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Professora: Aline Bernardes Email: aline.bernardes@blv.ifmt.edu.br Cuiabá 2017 EFLUENTES DADOS - ONU 1 bilhão e 100 milhões de pessoas (1/6) não têm acesso à água tratada potável. 2 bilhões e 400 milhões (40%) de pessoas não têm acesso a serviços de saneamento básico adequados. Cerca de 6000 crianças morrem diariamente devido a doenças hídricas. A água insalubre e o saneamento básico deficiente causam 80% das doenças no mundo em desenvolvimento. No século XX, o consumo de água aumentou 2x mais rápido do que o do crescimento demográfico. Nos países em desenvolvimento, 90% das descargas de água residuais não são precedidas do tratamento. POLUIÇÃO DO RIO CUIABÁ Lançamento de esgotos urbanos sem tratamento. Lançamento de produtos utilizados na agricultura. Lançamento de resíduos industriais. Abastecimento de mais de 1 milhão de pessoas mais de 40 toneladas de resíduos sólidos e 450 mil litros de esgoto sem tratamento/ dia. Dos seus 29 afluentes, 19 estão mortos ou estão morrendo. (Info: Coordenadoria da Defesa Civil do Estado de MT) FOSSAS SÉPTICAS Câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos e/ou industriais, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir sedimentação dos sólidos e retenção do material graxo, transformando-os bioquimicamente, em substâncias e compostos mais simples e estáveis. FOSSAS SÉPTICAS Fases: 1) a retenção do esgoto pode variar de 24 a 12 horas, dependendo das contribuições afluentes; 2) decantação do esgoto simultaneamente à fase anterior com uma sedimentação de 60 a 70% dos sólidos suspensos contidos nos esgotos, formando-se o lodo. Parte dos sólidos não sedimentados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases, emerge e é chamado de escuma; 3) digestão anaeróbia do lodo e escuma, provocando destruição total ou parcial de material volátil e organismos patogênicos; 4) redução de volume do lodo pela digestão anaeróbia e o efluente líquido das fossas sépticas pode ser disposto em melhores condições de segurança. FOSSAS SÉPTICAS Locais não servidos por rede coletora pública de esgotos sistema de fossa séptica (NBR 7229 e NBR 13969). Objetivos: - Impedir perigo de poluição de mananciais destinados ao abastecimento domiciliário; - Impedir alteração das condições de vida aquática nas águas receptaras; - Não prejudicar as condições de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte; - Impedir perigo de poluição de águas subterrâneas, de águas localizadas (lagos ou lagoas), de cursos d'água que atravessem núcleos de população, ou de águas utilizadas na dessedentação de rebanhos e na horticultura. FOSSAS SÉPTICAS – COMO FAZER EMBRAPA -> USO PARA PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO 1. Enterre três caixas-d'água de mil litros. Antes de cavar os buracos no solo para colocar as caixas, você deve furá-las para inserir os tubos de PVC. 2. Cave no solo três buracos de aproximadamente 80 centímetros cada para colocar as caixas. Conecte o sistema exclusivamente ao vaso sanitário, pois sabão e detergente inibem o processo de biodigestão. 3. Coloque uma válvula de retenção (a) antes da entrada da primeira caixa para colocar a mistura de água e esterco bovino. FOSSAS SÉPTICAS – COMO FAZER 4) Ligue a segunda caixa à primeira com um cano curva de 90 graus (b). Feche as duas tampas com borracha de vedação de 15 por 15 milímetros (c) e coloque um cano em cada uma delas (d) para liberar o gás metano acumulado. Não vede a terceira caixa, pois é por ela que você irá retirar o adubo líquido. Entre as três caixas, coloque um T de inspeção para o caso de entupimento (e). 