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Gabarito Livro - avaliação na educação

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APÊNDICE
UNIDADE 1
Avaliação 
na educação
U1 - Avaliação educacional: abordagem histórica e teórica1
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
UNIDADE 1: Avaliação educacional: abordagem histórica 
e teórica
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 1.1
1. Alternativa E.
Resposta comentada: A pedagogia tecnicista estava centrada na 
dimensão tecnológica da avaliação, centrada em seus aspectos 
técnicos e buscava a eficiência nos processos avaliativos, como 
assinala a alternativa A. 
A autoavaliação e as questões abertas são instrumentos de avaliação 
mais subjetivos nos quais os alunos são mais protagonistas e se 
relacionam mais com a pedagogia escolanovista e/ou construtivista 
e, portanto, não condizem com a pedagogia tecnicista. 
2. Alternativa A.
Resposta comentada: O modelo objetivista considera que o trabalho 
pedagógico é entendido como um procedimento técnico, objetivo e 
operacional. Os fatores subjetivos são pouco relevantes e o indivíduo 
não é considerado no seu contexto sociocultural. Nesse modelo 
prevalece uma separação entre ensino-aprendizagem e avaliação e 
predomina o foco nos resultados e não nos processos.
3. Alternativa A.
Resposta comentada: Existem vários aspectos da prática pedagógica 
e avaliativa que caracterizam o professor socioconstrutivista, porém, 
considerando a lista elaborada pela estudante de Pedagogia, podemos 
indicar como característica do professor socioconstrutivista a 
preocupação em planejar atividades que colocam seus alunos diante 
de situações problemáticas e que os estimulem a pensar formas 
para solucioná-las. Um dos objetivos do professor que atua nessa 
U1 - Avaliação educacional: abordagem histórica e teórica2
linha é promover a reflexão e aplicar conceitos e procedimentos 
em novos contextos. Além disso, o professor socioconstrutivista 
compreende o aluno em seu todo, portanto observa e analisa o 
contexto socioeconômico do aluno, as manifestações culturais 
de sua família e círculo de convivência e seu estado de ânimo 
emocional, pois esses aspectos influenciam no desenvolvimento 
da aprendizagem. Por fim, o professor socioconstrutivista utiliza a 
avaliação como um diagnóstico da aprendizagem do aluno, para 
identificar avanços, dificuldades e planejar novas estratégias para 
enfrentá-los. As características explicitadas nos números II e IV são 
indicativas de um perfil de professor tecnicista, que se aproxima mais 
do modelo objetivista.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 1.2
1. Alternativa A.
Resposta comentada: Ralph Tyler é quem formula o conceito de 
avaliação por objetivos, indicando que a função da avaliação deve 
ser indicar se o planejamento está alcançando seus objetivos. 
Jussara Hoffmann defende uma avaliação na perspectiva 
construtivista, e é esse elemento que a diferencia dos outros teóricos, 
pois mesmo que os demais estejam de acordo com a tendência do 
ensino-aprendizagem construtivista, não apresentam a avaliação 
diretamente relacionada a ela. 
Luckesi é um dos teóricos que enfatiza a diferença entre medir e 
avaliar, verificar e avaliar, mas também considera que a avaliação 
deve fornecer informações sobre o planejamento educacional e a 
aprendizagem. 
Todos os teóricos compreendem a avaliação como transformadora, 
porém é Ana Maria Saul quem formula o conceito de avaliação 
emancipatória como a transformação não apenas do ensino, 
da aprendizagem, da escola, mas como transformação social, 
relacionando esse conceito a decisão democrática, transformação 
e crítica educativa.
Luiz Carlos de Freitas e Mara Regina Lemes de Sordi defendem 
que, para mudar a avaliação, é necessário mudar o objetivo da 
escola. Se não questionarmos os objetivos da escola que refletem 
as desigualdades nela existentes, não conseguiremos transformar a 
avaliação e suas práticas.
