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Parasitologia - Muscomorpha ou cyclorrapha

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Muscomorpha ou cyclorrapha 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Filo: Arthropoda (pés articulados) 
 Classe: Insecta 
 Ordem: Diptera 
 Subordem: Brachycera 
 Infraordem: Muscomorpha 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
❖ Insecta – Cabeça, tórax e abdome; três 
pares de patas; um par de antenas. 
 
❖ Diptera – Um par de asas funcionais, e 
um par de asas vestigiais 
 
❖ Brachycera – Antena curta, com 3 
segmentos 
 
❖ Muscomorpha – “Dípteros superiores”. 
 
INTRODUÇÃO 
 
❖ Morfologia geral do adulto. 
 
♦ Corpo dividido em cabeça, tórax e 
abdome 
 
♦ Todos os apêndices estão inseridos no 
tórax (asas e patas) 
 
♦ Na cabeça: antenas; estruturas 
sensoriais (palpos e labelo) e a 
probóscide (órgão semelhante a uma 
boca de onde saem a língua e os lábios 
para que possa ocorrer a alimentação. 
 
 
 
❖ HOLOMETABÓLICOS 
 
♦ Desde o ovo até o indivíduo adulto eles 
passam por uma transformação 
completa. 
 
♦ Ovos são depositados em matéria 
orgânica (viva ou não) larvas de 1° 
estádio eclodem e se alimentam desta 
matéria orgânica, fazem uma muda 
para larva de 2° estádio que continuam 
a se alimentar da matéria orgânica e 
então dá origem a pulpa. 
 
♦ A pulpa não se alimenta, e fica ali no 
substrato imóvel e sofre a 
metamorfose de forma larvária para 
uma forma que tem asas. 
 
♦ Para que o adulto consiga sair da pulpa 
é apresentada por ele uma 
protuberância na cabeça pela 
 
 
hemolinfa, que “empurra” a tampa do 
pulpário (por pressão) e a tampa se 
abre. 
 
♦ A protuberância no final se é 
“reabsorvida”, cessa, e fica quietinha e 
reta, no entanto deixando uma cicatriz 
– taxonômica para as moscas. 
 
 
 
INFRAORDEM MUSCOMORPHA – 
FAMÍLIAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
 
 
FAMÍLIA MUSCIDAE 
❖ Gêneros: Musca 
 Haematobia 
 Stomoxys 
 
❖ Dípteros de tamanho médio, em geral 
de cor escura; 
 
❖ Possuem ornamentos no mesonoto 
(parte posterior do tórax) e abdome 
amarelado; 
 
❖ Possuem calípteras desenvolvidas; 
 
❖ Peças bucais lambedoras ou picadoras 
 
♦ Peças bucais lambedoras – lambem os 
alimentos para poder realizar a 
digestão extracelular de forma que elas 
vão sugar a matéria orgânica já 
previamente digerida. 
 
♦ Peças bucais do tipo picador/sugador – 
Os indivíduos apresentam uma 
probóscida bem desenvolvida (grande) 
que será por onde vão estar picando 
o hospedeiro para poder fazer uma 
hematofagia. 
 
Musca domestica 
❖ Possui distribuição geográfica mundial; 
 
❖ Alto índice de sinantropia e endofilia 
(muito próxima dos seres humanos); 
 
❖ Morfologia do adulto: 
 
♦ Medem cerca de 6 a 8mm; 
 
♦ Possuem cor geral acinzentada; 
Subfamílias
Muscinae
Musca 
domestica
Muscina 
stabulans
Stomoxinae
Stomoxys 
calcitrans
Neivamyia 
lutzi
Haematobia 
irritans
Glossina 
palpalis
 
 
 
♦ Possuem quatro faixas longitudinais 
negras no mesonoto (tórax); 
 
♦ Abdome com reflexos amarelados; 
 
♦ Arista plumosa com cerdas longas 
dorsais (parte superior do corpo) e 
ventrais (parte inferior do corpo); 
 
♦ Probóscida robusta, do tipo lambedor. 
 
