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PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

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PREVENÇÃO E CONTROLE 
DE RISCOS, APLICAÇÃO NR 
10 E NR 12 - MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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01
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................................ 5
2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10 ................................................................................................................ 6
3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL ....................................................... 8
3.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ................................................................................................................. 11
3.2. MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .......................................................................... 12
4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS ................................ 16
5 - CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 17
NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES 
E SERVIÇO EM ELETRICIDADE
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO 
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
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INTRODUÇÃO
Desde a invenção do primeiro gerador de energia por Nikola Tesla e da invenção da 
Lâmpada por Tomas Edson, a busca por distribuição de energia teve um crescimento exponencial 
nas cidades, a fim de propagar, principalmente, a iluminação pública. Mais tarde, com a invenção 
dos motores elétricos de indução, a energia demandava industrias. Pouco se conhecia sobre 
energia elétrica, porém, com a demanda por novas redes de distribuição, a mão-de-obra para a 
implantação desse sistema possuía um alto índice de mortalidade. Estima-se que, naquela época, 
seis em cada dez trabalhadores, na área de linhas de distribuição, morriam, ou seja, era ao menos 
o dobro da quantidade de mortes do que em qualquer profissão.
Quando à energia elétrica chegou ao Brasil, em 1879, para a implantação de iluminação 
pública, há haviam normas. Posteriormente, foi inaugurada a primeira usina hidroelétricas, em 
1883, na Diamantina; havia bondes elétricos no Rio de Janeiro, em 1892; sistema de iluminação 
pública em Belo Horizonte , em 1897; porém, somente em 1914, a fim de controlar o alto índice 
de acidentes fatais, é que foi lançado o primeiro código de instalações elétricas, pela antiga e 
extinta Inspetoria Geral de Iluminação, localizada no Rio de Janeiro. Somente em 1977, a ABNT 
(Associação Brasileira de normas Técnicas) publicou a NB-3 (Norma brasileira – 3) Baseada 
na NFPA-70 (National Eletrical Code), norma internacional vinda dos Estados Unidos. No 
Brasil, a norma regulamentadora número 10, tópico de estudo dessa apostila, somente surgiu 
após a consolidação das leis trabalhistas no ano de 1978, juntamente com outras 28 normas 
regulamentadores no trabalho.
O princípio das NR10 sempre teve como essência controlar os riscos dos trabalhos que 
interajam diretamente ou indiretamente as instalações elétricas, para reduzir para zero os índices 
de acidentes no trabalho no uso da eletricidade em todas as etapas, ou seja, geração, transmissão, 
distribuição e consumo de energia elétrica.
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1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para a interpretação e compreensão de normas, principalmente a NR10, temos que deixar 
claro algumas definições, que podem contribuir para um melhor aprendizado. 
• Extra baixa tensão ou tensão de segurança: Os valores de extra baixa tensão são claros 
em norma: Tensão inferior à 50 V corrente alternada ou 120 V corrente continua. O termo tensão 
de segurança, sendo sinônimo de extra baixa tensão na NR10, é devido pois a passagem de uma 
corrente elétrica somente irá ser sentido no corpo humano acima desses valores de tensão.
• Baixa tensão BT: Baixa tensão são valores acima de 50 V em corrente alternada e 120 V 
em corrente continua à 1.000 V corrente alternada e 1.500 V corrente contínua, sendo a faixa de 
tensão que fica entre a Extra baixa tensão e a alta tensão.
• Alta Tensão (AT): A definição de alta tensão, segundo a NR10, é um pouco divergente, 
pois segundo a ABNT consideraríamos alta tensão instalações elétricas acima de 36.000 V, logo 
valores entre 1.000 V e acima de 36.000 V seria média tensão conforme estabelece a NBR14039 
– Instalações elétricas de média tensão MT. Porém, conforme descrito na NR10, alta tensão é 
instalação elétrica acima de 1.000 V em corrente alternada e 1.500 V em corrente contínua. Já 
para efeitos de padronização construtiva, projeto e dimensionamento das instalações temos que 
tomar como referência, projetos e parâmetros técnicos da ABNT, já quando os assuntos são 
procedimentos de trabalho e controle de risco, consideramos os valores de tensão especificado 
na NR10 para AT.
• Área classificada e atmosfera explosiva: As duas palavras por mais que parecidas são 
itens diferentes e específicos, onde uma área classificada se diz o local no qual pode haver uma 
atmosfera explosiva. Por exemplo: Uma plataforma de armazenamento de botijões de gás é uma 
área classificada, porem ela somente irá se tornar uma atmosfera explosiva caso do vazamento de 
gás, onde a mistura do mesmo com o ar, a ignição propagasse a combustão.
• Direito de recusa: O direito de recusa é um instrumento no qual podemos classificar 
como medida de controle de risco, no qual o executor de uma determinada atividade, no qual o 
exponha a risco eminente de si próprio ou de terceiros, tem de recusar de forma assegurada por 
lei para evitarquaisquer maiores riscos. Exemplo: A recusa para uma manutenção em um poste 
de distribuição de energia, pois começou a chover e os isolamento de proteção irão se perder por 
umidade, colocando-o em risco eminente de acidente.
• Energia incidente: É a energia dissipada no momento de uma falha nas instalações 
elétricas por circunstancia acidentais, podendo variar seu potencial e tempo de falha de caso a 
caso. Para um equipamento interligado a instalações elétricas, quanto maior seu potencial de 
consumo e demanda de energia maior será a sua energia incidente, a qual sua unidade é expressa 
em Quilo Joules por centímetro cúbico (kJ/cm³).
• SEP: Sistema elétrico de potência é o conjunto de equipamentos elétricos com finalidade 
de geração, transmissão e distribuição de energia com valores de demanda de energia elevado 
e mais robusto, geralmente em AT. São exemplos de SEP, redes de distribuição de energia, 
transformadores trifásicos de potência, medições indiretas de energia, cabine de medição de 
energia, entre outros. 
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Nesse material iremos discutir sobre a norma regulamentadora nº 10 e 
não necessariamente citaremos todos os itens da norma, nesses moldes é 
recomendável para qualidade cognitiva desse conteúdo que se leia a norma nesse 
módulo na integra, assim acesse o site do ministério do trabalho para um acesso 
a norma atualizada. Site ministério do trabalho Disponível em: <<http://trabalho.
gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR10.pdf>. Acesso em: 15 jun. 18.
2 - NORMA REGULAMENTADORA NR 10
Para melhor compreensão da NR10, devemos inicialmente compreender que ela 
pretende atingir objetivamente a segurança em instalações e serviços em cima de todas etapas 
que se utilize energia elétrica com valores de tensão superiores a 50 Volts corrente alternada e 120 
V corrente contínua, sendo aplicáveis em etapas e fases de Geração de energia elétrica (Usinas 
hidroelétricas, fotovoltaicas, biomassa, fotovoltaicas, outros), transmissão de energia (130 kV até 
700 kV), Distribuição de energia (Usualmente utilizada no Brasil em 13,8 kV, 34,5kV e 69kV), 
incluindo, também, etapas de projetos elétricos, montagem e operação de sistema elétricos e 
manutenção de instalações, maquinas e equipamentos elétricos. A NR 10 se aplica a pessoas que 
trabalham diretamente e/ou indiretamente com instalações elétricas, desde a montagem de um 
quadro elétrico até a utilização do sistema por pessoa não advertida, na simples ação de ligar e 
desligar um interruptor de luz ou meramente quem trabalhe em proximidade de eletricidade 
mais não necessariamente com energia elétrica, por exemplo: Profissional no qual lança cabos 
de fibra óptica em um poste, mesmo que fibra óptica não seja um meio ou equipamento no qual 
se trabalha energizado mas se tratando de uma atividade em proximidade de sistemas elétricos 
temos riscos a ser avaliados. A NR10 determina condições mínimas de segurança, ou seja, tudo 
que é descrito na norma é obrigatório seu comprimento, porem como forma de medidas de 
controle, pode ser implementado por medidas adicionais.
