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11/02/2020 Disciplina Portal
https://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2642985&courseId=1574&classId=1252216&topicId=796648&p0=03c7c0ace395d801… 1/15
Fundamentos do comércio
exterior
Aula 1 - O panorama econômico atual e o
quadro de referência do comércio exterior
INTRODUÇÃO
11/02/2020 Disciplina Portal
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Em nosso dia a dia consumimos produtos produzidos por empresas de todo o mundo. Também consumimos produtos
fabricados aqui e projetados em outro país. Outros produtos são projetados e fabricados aqui, mas as máquinas que
os produzem são importadas, com um conteúdo tecnológico avançado. Quando viajamos, encontramos produtos
brasileiros nos lugares mais inesperados.
Ao seguirmos nossas carreiras pro�ssionais, podemos trabalhar em empresas nacionais ou estrangeiras. Algumas
vezes, a empresa nacional é controlada por acionistas estrangeiros, outras são investidores brasileiros que adquirem
empresas estrangeiras. É como uma dança dinâmica, com resultados ora bons para nosso consumo e nossa carreira,
ora nem tanto.
Essa realidade faz parte de um mundo globalizado, em que as transformações provocadas pelo comércio são
determinantes na conformação das economias nacionais e, ao �m, das nossas próprias vidas. Isso ocorre porque
construiu-se um sistema de comércio de abrangência mundial, composto por organismos que integram de forma
crescente os sistemas nacionais de comércio. Nesta aula, estudaremos como se forma esse sistema e como se
organiza o comércio exterior do Brasil.
OBJETIVOS
Analisar o desenvolvimento recente do comércio internacional e do comércio exterior brasileiro.
Relacionar o comércio exterior com o crescimento econômico nacional.
Conhecer o quadro de referência do comércio exterior.
11/02/2020 Disciplina Portal
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Ao longo da história, o comércio de longa distância sempre teve um papel importante nas relações entre os países. No entanto,
somente a partir das grandes navegações, formou-se o primeiro sistema de comércio em escala mundial.
Esse império colonial, que se estendeu das Américas até o Extremo Oriente, tinha por objetivo primeiro o desenvolvimento do
comércio, permitindo a Portugal acessar e estabelecer zonas produtoras, criando uma extensa rede de trocas que terminavam por
abastecer o mercado europeu com especiarias e açúcar, entre outros bens. Esse sistema, contemporâneo ao espanhol, foi
seguido pelos sistemas holandês e inglês, tendo este constituído o maior império da Era Colonial.
A doutrina prevalecente na época era a do Mercantilismo, que entendia o acúmulo de riquezas como objetivo econômico do
Estado-Nação. Entendia-se como riqueza nacional o espaço territorial, a população nacional e o acúmulo de metais preciosos. O
sistema econômico da época era bastante regulamentado e havia uma postura fortemente protecionista nas relações comerciais.
O acúmulo de superávits era o objetivo único do comércio exterior de um país.
Esse processo de expansão comercial europeu acelerou-se a partir do século XIX, com o advento do capitalismo, passando outros
países europeus, como a Alemanha, a Itália e a França, à condição de metrópoles coloniais. Durante esse período, consolidou-se,
pouco a pouco, uma doutrina liberal de comércio e, ao mesmo tempo, uma série de tratados de natureza comercial foi assinada
entre diversos países, do Oriente ao Ocidente.
Um bom exemplo da formação desse sistema internacional de comércio foi a assinatura da Convenção da União de Paris, em
1883, celebrando o primeiro tratado multilateral sobre a propriedade intelectual, de modo a evitar a pirataria industrial e garantir o
franco desenvolvimento do comércio, estimulando a inovação.
11/02/2020 Disciplina Portal
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A partir da segunda metade do século XX, intensi�cou-se o esforço de integração da economia mundial. Ao �m da
Segunda Guerra Mundial, os países do bloco aliado, com o intuito de reconstruir a economia mundial e, na verdade,
buscando construir um efetivo ambiente de cooperação econômica entre elas, celebraram o acordo de Bretton Woods.