 
❖ Ciclo biológico: 
♦ Fêmeas localizam criadouros através 
de órgãos olfativos na antena; 
 
♦ Ovos são chocados em massas de 75 
a 170 por vez (500-800 total – ao longo 
da vida); 
 
♦ Ovos depositados em matéria orgânica 
fermentável (lixo); 
 
♦ Ovos são brancos, alongados, cerca de 
menos de 1 mm; 
 
♦ Ovos sofrem eclosão em 24 horas (ou 
em 12 em condições ótimas); 
 
♦ Larvas alimentam-se (principalmente 
de bactérias, que melhora o 
desenvolvimento desse inseto) e 
movimentam-se ativamente; 
 
♦ No primeiro estágio, ela mede cerca de 
2 mm de comprimento e no terceiro 
de 10 a 14 mm.; 
 
♦ Mudas de L1 para L2 – L3; 
 
♦ L3 da origem a pulpa onde ocorre a 
metamorfose para a transformação 
em adulto (lembrete: ela não é capaz 
de se alimentar); 
 
♦ Ciclo dura 5 a 8 dias em geral (ovo - 
adulto), mas durante o inverno, o 
desenvolvimento larval pode prolongar-
se por várias semanas.; 
 
♦ Adultos vivem em geral 30 dias. 
 
 
❖ Importância: 
 
♦ Veiculação de patógenos; 
* Pela regurgitação alimentar (contato 
com matéria do esgoto, contaminação 
com ovos de helmintos, cistos de 
protozoários ou bactérias... e 
 
 
regurgitação em alimento dos 
humanos que podem se infectar) 
* Pela veiculação mecânica (transmitir 
ovos de helmintos, cistos de 
protozoários ou bactérias por meio da 
lambida dos alimentos humanos) 
* Pelas fezes – ainda não se sabe se 
passando pelo metabolismo das 
moscas os patógenos ainda se 
apresentam infectantes nas fezes 
desses animais, mas acredita-se que 
sim. 
♦ São hospedeiros intermediários de 
helmintos (Habronema, Raillietina); 
 
❖ Controle: 
 
♦ Não é fácil (por terem asas, fogem 
muito dos locais hostis); 
 
♦ Estuda-se a população (número, 
localização dos criadouros.); 
 
♦ Eficiência dos serviços sanitários (em 
ambientes que tem uma higienização 
regular a presença das moscas é muito 
menor); 
 
♦ Manejo correto de animais de 
produção (para que tenha pouca 
exposição as moscas); 
 
♦ Uso de inseticidas químicos; 
 
♦ Controle biológico (utilizando-se fungos 
por exemplo); 
 
♦ Controle integrado (mais eficiente por 
juntar todas as formas de controle 
contra o animal). 
 
Haematobia irritans (mosca-dos-chifres) 
 
❖ Hematófaga de grande importância 
veterinária em várias partes do mundo; 
 
❖ Por ser hematófaga apresenta 
aparelho do tipo picador/sugador. 
 
❖ Criadouro em fezes de bovinos 
 
❖ Muito incômoda para os animais onde 
elas vão afazer o ectoparasitismo pela 
probóscida grande (gera o nome 
irritans) 
 
❖ Este inseto pode também transmitir 
uma filaria que provoca lesões 
ulcerativas na pele do animal. 
 
❖ É considerada uma praga da criação 
de gado. 
 
 
 
 
 
 
Stomoxys calcitrans (mosca das 
estrebarias) 
❖ Ocorre apenas nas Américas; 
 
❖ Possuem 3 faixas (diferente da Musca 
domestica que possui 4), suas faixas 
amareladas são mais espeças. 
 
❖ Exclusivamente hematófagos; 
 
❖ Probóscide muito grande; 
 
❖ Conhecida como “mosca dos 
estábulos”; 
 
❖ Raramente invadem domicílios, mas 
podem também fazer ectoparasitismo 
em seres humanos; 
 
❖ Criadouro em fezes de equinos e 
“cama” (revestimento do chão com 
palha); 
 
❖ Causam incômodo e transmitem 
patógenos. 
 
 
 
MIÍASES 
 Miíase primária – larva se desenvolve 
em matéria orgânica viva – 
BIONTÓFAGOS; 
 
 Miíase secundária – larva se 
desenvolve em matéria orgânica em 
decomposição – 
NECROBIONTÓFAGOS. 
 