Para que um trabalhador possa desenvolver suas atividades nas instalações elétricas, é 
importante que tenha em seu currículo o treinamento básico (segurança em instalações e serviços 
com eletricidade) de carga horária mínima de 40 horas, que a NR 10 no Anexo II especifica uma 
programação mínima dos conteúdos mais relevantes. Para que os trabalhadores tenham contato 
com as instalações elétricas em alta tensão, é necessário que seja feito o curso complementar 
(segurança no sistema elétrico de potência SEP e em suas proximidades), além do curso básico, 
que é pré-requisito. Além do(s) curso(s), faz-se necessário para o trabalhador poder realizar suas 
atividades nas instalações elétricas, e que cumpra as exigências ditas pelo item 10.8 (Habilitação, 
Qualificação, Capacitação e Autorização dos trabalhadores) da NR 10, que especifica todos os 
outros requisitos, em questões de conhecimento técnico e autorizações.
Para que os serviços em instalações elétricas sejam feitos de forma eficaz e mais segura 
possível, é importante que seja seguido um procedimento de trabalho de desenergização. 
Instalações elétricas são consideradas desenergizadas apenas mediantes a uma sequência de 
procedimentos apropriados. Como uma forma de proteção coletiva dos riscos elétricos, a NR 10 
determinou essa sequência de procedimentos:
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a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos 
circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
Após todo o serviço ser realizado e haver a verificação de que não há quaisquer problemas, 
deve-se seguir alguns passos para a reenergização da instalação elétrica. Esse processo de 
reenergização deve sempre ser realizado por um profissional capacitado para tal trabalho, como 
especifica o item 10.8 da NR 10. A sequência dos procedimentos de reenergização, segundo a NR 
10, é:
a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) Retirada da zona controlada de todos os trabalhos não envolvidos no processo de 
reenergização;
c) Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
Como exemplo dos procedimentos de trabalho, observe a Tabela da sequência para a 
substituição de uma lâmpada fluorescente tubular:
a) Seccionamento;
Verificar se o circuito está identificado conforme o 
esquema unifilar e somente depois desligar o disjuntor 
no quadro de distribuição e assim como o interruptor da 
lâmpada.
b) Impedimento de 
reenergização;
Fazer bloqueio de religamento do disjuntor de forma que 
não possa ser violado facilmente. Esse bloqueio pode ser 
realizado colocando um cadeado no quadro elétrico que 
possui o dispositivo.
c) Constatação da 
ausência de tensão;
Utilizar um multímetro ou equipamento similar para 
constar que realmente aquele circuito foi desligado.
d) Instalação de 
aterramento temporário; Não aplicável pelo baixo nível de risco.
e) Proteção dos 
elementos energizados 
existentes na zona 
controlada;
Proteção dos elementos energizados que possa estar na 
mesma caixa de passagem.
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f) Instalação da 
sinalização de 
impedimento de 
reenergização.
Instalação de sinalização no quadro elétrico o qual o 
circuito foi desligado.
Tabela 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
3 - MEDIDAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
COLETIVA E INDIVIDUAL
Que todas as intervenções em instalações devem ser providas de cuidados todos nós 
sabemos, porém, de que forma deve ser submetidos esses cuidados de acordo com a NR10? 
Utilizando uma análise de risco mediante a técnicas apropriadas e verificando não somente riscos 
elétricos, mas também os riscos adicionais. 
Os riscos adicionais são aqueles que não estão relacionados diretamente com energia 
elétrica, porém no emprego dessas atividades ou até mesmo por outros efeitos o trabalhador 
estará exposto, como trabalho em altura, confinamento, atmosfera explosiva, poeira, umidade e 
até campos elétricos e magnéticos. Os riscos adicionais estão presentes em quaisquer atividades, 
principalmente, as que demandam conhecimentotécnico fazendo com que dentro da análise seja 
criteriosamente avaliada. Por exemplo, considerando um trabalhador que irá fazer a manutenção 
em uma luminária que está instalada com um pé direito de cinco metros de altura e o reator da 
lâmpada encontra-se dentro do forro de gesso, ou seja, precisará remover toda a luminária do 
forro para manutenção, todavia, temos uma análise sobre os riscos risco adicionais: O Trabalho 
em altura deve ser avaliado a forma de acesso até a luminária utilizando-se escada ou andaime, não 
podendo deixar de lado a utilização do cinto de segurança, ancoragem do cinto, boas condições 
das sapatas, treinamento de trabalho de altura em dia (NR35), trabalho sempre realizado em duas 
pessoas; A poeira acumulada internamente no forro, utilização de luvas apropriadas, e inspeção 
visual a fim de verificar a presença de riscos do gênero (A luminária e equipamento elétricos com 
acumulo de poeira e associados a eletricidade pode haver falhas e descargas de energia); Fauna 
considerando que pode haver animais peçonhentos como aranha, escorpião, entre outros.
Em uma análise prévia, podemos verificar vários outros aspectos de risco adicionais, os 
quais não estão ligados diretamente a energia elétrica e podem gerar acidente no trabalho. As 
medidas de controle também estão associadas a informações sobre as instalações elétricas de 
forma em geral. Para intervenções, é necessário saber como são as metodologias de segurança a 
serem empregadas e de que forma os dispositivos elétricos estão ligado e associados, como suas 
proteções foram dimensionadas, quais os ferramentais adequados para o seu uso, comprovação 
de que o sistema de aterramento e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) 
estão bem dimensionados, entre outras informações no qual devem ser descritas no PIE 
(Prontuário de Instalações Elétricas). Antes de discutirmos sobre o PIE, é válido colocar que 
os esquemas unifilares das instalações são obrigatórios a toda e qualquer empresa, e deve ser 
mantido atualizado. Os esquemas unifilares devem conter:
- Valor de corrente nominal das proteções e parâmetro a serem ajustados;
- Especificação da marca e do modelo de equipamento utilizado;
- Dimensões de cabos e barramento elétricos;
- Descrição do sistema de aterramento;
- Denominação e identificação dos circuitos, de sua origem e destino;
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O Prontuário de instalações elétricas é um conjunto de informações em que a empresa 
que possua carga instalada acima de 75 kW deve constituir e mantê-lo atualizado. O PIE deve 
conter todas as informações referentes a instalações elétricas e procedimentos segurança no 
trabalho, contendo no mínimo os subitens abaixo, conforme descrito no item 10.2.4:
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, 
implantadas e relacionadas a NR 10 e descrição das medidas de controle existentes: O Conjunto 
de procedimentos é um manual técnico no qual cada empresa deve elaborar o seu conforme 
disposições gerais e a peculiaridade, contendo informações de como são todos os procedimentos 
para intervenções em instalações elétricas, recomendações de segurança no trabalho para 
intervenções em instalações elétricas, descrição dos EPIs e EPCs, plano de emergência em casos 
de acidente. Para a empresa de concessionária de energia elétrica, é essencial que cada atividade 
se tenha um manual de procedimentos, como por exemplo: Procedimentos para subir em escada, 
procedimento para poda de árvore, entre outros.
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas 
atmosféricas e aterramentos elétricos: Toda empresa, desde a sua concepção, deve haver ensaios 
periódicos com medição e inspeção do sistema de aterramento elétrico e SPDA (Sistema de 
Proteção contra Descargas Atmosféricas). As recomendações de ensaios em instalações de 
baixa tensão estão expressas pela NBR 5410 - “Instalações elétricas em baixa tensão” onde a sua 
periodicidade pode variar de caso para caso, mas, em geral a recomendação é anualmente ou 
seguindo as recomendações do fabricante. As medições de resistência de aterramento devem ser 
realizadas por um equipamento denominado terrometro, com procedimentos específicos e com 
laudos técnicos assinado por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente. Já inspeções referentes 
ao SPDA está constante na NBR 5419 – “Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas”. 
Em 2018 existe recomendações para as instalações de SPDA internos e externos, ou seja, não é 
mais somente aquele sistema externo provido de captores da Franklin ou Gaiola de Faraday, mais 
sim um sistema interno de proteção dos equipamentos elétricos, telecomunicações, dados, sinal 
e até mesmo das pessoas que interajam de algum forma com as instalações elétricas, adotando 
dispositivos de proteção contra surto elétricos. A medição da resistência de aterramento não 
é mais obrigatória em norma por questões técnicas, justificada em norma, porém o ensaio de 
continuidade elétrica do sistema, a fim de garantir a continuidade do sistema captor com a malha 
de aterramento, deve ser procedida periodicamente para cada caso, mas em tese, anualmente.
c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, 
aplicáveis conforme determina a NR 10: Para cada empresa temos riscos diferentes e análises de 
risco diferentes, dessa forma teremos equipamentos de proteção coletivos e individuais diferentes, 
onde dentro do PIE deve haver sua especificação e justificativa para sua obrigatoriedade de uso. 
