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As semelhanças e Dissonâncias das Revoluções Mexicana e Cubana.

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Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO 
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes 
Departamento de História – DEHIS/G 
Atividade Avaliativa (4) da disciplina de História da América II 
Professor: Rodrigo dos Santos 
 
1) Em uma produção textual estabeleça no mínimo três comparações (dissonâncias 
ou semelhanças) entre a Revolução Mexicana e a Revolução Cubana, pautando-se 
em Rampinelli (2011) e Silva (2012). 
 
2) Realize uma análise do filme “Evita” comparando com elementos de Avelino 
(2014). 
 
Critérios de avaliação: 
50% questão 1: 
40% texto coerente com a proposta e com no mínimo três comparações. 
10% utilização de no mínimo uma citação (direta ou indireta), cada texto, e referências corretas 
conforme ABNT no final do texto. 
 
50% questão 2: 
40% texto coerente com a proposta e com no mínimo três comparações. 
10% utilização de no mínimo uma citação (direta ou indireta), cada texto, e referências corretas 
conforme ABNT no final do texto. 
 
Os textos devem conter cada um no mínimo UMA PÁGINA E NO MÁXIMO TRÊS PÁGINAS 
(espaçamento 1,5, fonte Arial tamanho 12, sem espaço entre parágrafos, com cabeçalho e sem 
capa). A entrega é individual e poderá ser realizada por e-mail (rodrigoguarapuava@gmail.com), 
mediante confirmação de leitura, até 26 de setembro de 2019. ATIVIDADES ENTREGUES DEPOIS 
DESTA DATA TERÃO DESCONTO DE 2% POR DIA DE ATRASO. 
 
mailto:rodrigoguarapuava@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE 
UNICENTRO 
Campus Universitários Santa Cruz 
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes 
Departamento de História 
 
Docente: Rodrigo dos Santos 
Disciplina: História da América II 
Discente: Karine Aparecida de Castro 
 
Atividade IV. 
 