Esse acordo previa a criação de três instituições internacionais:
Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD
O Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento — BIRD
(http://www.bancomundial.org/), cujo objetivo era �nanciar os esforços de reconstrução do
pós-guerra e promover o desenvolvimento. Atualmente, é identi�cado como Banco Mundial,
sistema que congrega diversas instituições de fomento ao desenvolvimento.
Fundo Monetário Internacional - FMI
O Fundo Monetário Internacional — FMI (http://www.imf.org/external/spanish/index.htm),
cujo principal objetivo é garantir a estabilidade cambial e o equilíbrio dos balanços de
pagamentos dos países membros, inclusive através do �nanciamento de eventuais dé�cits.
Organização Internacional de Comércio - OIC
A Organização Internacional de Comércio — OIC (https://www.wto.org/indexsp.htm). Essa
organização não teve seu tratado constitutivo, a Carta de Havana, rati�cada pelos Estados
Unidos, o que inviabilizou sua criação. Em seu lugar foi celebrado o Acordo Geral de Tarifas
e Comércio — Gatt (sigla do nome em inglês General Agrément on Tariffs and Trade), com o
objetivo mais modesto de promover a redução dos níveis de taxação aplicados pelos países
membros na importação. O Acordo logrou sucesso e, na Rodada do Uruguai, foi acordada a
criação, por �m, da Organização Mundial de Comércio — OMC, que iniciou suas operações
em 1º de janeiro de 1995. A OMC é a principal organização mundial de promoção do livre
comércio, abrigando diversos tratados internacionais sobre temas relacionados, como o
citado GATT, o acordo sobre investimento (TRIMS), o acordo sobre propriedade intelectual
(TRIPS), entre outros.
Ao lado dessas três, forma-se um conjunto de instituições, públicas e privadas, voltadas à promoção do comércio, que
garantiu um rápido crescimento das exportações mundiais, resultando em uma forte integração entre mercados.
Nesse mesmo contexto, os �uxos de capitais �nanceiros se tornam globais, acentuando-se, igualmente, as relações de
natureza cultural e técnica, entre outras.
Fonte:
A integração é potencializada pelos processos de união econômica regionais. A União Europeia é o processo mais
avançado de integração nos tempos atuais, que certamente foi, em grande parte, responsável pelo notável crescimento
europeu no pós-guerra. O Brasil participa do Mercosul, talvez o processo de integração mais signi�cativo da América
http://www.bancomundial.org/
http://www.imf.org/external/spanish/index.htm
https://www.wto.org/indexsp.htm
11/02/2020 Disciplina Portal
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do Sul, ao lado de outros, com variadas perspectivas de evolução positiva.
O Quadro 1 mostra o impressionante crescimento do comércio desde o pós-guerra. As exportações mundiais
cresceram, entre 1948 e 2016, cerca de 8,6% ao ano, signi�cando que, nesse período, o volume de comércio cresceu
cerca de 275 vezes. Mesmo sabendo que esses números são a dólares correntes, isto é, os efeitos da in�ação não
estão descontados, partiu-se de 58 bilhões de dólares para um patamar de quase 16 trilhões de dólares ao ano, em
menos de meio século. (Desde a crise de 2008, o crescimento do comércio tem sido incerto, tendo caído de cerca de
19 trilhões de dólares, em 2014, para o nível atual).
Quadro 1
Fonte: Organização Mundial do Comércio — Statistics database/cálculos feitos pelo autor. Disponível em:
http://stat.wto.org/StatisticalProgram/WSDBViewData.aspx?Language=E (glossário)
Nota-se que a Ásiaapresenta o maior crescimento relativo das exportações (10,7% ao ano), resultado do modelo de
desenvolvimento voltado para fora, adotado pelos países do Extremo Oriente (especialmente Japão, Coreia e China). A
Europa foi outra região cujo crescimento do comércio foi acima da média mundial, devido, especialmente, ao grande
esforço exportador nas décadas de 1950 a 1970.