5) Caso você não queira utilizar o adubo, faça na terceira caixa um filtro de areia para permitir a saída de água sem excesso de matéria orgânica. Coloque no fundo uma tela de nylon fina. Sobre ela, ponha pedra britada e mais uma tela de nylon (f). Depois, coloque uma camada de areia fina lavada. Instale um registro para permitir que essa água vá para o solo (g). FOSSAS SÉPTICAS – COMO FAZER Uma comunidade quilombola de Rio Claro canalizou o gás gerado pela decomposição anaeróbica da matéria orgânica da fossa biodigestora e o utiliza com como gás de cozinha. CASO : CONTAMINAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO NO SETOR PEDRA 90 Silva, Débora Delatore. "Falta de saneamento básico e as águas subterrâneas em aquífero freático: região do Bairro Pedra Noventa, Cuiabá–MT." Engenharia Sanitária e Ambiental 19.1 (2013). Alternativas da população para usufruir de água abertura de poços do tipo cacimbas (rasos). pH, amônia, nitrato e fosfato e análises de coliformes totais e Escherichia Coli fora dos limites de potabilidade Falta de saneamento básico com infiltração e escoamento para poços dentro do domínio de formação do rio Coxipó. LEGISLAÇÃO Aqui no Brasil, assim como em outros países do mundo, a lei ambiental regula o descarte de resíduos líquidos sobre os chamados corpos d’água. O Banco Mundial possui normas próprias para limitar a poluição gerada pelas indústrias financiadas. Lei nº 11.445/2007 estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. A maior parte das empresas idôneas e regulamentadas segue a legislação federal: resolução nº 430, de 13 de maio de 2011, que complementa a anterior, nº 357, de 17 de março de 2005, do CONAMA. Cada estado tem seus próprios decretos. MATO GROSSO: Lei 7.862, de 19/12/2002: Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências. Lei 8.876, de 16/05/2008: Estabele os procedimentos, as normas e critérios referentes à coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e a destinação final do lixo tecnológico. LEGISLAÇÃO Lei 9.535, de 25/05/2011: sobre a utilização de sacolas e sacos plásticos, destinados ao armazenamento e descarte de lixos e resíduos, nas mesmas cores dos respectivos recipientes da coleta seletiva. Lei complementar 412/2010: sobre o Código Estadual do Meio Ambiente e dá outras providências. Lei 6.945/ 1997: sobre a Lei de Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. CUIABÁ: Lei 4.949/ 2007: institui o sistema de gestão de resíduos da construção civil e resíduos volumosos e o plano integrado de gerenciamento de resíduos de construção civil, nos termos da resolução do CONAMA nº 307, de 05/07/2002 e dá outras providências. LEGISLAÇÃO Instrução Normativa nº 18/2014: estabelece os critérios para implantação de infraestrutura de abastecimento de água e esgotamento sanitário em empreendimentos imobiliários, públicos ou privados, até que ocorra a universalização da coleta e tratamento de esgoto; Lei Complementar Municipal nº 004/1992: institui o Código Sanitário e de Posturas do Município, o Código de Defesa do Meio Ambiente e Recursos Naturais,o Código de Obras e Edificações e dá outras providências; Resolução do CONSEMA nº 90/2013: revogou a permissão de lançamento de efluentes tratados oriundos de estações de esgoto doméstico em galerias de águas pluviais; Resolução Normativa n° 05/ 2012: sobre o regulamento do serviço público de água e esgoto. Uma dica: na dúvida entre seguir os padrões estabelecidos pelas normas federais ou estaduais, leve sempre em conta as que sejam mais restritas. CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS RESIDUÁRIAS As soluções individuais podem conduzir à poluição da água superficial no caso de extravasamentos e da incorporação da água subterrânea à água superficial. Inconvenientes do sistema combinado: custos elevados, riscos de refluxo do esgoto sanitário para o interior das residências, em caso de cheias. aline (a) - PRINCIPAIS PARÂMETROS DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS Relativos a esgotos domésticos: SÓLIDOS INDICADORES DE MATÉRIA ORGÂNICA NITROGÊNIO FÓSFORO INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL aline (a) - SÓLIDOS – CLASSIFICAÇÃO POR TAMANHO Sólidos em suspensão (particulados) Sólidos dissolvidos (solúveis) Como é feita a separação? Passando-se a amostra por um papel de filtro de tamanho padronizado (0,45 a 2,0 µm). Retido Evaporação Pesagem Sólidos em suspensão (mg/L) Filtrado Evaporação Pesagem Sólidos dissolvidos (mg/L) aline (a) - SÓLIDOS – CLASSIFICAÇÃO PELAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS Sólidos voláteis (matéria orgânica) Sólidos fixos (matéria inorgânica ou mineral) Como é feita a separação? Se submete os sólidos a uma temperatura elevada (500 +/- 50°C). Fração orgânica é volatilizada (CO2 + H2O) aline (a) - SÓLIDOS – CLASSIFICAÇÃO PELA SEDIMENTABILIDADE Sólidos sedimentáveis são aqueles que sedimentam no período de 1 hora. Valor em mL/L no cone Imhoff. aline (a) - DISTRIBUIÇÃO DOS SÓLIDOS DO ESGOTO BRUTO TOTAIS 1000 mg/L SUSPENSOS 350 mg/L DISSOLVIDOS 650 mg/L FIXOS 50 mg/L VOLÁTEIS 300 mg/L FIXOS 400 mg/L VOLÁTEIS 250 mg/L aline (a) - INDICADORES DE MATÉRIA ORGÂNICA A matéria orgânica é a causadora principal de poluição para os corpos d’água pelo consumo de oxigênio dissolvido. Composição: -Compostos de proteínas -Carboidratos (25% a 50%) -Gorduras e óleos (8% a 12%) -Uréia, surfactantes, fenóis, pesticidas e outros (menor quantidade) Classificações: Forma e tamanho (suspensão ou dissolvida) Biodegradabilidade (inerte ou biodegradável) aline (a) - INDICADORES DE MATÉRIA ORGÂNICA Métodos indiretos: medição do consumo de oxigênio Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) Demanda Última de Oxigênio (DBOu) Demanda Química de Oxigênio (DQO) Métodos diretos: medição de carbono orgânico 1) Carbono Orgânico Total (COT) aline (a) - DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO Retrata a quantidade de oxigênio requerida para estabilizar, através de processos bioquímicos, a matéria orgânica carbonácea. Matéria orgânica (COHNS) + O2 + bactérias CO2 + H2O + NH3 + outros produtos finais + energia A estabilização completa demora cerca de 20 dias. (DBOU – Demanda Última de Oxigênio) aline (a) - DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO Devido a demora, surgiram padronizações: proceder à análise no 5° dia e à temperatura de 20 °C. DBO padrão: DBO520 Teste (DBO520): OD no dia 0: 7 mg/L OD no dia 5: 3 mg/L DBO520: 7 – 3 = 4 mg/L aline (a) - DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO Esgotos domésticos: DBO ≈ 300 mg/L Vantagens: Indicação aproximada da fração biodegradável do despejo; Indicação da taxa de degradação do despejo; Indicação da taxa de consumo de oxigênio em função do tempo; Determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para estabilização biológica da matéria orgânica presente. aline (a) - DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO Esgotos domésticos: DBO ≈ 300 mg/L ETE critérios de dimensionamentos em termos de DBO. A legislação para lançamento de efluentes é normalmente baseada na DBO. Vantagens: Indicação aproximada da fração biodegradável do despejo; Indicação da