U1 - Avaliação educacional: abordagem histórica e teórica3
2. Alternativa E.
Resposta comentada: Hadji expressa que a função da avaliação deve 
ser fornecer elementos para regular o ensino, ou seja, para fornecer 
informações se as ações planificadas pelo professor para desenvolver 
o currículo estão cumprindo seu objetivo. Quando as informações 
coletadas pela avaliação indicam dificuldades de aprendizagem, o 
professor terá elementos para replanejar e propor novas atividades 
que permitam aos estudantes superar as dificuldades encontradas, 
ou seja, garantir a formação. Nesse sentido, a função da avaliação é 
reguladora do ensino e da aprendizagem. Tanto a avaliação tradicional 
quanto a avaliação classificatória não cumprem um papel formativo 
no trabalho pedagógico. Servem para atribuir nota e apenas decidir 
sobre a aprovação ou reprovação dos estudantes. Já a avaliação 
somativa está mais associada à avaliação tradicional e classificatória, 
pois, geralmente, procura avaliar o processo de aprendizagem no 
seu final e, muitas vezes, é utilizada com a finalidade de certificação.
3. Alternativa C.
Resposta comentada: Os dados estatísticos apresentados por 
Vasconcellos e os dados de 2015 contidos na tabela evidenciam uma 
melhora nas taxas de rendimento escolar (aprovação, reprovação e 
abandono). Nas últimas décadas, os governos vêm implementando 
uma série de políticas no sentido de melhorar as taxas de 
rendimento. Entre essas políticas podemos mencionar as políticas 
de regularização do fluxo escolar (classes de aceleração) e políticas 
de eliminação da reprovação em alguns anos do ensino fundamental 
(promoção automática, progressão continuada). Políticas sociais 
também devem ser consideradas, como o bolsa família, além da 
própria atuação dos Conselhos Tutelares para garantir o direito 
das crianças e adolescentes à escolaridade obrigatória. Políticas de 
formação continuada de professores têm abordado a questão da 
avaliação, assim como políticas de organização do ensino em ciclos e 
mesmo políticas de progressão continuada e promoção automática. 
Entretanto, não podemos relacionar de maneira direta a melhoria 
nas taxas de rendimento escolar com a mudança nas concepções e 
práticas de avaliação. 
U1 - Avaliação educacional: abordagem histórica e teórica4
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 1.3
1. Alternativa A.
Resposta comentada: Althusser não considera que a ideologia seja 
uma falsa consciência, mas sim uma imaginação sobre a realidade, 
portanto ideologia não é a realidade concreta, mas uma representação 
dela. O aparelho ideológico de Estado Escolar é, segundo o autor, o 
principal AIE da sociedade capitalista. Para ele existem os aparelhos 
repressivos do Estados e os aparelhos ideológicos do Estado. Os 
repressivos são aqueles que utilizam da força, da repressão, para 
a manutenção controle e da dominação pela classe dominante, 
enquanto os aparelhos ideológicos se utilizam da persuasão. O 
exército e a polícia são aparelhos repressivos, enquanto a família, a 
escola, as igrejas, o sistema político, os sindicatos, a imprensa, entre 
outras instituições constituiriam os AIE.
2. Alternativa C.
Resposta comentada: A forma como a escola está organizada, por 
meio dos tempos definidos, da ordem dos espaços, do controle 
realizado pelos professores, entre outros aspectos, tem uma função 
disciplinadora dos estudantes, não apenas para a realização do 
processo educativo, mas para a vida social. Aliada a essa ideia de 
disciplinamento, advinda do pensamento foucaultiano, a ideia de 
capital cultural é outro elemento fundamental na manutenção das 
desigualdades inerentes à sociedade capitalista. A escola cumpre, 
dessa forma, uma função ideológica de reprodução da desigualdade 
de classes e disciplinamento ou docilização dos corpos, fazendo 
com que os sujeitos se submetam ao controle e à dominação. 
Apesar de encontramos diretamente uma relação entre o AIE Escolar 
de Althusser e influências desse sociólogo na obra de Bourdieu, 
não podemos afirmar diretamente que Althusser influencia a obra 
de Michel Foucault. Althusser trabalha com o conceito de poder de 
Estado, portanto de macropoder, enquanto Foucaultcentra suas 
análises nos micropoderes, aqueles poderes que perpassam as 
relações sociais e que são evidenciados no interior das instituições.
