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Resenha do filme As sulfragistas

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UFG – REGIONAL GOIÁS
Disciplina: Direitos Individuais Especiais
Docente: Alexandre Aguiar dos Santos
Discente: Maryanna Martins R. Nunes
Matrícula: 201511522
RESENHA DO FILME “AS SULFRAGISTAS”
	O filme tem como contexto histórico a Inglaterra do século XX, destacando o período em que as mulheres começaram, de forma mais intensa, a lutar por seus direitos, principalmente o direito de voto, e por sua liberdade. Por meio dos personagens é possível compreender os diferentes “tipos” de mulheres presentes na sociedade britânica da época, desde a mais feminista até a que acha normal a realidade em que viva, respeitando as leis do jeito que elas são e se sujeitando ao machismo da época.
	Dentro do rol das mulheres mais feministas temos Edith Ellyn e Emmeline Pankhurst, líder do movimento. Elas representam mulheres fortes, corajosas e determinadas a fazer o que for necessário para conquistarem seus direitos e igualdade perante o sexo masculino. Em uma cena do filme, Pankhurst faz o seguinte discurso:
“Durante cinquenta anos temos trabalhado de forma pacífica para garantir o voto para as mulheres. Temos sido ridicularizadas, maltratadas e ignoradas. Agora percebemos que ações e sacrifícios, devem ser a ordem do dia. Estamos lutando por um tempo em que cada menina nascida neste mundo terá uma oportunidade igual aos seus irmãos. Nunca subestime o poder que as mulheres têm de definir os nossos próprios destinos. Nós não queremos quebrar as leis, nós queremos faze-las.”
	Do outro lado dessas mulheres que se chamam de sulfragistas, temos Maud Watts, uma mulher que trabalha na lavanderia a sua vida inteira e sempre respeitou e viveu de acordo com aquilo que era estabelecido pela sociedade machista britânica do século XX, ou seja, ficar calada diante dos assédios por parte de seu chefe e nunca envergonhar ou questionar seu marido, ser basicamente a perfeita esposa, mãe e dona de casa. Ela representa, nesse primeiro momento, todas as mulheres que hoje não se consideram feministas ou então não entendem ou pensam que não há necessidade de um movimento feminista.
	Durante o enredo do filme é possível ver o desenvolvimento da protagonista, pois no início Maud não se considera uma sulfragista, mas com o desenrolar dos fatos passar a ser uma militante bastante ativa, chegando até ser presa e fazer greves de fome. É possível dizer que Maud Watts representa a alegoria da caverna escrita por Platão, pois ela passa a compreender que é possível existir uma realidade diferente e melhor do que aquela que ela sempre conheceu, ela não tem que se contentar com o que ela já tem.
	Dois momentos do filme são bastante interessantes para se perceber esse questionamento e desenvolvimento da protagonista: quando está conversando com seu marido sobre como seria a vida da filha deles caso eles chegassem a ter uma menina e seu marido responde que seria igual a que ela tem; e outro momento é quando as autoridades tentam desmotiva-la de suas ações e convencê-la de que a situação das mulheres não irá mudar e Maud responde falando que:
“O Senhor me disse que ninguém ouve garotas como eu. Eu não posso mais viver com isso. Toda a minha vida eu fui respeitosa, fazendo o que os homens me pediam. Agora eu sei. Não valho nada mais, nada menos do que você. A Sra. Pankhurst disse uma vez que se é certo para os homens lutar por sua liberdade, então é certo as mulheres lutarem pela delas.”
	O acontecimento que desencadeou Maud se tornar mais militante foi seu marido, depois de ter colocado ela pra fora de casa por ele ter se sentido envergonhado por ela participar das manifestações, arrumar uma adoção do filho deles e ela não poder fazer nada para impedir isso, por ser mulher e a lei determinar que o marido que tomas as decisões sobre os filhos do casal. Então Maud passa a acreditar que se a lei não está do lado dela, ela deve lutar para que novas leis sejam feitas.
	Durante todo o filme, o movimento das sulfragistas buscou chamar a atenção da mídia para a sua causa. Para isso, as militantes escreviam seu próprio jornal, explodiram caixas de correspondência e a casa do primeiro ministro britânico. Mas foi com a atitude da personagem Emily Davison que o movimento passou a ter atenção da mídia, até em âmbito internacional.
	No fim, o filme traz a seguinte reflexão:
“A mulher segue em frente à procura da terra da liberdade. Como posso chegar lá? A Razão responde: Existe só uma maneira, e apenas um caminho. Abaixo a marginalidade do trabalho, pelas águas do sofrimento. Não há nenhum outro. E a mulher descartou tudo em que ela se agarrou e gritou: Como faço para ir a esta terra distante, que ninguém jamais alcançou?”
	Além dessa reflexão, o filme traz diversos anos em que as mulheres conquistaram o direito ao voto em diferentes países no mundo, cabendo destacar que somente em 2003 as mulheres passaram a ter o direito de voto no Qatar e em 2015 na Arábia Saudita as mulheres foram prometidas de ter direito ao voto.
	Esse filme, portanto, é muito importante para provocar uma reflexão sobre a luta das mulheres por seus direitos ao longo da história e que apesar de já se terem alcançado algumas vitórias, a luta feminina está longe de chegar ao fim, porque caso contrário não haveria necessidade de se ter um movimento feminista, movimento este que ganha força a cada dia que passa e que realmente se faz necessário, pois se não forem as próprias mulheres a lutarem por seus direitos, ninguém irá lutar por elas.

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