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Aula 01 Controle Poluição das Águas - Caracterização Qualidade 21 07 18

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Fundamentos do 
Controle de Poluição 
das Águas
21/07/2018
Assuntos a Serem Abordados
• Caracterização da Qualidade de Água
• Caracterização de Fontes Poluidoras
• Política de Controle de Poluição
• Autodepuração dos Corpos d’água
• Tratamento de Efluentes
– Preliminar
– Separação de Sólidos
– Físico-Químico
– Biológico Aeróbio
– Biológico Anaeróbio
– Fase Sólida
• Reuso de Água
Avaliação
• Trabalho em grupo de até 3 pessoas
• Distribuição dos temas: 04/08/2018
• Entrega: 01/09/2018
• Estudo de caso de fonte de poluição com 
lançamento em corpo receptor
– Caracterização dos Efluentes
– Atendimento a Legislação Ambiental
– Estudo de Autodepuração – zona de mistura
– Concepção de Sistema de Tratamento
Bibliografia Recomendada
• CAVALCANTI, José Eduardo W. A. Manual de
tratamento de efluentes industriais. 2ª ed. São Paulo:
Engenho, 2012. 453p.
• JORDÃO, Eduardo Pacheco; PESSÔA, Constantino
Arruda. Tratamento de esgotos domésticos . 7. ed. Rio
de Janeiro: ABES, 2014. 1.087p.
• PIVELI, R.P.; KATO, M.T. Qualidade das águas e
poluição: aspectos físico-químicos. São Paulo: ABES,
2006. 285p.
Bibliografia Complementar
• ANDREOLI, Cleverson V.; SPERLING, Marcos von;
FERNANDES, Fernando. (Ed.). Lodo de esgotos:
tratamento e disposição final. 2ª ed. Belo Horizonte:
DESA/ UFMG: SANEPAR, 2014. 444 p. (Princípios do
tratamento biológico de águas residuárias, v. 6).
• BERTOLETTI, Eduardo. Controle ecotoxicológico de
efluentes líquidos no Estado de São Paulo. 2ª ed.
ampl. São Paulo: CETESB, 2013. 42 p.
• CHERNICHARO, Carlos Augusto de Lemos. Reatores
anaeróbicos . 2ª ed. ampl. Belo Horizonte:
DESA/UFMG, 2010. 588 p. (Princípios do tratamento
biológico de águas residuárias, v. 5).
Bibliografia Complementar
• NUNES, J.A. Tratamento Físico-Químico de Águas
Residuárias Industriais . 6ª ed. Aracaju: Gráfica Editora
J. Andrade Ltda.; 2012.
• METCALF & EDDY INCORPORATED;
TCHOBANOGLOUS, Georg. Wastewater engineering :
treatment and Resource Recevery. 5th ed. New York:
McGraw Hill Education, 2013. (McGraw-Hill Series in
Water Resources and Environmental Engineering).
• SPERLING, Marcos von. Introdução à qualidade das
águas e ao tratamento de esgotos . 4. ed. Belo
Horizonte: DESA/UFMG, 2014. 452 p. (Princípios do
tratamento biológico de águas residuárias, v. 1).
Bibliografia Complementar
• ______. Princípios básicos do tratamento de
esgotos . Belo Horizonte: DESA/UFMG, 1996. 211 p.
(Princípios do tratamento biológico de águas residuárias,
v. 2).
• ______. Lagoas de estabilização . 2ª ed. ampl. Belo
Horizonte: DESA/UFMG, 2013. 196 p. (Princípios do
tratamento biológico de águas residuárias, v. 3).
• ______. Lodos ativados . 3ª ed. Belo Horizonte:
DESA/UFMG, 2012. 428 p. (Princípios do tratamento
biológico de águas residuárias, v. 4).
Disponibilidade Hídrica
68,70 %
Calotas 
Polares e 
Geleiras
31,01 % 
Águas 
Subterrâneas
0,29 %
Águas 
Superficiais
De toda água no planeta, aproximadamente 
2,53% é doce e está distribuída da seguinte 
forma:
Fonte: Mays, 1996 apud Mierzwa, 2005.