ATIVIDADE
Antes de continuarmos, examine as informações do Quadro 1. Haveria uma correlação entre o crescimento das
exportações e o desenvolvimento econômico?
Resposta Correta
Cabe, então, perguntar: quais os benefícios que o comércio exterior traz para a economia de um país? Seria melhor se
cada país voltasse seus esforços para produzir e consumir internamente?
http://stat.wto.org/StatisticalProgram/WSDBViewData.aspx?Language=E
11/02/2020 Disciplina Portal
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A IMPORTÂNCIA DO COMÉRCIO PARA O DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
A atividade produtiva é a responsável pela geração de riqueza em um país da seguinte maneira, basicamente:
Os economistas demonstram que uma economia, ao fazer comércio com outros países, aumenta sua capacidade de
consumo, pois pode trocar o que produz de forma mais e�caz pelos bens que outro país produz mais e�cientemente. O
resultado �nal é que os preços da economia como um todo se tornam menores, bene�ciando os compradores.
Clique nos itens abaixo.
A EXPORTAÇÃO (glossário)
A IMPORTAÇÃO (glossário)
A história mostra uma forte relação entre o comércio exterior e o desenvolvimento econômico.
11/02/2020 Disciplina Portal
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Fonte da Imagem:
Os primeiros países europeus a adotarem o capitalismo industrial cresceram via desenvolvimento do mercado interno
e das exportações.
Fonte: brichuas / Shutterstock
Fonte da Imagem:
Os países orientais, Japão, China e os “tigres asiáticos” (Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan), cada um a seu
tempo, adotaram o modelo chamado de “crescimento para fora”, isto é baseado nas exportações.
Fonte: Popartic / Shutterstock
O Comércio Exterior Brasileiro
Até agora, abordamos os aspectos gerais das relações comerciais entre as nações – história, estrutura e objetivos.
Esse campo de conhecimento e de atuação denominamos comércio internacional, que está inserido, conceitualmente
falando, no ramo da economia internacional. Quando, no entanto, nos referimos ao conjunto de leis, de práticas e de
relações de um país no comércio internacional, estamos nos referindo ao comércio exterior desse país com o resto do
mundo.
11/02/2020 Disciplina Portal
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O Brasil participa com pouco mais de 1% das exportações mundiais, o que não é muito considerando nossa extensão
territorial e o tamanho de nossa economia, uma das dez maiores do planeta. Podemos ver pelo grá�co que nossas
exportações começaram a cair, a partir de 2011, fruto de alguma retração no mercado internacional que, somando a
fatores internos, fez com que nossa economia entrasse em um período recessivo, com impacto em nossas
importações. Estas encolheram como consequência da retração do consumo e da demanda de insumos (matérias-
primas e outros bens utilizados na produção) e de bens de capital (máquinas e equipamentos destinados à produção)
por parte das empresas.
Quadro 2
Fonte: Secex. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-
comercial-brasileira-acumulado-do-ano (glossário)
A composição de nossas exportações e importações, em termos de valor agregado, isto é, o grau de elaboração dos
produtos exportados é mostrado no Quadro 3.
Quadro 3
ATIVIDADE
http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-acumulado-do-ano
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Vemos pelo Quadro 3 que a relação entre produtos básicos e manufaturados praticamente inverteu-se. Isso signi�ca
que o país perdeu completamente capacidade competitiva na exportação de manufaturados?
Resposta Correta
O que signi�ca, para o crescimento econômico, a menor participação relativa das exportações da indústria?