Nessa parte do prontuário, é recomendado juntar todos os CAs (Certificado de Aprovação) de 
EPIs e EPCs, assim como a ficha de entrada de EPIs aos colaboradores.
d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização 
dos trabalhadores e dos treinamentos realizados: Dentro do prontuário deve ter todos os 
certificados dos colaboradores de acordo com a exigência e a necessidade de cada empresa, como: 
Curso de NR 10, NR 35 - Trabalho em altura, NR 33 - Espaço confinado, certificado de conclusão 
de curso técnico, tecnólogo, engenharia, entre outros cursos de qualificação.
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e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção 
individual e coletiva: Equipamentos e ferramentais de instalações elétricas, quando providos 
de isolação, devem ser ensaiados periodicamente conforme recomendações do fabricante ou 
anualmente, quando não especificado. Os ensaios de tensão aplicada devem ser feitos por um 
laboratório especializado e creditado pelo órgão competente (Inmetro), visando garantir a 
segurança e certificar a sua utilização em trabalho, logo seus certificados de ensaio, contendo 
número de série de cada equipamento, deve estar junto ao PIE.
f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas: Quaisquer 
equipamentos ou instalações, as quais rodem em uma atmosfera explosiva sendo área classificada, 
devem possuir certificação especifica de que a mesma foi projetada para ser instalada em 
condições originalmente preconizadas, ou seja, desde um quadro elétrico, tubulação elétrica para 
área classificada, deve possuir certificação especifica.
g) RTI - Relatório técnico de inspeção atualizado, com recomendações, cronogramas 
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f ”: Nesse ponto é necessário manter e 
constituir atualizado o RTI – Relatório técnicos de inspeção, no qual é uma forma de narrativa 
técnica das instalações elétricas em geral, apontando todos os pontos de conformidade e não 
conformidade, desde a entrada de energia, quadrosde distribuição elétrica, ferramentais, EPIs, 
EPCs, procedimentos de trabalho em geral, etc. Esse documento serve como forma de referência 
para apontar possíveis falhas de segurança em instalações elétricas assim como certifica-las de 
que a mesma está sendo empregada. É válido lembrar que esse documento deve ser elaborado 
por um engenheiro eletricista, obrigatoriamente, e as não conformidades deve ser apresentada 
um plano de ação para corrigi-las. 
Para empresas que não possuem carga instaladas acima de 75 kW, porém, os trabalhos 
são realizados em proximidade do SEP (Sistema Elétrico de Potência) deve possuir os itens “a”, 
“c”, “d” e “e”. Empresas que realizam instalação, ou operam SEP, devem possuir:
- Descrição dos procedimentos para emergência;
- Certificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual;
O PIE e RTI deve estar à disposição dos trabalhos serem elaborados por profissionais 
legalmente habilitados e ser mantido pela empresa ou profissional designado
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3.1. Medidas de proteção coletiva
Medidas de proteção coletiva são ações realizadas por um profissional que controla os 
riscos de suas atividades de forma prioritária, para, assim, controlar os possíveis riscos que as 
pessoas podem sofrer, seja por meio de sinalização, restrição de acesso, ou procedimento técnico 
especifico. Essas ações podem ser:
- Isolação das partes vivas: Utilizando-se de materiais isolantes normalmente na cor 
alaranjada, isola-se partes vivas (Energizadas) das instalações;
- Obstáculos: Elemento no qual delimita o acesso a partes vivas da instalação mas que não 
impede a ação se for de forma intencional (Ex: Cavaletes, cones e fitas zebradas).
Figura 1 - obstáculos de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
- Barreiras: Elemento ou dispositivo no qual impede o contato com partes vivas da 
instalação mesmo que haja uma tentativa intencional (Ex: policarbonato e cercas);
Figura 2 - barreira de proteção coletiva. Fonte: Seton (s/d).
- Sinalização: Sinalização seja com alerta, risco perigo ou até mesmo orientativa de forma 
a alertar pessoas advertidas ou não.
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Figura 3 - sinalizações de risco. Fonte: Seton (s/d).
- Sistema de seccionamento automático de alimentação e bloqueio do religamento 
automático: Redes de distribuição de energia elétrica possuem um dispositivo a fim de manter 
o contínuo fornecimento de energia que quando ocorre o desligamento de um circuito por 
qualquer meio ou azar, o sistema religa duas vezes a rede automaticamente. Esse dispositivo em 
casos de manutenção deve ser desligado e bloqueado. 
Uma outra medida de controle de riscos coletivo é realizar a desenergização de forma 
prioritária para realização de suas atividades, ou seja, é essencial que na intervenção somente seja 
manipulado circuitos energizados utilizando-se ainda de técnicas especificas em casos realmente 
essenciais, evitando assim acidentes e um melhor controle dos riscos coletivo.
3.2. Medidas e equipamentos de proteção individual
Medidas de proteções individuais devem ser tomadas por si só quando as medidas de 
proteções coletivas não foram tecnicamente viáveis e suficientes para controlar os riscos, onde 
depende de uma análise criteriosa e procedimentos específicos para utilização.
A escolha das vestimentas para utilizar em instalações elétricas deve ser criteriosa e levar 
em considerações técnicas contemplando a condutibilidade uma vez que não pode haver fivelas 
metálicas, rebites ou similares expostos, inflamabilidade de acordo com o potencial de energia 
que pode ser dissipada no local no momento de uma falha elétrica, assim como as interferências 
eletromagnéticas que possam haver.
Para determinação da vestimenta, o cálculo de energia incidente de cada ponto deve 
possuir as informações sobre qual classe de roupa utilizar. O cálculo de energia incidente deve 
ser realizado por um profissional qualificado e habilitado, baseado na norma NFPA 70 E, onde o 
resultado pode-se classificar o tipo de vestimenta conforme a tabela a seguir.
Como forma de entender algumas das normas regulamentadoras, veja a NR 6, 
disposta no site do ministério do trabalho,
 disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf.
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Faixa de 
energia 
incidente 
calculada (Cal/
cm²)
Classe 
da 
roupa
Descrição da roupa Gramatura total g/m²
0 – 3,99 Cal/
cm² 0 Algodão não Tratado 153 – 237 g/m²
4 – 6,99 Cal/
cm² 1
Calça e camisa ou macacão 
confeccionado com uma camada de 
tecido resistente a chamas
153 – 271 g/m²
7 – 23,99 Cal/
cm² 2
Roupa interna de algodão + calça e 
camisa ou macacão confeccionado 
com uma camada de tecido resistente a 
chamas
305 – 407 g/m²
24 – 38,99 Cal/
cm² 3
Roupa interna de algodão + calça e 
camisa ou macacão ou calça e capa 
confeccionado com duas camadas de 
tecido resistente a chamas.
542 -678 g/m²
Acima 39 Cal/
cm² 4
Roupa interna de algodão + calça e 
camisa ou macacão ou calça e capa 
confeccionado com três camadas de 
tecido resistente a chamas.
813 – 1107 g/m²
Tabela 2 - Vestimenta conforme cálculo de energia incidente. Fonte: o autor.
É claro que por norma, assim como de forma sensitiva que o uso de EPIs e EPCs fazem 
um controle de risco e se eleva o nível de segurança nas atividades, porém temos de haver o 
senso de equilíbrio sobre qual tipo especifico usar, qual aplicação em cada atividade e até mesmo 
para não haver o excesso e limitar os andamentos das atividades. Na NR 10 pede-se para usar 
ferramentas e EPIs compatíveis com a atividade e valores de tensão empregados, porém não se 
tem mais outras recomendações especificas sobre qual utilizar, excetos algumas recomendações, 
também superficiais, na NR 6 (Equipamento de proteção individual). Tanto a NR 6 quanto a NR 
10 deixa muito em aberto quais EPIs específicos utilizar, onde fica a critério de análise de risco 
caso a caso, conforme a presença de risco não controlado.