Respostas: 
1) As semelhanças e Dissonâncias das Revoluções Mexicana e Cubana. 
Sob um clima de repressão externa, ambos países efetuaram suas respectivas 
revoluções - e é importante ressaltar, que esse conceito se encaixa uma vez que são alteradas 
drasticamente as lideranças, a economia, a diplomacia como também as relações do Estado 
com a Igreja. 
Segundo Rampinelli (2011) a revolução mexicana foi a primeira da América Latina, 
destacando o início da Era Contemporânea de tal recorte espacial e cultural. Devido a isso, seu 
impacto se deu tanto regional como mundial, afinal, serviu de exemplo e uma espécie de 
protótipo para as outras revoluções que iriam vim. Destaca-se o contexto em que ambos países 
se encontravam, por um lado, se encontra o México, uma ex-colônia que desde sua 
Independência se vê conturbada e má administrada, principalmente, devido a péssima 
distribuição de terras resultando em uma grande parcela da população em situação de pobreza 
extrema. 
Também sobre um contexto problemático referente a distribuição de terras, se encontra a 
Revolução Cubana, está a qual possui outro ponto – e diria, a mais popular – que se refere a 
perspectiva de antimperialismo. Sendo isso, um confronto teórico ou armado (como no caso da 
revolução cubana) para com os Estados Unidos. Silva (2012) diz que José Martí, um dos líderes 
da independência cubana, já alertava desde o século XIX essa presença e intervenção dos 
estadunidenses na política e na economia dos ademais países da América, principalmente, a 
Latina - está a qual existe desde a formação da Liga as Naões, criada na Primeira Guerra 
Mundial. A autora cita Smith (2008) que diz que 
“ [...] Ser nacionalista era ser antiimperialista. Ser antiimperialista, á medida que o poder 
dos Estados Unidos crescia, era se tornar antiamericano, antigringo e antiianque. 
Paradoxalmente, contudo, nacionalismo também implicava solidariedade com os outros 
países da América Latina: vítimas de um inimigo comum, de acordo com essa visão, eles 
devem se unir pelo bem do apoio mútuo [...] (SMITH, 2008. s.p) 
Portanto, a guerrilha contra os estadunidenses se enquadrava nessa ideia de luta popular 
de caráter nacionalista também. Sendo esses sujeitos guerrilheiros distintos em ambas guerras. 
No México, se caracterizava os indígenas e os camponeses contra os latifundiários, burgueses 
e o claro, ao governo oligarca, enquanto isso, em cuba, eram intelectuais de vertente marxista-
lenista em pé de guerra com o capitalismo, os Estados Unidos e seus representantes no país. 
Sendo possível notar, que a modernização está inteiramente ligada com ambas guerras, 
o que muitas vezes pode ser compreendido por algo estranho uma vez que, o conceito de 
modernização muitas vezes é associado com a vinda daquilo que se configurou como 
civilização e portanto, uma melhoria na vida. Mas, ao analisar as consequências que ambas 
trouxeram para essas populações se nota como esse processo feito sem empatia pode causar 
danos cruéis a vida das pessoas comuns. 
As influências que a revolução mexicana desencadeadas pelos grupos participantes 
(facções armadas) se desencadearam em perspectivas teóricas militares que foram além das 
fronteiras, sendo essas carrancismo, o villismo e o zapatismo. A partir de Rampinelli (2011) se 
sabe que o carrancismo, foi um movimento liderado por Venusiano Carranza, era governador 
de Coahulia e um dos líderes da revolução pois, se opôs a Victoriano Huerta, que derrubou 
Francisco Madero a quem ele apoiava para a queda de Porfirio Diaz e quando Carranza assume 
a presidência sofre com a oposição, esta que mais tarde também simboliza um movimento 
social de resistência. Sendo essas villismo, liderado por Francisco Villa, que conta com o apoio 
dos trabalhadores e também de intelectuais, uma vez que sua perspectiva se foca na reforma 
agraria. 
 E por último, o zapatismo, que foi liderado por Emiliano Zapata e apoiado principalmente 
por trabalhadores que viam a revolução como algo local, portanto, eram apegados a suas terras 
e portanto, a revolução deveria ser pensada em pequenos locais para que as pessoas não se 
retirem da sua zona já conhecida. O tema “Terra e Liberdade” e o seu plano, Plano de Ayala, 
apresentaram uma melhor consistência teórica e prática para esse movimento. O plano tinha 
como objetivo principal de devolução de terras aos indígenas e camponeses. Para o autor “O 
plano não faz referência a paz, ao progresso e à democracia (...) a finalidade é reconquistar as 
liberdades de um povo republicado e dar lugar a prosperidade o bem-estar" (Rampinelli, 2011, 
p. 98). 
E está é a principal influência - além das leituras Marxistas-lenistas – para a Revolução 
Cubana, no entanto, outros países como a Guatemala conseguiram ao menos o fim do Estado 
Oligárquico a partir disso. 
 No entanto, segundo Silva (2012) é importante apontar que países como a Argentina e o 
Brasil obtinham muitos simpatizantes pelos regimes totalitários da Alemanha e da Itália, e isso 
chamou atenção do governo estadunidense que estabeleceu uma luta contra fascismo – claro, 
se sabe sobre todo o contexto sócio-político, onde em inúmeras coisas o imperialismo 
estadunidense também se aproxima como também com a subjugação de países considerados 
de terceiro mundo perante eles. Portanto, o Brasil ainda não realizou uma grande revolta para 
com o imperialismo norte-americano e nem mesmo para com os ademais. 
O maior, foi a proposta de reformas de base de João Goulart, onde pode se notar traços 
do zapatismo, a partir da reforma agraria, urbana, fiscal e bancaria. No entanto, não foi efetivada 
devido as intervenções que os Estados Unidos tiveram para o golpe dos militares. 
Principalmente segundo Silva (2012) pela implantação da Doutrina Monroe, que considera o 
comunismo uma ameaça ao continente e a segurança dos Estados Unidos. No entanto, o que 
se sabe hoje é que foi forjada essa ameaça. 
Portanto, é importante destacar como esses grandes eventos dos países latino-
americanos de certa forma se interligam, isso desde o período de sua colonização ou até 
mesmo antes. E sendo possível notar esse constante medo daqueles detentores de poder para 
com a liberdade desses países, uma vezque, esses e o do continente africano são os principais 
alimentadores e fantoches do poder desses. 
 