3. Alternativa E.
Resposta comentada: Bourdieu analisará a escola liberal e 
U1 - Avaliação educacional: abordagem histórica e teórica5
meritocrática e mostrará que a transmissão do conhecimento nas 
escolas não se dá da mesma maneira para todos os estudantes, 
fundamentada na ideia da igualdade entre todos os alunos, 
termina gerando a exclusão daqueles que não possuem a 
bagagem cultural esperada, ou seja, o capital cultural. Geralmente, 
as crianças desprovidas do capital cultural da classe dominante 
apresentarão maiores dificuldades para se adaptar e desenvolver 
na escola e, em função disso, estarão mais sujeitas ao fracasso 
escolar. Essa ideia está no cerne da crítica que ele faz à escola 
liberal e democrática. Ao desconsiderar as diferenças culturais 
entre os estudantes e não perceber que a escola cobra dos alunos 
das classes desfavorecidas um capital cultural não trazem para 
dentro da escola, os professores transformam a cultura em um 
instrumento de dominação e, portanto, em violência simbólica. 
O conceito de aparelho ideológico de Estado é cunhado por 
Althusser, enquanto as ideias de disciplinarização dos corpos e 
tecnologia de poder pertencem a obra de Foucault.
APÊNDICE
UNIDADE 2
Avaliação 
na educação
U2 - Avaliação externa e institucional 6
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
UNIDADE 2: Avaliação externa e institucional 
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 2.1
1. Alternativa A.
Resposta comentada: O artigo 24 da LDB define que a avaliação 
seja processual e cumulativa e que os aspectos qualitativos 
devem prevalecer sobre os aspectos quantitativos. Além disso, 
coerente com a avaliação processual, provas ou exames finais não 
podem prevalecer sobre a avaliação contínua e processual. Os 
procedimentos e critérios descritos pela professora são coerentes 
com o que determina a LDB.
2. Alternativa C.
Resposta comentada: O conceito de qualidade negociada envolve 
a ideia de negociação, de acordo, de pacto entre os indivíduos da 
comunidade escolar e os gestores do sistema de ensino. A ideia 
inerente ao conceito é de que tanto os atores escolares quanto os 
gestores do sistema são responsáveis pela qualidade. Ao negociar o 
que é a qualidade, a instituição de ensino viabiliza seu desenvolvimento 
para alcançar a qualidade desejada, responsabiliza-se por ela, mas 
também remete ao órgão do sistema sua responsabilidade pela 
qualidade, sendo esta compartilhada e não unilateral. O conceito 
de qualidade serve para regular a educação e, muitas vezes, termina 
responsabilizando somente a instituição de ensino pela qualidade 
ofertada, mas quando a qualidade é negociada exerce, segundo seus 
autores, uma contrarregulação, pois serve de regulação com relação 
à escola, também responsabilizando os gestores dos sistemas.
U2 - Avaliação externa e institucional 7
3. Alternativa E.
Resposta comentada: As dimensões intraescolares se referem a tudo 
que diz respeito aos sistemas de ensino e às escolas. Com relação ao 
sistema, diz respeito às condições de oferta do ensino; com relação 
à instituição educativa, relaciona-se à gestão e organização do 
trabalho escolar; no tocante aos professores, refere-se à formação, 
profissionalização e à ação pedagógica; quanto aos estudantes, 
diz respeito ao acesso, à permanência e ao desempenho escolar. 
A dimensão socioeconômica e cultural dos entes envolvidos, assim 
como os direitos do cidadão e as obrigações do Estado, constituem 
as dimensões extraescolares. Se bem são extraescolares, devem ser 
levadas em consideração ao avaliar a qualidade educacional, pois 
influenciam na qualidade das dimensões intraescolares. 
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 2.2
1. Alternativa D.
Resposta comentada: A política de avaliação implementada por 
esta Secretaria de Educação é de consequências fortes. De acordo 
com as categorias elaboradas por Bonamino e Sousa (2012), a 
divulgação dos resultados na mídia, a elaboração de rankings, o 
pagamento de bônus aos professores em função dos resultados 
e das metas estabelecidas acabam premiando alguns e punindo 
outros, já que a não bonificação termina sendo uma espécie de 
punição, caracterizando uma avaliação com consequências ou 
responsabilização forte.
2. Alternativa E.
Resposta comentada: Os resultados das avaliações externas são 
amplamente divulgados no Brasil. O Ministério da Educação não 
promove a elaboração de rankings, porém, muitas vezes, a mídia e as 
escolas, principalmente privadas, terminam criando alguma espécie 
de ranqueamento. Os resultados têm sido divulgados e usados, com 
maior ou menor intensidade, tanto pelos gestores dos sistemas de 
ensino no desenvolvimento de políticas educacionais quanto pelas 
escolas que os recebem, assim como têm calculados seu Ideb e suas 
metas. Também em função dos resultados, por exemplo, em escolas 
com baixo Ideb, são desenvolvidas ações de apoio específicas, como 
a disponibilização de recursos materiais e financeiros para a melhoria 
das condições de infraestrutura e de ensino. O pagamento de bônus, 
U2 - Avaliação externa e institucional 8
quando é feito, é realizado por sistemas de avaliação estaduais, pois a 
avaliação nacional não utiliza esse tipo de estratégia, sendo, portanto, 
como indicam Bonamino e Sousa (2012), de responsabilização 
branda. 