Água Doce no Brasil
• 13% das águas doces 
do planeta estão no 
Brasil.
Divisão Hidrográfica do Brasil
Fonte: Conejo, J.G.L et al, 2007.
Disponibilidade Hídrica
• Distribuição da água doce no Brasil:
– 80% na Região Amazônica ⇔ 5% da população
– 20% no restante do Brasil ⇔ 95% da população
Região 
Hidrográfica
População 
(106 hab)
Disponibilidade 
Específica (m3/anoxhab)
Amazônia 8,5 484.748
Atlântico Sudeste 28,8 3.481
Paraná 61 5.899
Atlântico Nordeste 
Oriental
24 1.013 (1)
Fonte: Adaptado de ANA, 2007, IBGE 2010
(1) Disponibilidade hídrica recomendada pela ONU: 2.500 m3/anoxhab. Valores abaixo de 1.500 m3/habxano podem ser 
considerados críticos.
Bacias Hidrográficas São Paulo
1 – Mantiqueira
2 – Paraíba do Sul
3 – Litoral Norte
4 – Pardo
5 – Piracicaba, Capivari e Jundiaí
6 – Alto Tietê
7 – Baixada Santista
8 – Sapucaí / Grande
9 – Mogi-Guaçu
10 – Sorocaba / Médio Tietê
11 – Ribeira de Iguape / Litoral Sul
12 – Baixo Pardo / Grande
13 – Tietê / Jacaré
14 – Alto Paranapanema
15 – Turvo / Grande
16 – Tietê / Batalha
17 – Médio Paranapanema
18 – São José dos Dourado
19 – Baixo Tietê
20 – Aguapeí
21 – Peixe
22 – Pontal do Paranapanema
Unidades de Gerenciamento de Recursos 
Hídricos do Estado de São Paulo.
Fonte:.CORHI, 2010 
Disponibilidade Hídrica e Demandas –
Estado de São Paulo
UGRHI
População 
em 2010 
(hab)
Disponibilidade 
Específica 
(m3/anoxhab)
Vazão Média 
(m3/s)
Vazão Q95
(m3/s)
03 - Litoral Norte 281.7796 11.975,17 107 39
05 - Piracicaba / 
Capivari / Jundiaí
5.080.199 1.067,71 (1) 172 65
06 - Alto Tietê 19.521.971 135,69 (1) 84 31
10 - Tietê Sorocaba 1.845.410 1.828,51 107 39
11 – Ribeira do 
Iguape e Litoral Sul
365.189 45.422,88 526 229
22 - Pontal do 
Paranapanema
478.682 6.061,04 92 47
Fonte: Adaptado de DAEE, 2005, IBGE 2010
(1) Disponibilidade hídrica recomendada pela ONU: 2.500 m3/anoxhab. Valores abaixo de 1.500 m3/habxano 
podem ser considerados críticos
Consumo de Água Doce
Consumo UGRHI 6 - Alto Tietê
79%
17% 4%
PARÂMETROS DA 
QUALIDADE DA ÁGUA
Impurezas contidas na Água
Fonte: Von Sperling, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Volume 1 – Introdução à Qualidade 
das Águas e ao Tratamento de Esgotos. 3ªed. 2005.
Fonte: Von Sperling, M. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias. Volume 1 – Introdução à Qualidade das Águas e ao 
Tratamento de Esgotos. 3ªed. 2005.
Classificação e Distribuição dos Sólidos
Principais microrganismos de interesse 
na Engenharia Ambiental
• Bactérias
• Arqueobactérias
• Algas
• Fungos
• Protozoários
• Vírus
• Helmintos
PARÂMETROS FÍSICOS
Temperatura
• Sofre influência de diversos fatores como
altitude, latitude, período do ano e do dia,
profundidade.
• Geralmente o seu aumento é provocado pelo
lançamento de efluentes líquidos industriais
(usinas termoelétricas e sucroalcoleiras) e
águas de torres de resfriamento.
Temperatura
• Tem influência em diversos parâmetros físicos,
químicos e microbiológicos, pois aumentam
taxas de reações, diminuem solubilidade de
gases (oxigênio dissolvido), aumentam taxa de
transferência de gases podendo acarretar
odores desagradáveis.
