside no fato de ter liberdade de oscilação em qualquer direção, ou seja, o plano pendular não é fixo. A rotação do plano pendular é devida à rotação da Terra. A velocidade e a direção de rotação do plano pendular permitem igualmente determinar a latitude do local da experiência sem nenhuma observação astronômica exterior. O pêndulo deve ser idealmente colocado em um dos polos da Terra. Seu período de rotação do plano pendular é inversamente proporcional ao seno da latitude do local. O tempo para uma rotação completa do plano de oscilação, considerando uma latitude λ, é dado por T(λ) = 24/sen. λ, onde o tempo aqui é dado em horas. Os únicos lugares em que o tempo de rotação completa do plano de oscilação do pêndulo de Foucault é igual a 24 horas são os polos norte e sul, onde temos λ = 90 graus. O movimento do pêndulo de Foucault ocorre no sentido horário no hemisfério norte e no sentido anti-horário no hemisfério sul. Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 20 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 Figura 11 – Pêndulo de Foucault Fonte: Conexão Paris – 2013 O Pêndulo na Construção Civil Na construção civil contemporânea o pêndulo foi uma invenção que ajudou muito em um dos maiores projetos já feitos, o Taipei 101, onde basicamente a ideia do pêndulo no prédio é manter ele em equilíbrio, já que na região onde o prédio foi projetado existem grandes tempestades com rajadas de ventos e terremotos de até 7 na escala Richter. A principal ideia para o pêndulo segundo o arquiteto que projetou o Taipei 101 era que o pêndulo servisse como um amortecedor de massa, tendo 660 toneladas e um diâmetro de 5,5 metros. Em 08 de agosto de 2015 a região enfrentou grandes ventos durante o ciclone Soudelor, e com isso o edifício chegou a se mover um metro para além do seu centro, sem ter tido um dano se quer na grande estrutura. Figura 12 – Pêndulo em Taipei 101 Fonte: Engenhariacivil.com – 2017 Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 21 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 7. Interdisciplinaridade envolvida Na vida real, precisamos lidar com as adversidades avaliando-as por vários ângulos, problemas são complexos e demandam um olhar mais amplo e, dificilmente, resolvemos algo a partir de uma visão segmentada. As experiências educacionais devem refletir o aspecto multifacetado que a nossa existência tem. Não é uma única disciplina que dará conta de explicar todos os lados de uma única questão. Nesse trabalho foi demonstrado como é possível utilizar a interdisciplinaridade entre Física Clássica, a Matemática e o Laboratório experimental, já que os cursos de Engenharia estão na fase operacional podendo assim utilizar demonstrações, conclusões e também a realizarem a conexão entre o experimento e a prática, bem como construir modelos matemáticos e generalizar para outros problemas. Com esta metodologia não só estamos mostrando a importância da interdisciplinaridade entre Física, Matemática e o laboratório de ensino, mas a partir das observações extraídas e dos cálculos realizados, constatou-se a possibilidade de termos uma metodologia alternativa a fim de aplicarmos os conhecimentosadquiridos durante a disciplina de Cálculo do curso de Engenharia. Para a aplicação da metodologia proposta inicia-se pela construção teórica e o entendimento do fenômeno a ser estudado, ou seja, a aplicação das leis de conservação Físicas e a construção visual do fenômeno. A oscilação de um pêndulo não é indefinida, pois sofre ações externas, como o atrito, que causam uma perda gradativa de energia mecânica, pois encontramos uma força ou mais contrárias ao movimento. Pode-se então inicialmente analisar o caso mais simples, o caso sem atrito. Apresentou-se inicialmente o surgimento do pendulo simples, posteriormente aprofundou-se os conhecimentos pessoais obtidos nas aulas de Complementos de física e Laboratório, redigindo um pequeno resumo sobre as fórmulas e teorias do pendulo. Em seguida, foi apresentado uma conexão com a parte experimental, aplicando as equações ao modelo mais popular de oscilação, ou seja, o pêndulo simples, mostrando assim uma metodologia para a obtenção de dados experimentais junto com demonstrações matemáticas, sempre pensando em facilitar a aprendizagem significativa. Com o objetivo de calcular os erros dos experimentos, foram utilizados os conhecimentos obtidos nas aulas de estática no 3° e 4° semestre, onde foi possível calcular Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 22 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 a × (Média), 𝜎𝜌 (Desvio padrão) e a 𝜎2 (Variância). Todos os cálculos apresentados neste trabalho foram desenvolvidos no Excel através das aulas de Tópicos de informática, onde tivemos o conhecimento em desenvolver fórmulas e construir gráfico. Por meio dos conhecimentos obtidos nas aulas de Laboratório, foi possível calcular o erro experimento do valor encontrado para a gravidade. Enquanto antigamente seriamos obrigados a decorar os conceitos do Pêndulo Simples, sem ao menos entender direito a importância ou o que significam, passamos a compreender e saber desenvolver cada formula. Através dessa atividade prática, foi possível aprofundar mais cada informação passada em aula, bem como, permite que conteúdos ganhasse mais sentido vendo seu funcionamento na prática. Essa abordagem de interdisciplinaridade de ensino levou o grupo a desenvolver formas diferentes de avaliar um mesmo problema. Diante desse estímulo, diversas habilidades cognitivas são adquiridas, e a capacidade de lidar com situações conflitantes aumenta, já que um mesmo assunto pode ser explorado por meio de vários pontos de vista. Passamos a observar as diferenciações entre as matérias e repar ar como a abordagem de uma mesma dificuldade se transforma à medida que a disciplina lecionada também muda. 8. Conclusão Ao final do experimento, foi possível constatar que a frequência e o período dependem apenas da aceleração da gravidade e do tamanho L da corda, ou seja, quanto menor o comprimento L, menor o período T, e a frequência é inversamente proporcional. Portanto, quanto menor o comprimento da corda, maior é a frequência. A massa pendular não influi no período T do movimento. Assim, dois pêndulos de mesmo comprimento L mas com massas diferente M1 e M2, apresentam o mesmo período T. Verificou-se, também, que para o movimento do pêndulo possa ser caracterizado em MHS, deve-se adotar ângulo ≤ 10° graus ou 0,174 radianos, pois nessa faixa há menor ocorrência de desvios em relação à frequência. Os erros experimentais obtidos para calcular a aceleração da gravidade devem-se a fatores como: percepção visual ao medir o comprimento do fio, tempo de resposta para Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 23 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 paralisar o cronômetro, as condições dos aparelhos utilizados, resistência do ar e outras possíveis falhas humanas. Mesmo assim, ao final do experimento, foi possível comprovar a eficácia do pêndulo para calcular o valor da gravidade local, sendo que, o valor encontrado de 9,37 m/s² é muito próximo ao valor de referência de 9,81 m/s². 9. Referências Bibliográficas Curso de Engenharia – Atividade Prática Supervisionada 24 Universidade Paulista – UNIP. www.unip.br Curso de Engenharia – APS – Carro Elétrico Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, s/n - Jardim Tarraf II, São José do Rio Preto - SP, CEP 15091-450 Tel: (17) 2137-5000 HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. – “Fundamentos de Física – Volume II https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php http://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/02/economia/613129-mercado-de- carros-eletricos-vive-expectativa-positiva.html http://lilith.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros_2013/Pendulo_simples.pdf https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendulo-simples.htm https://www.infopedia.pt/$pendulo https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 11172005000200001&lang=pt
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