 Famílias de moscas que realizam 
miíases facultativas: 
 
♦ Sarcophagidae 
 
♦ Muscidae 
 
♦ Fannidae 
 
♦ Stratiomidae 
 
FAMÍLIA SARCOPHAGIDAE 
 
❖ A família Sarcophagidae é descrita 
como uma das que apresentam um 
maior potencial informativo para 
análises forenses 
 
♦ Com o conhecimento de seu ciclo 
biológico, as larvas depositadas por 
esses insetos podem ser utilizadas na 
datação do intervalo pós-morte (IPM) 
 
❖ Mosca causadora de miíase secundária 
no homem e nos animais; 
 
 
 
❖ Em geral as larvas desenvolvem-se em 
matéria orgânica em decomposição; 
 
❖ Eventualmente podem acometer 
tecidos necrosados em um hospedeiro 
vivo (indivíduo sofre a lesão da pele 
onde acontece a necrose do tecido 
naquela região, e então alí a larva se 
desenvolve). 
 
❖ O gênero mais importante é o 
Sarcophaga, normalmente encontram-
se as larvas em carcaças de animais 
(mais comum), mas podem ocorrer 
em seres humanos (miíase facultativa); 
 
❖ Morfologia: 
 
♦ Abdômen em xadrez, geralmente 
preto e cinza. 
 
♦ Determinação das espécies é muito 
difícil; 
 
♦ São moscas de tamanho médio a 
grande (6 a 10 mm); 
 
♦ Coloração geral acinzentada; 
 
♦ Três faixas pretas longitudinais no 
mesonoto; 
 
❖ Biologia: 
 
♦ A maioria das espécies são larvíparas 
(as fêmeas já põem as larvas na 
matéria orgânica); 
 
♦ Larvas são postas em cadáveres, 
matéria orgânica vegetal em 
decomposição, fezes, feridas 
necrosadas...; 
 
♦ As larvas com 10 dias empupamno 
chão, e os adultos emergem após 10-15 
dias. 
 
❖ Têm importância forense pois seus 
estádios larvais indicam a quanto tempo 
a morte ocorreu. 
 
 
FAMÍLIA CALLIPHORIDAE 
 
 
 
❖ Moscas de cor metálica verde ou 
azulada; 
 
❖ Também são causadoras de miíase no 
homem e em animais; 
 
 
 
❖ Observamos aqui a miíase primária (a 
larva vai se desenvolver em matéria 
orgânica viva); 
 
❖ As fêmeas vão fazer a ovoposição 
diretamente no tecido que vai ser 
parasitado; 
 
❖ Essas larvas eclodem rapidamente 
principalmente devido a temperatura 
do tecido (estimula a eclosão); 
 
❖ As larvas, que apresentam ganchos na 
sua porção anterior, vão penetrar no 
tecido; 
 
❖ Os ganchos apresentados pelas larvas 
vão ajudando a fazer a dilaceração do 
tecido e então ela vai se alimentar dos 
restos celulares. 
 
 
❖ Ao redor de todo o corpo da larva ela 
apresenta várias fileiras de ganchos 
que atuam como anzóis para ancorar a 
larva no tecido. 
 
❖ Na porção inferior da larva são 
apresentados os espiráculos 
respiratórios, que ficam dispostos sob a 
superfície pele para que a larva possa 
respirar; 
 
 
❖ Após um período essas larvas vão 
empupar e se desenvolver então em 
adultos. 
 