Cor
• É associada ao grau de intensidade que a luz
sofre ao atravessar a água devido à presença
de sólidos dissolvidos, principalmente em
estado coloidal orgânicos ou inorgânicos.
• Origem: decomposição de matéria orgânica,
óxidos de ferro e manganês e efluentes
industriais e domésticos.
• Maior problema de cor é estético, mas
substâncias que causam cor podem apresentar
toxicidade e gerar e produtos cancerígenos.
Fonte: Jornal Biosfera. Corantes da Indústria 
Têxtil: Impactos e Soluções. Disponível 
em:<http://www.rc.unesp.br/biosferas/Art0020.htm
l>
Fonte: Uso de ozônio na remoção de cor de efluentes texteis. 
Disponível em: <http://www.o3r.com.br/blog/uso-de-ozonio-para-
remocao-de-cor-em-efluentes-texteis/>
Foto: Rio Negro. Disponível em:<portaldoamazonas.com/ 
Edson Piola>.
Odor e Sabor
• Normalmente são causados pela decomposição
biológica de matéria orgânica, eutrofização e
presença de fenóis.
• Sabor em água naturais podem ser provocados
pela presença de metais, cloretos (sabor
salgado), acidez e alcalinidade elevados.
• São padrão de potabilidade da água (Portaria nº
2914/11 do Ministério da Saúde).
Turbidez
• É o grau de atenuação de intensidade que um
feixe de luz sofre ao atravessar a água devido a
presença de sólidos em suspensão inorgânicos
como areia, argila, silte, e orgânicos como
algas, bactérias.
• Pode aumentar em períodos chuvosos devido a
processos erosivos nas margens dos corpos
d’água, resultando em maior consumo de
produtos químicos no tratamento da água para
consumo.
Turbidez
• O lançamento de efluentes também pode
provocar aumento da turbidez como por
exemplo efluentes de mineração.
• Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação
submersa e algas, influenciando as
comunidades aquáticas e também prejudica ouso da água.
Fonte: Portal Tratamento de Água. Determinação da turbidez. 
Disponível em: 
<https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-
da-turbidez/>
Fonte: Encontro das Águas Rio Solimões x Rio Negro. Disponível 
em: <https://guide.alibaba.com/shop/encontro-das-
aguas_33623337.html/>
Série de Sólidos
• Correspondem a toda matéria que permanece
na água.
• São separados pelas operações de secagem,
evaporação e filtração e determinados por
métodos gravimétricos.
• Classificação quanto ao tamanho e natureza
(fixos ou minerais ou inorgânicos e voláteis ou
orgânicos).
Série de Sólidos
• Em sistemas de tratamento de efluentes os
sólidos em suspensão voláteis são utilizados
para estimar a concentração de microrganismos
decompositores ou fração ativa da biomassa.
• Relação SSV/SST representa o grau de
mineralização do lodo.
• Os sólidos podem sedimentar nos corpos
d’água destruindo organismos que fornecem
alimentos e prejudicar locais de desova de
peixes e ainda provocar decomposição
anaeróbia.
PARÂMETROS QUÍMICOS
Potencial Hidrogeniônico - pH
• Representa a concentração de íons de
hidrogênio H+, indicando condição de acidez
(pH<7,00) , neutralidade (pH=7,00) e
alcalinidade (pH>7,00).
• Interfere na fisiologia de diversas espécies
aquáticas e reações químicas, podendo
contribuir para precipitação de elementos
tóxicos.
Potencial Hidrogeniônico - pH
• Em estações de tratamento de efluentes
interferem no crescimento de microrganismos
provocando desequilíbrio no sistema e em
tratamento físico-químico interferem na
precipitação e oxidação de contaminantes.
• Em estações de tratamento de água estão
associados ao melhor rendimento de
coagulantes e floculantes assim como são
controlados na água a ser distribuída, pois
águas ácidas são corrosivas e alcalinas são
incrustantes.
Acidez
• Capacidade de resistir às mudanças de pH
provocadas por bases.