A classe de tensão é determinada pelos valores de tensão onde possui um valor máximo 
de trabalho, valor de ensaio e cor padrão de isolação dados pela tabela:
Classe
Corrente alternada
Cor da etiquetaTensão de ensaio 
(Volts)
Tensão máxima de 
uso (Volts)
00 2.500 500 Bege
0 5.000 1.000 Vermelho
1 10.000 7.500 Branco
2 20.000 17.000 Amarelo
3 30.000 26.500 Verde
4 40.000 36.000 Laranja
Tabela 3 - Classificação de nível de tensão de trabalho. Fonte: o autor.
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Como forma de orientar preceitos básicos, criamos uma listagem básica de equipamentos 
de proteção coletiva e individual mediante a uma situação generalista. Um eletricista mantenedor 
industrial no qual é autorizado a realizar atividades em baixa tensão podendo ser energizadas ou 
não é obrigatório os seguintes EPIs:
- Botina de segurança sem biqueira ou acessório de material condutor, com solado isolante 
14 kV conforme NBR 12576. Normalmente a biqueira é em PVC ou resina isolante.
Figura 4 - botina de segurança. Fonte: bracol.
- Calça e blusa com proteção para arco elétrico e fogo repentino (Antichamas) classe II 
ATPV na faixa de 7 à 23,99 Cal/cm³, onde o tecido deve haver uma gramatura entre 305 – 407 g/
m². (Obs: Esse risco dependendo do potencial de energia do quadro elétrico pode ser necessário 
um roupa de classe maior, aqui estamos considerando comomedida de segurança e de forma 
didática um quadro de 63 A na proteção geral e uma distância de trabalho superior à 60 cm do 
ponto energizado).
- Capacete de isolação Classe B para eletricista com protetor jugular com Viseira de 
proteção facial contra arco voltaico em policarbonato risco 2 ATPV de 18,0 cal/cm² NFPA 70E.
Figura 5 - Capacete com protetor jugular e viseira de proteção facial. Fonte: msa.
- Luva de isolação de borracha classe 00 ou 0 revestida com luva raspa de couro em 
conformidade com a NBR 10622. 
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Figura 6 - Luva de isolação de borracha. Fonte: orion.
- Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte.
Figura 7 - Cinto de segurança tipo paraquedista com talabarte. Fonte: msa.
Para entender um pouco mais sobre EPIs, veja as informações disposta no site do 
Guia trabalhista em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/epi.htm
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4 - LEGISLAÇÃO E NORMAS RELATIVAS À PROTEÇÃO 
CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS
O maior risco que o trabalhador corre ao trabalhar com instalações elétricas é o risco de 
choque elétrico. Quando falamos em segurança em instalações elétricas, isso nos remete sempre 
a execução ou manutenção de instalações existente. Só que temos uma forte referência e essencial 
da NR 10, porém é necessário seguir as exigências de outras Normas Brasileiras para uma devida 
proteção contra choques elétricos e outros riscos possíveis, como a NBR 5410 – “instalações 
elétricas de baixa tensão”.
É importante apontar, também, que a NR 10 cita várias outras normas que devem ser 
seguidas para que possa ter uma instalação elétrica segura em conformidade. A NR 10 utiliza 
normas para sua elaboração, como:
- NR 1 – Disposições gerais
- NR 3 – Embargo ou interdição
- NR 4 – Serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho
- NR 7 – Programa de controle médico de saúde ocupacional
- NR 17 - Ergonomia
- NR 23 – Proteção contra incêndios
- NR 26 – Sinalização de segurança
- NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
- NR 35 – Trabalho em altura
- IEC 61010 – Safety requeriments for electrical equipamento for measuremente control, 
and laboratory use.
Podemos citar também uma norma de grande importância quando o assunto é o choque 
elétrico, a IEC de n° 479-1 – Effects of current on human beings and livestock, utilizada, inclusive, 
pela NBR 5410, nas partes relacionadas à proteção das pessoas e de animais domésticos contra 
os choques elétricos.
O choque elétrico pode trazer consequências aos seres humanos diretamente (contrações 
musculares, fibrilação ventricular, parada cardíaca, queimaduras, asfixia, etc.) ou indiretamente 
(queda de níveis elevados, batidas, fraturas, traumatismos, perda de membros, etc.)
Uma parte importante da NR 10 são os procedimentos de trabalho que devem 
ser seguidos. E quando nós tratamos de atividades em instalações elétricas 
desenergizadas, existe uma sequência de procedimentos para que se garanta 
essa desenergização, para entender melhor sobre esses procedimentos assista o 
vídeo do YouTube do Canal Mundo da Elétrica. 
Mundo da Elétrica. Desenergização elétrica e NR 10. Está mesmo seguro? Mundo 
da elétrica. 2015.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1Wppot4ttzM&t=447s>. 
Acesso em: 15 jun. 2018.
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Em toda mudança de cultura em quaisquer circunstâncias, gera-se um conturbação, 
desconforto e resistência as mudança, podendo ser a meramente a alteração de 
uma regra no procedimentos de trabalho, mudança de política da empresa, ou até 
mesmo a obrigatoriedade do uso de um novo EPI. Exemplificando, em meados de 
1994, quando o código de transito era desatualizado e não havia restrições mais 
severas quanto a utilização de sinto de segurança em automóveis e capacete 
por motociclistas, logo passou a ser obrigatória oi que antes não havia regra e 
organização. A alteração dessa legislação passou a causar um grande dessabor 
aos motoristas, resistência ao cumprimento, porem anos passaram e as regas 
passaram a ser vistas como necessária em geral. Refletindo conforme colocado 
no exemplo, verificamos que a mudança de padrão de norma muitas vezes não 
aprovada muitas vezes por comodidade ou meramente resistência, porém é de 
suma importância o seu comprimento e a mudanças geradas podem mudar 
índices e elevar os níveis de segurança. Tratando-se de normas de trabalho reflita 
de que forma positiva a alteração de uma referência normativa positivamente 
possa trazer benefícios na implantação da mesma.
5 - CONCLUSÃO
Um dos maiores problemas quando o assunto é eletricidade, é o risco que há envolvido 
durante os processos. Grande parte dos acidentes envolvendo eletricidade é causado por falta de 
atenção dos trabalhadores, e até mesmo pela falta de conhecimento dos riscos e consequência de 
um choque elétrico. Assim, a NR 10 tem como objetivo regulamentar questões sobre segurança 
em instalações e serviços em eletricidade.
O foco da NR 10 é sempre manter o trabalhador seguro, reduzindo o máximo possível o 
risco de acidentes, e quando nós tratamos de manutenções em instalações elétricas (desenergizadas, 
energizadas, energizadas em alta tensão) sempre teremos um risco mais elevado. Por isso, a NR 
10 nos traz todas as medidas cabíveis para a redução de qualquer risco possível durante alguma 
atividade, sendo que em cada caso deve ser adotada uma medida diferente.
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 20
2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA ................................................................................................................................. 20
3 - AMBIENTES ESPECIAIS .................................................................................................................................... 21
3.1. ÍNDICE DE PROTEÇÃO ...................................................................................................................................... 23
4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO ............................................................................................................................... 26
4.1. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ...................................................................................................................... 26
5 - ÁREA DE UTILIDADES ....................................................................................................................................... 30
6 - CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................... 32
AMBIENTES ESPECIAIS, ÍNDICE DE PROTEÇÃO, 
ELETRICIDADE ESTÁTICA, ATERRAMENTO E 
ÉREAS DE UTILIDADES
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO 
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
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INTRODUÇÃO 
 
A indústria representa 21% do PIB do Brasil, mas responde por 51% das exportações, 
por 68% da pesquisae desenvolvimento do setor privado e por 32% dos tributos federais (exceto 
receitas previdenciárias), segundo o Portal da Industria (2018). As indústrias no Brasil apresentam 
uma grande variedade de produção de produtos e serviços, desde a indústria de farmoquímicos 
e farmacêuticos até a indústria têxtil. Muitas dessas indústrias apresentam locais de trabalho com 
riscos mais elevados do que um ambiente comum, causados por diversos fatores, como riscos de 
explosão, ambientes com meios corrosivos, entre outros. Com isso, deve ser feita uma proteção 
extra, e devem ser adotadas medidas e procedimentos diferente nesses “Ambientes especiais”.
Existem procedimentos e normas a serem seguidas que tem como objetivo garantir a 
segurança dentro dos mais diversos ambientes de trabalho, não apenas em ambientes especiais. 