taxa de degradação do despejo; Indicação da taxa de consumo de oxigênio em função do tempo; Determinação aproximada da quantidade de oxigênio requerido para estabilização biológica da matéria orgânica presente. aline (a) - DEMANDA ÚLTIMA DE OXIGÊNIO DBOU: Consumo de oxigênio exercido até o tempo, no qual não há consumo representativo. aline (a) - DEMANDA ÚLTIMA DE OXIGÊNIO ORIGEM DBOu/ DBO5 Esgoto concentrado 1,1 -1,5 Esgoto de baixa concentração 1,2 – 1,6 Efluente primário 1,2 – 1,6 Efluente secundário 1,5 – 3,0 Faixas típicas da relação DBOu/ DBO5 em esgotos domésticos. Geralmente, DBOu/ DBO5 = 1,46 Caso se tenha uma DBO5 de 300 mg/L, a DBOu será de 438 mg/ L. aline (a) - DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO Consumo de oxigênio em função da oxidação química da matéria orgânica. Medida através de um forte oxidante (dicromato de potássio) em meio ácido. Vantagens: teste gasta de 2 a 3 horas para ser realizado; indica a quantidade de oxigênio requerido para a estabilização da matéria orgânica. aline (a) - DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO Limitações: - o teste superestima o oxigênio a ser consumido no tratamento biológico dos despejos; certos constituintes inorgânicos reduzidos podem ser oxidados e inferir no resultado. Esgotos domésticos brutos: DQO/ DBO5 1,7 a 2,4 aline (a) - DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO Relação DQO/ DBO5 baixa (< cerca de 2,5): a fração biodegradável é elevada indicação para tratamento biológico Relação DQO/ DBO5 intermediária (entre cerca de 2,5 e 4,0): a fração biodegradável não é elevada estudos de tratabilidade para verificar viabilidade do tratamento biológico Relação DQO/ DBO5 elevada (> cerca de 4,0): A fração inerte é elevada Possível indicação para tratamento físico-químico aline (a) - CARBONO ORGÂNICO TOTAL Método direto de medição do carbono orgânico liberado na forma de CO2. É medido o CO₂ inicial (CI) e então oxida-se completamente todos os orgânicos para a forma de CO₂ e, então é medida a concentração total de CO₂ após a oxidação (CT).CT – CI = COT Analisadores de COT removem o CO₂, por difusão através de uma membrana seletiva, para uma água deionizada (DI) e, então, medem o CO₂ ionizado através de uma célula de condutividade. Custo elevado. aline (a) - NITROGÊNIO Formas predominantes de nitrogênio. FORMA FÓRMULA ESTADO DE OXIDAÇÃO Nitrogênio molecular N2 0 Nitrogênio orgânico Variável Variável Amônia livre NH3 -3 Íon amônio NH4+ -3 Íon nitrito NO2- +3 Íon nitrato NO3- +5 aline (a) - NITROGÊNIO Importância em termos de geração de poluição: Eutrofização Amônia Nitrito Nitrato Consumo de oxigênio dissolvido Amônia livre é tóxico aos peixes O nitrato está associado a doenças Importância em termos de controle de poluição: Indispensável para o crescimento dos microrganismos responsáveis pelo tratamento de esgotos Indicações sobre o estágio da poluição aline (a) - NITROGÊNIO CONDIÇÃO FORMA PREDOMINANTE DE NITROGÊNIO Esgoto bruto Nitrogênio orgânico Amônia Poluição recente em um curso d’água Nitrogênio orgânico Amônia Estágio intermediário da poluição Nitrogênio orgânico Amônia Nitrito (em menores concentrações) Nitrato Poluição remota Nitrato Efluente de tratamento sem nitrificação Nitrogênio orgânico (em menores concentrações) Amônia Efluente de tratamento com nitrificação Nitrato Efluente de tratamento com nitrificação/ desnitrificação Concentrações mais reduzidas de todas as formas de nitrogênio aline (a) - FÓSFORO Apresenta-se nos esgotos domésticos na forma de fosfatos: Inorgânico: polifosfatos (2 ou mais átomos de fósforo) e ortofosfatos (PO43-, HPO42-, H2PO4-, H3PO4) de origem principal no detergentes e outros produtos químicos domésticos. Orgânico: ligados a compostos orgânicos de origem fisiológica. Importância: Eutrofização Essencial para o crescimento dos microrganismos responsáveis pelo tratamento de esgotos. aline (a) - INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Como a detecção de agentes patogênicos em uma amostra d’água é extremamente difícil devido suas baixas concentrações são utilizados os indicadores de contaminação fecal para indicar a potencialidade de transmissão de doenças. São microrganismos predominantemente não patogênicos. Coliformes totais Coliformes fecais (coliformes termotolerantes) Escherichia coli aline (a) - INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Como a detecção de agentes patogênicos em uma amostra d’água é extremamente difícil devido suas baixas concentrações são utilizados os indicadores de contaminação fecal para indicar a potencialidade de transmissão de doenças. São microrganismos predominantemente não patogênicos. Coliformes totais Coliformes fecais (coliformes termotolerantes) Escherichia coli (exclusivamente fecal) aline (a) - INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Coliformes – Razões para uso como indicador: Apresentam-se em grande quantidade em fezes humanas (1/3 a 1/5 do peso) Apresentam resistência ligeiramente superior à maioria das bactérias patogênicas intestinais Os mecanismos de remoção dos coliformes nos corpos d’água, nas estações de tratamento de águas e nas estações de tratamento de esgotos são os mesmos mecanismos de remoção das bactérias patogênicas aline (a) - INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Coliformes – Razões para uso como indicador: Apresentam-se em grande quantidade em fezes humanas (1/3 a 1/5 do peso) Apresentam resistência ligeiramente superior à maioria das bactérias patogênicas intestinais Os mecanismos de remoção dos coliformes nos corpos d’água, nas estações de tratamento de águas e nas estações de tratamento de esgotos são os mesmos mecanismos de remoção das bactérias patogênicas aline (a) - INDICADORES DE CONTAMINAÇÃO FECAL Indicadores da eficiência de remoção de patógenos no processo de tratamento de esgotos. aline (a) - ÁGUAS RESIDUÁRIAS – CARACTERÍSTICAS FÍSICAS A característica dos esgotos depende dos usos à qual a água foi submetida. PARÂMETRO DESCRIÇÃO Temperatura Ligeiramente superior à água de abastecimento Variação conforme as estações do ano Influência na atividade microbiana Influência na solubilidade dos gases Influência na velocidade de reações químicas Influência na viscosidade do líquido Cor Esgoto fresco: ligeiramente cinza Esgoto séptico: cinza escuro ou preto Odor Esgoto fresco: odor oleoso, desgradável Esgoto séptico: odor fétido Despejo industrial: odores característicos Turbidez Muito sólidos em suspensão Esgotos mais frescos ou mais concentrados: maior turbidez aline (a) - ÁGUAS RESIDUÁRIAS – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS PARÂMETRO DESCRIÇÃO SÓLIDOS TOTAIS Orgânicos e inorgânicos; suspensos e dissolvidos; sedimentáveis. Em suspensão Fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos retidos em filtros de papel com poros de 0,45 a 0,2 µm. Fixos Componentes minerais, não incineráveis, inertes, dos sólidos em suspensão. Voláteis Componentes orgânicos dos sólidos em suspensão. Dissolvidos Fração de sólidos orgânicos e inorgânicos que não são retidos nos filtros de papel descritos acima. Englobam também os sólidos coloidais Fixos Componentes minerais dos sólidos dissolvidos. Voláteis Componentes