• Ocorre principalmente devido a presença de gás
carbônico livre (pH entre 4,5 e 8,2) ou
lançamento de efluentes industriais.
• Provoca corrosão em tubulações.
• Na água provoca sabor azedo, no entanto não é
padrão de potabilidade, sendo controlado pelo
pH.
Alcalinidade
• Capacidade de resistir as mudanças de pH
provocadas por um ácido.
• Principais constituintes são bicarbonatos (HCO3-),
carbonatos (CO32-) e hidróxidos (OH-).
• Ocorre devido a passagem da água em solos
ricos em calcáreo e devido a floração de algas e
efluentes industriais.
Alcalinidade
• Utilizada no controle de operação de estações de
tratamento de água e de efluentes.
• Provoca incrustação em tubulações.
• Na água provoca sabor amargo, no entanto não é
padrão de potabilidade, sendo controlado pelo
pH.
Dureza
• Capacidade de precipitar sabão.
• Principal fonte é a passagem da água pelo solo
contendo cálcio e magnésio (rocha calcárea),
sendo os principais compostos bicarbonato de
cálcio, bicarbonato de magnésio, sulfato de
cálcio e sulfato de magnésio.
• Em determinadas concentrações causam sabor
desagradável na água e podem ter efeito
laxativo.
Oxigênio Dissolvido - OD
• O O2 presente na atmosfera dissolve-se na
água devido a diferença de pressão.
• Lei de Henry: CSAT= α . ρgás
CSAT = concentração de saturação de um gás na
água
α = constante inversamente proporcional a
temperatura
ρgás = pressão exercida pelo gás sobre a
superfície
Oxigênio Dissolvido - OD
•A solubilidade do OD no corpo d’água varia
com a altitude e temperatura, ao nível do mar a
temperatura de 20ºC tem-se:
CSAT= 43,90 . 0,21 = 9,20 mg/L
α = 43,90
ρgás = 0,21 atm (oxigênio é 21% da atmosfera)
•Caracteriza o impacto da contaminação por
matéria orgânica, indicador da capacidade do
corpo d’água em manter a vida aquática.
Oxigênio Dissolvido - OD
• Outra fonte de OD em corpos d’água é
fotossíntese das algas.
Fonte: CETESB. Relatório de Qualidade das Águas Superficiais do Estado de São Paulo 2015. São Paulo. 2016.
• Em sistemas de tratamento de esgotos é
necessário para a oxidação da matéria orgânica.
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
• É a quantidade de O2 necessária para oxidar a
matéria orgânica por decomposição microbiana
para uma forma inorgânica estável.
• Retratam de forma indireta o teor de matéria
orgânica biodegradável.
• DBO5,20: utilizada como referência corresponde
a quantidade de O2 consumida em um tempo de
5 dias em temperatura de incubação de 20ºC.
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
• Teores elevados induzem consumo excessivo
de OD, podem indicar incremento da microflora
e produzir sabor e odor desagradáveis.
• É parâmetro fundamental para o
dimensionamento de sistemas de tratamento de
efluentes e monitoramento de sua eficiência e
atendimento a legislação ambiental.
Demanda Química de Oxigênio - DQO
• É a quantidade de O2 necessária para oxidar a
matéria orgânica por meio de um agente
químico como o dicromato de potássio.
• Seus valores normalmente são superiores a
DBO, tendo em vista que o poder de oxidação
do dicromato de potássio é maior que o dos
microrganismos.
• Quanto mais o valor de DBO se aproximar da
DQO, mais biodegradável será o efluente.
Demanda Química de Oxigênio - DQO
• Normalmente se considera a relação DQO/DBO
para aplicação de tratamento biológicos (2/1,
3/1).
• A DQO é utilizada como parâmetro de controle
em sistemas de tratamento biológico anaeróbio.
• Também é utilizada para previsão das diluições
de amostras na determinação da DBO em
laboratórios.
Carbono Orgânico Total - COT
• O carbono orgânico consiste de uma variedade
de compostos orgânicos que podem ser
oxidados por processos biológicos ou químicos,
fornecendo a DBO e DQO.