Resposta Correta
O quadro de referência do Comércio Exterior
O comércio exterior de um país constitui-se de exportação e importação de mercadorias, (bens físicos destinados a
satisfazer necessidades e desejos — como alimentos, roupas, minérios etc.) ou serviços (atividades pro�ssionais que
atendem a necessidades especí�cas, não resultando em posse de um bem tangível. Exemplo: serviços bancários, de
transporte, de consultoria etc.).
Abordaremos em nossas aulas, especialmente, o comércio de mercadorias, que se reveste de maior importância no
comércio internacional, embora o crescimento do setor de serviços, nos últimos anos, seja signi�cativo. A necessidade
de separarem-se as atividades decorre das características bem particulares de cada uma delas, em termos de
procedimento operacionais e do tratamento dado pela legislação.
O Quadro de Referência do Comércio Exterior (Quadro 4) tem por objetivo mostrar de forma esquemática, porém
abrangente, todos os principais atores e as principais operações do comércio exterior.
Quadro 4
Exportação
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Consiste no envio de quaisquer mercadorias enviada para o exterior, em caráter comercial
ou não, temporário ou de�nitivo.
• Exemplo de exportação não comercial: a bagagem com que viajamos para o exterior, pois é
uma saída de mercadoria.
• Exemplo de saída temporária: um equipamento enviado para reparo no exterior.
Importação
É a entrada de mercadorias no país, procedentes do exterior, em caráter comercial ou não,
temporário ou de�nitivo. Mesmo a importação feita sem caráter comercial está sujeita ao
controle da alfândega, como nossa bagagem pessoal no retorno ao país.
O Exportador
Pela legislação brasileira é considerado exportador aquele que embarca a mercadoria para o
exterior. Pode ser uma pessoa física ou jurídica. A pessoa física é autorizada a exportar
comercialmente apenas nos casos em que é artesão, devidamente registrado no município,
ou fazendeiro, registrado no Incra.
O Importador
O importador é aquele em nome de quem é feita a importação, normalmente pessoa
jurídica, ou o artesão ou fazendeiro ou assemelhado. A legislação brasileira prevê que as
pessoas físicas, em geral, só podem fazer importações de natureza não comercial (livros,
roupas etc.), limitando a frequência e os valores máximos das operações.
Em linhas gerais, o Quadro 4 mostra que o Exportador estabelece relações comerciais com o Importador e combinam
as condições da operação, de acordo com a legislação de seus respectivos países. Os contratos comerciais
internacionais compreendem, em linhas gerais: a descrição da mercadoria, o preço, as condições e a forma de
pagamento, o modal de transporte, o prazo de entrega, entre outras condições. 
Quem, de fato, faz as operações de exportação e importação no comércio internacional são as empresas privadas ou
estatais, que operam produtivamente. Organizações governamentais, como autarquias e órgãos da administração
direta, também podem exportar e importar, embora isso seja menos frequente.
Os governos dos países de�nem legislações e regulamentos especí�cos para o comércio exterior, dada a maior
complexidade e as peculiaridades dessas operações. O Brasil, por exemplo, tem três conjuntos de regulamentos
básicos aplicáveis a essas operações, ao lado de outros:
O REGULAMENTO ADMINISTRATIVO Refere-seà autorização de entrada e saída de mercadorias de acordo com as
normas comerciais, técnicas, sanitárias, ambientais etc.
O REGULAMENTO ADUANEIRO Aplica-se ao despacho aduaneiro, isto é, aos procedimentos alfandegários
para veri�cação dos aspectos tributários e administrativos a serem
cumpridos, em território nacional, na entrada e na saída de mercadorias.
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O REGULAMENTO CAMBIAL Aplica-se aos procedimentos relativos aos pagamentos e recebimentos em
moeda estrangeira nas transações com o exterior.
Os governos, atendendo aos interesses nacionais e buscando estimular as atividades exportadoras, pois elas levam ao
crescimento econômico, concedem incentivos às exportações. Esses incentivos podem se constituir de benefícios
�scais, isto é, alguma forma de redução ou isenção de tributos nas operações de exportação, de linhas de
�nanciamento ou de crédito especiais, de programas de treinamento e de apoio nas áreas gerencial e de mercado,
especialmente na promoção comercial.