3. Alternativa B.
Resposta comentada: A avaliação dos sistemas ou redes de ensino 
no Brasil é caracterizada pela avaliação externa, ou seja, feita por 
agentes que estão fora da escola e do sistema, e é realizada em larga 
escala, ou seja, participam dessa avaliação um número elevado de 
escolas e estudantes que respondem a provas ou testes padronizados 
de Língua Portuguesa e Matemática. São exemplos desse tipo 
de avaliação o Saeb, a Prova Brasil e o Enem, além das avaliações 
desenvolvidas por sistemas estaduais e municipais de ensino. Apesar 
de serem entendidos como sinônimos, os termos avaliação externa, 
em larga escala e de sistemas caracterizam um determinado tipo 
de avaliação que desde a década de 1990 se desenvolve no âmbito 
nacional pelo Ministério de Educação e nos âmbitos estadual e 
municipal pelas secretarias de educação.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 2.3
1. Alternativa D.
Resposta comentada: A avaliação externa que utiliza os resultados 
do desempenho dos alunos do 5o e 9o anos do ensino fundamental 
para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 
(Ideb) é a Prova Brasil. O Encceja é, atualmente, o único exame que 
certifica competências de jovens e adultos que não concluíram 
estudos do ensino fundamental e médio na idade própria. Até 2016 
o Enem cumpria esta função com relação ao ensino médio. A 
ANA é a Avaliação Nacional da Alfabetização que foi desenvolvida 
no contexto do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
(PNAIC) para garantir que os alunos estejam alfabetizados até o 
3o ano do ensino fundamental, ano em que a ANA é aplicada. O 
Enem é aplicado aos concluintes e às pessoas que já concluíram 
o ensino médio e seus resultados têm sido utilizados, desde 2009, 
pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para o ingresso no ensino 
superior. A maioria das avaliações realizadas pelo MEC/Inep avaliam 
competências de leitura, interpretação e resolução de problemas, 
porém somente a Provinha Brasil é aplicada duas vezes no mesmo 
U2 - Avaliação externa e institucional 9
ano e a responsabilidade pela aplicação é dos sistemas de ensino 
que a aderem. 
2. Alternativa C.
Resposta comentada: A Provinha Brasil possui uma lógica totalmente 
diferente das demais avaliações desenvolvidas pelo governo federal. 
Como seu principal propósito é diagnosticar a proficiência dos alunos 
do 2o ano do ensino fundamental e garantir estratégias de ensino que 
os ajudem em seu processo de aprendizagem, ela deve ser aplicada 
em dois momentos. O primeiro, no primeiro bimestre,até o mês de 
abril, permite aos professores e escolas identificar o domínio dos 
alunos em leitura, interpretação e resolução de problemas e tomar 
medidas pedagógicas que visem a consolidar essas habilidades e 
superar as dificuldades. A aplicação no final do ano permite também 
diagnosticar os avanços realizados e seus resultados podem ser 
utilizados no planejamento do 3o ano do ensino fundamental. É uma 
estratégia muito positiva para promover a aprendizagem e também 
desenvolver a ideia do uso formativo dos resultados das avaliações. 
3. Alternativa A.
Resposta comentada: O aumento dos níveis de proficiência pode 
ocorrer por fatores tanto intra quanto extraescolares. Na maioria das 
vezes, os fatores intraescolares deveriam ter um peso maior, porém, 
as condições psicológicas, físicas, emocionais dos alunos no dia 
da prova podem ter alguma influência, mas não são determinantes 
dos resultados. Quando coincide que um grupo de alunos com 
melhores condições esteja em um mesmo ano, passaram por 
situações na escola mais estruturadas, tiveram professores que se 
preocuparam mais com a aprendizagem ou melhor formados, o nível 
de proficiência pode aumentar. Se o grupo seguinte que responde 
a avaliação possui características opostas a estas, certamente isso 
se verá refletido no resultado. Portanto, a análise não pode ser feita 
somente considerando os dados quantitativos, é importante qualificá-
los, pensar o que foi que ocorreu durante o ano, as características 
dos estudantes avaliados, como foi o processo de escolarização que 
tiveram, que professores os atenderam nos anos iniciais do ensino 
fundamental. Realmente, a leitura dos dados fora de um contexto 
permite algumas observações que podem ser coerentes e corretas. 