• Tem origem da matéria viva e de efluentes e
serve como fonte de energia para bactérias e
algas, podendo se tornar tóxica e causar
problemas estéticos.
Série de Nitrogênio
• Pode ser encontrado nas formas orgânico (Norg),
amoniacal (livre NH3 ou ionizada NH4+), nitrito
(NO2-) e nitrato (NO3-).
• Tem origem em esgotos sanitários, efluentes
industriais (petroquímica, siderúrgicas,
farmacêuticas, conservas, matadouros, curtumes,
etc.), fertilizantes carreados com a chuva além da
atmosfera (fixação do nitrogênio) e composição
celular de microrganismos.
• São nutrientes para processos biológicos e
juntamente com Fósforo podem provocar
eutrofização dos corpos d’água.
Série de Nitrogênio
• Em sistemas de tratamento de efluentes é
necessário manter proporção entre matéria
orgânica e nutrientes, sendo normalmente
mantidas relações de DBO5,20:N:P de 100:5:1
para processos aeróbios e DQO:N:P de 350:7:1
para processos anaeróbios.
• O nitrato está associado a doença
metahemoglobinemia infantil.
• Nitrogênio amoniacal provoca consumo de OD e
é tóxico a vida aquática.
Fósforo
• Pode ser encontrado na forma de Fosfato
Orgânicos (detergente), Ortofosfato (formação
de sais inorgânicos) e Polifosfato (sofre hidrólise
e se converte em ortofosfato).
• Principal fonte de fósforo são os esgotos
sanitários e alguns efluentes industriais
(fertilizantes, pesticidas, abatedouros, laticínios).
• São nutrientes para processos biológicos e
juntamente com Nitrogênio podem provocar
eutrofização dos corpos d’água.
Óleos e Graxas
• Substâncias orgânicas de origem animal,
vegetal ou mineral, solúveis em n-hexano
(ácidos graxos, gorduras animais, óleos
vegetais e minerais, graxas).
• Normalmente tem origem em esgotos sanitários,
efluentes industriais, de postos de gasolina, vias
públicas.
• Substâncias pouco solúveis, causam problemas
estéticos, impedem a transferência de O2 da
atmosfera para a água e em sua decomposição
reduzem OD.
Fonte: Jornal O Globo. Mancha de óleo no Rio Iguaçu –
RJ. Disponível 
em:<http://oglobo.globo.com/economia/pf-ampliara-
investigacao-sobre-poluicao-do-rio-iguacu-pela-reduc-
3435521>
Fonte: Último segundo. Derramamento óleo litoral de SP. 
Disponível em:<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-
12-02/petrobras-pode-ter-de-pagar-r-10-milhoes-por-
derramamento-de-oleo-em-sp.html>
Surfactantes
• Detergentes ou surfactantes são substânciasque reagem com o azul de metileno.
• Esgotos sanitários possuem de 3 a 6 mg/L de
detergentes.
• Provocam problemas estéticos com a formação
de espumas.
• Causam efeito tóxico aos ecossistemas
aquáticos e também aceleram a eutrofização.
Fonte: O Tempo. Espuma em Pirapora do Bom Jesus. Disponível em: 
<http://www.otempo.com.br/interessa/polui%C3%A7%C3%A3o-
agravada-pela-seca-faz-espuma-do-tiet%C3%AA-invadir-casas-
1.1058994>
Fonte: Último Segundo. Espuma Pirapora do Bom Jesus. Disposnível 
em:<http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/sp/2015-06-23/espuma-de-
poluicao-do-rio-tiete-invade-cidade-na-grande-sao-paulo-veja-fotos.html>
Sulfatos
• Tem origem na passagem da água pelo solo e
rochas, pela oxidação do sulfeto, esgotos
sanitários, efluentes industriais e também na
água tratada devido ao uso de coagulantes.
• Possui efeito laxativo na água de abastecimento
e em efluentes provoca incrustações nas
tubulações.
• Na rede coletora de esgotos se transforma em
sulfeto liberando gás sulfídrico que é tóxico e
provoca corrosão e odor, por isso é padrão de
emissão para lançamento em rede.