Cochliomyia hominivorax 
 
 
❖ São altamente vorazes (causam muitas 
lesões e muitos incômodos) e são 
capazes de efetuar o ectoparasitismo 
em humanos; 
 
❖ A espécie tem uma importante larva 
do gênero Cochlyomyia, dentro da 
família Calliphoridae; 
 
❖ Adulto de coloração verde, com 
reflexos azul-metálico; 
 
❖ Cabeça amarelo brilhante, olhos 
avermelhados; 
 
❖ Medem 8 a 10 mm; 
 
 
 
❖ Aparelho bucal sugador e palpos 
curtos; 
 
❖ Mesonoto com três faixas negras 
longitudinais e sem manchas nas asas; 
 
❖ LARVAS 
 
♦ Larvas maduras medem cerca de 15 
mm (coloração branco-amarelada); 
 
♦ Apresentam ganchos orais bem 
desenvolvidos (para poderem lascerar 
o tecido do hospedeiro) dispostos na 
extremidade anterior; 
 
♦ Na extremidade posterior observamos 
os espiráculos respiratórios presentes 
nas placas estigmáticas (permitem que 
o inseto faça a sua respiração); 
 
♦ As larvas de terceiro estágio 
apresentam seus troncos traqueais 
com pigmentação dos três últimos 
segmentos. 
 
❖ CICLO BIOLÓGICO 
 
♦ Os adultos: 
 
- Considerável capacidade de 
dispersão; 
 
- Abundantes nos climas quentes e 
húmidos; 
 
- Só copulam uma vez, mas realizam 
várias posturas (pois a fêmea 
armazena o esperma) 
 
♦ Ciclo (ovo-ovo) 21 - 14 dias 
 
- A postura (180-190 ovos) é feita nas 
aberturas naturais do corpo, ou em 
solução de continuidade da pele dos 
animais de sangue quente (exemplo: 
deposição dos ovos na mucosa de um 
indivíduo dormindo de boca aberta, 
deposição de ovos em machucados...); 
 
- Os ovos eclodem 12-20 horas após a 
postura; 
 
♦ Miíase obrigatória – larvas biontófagas 
 
- As larvas são vorazes, penetram no 
tecido vivo com os espiráculos voltados 
para a superfície; 
 
- Evoluem entre 4 e 8 dias (sofrem 
duas mudas) e espontaneamente 
caem no solo. 
 
- Essas larvas são causadoras da miíase 
obrigatória, são larvas BIONTÓFAGAS. 
 
- No solo se transformam em pupas. 
 
♦ Pupa: 
 
- O período pupal varia de acordo com 
as condições ambientais (7 dias a 2 
meses); 
 
- Adultos são formados e saem para 
copular. 
 
 
 
♦ Fêmeas começam a ovipor 4 dias 
depois de emergidas. 
 
❖ IMPORTÂNCIA 
 
♦ As larvas só se desenvolvem em 
tecidos vivos (miíase primária 
obrigatória); 
 
♦ As lesões com larvas atraem novos 
ataques (por conta do odor emitido); 
 
♦ As feridas são hemorrágicas e 
dolorosas; 
 
♦ São frequentes as miíases iniciadas a 
partir de ferimentos, mesmo que 
pequenos (a própria miíase aumenta o 
tamanho dos ferimentos); 
 
♦ Lesões com várias larvas são 
popularmente chamadas de bicheiros; 
 
♦ Distribuição: EUA, Antilhas e quase toda 
a América do Sul. 
 
❖ TRATAMENTO 
 
♦ Limpeza da lesão; 
 
♦ Possível anestesia local; 
 
♦ Remoção das larvas com auxílio de 
pinça (importante ter cuidado pois a 
larva pode ainda se prender no tecido); 
 
♦ Antibiíticoterapia (uso tópico ou 
sistêmico); 
 
♦ Uso de repelentes; 
 
♦ Pode ser necessário correção 
cirúrgica; 
 
❖ CONTROLE 
 
♦ Programa de esterilização de machos 
com raios gama em laboratório para 
soltura e competição com machos 
selvagens : Erradicação da mosca no 
Sul dos Estados Unidos e bons 
resultados no México e países da 
América Central. 
♦ No controle, os machos são 
submetidos a uma radiação e se 
tornam incapazes de produzir 
espermatozoides, mas ainda capazes 
de copular. 
 
A fêmea, como só é capaz de copular 
uma única vez, não são capazes de 
produzir os ovos, diminuindo 
radicalmente a população da espécie 
no local. 
 