Nessa unidade, iremos estudar sobre esses ambientes especiais, o que os torna especiais e as 
medidas de segurança que devem ser adotadas, além de algumas formas de proteção e meios e 
normas que garantem a segurança do trabalhador em questões do ambiente de trabalho.
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1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para que possamos entender o conteúdo desse Módulo II, é necessário que se conheça 
algumas definições:
- áreas classificadas, são ambientes de alto risco os quais existe a possibilidade de 
vazamento de gases inflamáveis em situação normal de funcionamento.
- Ignição é o processo ou meio que inflama um material combustível.
- Equipotencialização tem como objetivo eliminar as diferenças de potencial entre os 
sistemas elétricos e seus componentes metálicos.
- Risco é uma ameaça ou perigo de determinada ocorrência.
- Sobretensão é quando a rede ou qualquer outra fonte de eletricidade excede o seu valor 
nominal.
- Sobrecorrente é quando o valor de uma corrente excede o seu valor nominal.
- Ergonomia é o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual 
existe interações entre seres humanos e máquinas.
2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA
A eletricidade estática é o fenômeno de acumulo de cargas elétricas em alguns materiais, 
causado pelo atrito e separação entre os materiais. O resultado disso é que um dos materiais fica 
positivo (falta de elétrons) e o outro negativo (excesso de elétrons), e como o é ar seco (umidade 
relativa do ar baixa), este é um ótimo isolante. Assim, essas cargas permanecem acumuladas 
nesses materiais por um bom tempo.
 Muitas vezes, esse fenômeno é inofensivo, porém, quando tratamos de áreas classificadas, 
ele pode trazer grande perigo e risco. Qualquer faísca causada por uma descarga eletroestática 
pode vir a causar uma ignição no material de uma área classificada, por isso deve ser feia a proteção 
e aplicação das medidas de segurança e dissipação segura das descargas elétricas acumuladas, 
fazendo a equipotencialização das superfícies e o controle da umidade do ar, além de fazer a 
redução das velocidades de passagem dos materiais, etc. Com isso, o subitem 10.9.3 da NR 10, 
que exige uma proteção específica para todos os processos e/ou equipamentos que possam gerar 
ou acumular eletricidade estática.
Para que possa entender melhor sobre Atmosferas Explosivas, recomenda-se a 
leitura do material da WEG sobre esse assunto, disponibilizado em seu site.
Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cartilha-de-
atmosferas-explosivas-50039055-catalogo-portugues-br.pdf>.
Acesso em 18 jun. 18.
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Um exemplo da ocorrência da eletricidade estática é em fabricas de papel, pois ocorre o 
atrito dos enrolamentos de papel com as partes metálicas da máquina, e assim surgindo cargas 
elétricas que podem produzir faíscas quando o trabalhador manuseia um material metálicas em 
proximidade, e podendo ocorrer casos de incêndio. Uma forma de evitar esse tipo de acidente 
em locais com essas características, é manter esses locais fechados e com sua umidade controlada.
3 - AMBIENTES ESPECIAIS
Nas industrias, podemos ver áreas destinadas ao manuseio ou armazenamento de produtos 
que podem vir a causa acidentes, sendo um risco em potencial. Um exemplo desse caso são as 
áreas classificadas, que são ambientes de alto risco em que existe a possibilidade de vazamento 
de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal, estando sujeito a existência de uma 
atmosfera explosiva.
Atmosfera explosiva é aquela que quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal 
que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o aquecimento de um aparelho provoca 
a explosão. Um local onde pode se formar uma atmosfera explosiva em concentrações que que 
exijam a utilização de medidas de prevenção especiais é chamado de área perigosa. As áreas 
perigosas são dívidas em zonas e para essa definição, deve se fazer uma avaliação dos riscos de 
explosão, considerando os seguintes aspectos:
- Probabilidade de ocorrência de atmosfera explosiva e sua duração;
- Probabilidade da presença de fontes de ignição e a possibilidade delas se tornarem ativas;
- As descargas eletroestáticas vindas dos trabalhadores ou ambiente de trabalho;
- As instalações, substâncias, e os processos utilizados nos ambientes de trabalho;
- A amplitude das consequências previstas.
Para que se entenda melhor sobre eletricidade estática, leia o artigo disponibilizado 
no site do Instituto Newton Braga sobre o assunto, 
disponível em: http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/artigos/49-
curiosidades/361-eletricidade-estatica.html
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As zonas são:
Zonas de área classificada
Zonas de área classificada
Zona 0 Local onde a formação de atmosfera explosiva é contínua e existe por longos períodos.
Zona 1
Local onde a formação de atmosfera explosiva é provável 
de acontecer em condições normais de operação do 
equipamento de processo.
Zona 2
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva é pouco 
provável de acontecer, e se acontecer, é por curtos períodos, 
estando ainda associada à operação anormal do equipamento 
de processo.
Zona 20 Áreas onde a presença de atmosfera explosiva é permanente, por tempo prolongado ou frequente.
Zona 21 Áreas onde a presença da atmosfera explosiva pode ocorrer ocasionalmente.
Zona 22
Áreas onde a formação da atmosfera explosiva devido ao 
levantamento de poeira acumulada é improvável, se ocorrer é 
por pouco tempo.
Tabela 4 - Zonas de áreas classificadas. Fonte: o autor.
As zonas são divididas, também, de acordo com a natureza do risco, onde:
- Zonas 0, 1, e 2 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por gases 
ou vapores;
- Zonas 20, 21 e 22 são para atmosferas potencialmente explosivas formadas por 
poeiras.
Como mais uma forma de proteção, em áreas classificadas, deve ser adotada medidas 
e dispositivos, como alarmes e seccionamento automático, para a prevenção de sobretensões, 
sobrecorrentes, falhas de isolamentos ou outras condições anormais de operação. Essas 
medidas são obrigatórias em áreas classificadas para prevenir a ocorrência de incêndio e/ou 
explosão. Todas as instalações elétricas nessas áreas classificadas devem estar em conformidade 
com as Normas Brasileiras aplicáveis nessa situação, elas são:
- NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
- NBR 14.639 – Posto de Serviço – Instalações elétricas;
- NBR IEC 60s079-14 – Atmosferas explosivas – Parte 14: Projeto, seleção e montagem 
de instalações elétricas.
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O subitem 10.5 da NR 10 estabelece os princípios de desenergização das 
instalações elétricas para manutenção e intervenção, nos casos de áreas 
classificadas as manutenções e intervenções são permitidas, apenas, seguindo 
os processos de desenergização ou com a supressão do agente causador de 
risco que determina a classificação da área.
Uma forma de complementar o controle de riscos nessas áreas, é a utilização de sinalização 
de segurança (item 10.10 da NR 10). A Sinalização de segurança pode ser utilizada como forma 
de restrição e impedimento de acesso, para que não haja a permanência de pessoas sem devido 
treinamento e desinformadas em uma área de risco.
Figura 8 - Sinalização de segurança. Fonte: seton.
3.1. Índice de proteção
Ao fazer um dimensionamento de qualquer de componentes das instalações elétricas é 
necessário levar em consideração o ambiente no qual será instalado de acordo com cada condição. 
Os principais agentes no qual o uma instalação pode ser exposta são quando à líquidos e sólidos, 
ou seja, proteção do equipamento contra o ingresso de água em seu interior e sólidos onde é uma 
proteção contra contato direto com partes energizadas ou até mesmo impedir acesso de partes 
móveis e corpos estranhos. Esse grau de proteção é denominado como IP (Index of Protection – 
Índice de proteção) é definido pela NBR6.146 – Invólucros de equipamentos elétricos e NBR9884 
– Máquinas Elétricas Girantes – Graus de proteção proporcionado pelos invólucros.
A penetração de líquidos em componentes de uma instalação elétrica pode causar dos 
mais diversos danos irreversíveis as instalações, pois a presença de liquido pode mudar a rigidez 
dielétrica da instalação, oxidação, corrosão, condução de energia, queima de equipamentos, fuga 
de energia, choques elétricos, entre demais outros fatores de risco a segurança das instalações ou 
de pessoas na qual podem estar expostas. 
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A penetração de corpos sólidos pode variar desde o contato direto de uma pessoa com as 
instalações elétricas energizadas até o acumulo de sólidos podendo causar danos a instalações e 
variações nas condições de segurança.