Cloretos
• Nas águas subterrâneas tem origem na
percolação da água através de solos e rochas e
nas águas superficiais nos esgotos sanitários
(concentrações > 15 mg/L).
• Presente em efluentes de indústrias petróleo,
curtumes, farmacêuticas, etc.).
• Concentrações acima de 250 mg/L podem
provocar sabor salgado, por isso é padrão de
potabilidade.
• Interfere nos sistemas de tratamento e provoca
corrosão em tubulações e estruturas.
Ferro
• Em águas subterrâneas ocorre devido a
dissolução do ferro pelo gás carbônico da água,
formando carbonato ferroso.
• Em águas superficiais sua concentração pode
aumentar devido ao carreamento de solos em
eventos de chuva e processos erosivos das
margens, além de lançamento de efluentes
industriais.
• Nas águas tratadas a concentração de ferro se
deve ao uso de coagulantes no tratamento.
Ferro
• Presente nos efluentes industriais,
especialmente metalúrgicas).
• Confere cor e sabor a água, incrustações em
tubulações e contaminação biológica da água
devido desenvolvimento de ferro-bactérias.
• No tratamento de água a presença de ferro
resulta em menores velocidade de
sedimentação, uma vez que a água apresenta
cor elevada e baixa turbidez.
Manganês
• Ocorre naturalmente em águas superficiais e
subterrâneas, mas concentrações elevadas
resultam de efluentes industriais (de aço, vidros,
fertilizantes, baterias, ligas metálicas, etc.).
• Provoca coloração negra na água.
• Concentrações < 0,05 mg/L geralmente não
provocam manchas negras ou depósitos de seu
óxido em sistemas de abastecimento.
Fenóis
• Origem em efluentes industriais (processamento
de borrachas, adesivos, resinas, componentes
elétricos, siderúrgicas).
• São tóxicos ao ser humano, organismos
aquáticos.
• Em sistemas de tratamento de esgotos
concentrações entre 50 e 200 mg/L inibem a
atividade microbiana.
• Na água tratada reagem com cloro livre
formando clorofenóis que produzem sabor e
odor.
Metais
• São micropoluentes inorgânicos, dependendo
das concentrações são tóxicos ao ser humano e
ao meio ambiente.
• De maior relevância: Arsênio, Cádmio, Cromo,
Chumbo, Mercúrio, Níquel, Zinco, Alumínio,
Bário, Prata e Selênio.
• Zinco, Magnésio, Cobalto e Ferro em baixas
concentrações são essenciais para o
crescimento de organismos vivos.
Metais
• Chumbo, Mercúrio e Cádmio que não tem
função nutricional ou bioquímica em
microrganismos, plantas e animais são tóxicos
em qualquer concentração.
• As principais fontes de metais nas águas são
efluentes industriais (extração de metais, tintas,
galvanoplastia, química, farmacêutica, couro,
petróleo, etc.).
Metais
• Podem se apresentar na forma de íons
hidratados de complexos estáveis ou de
partículas inorgânicas formando precipitados
que serão absorvidos em partículas em
suspensão ou misturados com o sedimento de
fundo.
PARÂMETROS 
MICROBIOLÓGICOS
Coliformes Termotolerantes
• Microrganismos do grupo coliforme capazes de
fermentar a lactose a temperaturas de 44 a
45ºC, entre eles Escherichia coli e bactérias dos
gêneros Klebsiella, Enterobacter e Citrobacter.
• Apenas a E.coli é de origem fecal, os demais
são indicadores de altos teores de matéria
orgânica.
Coliformes Termotolerantes
• Em regiões de clima quente podem indicar
presença de microrganismos patogênicos.
• Embora não sejam bons indicadores para
contaminação de origem fecal são utilizados
para avaliação da qualidade microbiológica da
água.
• Determinação simples, rápida e padronizada e
se necessário é possível diferenciar E.coli.
Escherichia coli – E.coli
• Principal bactéria do grupo dos coliformes
termotolerantes, fermenta a lactose e manitol a
44,5 ±0,20 ºC em 24 horas.