 
Cochliomyia macellaria 
 
 
 
 
❖ Adulto 
 
♦ Adulto muito semelhante a C. 
hominivorax; 
 
♦ Medem 6–9 mm 
 
❖ Larvas 
 
♦ Placas estigmáticas e respectivos 
espiráculos respiratórios; 
♦ Troncos traqueais de larva de terceiro 
instar com pigmentação restrita a 
parte posterior. 
 
❖ Ciclo biológico 
 
♦ Bastante semelhante a C. hominivorax, 
exceto: 
- Larvas se alimentam em tecidos 
necrosados ou cadáveres 
(necrobiontófagas); 
 
- Sua miíase secundária é facultativa; 
 
❖ Importância 
 
♦ Pode fazer sua oviposição em lesões 
já provocadas pela C. hominivorax, pois 
essas lesões podem se necrosar; 
 
♦ Podem infestar carcaças em 
abatedouros, açougues e feiras livres, 
sendo importante estar sempre 
fazendo a inspeção visual do alimento 
antes de consumir; 
 
♦ Distribuição: Américas. Atualmente é 
pouco frequente em vários estados 
brasileiros; 
 
♦ Tratamento e controlefeito da mesma 
forma que a C. hominivorax. 
 
Chrysomyia spp. 
 
❖ Adulto 
 
♦ Apresentam cor metálica variando 
desde o verde brilhante com tons 
amarelados até o azulado; 
 
♦ São robustas, medindo ~8 mm; 
 
 
 
♦ Moscas deste gênero originalmente 
dos trópicos do Velho Mundo, foram 
relatadas no Brasil: C. putoria, C. 
megacephala e C. albiceps; 
 
♦ Se tornaram comuns e numerosas no 
sul, sudeste e centro do Brasil 
 
❖ Retirada da larva: 
 
♦ É preciso primeiramente que esta 
esteja morta, apresentando o 
relaxamento de sua musculatura, 
impossibilitando-a de se prender no 
tecido do hospedeiro; 
 
♦ Para matar a larva e gerar o 
relaxamento desta é normalmente 
feita uma asfixia da larva – colocando 
esparadrapo por exemplo. 
 
 A presença de várias dessas larvas 
pode indicar que a criança (ou animal) 
está vivendo em um ambiente 
inadequado e sem cuidados. 
 
❖ Importância 
 
♦ C. bezziana é responsável por miíases 
primárias no Velho Mundo (continente 
europeu, africano, asiático); 
 
♦ As espécies introduzidas no Novo 
Mundo (as américas) são causadoras 
de miíases secundárias em mamíferos; 
 
♦ Risco de contaminação com agentes 
patogênicos, e vetores de vários 
agentes patogênicos; 
 
♦ Alta capacidade reprodutiva e larvas 
muito agressivas nos tecidos afetados 
 
Subfamília Cuterebrinae 
 
 
❖ Compreende as moscas em geral 
robustas; 
 
❖ Apresentam aparelho bucal atrofiado; 
 
❖ Os adultos são pouco vistos 
 
♦ Possuem vida curta (5 – 20 dias); 
 
♦ Como eles não se alimentam, 
sobrevivem apenas das reservas 
energéticas conseguidas através de 
suas formas larvais; 
 
♦ Vivem em ambientes florestais; 
 
❖ Compreende várias espécies, a 
principal delas é a Dermatobia hominis. 
 
 
 
♦ Apresenta importância veterinária e 
médica pois a larva, denominada 
“berne”, causa miíase nos animais e no 
homem. 
 
Dermatobia hominis ( mosca-berneira) 
 
❖ Adultos 
 
♦ É uma mosca robusca, medindo cerca 
de 12 mm; 
 
♦ Aparelho bucal atrofiado (não-
funcional); 
 
♦ Parte superior da cabeça e olhos 
marrons; 
 
♦ Tórax cinza-amarronzado com 
manchas longitudinais escuras; 
 
♦ Abdome azul-metálico; 
 
♦ Asas grandes e castanhas. 
 
❖ Larvas 
 
♦ L1 = cilíndrica, L2 = piriforme, L3 = oval 
alongada (a larva adulta mede 2,0 x 0,5mm); 
 
♦ Na parte posterior, mais afilada, estão 
presentes os espiráculos respiratórios; 
 
♦ Apresentam o corpo com várias fileiras 
de espinhos. 
 