Essa leitura permite dizer que corre um aumento significativo dos 
U2 - Avaliação externa e institucional 10
estudantes com proficiência no nível avançado e uma diminuição, 
também importante, no insuficiente, o que permite fazer uma leitura 
positiva dos resultados, mas não podemos emitir nenhuma opinião 
sobre o trabalho da escola. É correto dizer que os níveis de proficiente 
concentram uma quantidade pequena de alunos estando a maioria 
deles no nível básico e insuficiente (72% em 2011; 73% em 2013; 67% 
em 2015). A leve melhora ocorrida em 2015 ainda mantém a escola 
sob alerta, sendo necessário realizar um trabalho que vise assegurar 
que a maioria dos alunos esteja no nível de proficiente. Certamente 
que a análise deve ser feita em seu conjunto, as oscilações nos níveis 
de proficiência para cima ou para baixo não evidenciam um trabalho 
da escola na garantia da aprendizagem, podem representar apenas 
diferenças entre os alunos que realizaram as provas.
APÊNDICE
UNIDADE 3
Avaliação 
na educação
U3 - Avaliação no contexto escolar11
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
UNIDADE 3: Avaliação no contexto escolar
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 3.1
1. Alternativa B.
Resposta comentada: As iniciativas para enfrentar o fracasso escolar 
e os altos índices de reprovação (em Santa Catarina, avanços 
progressivos; São Paulo, organização em níveis; e Rio de Janeiro, 
Bloco Único) foram tomadas no final da década de 1960 e nos 
anos 1970. Algumas delas se centraram na adoção da aprovação 
automática, porém não surtiram o efeito esperado. Apesar de sofrer 
muitas críticas por diversos pesquisadores do tema da organização 
do ensino, a progressão continuada adotada nas redes públicas dos 
estados de Minas Gerais e São Paulo no final da década de 1990 
não se restringia a eliminação da reprovação, se bem que medidas 
importantes para modificar a concepção de educação, organização 
de ensino e avaliação não foram efetivamente implantadas. O 
Ciclo Básico de Alfabetização se caracterizou como uma medida 
que buscava promover mudanças nos primeiros anos do ensino 
fundamental, indo além da simples aprovação automática. A 
organização de todo o ensino fundamental, até então 1º grau, 
em ciclos nas redes municipais de Belo Horizonte e São Paulo 
caracterizaram as políticas de ciclo com maior radicalidade no 
sentido de transformação da escola antes seriada.
2. Alternativa A.
Resposta comentada: Das medidas anunciadas pela Secretaria de 
Educação para a implementação dos ciclos, não condiz com essa 
forma de organização a eliminação dos instrumentos de avaliação 
formal, pois tais instrumentos (provas, testes, trabalhos, exercícios 
etc.) fornecem informações importantes sobre a aprendizagem 
dos alunos, a questão é que seus resultados devem ser utilizados 
gabriela.rossi
Comentário do texto
ajustar os nº das páginas
U3 - Avaliação no contexto escolar12
para refletir sobre as dificuldades dos alunos e não somente para 
atribuir notas, como é comum ocorrer na organização seriada. 
Além disso, a avaliação externa não passa a ser utilizada para decidir 
sobre a progressão dos alunos (aprovação/reprovação), pois nos 
momentos em que a trajetória escolar pode ser interrompida, 
geralmente final dos ciclos, a decisão continua sendo tomada 
pelos professores da escola.
3. Alternativa C.
Resposta comentada: Freitas defende a ideia de que os ciclos se 
relacionam a um projeto transformador da escola e visa a educação 
como um direito e obrigação do Estado, enquanto a progressão 
continuada é herdeira de uma concepção conservadora-liberal. 