• De origem exclusivamente fecal, presente em
número elevado nas fezes humanas e de
animais de sangue quente.
• Raramente é detectada sem que haja poluição
fecal, assim, considerado melhor indicador para
contaminação fecal.
Giardia spp. e Cryptosporidium spp.
• São protozoários parasitas e se destacam
dentre os contaminantes de veiculação hídrica,
podendo persistir por longos tempos no
ambiente.
• São resistentes aos processos de tratamento
convencionais.
• Giardia é responsável pela maior parte dos
casos de diarréia não bacteriana
Giardia spp. e Cryptosporidium spp.
• Cryptosporidium causa gastroenterite de
remissão espontânea em adultos saudáveis,
mas extremamente grave crianças, idosos e
imunodeprimidos.
• De acordo com a Portaria nº 2914/11, para
mananciais onde a média geométrica anual de
E.coli ≥ 1.000 NMP ou 10.000 UFC/100 mL,
devem ser avaliadas as concentrações de
Giardia spp. e Cryptosporidium spp.
Giardia spp. e Cryptosporidium spp.
• A Portaria nº 2914/11 recomenda ainda para
concentração de Cryptosporidium spp. ≥ 3.0
oocistos/L, a obtenção de efluente em filtração
rápida com turbidez ≤ 0,3 uT em 95% das
amostras mensais ou uso de processo de
desinfecção que comprovadamente alcance a
mesma eficiência de remoção de oocistos de
Cryptosporidium spp.
Monitoramento da Qualidade das Águas 
Superficiais - CETESB
• Rede de Monitoramento de Águas Superficiais da
CETESB:
▪ 461 estações de monitoramento manuais (Rede
Básica);
▪ 12 estações de monitoramento automáticas;
▪ 26 pontos de análise de sedimentos;
▪ 35 pontos de avaliação de balneabilidade de águas
doces;
▪ Total de 534 pontos de monitoramento.
• IQA – Índice de Qualidade das Águas.
• Temperatura, pH, OD, DBO, E. coli / Coliformes
Termotolerantes, Nitrogênio Total, Fósforo Total,
Sólidos Totais e Turbidez.
• IAP – Índice de Qualidade das Águas para
fins de Abastecimento Público .
• Temperatura, pH, OD, DBO, E. coli, Nitrogênio Total,
Fósforo Total, Sólidos Totais, Turbidez, Ferro,
Manganês, Alumínio, Cobre, Zinco, Potencial de
Formação de Trihalometanos, Número de Células de
Cianobactérias (Ambiente Lêntico), Cádmio,
Chumbo, Cromo Total, Mercúrio e Níquel.
Índices de Qualidade das Águas
• IET – Índice do Estado Trófico .
• Clorofila a e Fósforo Total.
• IVA – Índice de Qualidade das Águas para
Proteção da Vida Aquática.
• OD, pH, Ensaio Ecotoxicológico com Ceriodaphnia
dubia, Cobre, Zinco, Chumbo, Cromo, Mercúrio,
Níquel, Cádmio, Surfactantes, Clorofila a e Fósforo
Total.
Índices de Qualidade das Águas
• ICF - Índice da Comunidade Fitoplanctônica
• Comunidade Fitoplânctônica, Fósforo e Clorofila a
• ICZ - Índice da Comunidade Zooplanctônica
• Comunidade Zooplânctônica e Clorofila a
• IB – Índice de Balneabilidade.
• Coliformes Termotolerantes ou E. coli ou Enterococos
Índices de Qualidade das Águas
• ICB – Índice da Comunidade Bentônica
• Comunidade Bentônica
• CQS – Critério de Avaliação da Qualidade
dos Sedimentos
• Contaminantes químicos que possuem valores
estabelecidos pelo CCME¹; Ensaio Ecotoxicológico
com Hyalella azteca, Comunidade Bentônica
(1) Canadian Council of Ministers of the Environment
Índices de Qualidade das Águas
Obrigada!
Sandra Ruri Fugita
Setor de Avaliação Ambientalde Sistemas 
de Tratamento de Efluentes – IPSE
Email: sfugita@sp.gov.br
Tel.: 11-3133-3128

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