2) Analise Critica do Filme Evita (1996) 
O populismo, segundo Avelino (2014) é algo que as estruturas de países que 
enfrentavam uma crise econômica e política forte. Este fenômeno político tinha como objetivo 
estabelecer estratégias que satisfaziam a população comum e pobre e ao mesmo tempo 
prosseguiam com o poder na mão da elite. Portanto, procura melhorar a vida das pessoas 
pobres e trabalhadoras, mas não deixa do caráter elitista. 
No Brasil, é possivel ver a partir do governo Vargas com o varguismo, enquanto isso, no 
contexto da Argentina (cenário do filme) é o peronismo. É importante destacar que o varguismo 
não possui um reflexo continuo na vida dos brasileiros, como o peronismo se deu. 
O filme Evita (1996) faz parte de um aglomerado de produções de representações sobre 
a vida desta mulher, como também há romances e até mesmo desenhos. Isso tudo porque foi 
construído um mito em cima da sua vivência. É sempre importante ressaltar como a linguagem 
do filme, fotografia e qualquer outra produção - seja cientifica ou de entretenimento – possui 
objetivos e uma perspectiva/ideias de quem produziu. 
E em questão se trata de Evita Duarte que posteriormente se chamará Evita Perón está 
a qual é uma personagem emblemática na história da Argentina, amada ou odiada, se fez como 
uma das principais difusoras do peronismo, advindo do nome de seu marido Juan Domingo 
Perón, a qual foi fundamental para que este fosse recebido pela maior parte da população. E 
isso é representado no filme inúmeras vezes quando Evita se posiciona na saca da Casa 
Rosada ao discursar para a população em nome de seu marido. Este o qual muitas vezes é 
posta a famosa música “Don’t Cry For Me Argentina” cantada pela própria atriz, Madonna, quem 
estava no seu maior auge de popularidade – sendo isto também um recurso tanto para reforçar 
a figura de Evita como Santa, uma vez que a melodia se assemelha quase a um hino religioso, 
como também de propaganda/marketing para a obra cinematográfica. 
O que se sabe e provavelmente e foi um dos principais motivos para as produções - 
como o filme - é que por muitas vezes, Evita é até mesmo associada a santa, pois, se localizava 
e uma situação - na perspectiva de classe – acima dos demais, como na religião o ser 
santo/deus(es) se localizam acima dos comuns/mortais - e se configurou uma personalidade 
dócil, vinda do protecionismo da ideologia do peronismo, ou seja, era baseada em uma ideia de 
proteção aos trabalhadores, se referindo aos direitos trabalhistas. 
No entanto, segundo Avelino (2014) ela na verdade surgiu apenas como uma mulher 
bonita que surgiu como alguém inexpressiva e anônima, que aos poucos se construiu a sua 
imagem como bem feitora os humildes e chefe espiritual da nação. É como se houvesse duas 
pessoas totalmente diferentes, a primeira Maria Eva Duarte, que após, se acrescentar Péron, 
incorpora uma personalidade flamejante de uma mulher batalhadora e fiscalizadora que se 
preocupava com a justiça social e a distribuição de renda. E ao mesmo tempo, apesar que 
tenha sido uma mulher que ocupou uma presença política importante, sua imagem sempre 
esteve associada a ideia de “mãe”, cuidadora etc.; e talvez seja por isso que seja tão associada 
a Santa. 
Ao se deparar com esses materiais, é possível analisar o quão cavado se inseriu a figura 
de Evita, e como é discutida até mesmo no presente, principalmente pela ex-presidente Cristina 
Kirchner, que apresenta grande influência do peronismo, até porque está é uma mulher, e Evita 
foi o grande nome para as mobilizações referentes ao foto feminino e a presença delas em 
sindicato – algo que também se fortaleceu com a presença do peronismo no poder. 
É claro, que a figura de Evita seja de qualquer forma moldada para se representar o ideal 
de mulher argentina – e até mesmo de grande parte do mundo. No entanto, ela de fato fez 
muitas coisas importantes para os operários. 
O autor Avelino (2014) também discute sobre como história e memória confundem com 
os mitos e os desejos pessoais. E a sua construção se fez ainda mais forte após sua morte – 
ago que não foi tratado em filme, pois, dada a sua ausência como defensora sua imagem – 
principalmente associada a Perón, que em posterior de casa novamente – se forja como 
símbolo oficial do peronismo. Até porque durante muito tempo, seu corpo permaneceu 
embalsamado para cultuo e memória - até que em decorrência de problemas políticos como o 
furto deste, ela é sepultada. 
A figura de Evita ainda é muito venerada, e portanto, um assunto muito delicado a 
milhares de pessoas. Mas, ao tratar dela na historiografia é importante problematizar qual eram 
os objetivos por trás dessa construção histórica dela e como ela é fundamental até os dias de 
hoje para justificar e evidenciar uma ideologia politica-social da Argentina. 
 
 
	1) Em uma produção textual estabeleça no mínimo três comparações (dissonâncias ou semelhanças) entre a Revolução Mexicana e a Revolução Cubana, pautando-se em Rampinelli (2011) e Silva (2012).

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