Em outro sentido, buscando proteger a produção nacional da concorrência estrangeira e buscando garantir os direitos
do consumidor local, quanto à qualidade e segurança dos produtos importados, os governos estabelecem
procedimentos a serem cumpridos nas importações, que acarretam, de fato, restrições à entrada, constituindo as
barreiras comerciais.
Fonte da Imagem:
Com esse mesmo objetivo de proteção à indústria local, mas também com objetivos �scais, isto é, de realização de
receitas, os governos estabelecem tributos que incidem sobre a entrada de mercadorias. No Brasil, os produtos
importados, de forma geral, sofrem a incidência do imposto de importação, além de outros tributos especí�cos à
importação e ao consumo (como o IPI e o ICMS, também aplicáveis no mercado interno).
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Fonte da Imagem:
No entanto, se as empresas estão submetidas às leis de seus países, que condicionam suas operações de comércio
exterior, os países, de forma semelhante, têm que estabelecer acordos com os outros países com que comerciam, de
modo a garantir condições favoráveis ao comércio.
Fonte da Imagem:
Dessa maneira, o ambiente internacional de comércio é formado por uma série de tratados, convenções e atos
internacionais, bilaterais e multilaterais, que visa estabelecer as condições básicas do relacionamento comercial entre
os países.
Fonte:
Atualmente, prevalece uma doutrina de liberdade do comércio, corpori�cada, especialmente, em uma série de acordos
administrados pela Organização Mundial de Comércio – OMC, principal organismo público do comércio internacional.
Existem, além desses, vários outros acordos e organizações públicas que tratam de aspectos mais especí�cos dessas
relações.
11/02/2020 Disciplina Portal
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Por esses tratados, existem limitações a serem observadas pelos países na concessão de incentivos à exportação e na
interposição de barreiras à importação. O princípio básico por trás dessa doutrina é que os ganhos do comércio só
podem se realizar plenamente se prevalecer um sistema de livre concorrência, com livre formação de preços.
Incentivos à exportação que caracterizem subsídios que levem à formação de preços arti�cialmente baixos ou
barreiras comerciais excessivas que impeçam, de fato, a entrada de mercadorias estrangeiras no país, a preços
competitivos, não são aceitáveis no atual sistema internacional de comércio.
Além desses organismos públicos, fruto dos tratados feitos entre países, o ambiente internacional compõe-se,
também, de organizações de natureza privada que buscam criar facilidades para as empresas em suas operações
internacionais. Algumas delas, como a Câmara de Comércio Internacional – CCI, criam regras a serem voluntariamente
adotadas pelas empresas em suas operações. As regras relativas aos pagamentos internacionais e aos termos de
contratação, por exemplo, são regras estabelecidas pela CCI, amplamente utilizadas pelas empresas em suas
transações.
Atenção
, Na verdade, todos os aspectos relativos às relações comerciais (e todas as outras) entre países são previstas e reguladas por
acordos especí�cos. Assim, o transporte de mercadorias também �ca sujeito a acordos entre países para a circulação dos meios
de transportes (rodoviários, aquaviários e aéreos). Além disso, na esfera privada, empresas de transporte estabelecem entre si
acordos para a exploração de determinadas linhas, como as conferências de fretes no transporte marítimo., , As grandes
distâncias, associadas ao comércio internacional, e os muitas vezes longos períodos que a mercadoria passa nos meios de
transporte implicam em um elevado risco de dano ou de perda da mercadoria. Como os volumes transacionados são usualmente
grandes, é praxe necessária nas operações o seguro das mercadorias. Existem outros tipos de seguros que dão cobertura à
operações de crédito e às obrigações aduaneiras.