orgânicos dos sólidos dissolvidos. Sedimentáveis Fração de sólidos orgânicos e inorgânicos que sedimenta em 1 hora no cone Imhoff. aline (a) - ÁGUAS RESIDUÁRIAS – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS PARÂMETRO DESCRIÇÃO MATÉRIA ORGÂNICA Mistura heterogênea de diversos compostos orgânicos. Principais componentes: proteínas, carboidratos e lipídios. Determinação Indireta DBO5 Demanda Bioquímica de Oxigênio. Medida a 5 dias a 20 °C. Fração biodegradável de carbonáceos. DQO Demanda Química de Oxigênio. Quantidade de oxigênio requerida para estabilizar através de emprego de fortes oxidantes (em condições ácidas) a matéria orgânica carbonácea. DBO última Demanda Última de Oxigênio. Quantidade de oxigênio ao final de vários dias para os microrganismos oxidarem a matéria orgânica. Determinação direta COT Carbono Orgânico Total. Medida direta da matéria orgânica carbonácea. Determinada através da conversão do carbono orgânico a gás carbônico. aline (a) - ÁGUAS RESIDUÁRIAS – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS PARÂMETRO DESCRIÇÃO NITROGÊNIO TOTAL Inclui o nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato e é indispensável para o desenvolvimento de microrganismos no tratamento biológico. Nitrogênio orgânico Proteínas, aminoácidos e uréia. Amônia Primeiro estágio da decomposição do nitrogênio orgânico. Nitrito Estágio intermediário da oxidação da amônia. Praticamente ausente no esgoto bruto. Nitrato Produto final da oxidação da amônia. Praticamente ausente do esgoto bruto.aline (a) - ÁGUAS RESIDUÁRIAS – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS PARÂMETRO DESCRIÇÃO FÓSFORO Nutriente indispensável no tratamento biológico. Fósforo orgânico Combinado à matéria orgânica. Fósforo inorgânico Ortofosfato e polifosfatos. pH Indicador das características básicas ou ácidas do esgoto. Os processos de oxidação biológica normalmente tendem a reduzir o pH. Alcalinidade Indica a capacidade tampão do meio devido a presença de bicarbonato, carbonato e íon hidroxila. Cloretos Provenientes da água de abastecimento e dos dejetos humanos. Óleos e Graxas Matéria orgânica solúvel em hexanos. Nos esgotos domésticos, são os óleos e gorduras. aline (a) - CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS Parâmetro Concentração Unidade Faixa Típico Sólidos Totais mg/L 700 – 1350 1100 Em suspensão mg/L 200 – 450 350 Fixos mg/L 40 – 100 80 Voláteis mg/L 165 – 350 320 Dissolvidos mg/L 500 – 900 700 Fixos mg/L 300 – 550 400 Voláteis mg/L 200 – 350 300 Sedimentáveis mL/L 10 - 20 15 Matéria Orgânica DBO5 mg/L 250 – 400 300 DQO mg/L 450 – 800 600 DBO última mg/L 350 – 600 450 aline (a) - CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS Parâmetro Concentração Unidade Faixa Típico Nitrogênio Total mgN/L 35 – 60 45 Nitrogênio orgânico mgN/L 15 – 25 20 Amônia mgNH3-N/L 20 – 35 25 Nitrito mgNO2--N/L ≈ 0 ≈ 0 Nitrato mgNO3--N/L 0 – 1 ≈ 0 Fósforo mgP/L 4 – 15 7 Fósforo orgânico mgP/L 1 – 6 2 Fósforo inorgânico mLP/L 3 – 9 5 pH - 6,7 – 8,0 7,0 Alcalinidade mgCaCO3/L 100 – 250 200 Metais pesados mg/L Traços Traços Comp. Org. Tóxicos mg/L Traços Traços aline (a) - MICRORGANISMOS E PARASITAS PRESENTES NOS ESGOTOS DOMÉSTICOS BRUTOS Tipo Unidade Concentração (org/ 100 mL) Bactérias Coliformes totais 106 – 1010 Coliformes fecais (termotolerantes) 106 – 109 E. coli 106 – 109 Clostridium perfringens 103 – 105 Enterococos 104 – 105 Estreptococos fecais 104 – 107 Pseudomonas aeruginosa 103 – 106 Shigella 100 – 103 Salmonella 102 – 104 Protozoários Cryptosporidium parvum (oocistos) 101 – 103 Entamoeba histolytica 101 – 105 Giardia