O índice de proteção (IP) é definido por dois dígitos no qual o primeiro digito varia de 
0 a 6, em que define o grau de proteção contra sólidos e o segundo de 0 a 8 define para líquidos, 
dado pela tabela:
Primeiro Dígito – Grau de proteção contra corpo sólidos
Dígito Descrição. Proteção Dada.
0 Não protegido. Sem proteção especial.
1 Protegido contra objetos 
sólidos maiores que 50mm..
Grandes superfícies do 
corpo humano. A passagem 
da mão é dificultada, porém 
a inserção deliberada do 
dedo é efetiva.
2 Protegido contra objetos 
sólidos maiores que 12mm
Superfícies diâmetro menor 
que 12 mm e comprimento 
maior que 80 mm de 
comprimento. A inserção 
a inserção dos dedos 
deliberadamente porem é 
limitado ao comprimento 
do membro. Uma chave de 
fenda com cabo longo pode 
alcançar o ponto de risco.
3 Protegido contra objetos 
sólidos maiores que 2,5mm.
O acesso do dedo não é 
possível porem alguma 
ferramenta ou fio elétrico 
podem acessara, ou seja, 
Objetos com dimensão 
superior a 2,5 mm.
4
Protegido contra objetos 
sólidos maiores que 1,0 
mm.
Objetos como ferramentas 
e fios bem finos, onde suas 
dimensões seja maior que 
1,0 mm.
5
Proteção relativa contra 
poeira e contato a partes 
internas ao invólucro.
Possível penetração 
de poeira sem que 
seja prejudicial ao 
funcionamento do 
equipamento.
6
Totalmente protegido 
contra penetração de 
poeira e contato a partes 
internas ao invólucro.
Não é esperada nenhuma 
penetração de poeira no interior 
do invólucro.
 Tabela 5 - grau de proteção contra corpo sólidos. Fonte: o autor.
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Segundo Dígito – Grau de proteção contra líquidos
Dígito Descrição Proteção Dada
0 Não protegido Sem proteção.
1 Protegido contra queda de água vertical.
Quedas de gostas provenientes 
de condensação. 
2
Protegido contra queda de água 
com inclinação de 15º com a 
vertical.
Quedas d’agua com ângulo não 
superior a 15º.
3 Protegido contra água aspergida. Chuva com inclinação até 60º.
4 Protegido contra projeções de água.
Projeção de agua em qualquer 
direção.
5 Protegido contra jatos d’agua 
Projeção de agua em qualquer 
direção como mangueira de 
incêndio.
6 Protegido contra ondas do mar. Projeção de água em qualquer direção como água do mar.
7 Protegidos contra os efeitos de imersão.
Imersão do objeto a no máximo 
1 metro de profundidade com 
tempo limitado à 15cm / min.
8 Protegidos contra submersão.
Imersão prolongada sob pressão.
 Tabela 6 - grau de proteção contra líquidos. Fonte: o autor.
O grau de proteção de equipamentos elétricos deve ser analisado de forma bem criteriosa 
e especificada em projeto considerando as atividades desenvolvidas no local, por exemplo:
- Quadro elétrico interno residencial: Um quadro elétrico, se instalado internamente em 
uma residência, não deve-se admitir o acesso de dedo de uma pessoa a parte energizada mesmo 
se aberta a tampa na qual dá acesso aos disjuntores, porém é plausível o acumulo de poeira na 
forma a qual é exposto, já a proteção de líquidos, não tem proteção por considerar, podendo ser 
IP 30.
- Quadros elétrico bomba piscina: Nesse caso o quadro também não se aceita acesso 
a partes vivas da instalação, como o caso anterior, porem o ambiente no qual é instalado o 
equipamento é passível de umidade e projeção de água em qualquer direção, sendo necessário 
um quadro IP 34, no mínimo.
Conforme exemplificado, para cada caso um projetista deve levar em consideração não 
somente níveis de segurança visando o contato direto com instalações elétricas energizadas, mas 
sim sobre demais condições adversas no qual possam expor a umidade excessiva e interferir 
no pleno funcionamento e segurança de um equipamento. A umidade e poeira são riscos 
adicionais nas instalações elétrica assim como não se pode esquecer das vedações de tubulações 
internas na qual pode possibilitar o acesso animais como, roedores, cobras, aranhas, etc. Aqui 
não consideramos os dimensionamentos para atmosfera explosiva na qual possui normas e 
certificações específicas.
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Para compreender melhor o assunto “índice de proteção”, leia o artigo escrito por 
Joelmir Zafalon sobre o assunto, 
disponível em: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/artigos/grau_
de_protecao_ip.pdf
4 - ATERRAMENTO ELÉTRICO
O aterramento das instalações elétricas deve ser considerado de forma prioritária nos 
projetos uma vez que é a principal ferramenta proteção e segurança nas instalações elétricas. 
Temos dois tipos principais de aterramento:
• Aterramento funcional: Aterramento no qual tem por finalidade repassar a referência 
de 0 (zero) Volts para o neutro, ou seja, normalmente encontramos na entrada das instalações em 
um medidor de energia, quando equipotencializarmos o neutro e terra na entrada do medidos. 
• Aterramento de proteção: Aterramento elétrico com finalidade de guiar uma corrente 
de falha de um equipamento, máquinas ou dispositivos de forma segura para a terra. Quando um 
motor, por exemplo, apresenta falha por qualquer meio ou razão e a carcaça metálica do motor 
fica energizada acidentalmente, a função do aterramento de proteção é guiar esse potencial 
de energia para a terra, evitando-se um acidente por choque elétricocaso alguém toque essa 
mesma carcaça. É válido lembrar que a corrente elétrica procura o caminho mais curto, logo o 
aterramento das instalações elétricas deve possuir uma resistência elétrica sempre inferior a 10 
Ohms e ser menor que a resistência elétrica do corpo humano no qual pode variar de 1,000 a 
150.000 Ohms, dependendo das condições dos corpos humano.
4.1. Esquemas de aterramento
Temos basicamente 5 metodologias (TN-C, TN-S, TN-C-S, TT e IT) de esquema de 
aterramento elétrico, onde pode ser aplicado e empregado tanto em AT (Alta tensão) ou BT (Baixa 
tensão). A diferenciação de um para ou outro é a forma e metodologia na qual vai ser realizado o 
aterramento de terra e neutro. Para cada metodologia tem uma determinada aplicação e deve ser 
considerado critérios de segurança, ambiente de instalação e aplicabilidade.
As siglas da classificação dos esquemas de aterramento são dadas pela primeira letra no 
qual determina a situação da alimentação em relação a terra, a segunda letra a situação da massa 
dos equipamento e dispositivos em relação à terra e uma eventual terceira letra a disposição do 
condutor neutro e do condutor terra, onde seu significado a seguir são determinados pela NBR-
5410:
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• Primeira Letra:
• T – Um ponto diretamente aterrado;
• I – Isolação de todas as partes vivas em relação à terra de um ponto por mio de 
impedância.
• Segunda letra:
• T – Massa interligada diretamente a terra;
• N – Massa ligada ao ponto de alimentação no qual está aterrado.
• Terceira letra.
• S – Neutro e terra são condutores separados.
• C – Neutro e terra são os mesmos condutores.
O esquema TN, pode haver o condutor neutro e terra sendo comum, separados ou ambos, 
assim temos:
• TN-S: Utilizado na maioria das instalações elétricas (Residenciais e industriais em BT), 
sua entrada de alimentação possui a equipotencialização de neutro de terra e posteriormente o 
condutor neutro e terra são cabos separado.
Figura 9 - esquema de aterramento TN-S. Fonte: NBR 5410.
• TN-C: Utilizado nas redes de distribuição em BT, o cabo neutro e terra não os mesmos.
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Figura 10 - esquema de aterramento TN-C. Fonte: NBR 5410.
• TN-C-S: Sistema misto entre TN-C e TN-S, onde horas o condutor neutro e terra são 
os mesmo e horas são separados.
Figura 11 - esquema de aterramento TN-C-S. Fonte: NBR 5410.
• TT: Temos o esquema de aterramento TT mais utilizados em AT, onde o ponto de 
alimentação possui neutro aterrado e a massa um outro ponto de terra aterrados distinto da 
alimentação
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Figura 12 - esquema de aterramento TT. Fonte: NBR 5410.