♦ Na extremidade anterior da larva 
observamos os ganchos. 
 
❖ Ciclo biológico: 
 
♦ Moscas hematófagas podem deixar as 
larvas na pele do animal enquanto 
fazem repasto sanguíneo deste; 
 
♦ As larvas eclodem pelo calor do 
hospedeiro e invadem o corpo do 
hospedeiro (causando a miíase 
obrigatória); 
 
♦ Sofrem duas mudas, abandonam o 
corpo do hospedeiro, caem ao chão 
formando a pupa, e tempos depois o 
adulto emerge. 
 
❖ Importância 
 
♦ Distribuição: desde o México até a 
Argentina; 
 
♦ As larvas causam miíase primária. As 
lesões são dolorosas; 
 
♦ Risco de infecção secundária; 
 
 
 
♦ Causadora de sérios problemaspara a 
bovinocultura na América do Sul: 
- Retardo no crescimento; 
- Queda na produção de leite e carne; 
- Depreciação do couro; 
- Pouco ganho de peso. 
 
♦ Lesões dolorosas no homem; 
. 
❖ Tratramento – Dermatobia hominis 
 
♦ Nos animais domésticos remenda-se o 
banho de imersão ou preparação 
‘pour-on’ de compostos fosforados, ou 
uso de inseticida sistêmicos. 
 
♦ No homem: 
- Recomenda-se tricotomia e assepsia do 
local da lesão; 
- Remoção do berne morto por asfixia; 
- Curativo local, uso de bacteriostático local 
e repelentes. 
 
❖ Controle 
 
♦ Pulverizações frequentes dos animais 
com inseticidas clorados, ou piretróides; 
 
♦ Combate aos hospedeiros de 
transporte, construindo esterqueiras 
por exemplo. 
 
Família Syrphidae 
 
 
❖ São moscas médias ou grandes; 
 
❖ Possuem asas manchadas e 
permanecem “paradas no ar, voando” 
 
♦ Podem causar miíase intestinal quando 
são ingeridas acidentalmente 
 
❖ Se criam em matéria orgânica em 
decomposição – Necrobiontófagas; 
 
❖ Algumas espécies podem ser 
confundidas com moscas varejeiras; 
 
❖ São úteis na polinização 
 
❖ Tem utilização nas ciências forenses: 
 
♦ Podem indicar: 
- Tempo que o cadáver está em 
exposição em ambiente 
- Local de morte 
- Existência de drogas ou entorpecentes 
no momento da morte 
 
 
- Nível de cuidados destinados a um 
bebê/crianças. 
 
 
OBSERVAÇÕES GERAIS 
 
 TODAS as espécies citadas são 
HOLOMETABÓLICAS; 
 
 TODAS as espécies que fazem o 
parasitismo nos corpos dos seres 
humanos podem ter uso nas ciências 
forenses. 
 
 Todas são ovíparas exceto pela 
Sarcophagidae, que apresenta a 
maioria das espécies larvíparas. 
 
 Revisões comparativas: 
 
 
FAMÍLIA / 
SUBFAMÍLIA 
MIÍASE 
PRIMÁRIA 
MIÍASE 
SECUNDÁRIA 
Muscidae - - 
Cuterebridae X - 
Sarcophagidae - X 
Syrphidae X - 
Calliphoridae X - 
Cyclorrapha X - 
 
REFERÊNCIAS 
 
❖ Aula 9a muscomorpha. – Aula somente 
disponível para alunos que cursam 
Biomedicina na UFG no período de 
agosto-setembro de 2020. 
 
❖ SILVA, Ivana. Moscas. FIOCRUZ, 2020. 
Disponível em: 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bi
s/infantil/moscas.htm. Acesso em: 28 
de outubro de 2020. 
 
❖ NOZELLA, Brenda. Artropodes. Passei 
Diereto, 2014. Disponível em: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/
5681939/artropodes. Acesso em: 28 de 
outubro de 2020. 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/moscas.htm
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/moscas.htm
https://www.passeidireto.com/arquivo/5681939/artropodes
https://www.passeidireto.com/arquivo/5681939/artropodes

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