lamblia (cistos) 101 – 104 Helmintos Helmintos (ovos) 100 – 103 Ascaris lumbricoides 10-2 – 103 Vírus Vírus entéricos 102 – 104 Colifagos 103 – 104 aline (a) - OPÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS aline (a) - OPÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS aline (a) - OPÇÕES PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS Tratamento conjunto (efluentes indústriais + esgotos domésticos) Bons resultados Pré-requisitos – remoção prévia dos contaminantes que causam os seguintes problemas: Riscos à segurança e problemas na operação de rede de coleta e interceptação; Toxidez ao tratamento biológico dos esgotos; Toxidez ao tratamento do lodo e à sua disposição final; Presença de contaminante no efluente do tratamento biológico, devido ao fato do contaminante não ser removido pelo tratamento. Cia de Saneamento Normas específicas para recebimento dos efluentes. Mas e se a indústria apresentar algum poluente que possa apresentar um dos problemas acima? aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS METAIS Problemas: Toxicidade aos seres humanos e outras formas de vida animal e vegetal, através da disposição de águas residuárias em corpos d’água e do lodo na agricultura; Inibição dos microrganismos responsáveis pelo tratamento biológico dos esgotos. Metal pesado: metal que em determinadas concentrações e tempo de exposição, oferece risco à saúde humana. Principais: Ag, As, Cd, Co, Cr, Cu, Hg, Ni, Sb, Se e Zn. aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS METAL PRINCIPAIS FONTES EFEITOS NA SAÚDE Cádmio Farinhas refinadas, cigarros, materiais odontológicos, indústria de aço, efluentes gasosos industriais, fertilizantes, pesticidas, fungicidas, café e chá tratados com agrotóxicos, materiais cerâmicos, frutos do mar, farinha de ossos, solda, fundição e refinação de metais como zinco, chumbo e cobre. Derivados de cádmio são utilizados em pigmentos e pinturas, baterias, processos de galvanoplastia, estabilizadores de PVC, reatores nucleares. É cancerígeno, provoca elevação da pressão sanguínea e aumento do coração. Queda de imunidade. Aumento da próstata. Enfraquecimento ósseo. Dores nas articulações. anemia. Enfisema pulmonar. Osteoporose. Perda de olfato. Diminuição do desempenho sexual. Chumbo Baterias de automóveis, tintas, combustíveis, vegetais tratados com agrotóxicos, fígado bovino, alimentos enlatados, cigarros, pesticidas, tinturas para cabelo, gás contendo chumbo, papel de jornal e anúncios coloridos, fertilizantes, cosméticos, poluição do ar Irritabilidade e agressividade, indisposição, dores de cabeça, convulsões, fadiga, sangramento gengival, dores abdominais, náuseas, fraqueza muscular, perda de memória, insônia, pesadelos, AVC, alterações de inteligência, osteoporose, doenças renais, anemias, problemas de coagulação. Afeta o sistema digestivo e reprodutor, e é agente teratogênico. Mercúrio Termômetros, pesticidas e agrotóxicos, amálgama dentário, água, mineração, garimpos, polidores, ceras, jóias, tintas, açúcar, tomate e pescado contaminados, explosivos, lâmpadas fluorescentes de mercúrio, cosméticos, produção e entrega de produtos derivados do petróleo, células de eletrólise do sal para produção de cloro. Depressão, fadiga, tremores, síndrome do pânico, descontrole motor, andar lateral, dificuldade de fala, perda de memória, perda de desempenho sexual, estomatite, dentes soltos, dor e paralisia de extremidades, dor de cabeça, anorexia em crianças, alucinações, vômitos, dificuldades de mastigação, sudorese e perda de sensação de dor. aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS METAL PRINCIPAIS FONTES EFEITOS NA SAÚDE Níquel Utensílios de cozinha, baterias níquel-cádmio, jóias, cosméticos, óleos hidrogenados, trabalhadores de cerâmica, soldas, permanentes de cabelo. Cancerígeno, pode causar: dermatite de contato, gengivites, erupções de pele, estomatite, tonturas, dores articulares, osteoporose e fadiga crônica. Zinco Metalurgia (fundição e refinação), indústrias recicladoras de chumbo. Sensações como paladar adocicado e secura na garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea, vômito. Cromo Curtição de couros, galvanoplastias. Dermatites, úlceras cutâneas, inflamação nasal, câncer de pulmão e perfuração do septo nasal. Arsênico Oléos combustíveis, pesticidas, herbicidas, metalúrgicas, plantas marinhas e frutos do mar. Transtornos gastrointestinais, espasmos músculo-viscerais, náuseas, diarreias, inflamações da boca e garganta, dores abdominais. Alumínio Água, queijos fundidos, farinha de trigo branca, panelas de alumínio, cosméticos, antiácidos, pesticidas, fermento de pão e sal. Constipação intestinal, perda de energia, cólicas abdominais, hiperatividade infantil, perda de memória, dificuldade de aprendizado, osteoporose, raquitismo e convulsões. Doenças relacionadas: Alzheimer e Parkinson. Bário Água poluída, agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes.Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, fadiga. aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS A presença de metais em esgotos está relacionada aos despejos industrias dos seguintes segmentos: Galvanoplastias Industrias químicas (formulação de compostos orgânicos, curtumes, indústrias farmacêuticas, formulação de compostos inorgânicos, lavanderias, indústria de petróleo, formulação de corantes e pigmentos) Indústrias metálicas (fundições) aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS MICROPOLUENTES ORGÂNICOS Problemas: São biodegradados muito lentamente e persistem no meio ambiente por um longo período de tempo. A maioria são voláteis, representando um risco potencial à saúde da população e dos operadores que ficam cronicamente expostos. Podem causar a inibição na digestão do lodo ou gerar lodo com características perigosas. A integridade estrutural do sistema de coleta também é afetada pois muitos são corrosivos, inflamáveis e explosivos (metanol, metil, etil cetona, hexano, benzeno, entre outros). aline (a) - POLUENTES IMPORTANTES – EFLUENTES INDUSTRIAIS MICROPOLUENTES ORGÂNICOS Principais indústrias: indústria química, de plásticos, produtos mecânicos, indústrias farmacêuticas, de formulação de pesticidas, ferro e aço, indústria de petróleo, lavanderias e indústrias de madeira. Principais poluentes: fenol, cloreto de metileno, 1,1,1-tricloroetano, tolueno, etil benzeno, tricloroetileno, clorofórmio, ftalato de bis-2-etil-hexila, 2,4-dimetil fenol, naftaleno, ftalato butil de benzila, acroleína, xileno, cresóis, acetofenona, metil sobutil acetona, difenilamina, anilina e acetato de etila. aline (a) - TRABALHO – SEMINÁRIO/ ESCRITO SEMINÁRIO (30 MIN.) + TRABALHO MANUSCRITO (ENTREGA UMA SEMANA ANTES DA APRESENTAÇÃO) TEMA: CARACTERÍSTICA DOS EFLUENTES E TRATAMENTOS PARA OS DESPEJOS INDUSTRIAIS DOS SEGUINTES SEGMENTOS (RELACIONAR LEGISLAÇÃO PERTINENTE): INDÚSTRIA DE PAPEL E POLPA CURTUMES E COURO (SAPATOS) INDÚSTRIA TÊXTIL E DE CORANTES INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Indústrias de vidros, baterias e galvanoplastia (remoção de metais pesados) INDÚSTRIA SUCROALCOLEIRA E DE BEBIDAS (REFRIGERANTE, CERVEJA E VINHO) aline (a) -
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