• IT: Utilizado em subestações de AT é similar ao TT, porem possui um aterramento 
realizado por meio de impedância para reduzir os níveis de sobre tensão. Partes metálicas da 
instalação possuem aterramento separado não necessariamente são equipotencializadas.
Figura 13 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410.
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Figura 14 - esquema de aterramento IT. Fonte: NBR 5410.
5 - ÁREA DE UTILIDADES
Utilidades são mecanismos e/ou dispositivos construtivos que nos permite criar, manter 
e garantir a segurança dentro do ambiente de trabalho. Essas utilidades podem ser desde limpeza 
do ambiente de trabalho até mesmo as instalações de combate a incêndio.
A limpeza, arrumação e organização são fatores de indispensáveis para a prevenção 
de acidentes nos locais de trabalho, por isso os trabalhadores devem ter em seu dia a dia um 
momento destinado a essa tarefa. A NR 17, que é quanto à Ergonomia, informa que a organização 
do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza 
do trabalho a ser executado.
A NR 10 nos traz diversas formas de complementar o controle de riscos e uma delas é a 
utilização da Sinalização de Segurança. Essa medida de proteção tem como função promover a 
identificação, orientação e advertências nos locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca 
dos riscos existentes. Toda sinalização de segurança deve atender as exigências ditas na NR 26 
– “sinalização de segurança” e as cores utilizadas nos locais de trabalho para a identificação e 
advertir contra os riscos, devem atender ao disposto na NBR 7195 – “Cores para Segurança”.
Um das questões essenciais para a segurança dos trabalhadores é a prevenção de casos 
de incêndio e explosão, pois esse risco pode vir a causar graves acidentes e até mesmo levar o 
trabalhador a óbito, por isso o item 10.9 da NR 10 nos traz medidas de combate a incêndio e 
nos remete a NR 23 – “Proteção contra incêndios”, a qual especifica que todas as áreas onde 
houverem instalações elétricas e/ou equipamentos elétricos devam ser dotadas de medidas de 
proteção contra incêndio e explosão.
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A iluminação é considerada um tipo de utilidade, pois sua presença é de extrema 
importância para ergonomia e a segurança durante realização do trabalho. A NR 17 diz que 
em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou 
suplementar, apropriada à natureza da atividade, onde os níveis mínimos de iluminamento a 
serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 
5413 – “Iluminância de interiores”, norma brasileira registrada no INMETRO (Instituto Nacional 
de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Um sistema de ventilação adequado ao local de trabalho é fundamental para manter o ar 
do ambiente controlado e livre de contaminantes e partículas nocivas à saúde dos colaboradores 
e visitantes. A falta desse sistema poderá fazer com que se tenha um aumento significativo da 
ocorrência de acidentes de trabalho.
A NR 24 – “Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho” tem como objetivo 
principal garantir um ambiente higiênico e com boas condições de trabalho para promover a 
saúde do trabalhador, onde ela aborda assuntos sobre: instalações sanitárias; vestiários; refeitórios; 
cozinhas; alojamento; condições de higiene e conforto por ocasião das refeições; e disposições 
gerais.
Como forma de se entender melhor o tópico “Aterramento Elétrico”, recomenda-se 
que se assista o vídeo disponibilizado no site “Mundo da Elétrica”.
Site Mundo da elétrica.
disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-aterramento-
eletrico/>. Acesso em 18 jun. 18.
O risco de incêndio causado por instalações elétricas, nem sempre são em áreas 
classificadas, ele existe em qualquer instalação.
Segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os perigos da 
Eletricidade), entre os anos de 2013 e 2016, foram contabilizados 4821 acidentes 
com causa elétrica (choque elétrico, incêndios por curto circuito e descargas 
atmosféricas, onde apenas em 2016 foram registrados 1319 acidentes, sendo 
662 acidentes fatais. A Abracopel também nos apresenta uma estatística de 
que em 2015 ocorreram 441 casos de incêndio, sendo que 33 deles foram fatais. 
Acidentes com casos de incêndio podem ser causados por diversos motivos, 
como: distração do trabalhador; ausência de manutenção; sobrecarga nos 
circuitoselétricos; materiais de má qualidade; e até mesmo falta de treinamento 
técnico do trabalhador.
A partir das estatísticas sobre acidentes em instalações elétricas envolvendo 
incêndios, da Abracopel, quais medidas podem ser tomadas para que se tenho 
uma diminuição desse número, tanto por parte dos trabalhadores, quanto parte 
da empresa?
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6 - CONCLUSÃO
Nessa Unidade II, podemos entender sobre o risco que alguns ambientes de trabalho 
contêm. Além dos riscos aos trabalhadores, esses ambientes são prejudiciais aos materiais 
presentes neles, às instalações elétricas, entre outros. Para que seja feita uma devida proteção 
dos materiais e das instalações elétricas, deve ser feito um estudo para saber qual o IP (Índice de 
Proteção) necessário para atender as necessidades de proteção do ambiente em questão.
Outra forma de proteção, não apenas para ambientes especiais, é o aterramento elétrico. 
Especificamente quando tratamos de áreas classificadas com atmosfera explosiva, o aterramento 
elétrico é de extrema importância, pois caso ocorra alguma falha ou fuga de corrente, a eletricidade 
irá percorrendo o sistema de aterramento e será conduzida para a terra, assim diminuindo as 
chances de qualquer faísca no interior desse ambiente de alto risco.
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03
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 35
1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 36
1.1. PROTEÇÃO CONTRA CONTATO DIRETO E INDIRETO .................................................................................... 36
1.2. INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL ...................................................................................................... 36
2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ...................................................................................................... 37
2.1. SINALIZAÇÕES DE SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS ....................................... 38
2.2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS AÉREAS E SUBTERRÂNEA PROVISÓRIA ......................................................... 39
2.3. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS EM CANTEIRO DE OBRAS .......................................................................... 41
2.4. ILUMINAÇÃO PROVISÓRIA ............................................................................................................................. 42
3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................... 43
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS: 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE MÁQUINAS, 
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS, APLICAÇÃO 
NR 10 E NR 12 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
PROF. JOSÉ TIAGO SOUZA DE LUCCA
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3.1. ARRANJOS FÍSICOS .......................................................................................................................................... 43
3.2. EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS ELÉTRICOS ........................................................................................... 44
3.2.1. CABOS ELÉTRICOS ........................................................................................................................................ 44
3.2.2. QUADROS DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .......................................................................................... 44
3.2.3. DISPOSITIVOS ELÉTRICOS DE PARTIDA, ACIONAMENTO E PARADA .................................................... 45
3.2.4. DISPOSITIVOS DE PARADA DE EMERGÊNCIA. .......................................................................................... 46
3.3. TRANSPORTADORES DE MATERIAIS. ........................................................................................................... 46
3.4. MANUAIS E INVENTÁRIO ................................................................................................................................ 47
4 - RISCOS NA ELETRIFICAÇÃO RURAL ................................................................................................................ 47
4.1. ACIDENTES COM CERCAS ENERGIZADAS ..................................................................................................... 48
5 - CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 49
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INTRODUÇÃO 
Normas de segurança no trabalho estão constantemente em atualização de forma a 
garantir uma melhoria contínua no controle de riscos. Nessa unidade, estaremos falando sobre 
instalações elétricas provisórias principalmente em canteiro de obra e sobre prevenção de riscos 
em controle de máquinas e equipamentos, assim como uma breve síntese sobre eletrificação rural.
Acidentes em obras, principalmente de origem elétrica com instalações provisórias, 
possuem um alto índice assim como uma mistificação de que por se tratar de instalações elétricas 
provisórias, podem ser realizadas com sinais de improvisos e “gambiarras”. Toda instalação 
elétrica seja por improvisos ou não, deve ser mantida constantemente segura e com a manutenção 
preventiva em dia.
Máquinas e equipamentos sejam utilizados em industrias ou não, devem possuir medidas 
de controle do risco elétrico, tipos de acionamento específicos, botoeiras de emergência, módulos 
de segurança com embasamento em análise de riscos de choque elétrico, de forma a garantir que 
possa ser utilizado de forma segura sem exposição de riscos. Essas informações estão dispostas na 
NR 12 de forma a deixar claro quais os critérios mínimos em relação as instalações elétricas que 
devem ser adotados para a escolha mais assertiva na implantação de um sistema de automação 
para proteção e monitoramento de sistemas elétricos, tornando em conformidade e sem riscos 
aos trabalhadores nos empregos diários de suas atividades.