O pagamento pelas mercadorias constitui, claro, uma das etapas essenciais do comércio, sofrendo forte
regulamentação pelos governos nacionais. Todo o processo de exportação se justi�ca, ao �nal, pelo pagamento, e o
risco de não recebimento constitui uma das principais, senão a principal, preocupações do exportador. Entretanto, o
pagamento em si não constitui toda a história. Nesse ponto, o câmbio, isto é, a razão de troca entre a moeda
estrangeira, em geral o dólar, e o real, é importante para determinar a rentabilidade da operação, pois indica quanto o
exportador receberá em reais pela operação ou, em contrapartida, quanto o importador gastará em sua compra.
Todos esses aspectos, vistos aqui de forma esquemática, serão tratados de forma mais detalhada em nossa próximas
aulas, de modo que possamos ter um quadro claro das operações de comércio exterior. É importante ter em mente, ao
longo de toda a disciplina, esse quadro de referência, o que deverá ajudar a contextualizar as informações nas
próximas aulas.
EXERCÍCIOS
Questão 1: O comércio internacional é o resultado da ação de empresas, atuando comercialmente, e dos governos,
regulamentando e �scalizando essas operações. Qual das alternativas a seguir representa uma ação do governo que
afeta diretamente as exportações?
a) Celebrar tratados internacionais de cooperação técnica.
b) Fixar alíquotas do imposto de importação.
c) Abrir linhas de crédito com juros menores para a exportação.
d) Reduzir os impostos sobre o consumo e sobre a renda.
e) Elevar a taxa de juros.
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Justi�cativa
Questão 2: As estatísticas mostram que, nos últimos anos, tanto a exportação quanto a importação diminuíram
sensivelmente. A queda nos valores das importações signi�cam que:
a) Os países parceiros não estão interessados em exportar para o Brasil, por possíveis problemas na capacidade de pagamento
do país.
b) O governo brasileiro estabeleceu uma série de restrições às importações, elevando em muito o custo das mercadorias.
c) O consumidor e as empresas brasileiras estão preferindo comprar produtos nacionais, para ajudar o país sair da recessão.
d) A recessão econômica reduziu o consumo das famílias e a demanda das empresas por insumos importados.
e) A queda nas exportações afeta automaticamente os volumes importados.
Justi�cativa
Questão 3: Existem duas doutrina básicas adotadas pelos países no estabelecimento de suas políticas de comércio
exterior: a liberal e a protecionista. Assinale a alternativa que representa uma ação de estímulo ao livre comércio:
a) Diminuição do imposto de importação.
b) Estabelecimentode exigências administrativas adicionais na importação.
c) Subsidiar o produto nacional concorrente.
d) Estabelecer quotas de importação, isto é limitar a quantidade importada.
e) Aumento do imposto de importação.
Justi�cativa
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Glossário
EXPORTAÇÃO
A exportação, em caráter comercial, leva a uma ampliação do mercado das empresas, pois elas passam a contar com os
mercados estrangeiros e, com isso, ampliam sua produção e a geração de emprego na economia. O efeito sobre o emprego da
exportação é no entanto, diferenciado. Os setores industriais, que possuem uma cadeia de produção mais longa, diz-se, com
maior valor agregado no processo produtivo, geram maior emprego de todos os fatores da economia, contribuindo mais
efetivamente para a elevação da renda. Os bens primários, de menor valor agregado, têm uma contribuição menor.
IMPORTAÇÃO
A importação, por seu turno, permite que se supram necessidades não atendidas pela produção doméstica. A doutrina liberal
argumenta, e a história tem con�rmado, que a livre entrada de bens promove, via concorrência, o aperfeiçoamento da indústria
local, aumentando sua competitividade. De qualquer modo, o grau de abertura de um país depende das condições necessárias,
em cada momento, ao desenvolvimento da economia, sendo as políticas de comércio exterior sempre usadas com pragmatismo
pelos governos.

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