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1 - TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
Para interpretação e compreensão desse capítulo a seguir segue algumas terminologias e 
definições: 
• Barreira: Barreira podemos colocar como deificação a instalação de um dispositivo 
que por qualquer meio impeça o acesso ou circulação de pessoas, como um tapume, grade, 
policarbonato.
• Obstáculos: Similar a barreira porem ele não impede o acesso mais sim dificulta como 
por exemplo: Cavalete, fita zebrada, outros. 
1.1. Proteção contra contato direto e indireto
Existe o contato direto e indireto, onde conforme o próprio nome determina o contato 
direto acontece quando uma pessoa ou animal tem contato direto com a parte viva das instalações 
(Exemplo: Barramento, cabo de cobre, outros), já o contato indireto se deve quando uma parte 
metálicas da instalações não projetada para condução de energia elétrica, está energizada de 
forma acidental por qualquer meio ou razão.
Um choque por contato direto se deve mais quando pessoas advertidas ou não 
manipulam quadros elétricos em mau estado construtivo, sem terminais elétricos apropriados, 
ao utilizar extensões elétricas com isolação rompida e mal estado de conservação. Como medida 
de controle de risco contra contato direto, se deve pela utilização de equipamentos elétricos em 
boas condições de segurança, bem elaborados, isolaçõeselétricas conservadas, colocação de 
fora de alcance, barreiras, invólucros elétricos e dispositivos de proteção contra choque elétrico, 
Interruptor diferencial residual (DR). 
Contato indireto se deve pelo mal funcionamento de um equipamento e principalmente 
pela ausência de aterramento elétrico, logo para controle dos riscos é essencial um sistema de 
aterramento efetivo das partes metálicas não projetadas para condução de energia elétrica e 
também a utilização de DR para desarmar em caso de fuga de energia elétrica.
1.2. Interruptor diferencial residual
O dispositivo interruptor diferencial residual é um equipamento no qual tem por finalidade 
detectar correntes de fuga de energia e desenergizar um circuito elétrico. O DR consegue detectar 
corrente de fuga a partir de 30 mA (Miliampéres - 0,03 Amperes) e atuar desligando o sistema 
em 30 ms (Milissegundos). Esses parâmetros de operação do DR são essenciais, pois os choques 
elétricos a partir de 30 mA, onde o indivíduo fique conectado a energia por um tempo superior 
à 30 ms, são extremamente danosos ao corpo humano, causando paralisia do centro nervoso, 
parada cardíaca, queimaduras etc.
O princípio de funcionamento do DR é simples, esse dispositivo faz uma comparação 
da corrente elétrica que vai para carga com a corrente que retorna, onde caso haja diferencial de 
corrente o DR desarma, pois verifica-se que houve fuga de energia no circuito.
O DR é obrigatório em circuito úmidos e molhados (Exemplo: Tomadas externas, 
banheiro, cozinha, piscina, bomba d’agua, outros) e é essencial principalmente na construção 
civil para proteção de eventuais choques elétricos.
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É essencial colocar que o DR desarma não somente por choque elétrico mais sim também 
por qualquer falha na qual gere fuga de energia, como umidade na instalações e emenda malfeitas 
por exemplo.
2 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS
Instalações elétricas provisórias devem ser projetadas e executadas nos mesmos moldes de 
segurança de que aa instalações elétricas definitivas, devem haver padrões construtivos, isolações 
de partes vivas, diagramas elétricos, dimensionamento de carga. A NBR 5410 – Instalações 
elétricas de baixa tensão deixa bem claro sobre não haver diferenciação entre instalações elétricas 
provisória e definitivas, logo, na prática a maioria das instalações elétricas em canteiro de obras 
são elaboradas na “gambiarra” e normalmente sem proteção contra choque elétrico, sem isolação 
e sem proteção contra sobrecargas entre outras demais irregularidades.
Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações 
elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de 
seus dispositivos e funções, 
disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads-
bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20
DR_2016_PT.pdf.
O ministério do trabalho disponibiliza no site do FUNDACENTRO, uma RTP 
(recomendações técnicas de procedimento) de número 5, para compreender a 
fundo o assunto sobre instalações elétricas provisórias em canteiros de obras, 
faça a leitura dessa RTP 05, 
disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-
de-procedimento/publicacao/detalhe/2012/9/rtp-05-instalacoes-eletricas-
temporarias-em-canteiros-de-obras.
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 2.1. Sinalizações de segurança em instalações elétricas 
provisórias
As sinalizações em canteiro de obras são ferramentas essenciais para medidas preventivas 
de controle de riscos elétricos. Os canteiros de obras possuem uma grande diversidade e 
especialidades envolvidas na construção, onde em sua maioria não tem conhecimentos específicos 
sobre o risco decorrente do emprego da energia elétrica, fazendo com que o uso da sinalização 
dos riscos seja essencialmente umas das principais medidas para controlar o risco elétrico. As 
sinalizações devem estar dispostas de forma que as pessoas possam ser orientadas sobre os riscos 
mesmo que não tenha conhecimento especifico nenhum, adotando-se de ilustrações e cores nas 
quais chame a tensão sobre os riscos.
A sinalização das instalações elétricas não é somente o que diz respeito a risco de choque 
elétrico para pessoas não advertidas, mas também para pessoal técnico adotando alguma 
premissas básicas:
- Restrição de acesso;
- Risco de choque elétrico e instalação energizada; 
- Sinalização cabeamento enterrado;
- Identificação dos quadros elétrico;
- Identificação dos circuitos elétricos de sua origem e destino;
- Recomendações de procedimentos de trabalho;
- Restrições de manobras e operação;
- Energia incidente para determinação das vestimentas de trabalho;
- Sinalização da condição operativa energizado/desenergizado;
- Sequência de fase;
A Instrumentação indicativa de parâmetros das instalações, como valores de tensão e 
corrente, é uma forma de sinalização. Todos os quadros de distribuição dentro do canteiro de 
obra, sejam eles fixos ou móveis devem haver sinalizações das instalações elétricas externamente 
fixadas frente ao quadro de energia. É essencial que externamente exista sinalização luminosa 
indicando a condição operativa do quadro se o mesmo está energizado ou não.
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Para conhecer mais sobre proteção contra correntes de fuga à terra em instalações 
elétricas, leia o catálogo disponibilizado pela Siemens, onde mostra alguns de 
seus dispositivos e funções, 
disponível em: https://w3.siemens.com.br/automation/br/pt/downloads-
bt/Documents/Dispositivos%20DR/Cat%C3%A1lago/Cat%C3%A1logo%20
DR_2016_PT.pdf.
2.2. Instalações elétricas aéreas e subterrânea provisória
Instalações elétricas aéreas são as mais utilizadas em canteiro de obras pois é mais prática 
a sua instalação e remoção, possibilitando uma boa mobilidade, que um canteiro de obras 
necessita. Instalações subterrâneas podem ser empregadas, porém necessitam de metodologias 
especificas para abrigar e sinalizar, uma vez que é comum escavações em canteiro de obras.
Os cabeamentos elétricos nas instalações elétricas aéreas, assim como as subterrâneas, 
devem possuir isolação elétrica reforçada de 1,0 kV em EPR/XLPE para a proteção mecânica e 
sempre serem fixadas por meio de isoladores na distribuição e colocados fora de alcance.
Figura 15 - barreiras e invólucros. Fonte: RTP 05, fundacentro.
Instalações elétricas subterrâneas, sendo provisórias ou não, é necessário que seja feita a 
sinalização evitando que escavações feitas por máquinas possam romper um condutor energizado 
enterrado. Os cabos além de serem enterrado abaixo de 100 cm de profundidade, devem estar 
abrigados em condutores elétricos e deve haver fita de sinalização enterrada e posteriormente 
sinalização externa alertando que existem cabos enterrados e que não deve ser feita escavações 
em proximidade.
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Figura 16 - instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro.
Figura 17 - sinalização de instalação elétrica subterrânea. Fonte: RTP 05, fundacentro.
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Figura 18 - banco de dutos enterrados. Fonte: NTC 903100.
2.3. Máquinas e equipamentos em

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