O autor defende que a implantação dos ciclos deve ser gradativa, 
induzidos por exemplos de experiências bem-sucedidas, e não 
por definição legal por parte dos gestores dos sistemas. Esse 
processo gradual e indutivo minimizaria as resistências e lançaria 
as bases para uma implementação que realmente promovesse 
a transformação da escola. As críticas de Freitas em relação à 
progressão continuada recaem sobre a fragmentação curricular e 
metodológica que se mantém nessa medida e, além disso, o autor 
indica que a eliminação da reprovação na progressão continuada 
resolve o problema dos altos índices de reprovação, porém 
transfere o problema do fracasso escolar para o interior das 
escolas, quando permite que os alunos avancem na escolarização 
sem garantir as aprendizagens necessárias.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 3.2
1. Alternativa C.
Resposta comentada: A relação entre o currículo e a avaliação 
externa está mediada pela matriz de avaliação, pois ela representa 
parte do currículo que a escola deve desenvolver. Entretanto, 
as escolas não devem priorizar os conteúdos cobrados nas 
avaliações em detrimento de outros, como tem sido demonstrado 
pelas pesquisas.
U3 - Avaliação no contexto escolar13
2. Alternativa A.
Resposta comentada: Atualmente, as escolas têm convivido 
com uma série de processos de avaliação advindos das políticas 
educacionais que foram implementadas desde a década de 1990. 
Tanto as políticas de avaliação em larga escala e externas quanto 
as políticas de reorganização do ensino em ciclos têm exercido 
alguma forma de influência no contexto escolar e na avaliação 
da aprendizagem. Os processos de autoavaliação institucional 
participativa têm sido vistos como uma alternativa eficaz para evitar 
que o conceito de qualidade seja definido pelas avaliações externas, 
principalmente porque esses processos implicam analisar diferentes 
dimensões do processo educacional e contar com a participação de 
diversos atores.
3. Alternativa D.
Resposta comentada: A avaliação do desempenho dos professores 
tem sido enfatizada nas políticas educativas fundamentalmente 
devido à importância dos professores para a melhoria da qualidade 
da educação. Seus resultados servem para diagnosticar dificuldades e 
promover ações de formação continuada dos docentes, promovendo 
autorreflexão sobre suas práticas e sobre os aspectos que precisam 
ser melhorados. Também podem servir como parâmetro para a 
evolução na carreira. Em alguns países, a avaliação do desempenho 
docente tem sido utilizada como forma de classificar e excluir os 
professores, porém esse é um aspecto que ainda tem gerado muitapolêmica. A maioria dos defensores da avaliação do desempenho 
dos professores objetiva seu uso formativo.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 3.3
1. Alternativa E.
Resposta comentada: A avaliação e o currículo devem se articular, 
devem estar relacionados ao ensino, à escolha dos métodos e 
materiais mais adequados às necessidades dos estudantes, portanto 
são indissociáveis e devem partilhar da mesma concepção de 
educação, ensino, aprendizagem, para serem coerentes. O professor 
deve assumir uma postura reflexiva e investigativa com relação à sua 
prática e aos erros dos seus estudantes. Os erros devem ser objetivos 
de análise, para que forneçam importantes pistas sobre o processo 
U3 - Avaliação no contexto escolar14
de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o professor trabalhará numa 
perspectiva inclusiva, democrática e promoverá o sucesso de todos 
os seus estudantes.
2. Alternativa A.
Resposta comentada: As questões de gênero, do feminino e do 
masculino, marcam os processos de avaliação que os professores 
fazem dos seus estudantes, mesmo quando se utilizam de 
instrumentos mais formais de avaliação. O fracasso dos meninos, 
das crianças e jovens de origem étnico-racial não branca, 
pertencentes a classes sociais menos favorecidas, é maior porque 
a escola não foi pensada para acolher a todos, mas uma minoria, 
além de não acolher as diferenças, mas trabalhar na perspectiva 
das desigualdades.
3. Alternativa B.
Resposta comentada: O erro é um importante instrumento que 
deve ser utilizado tanto por professores quanto por alunos. 
Porém, mas importante que identificar o erro, é refletir sobre 
ele (O que levou àquele raciocínio? O que faltou? Onde foi 
que me equivoquei? O que é preciso fazer para avançar na 
aprendizagem?). Essa é uma tarefa que deve ser desenvolvida 
pelo professor, que deve refletir sobre os erros dos seus alunos, 
suas causas, que podem evidenciar diversos problemas, inclusive 
da prática docente. Além disso, o professor deve ajudar o aluno 
a refletir sobre seus próprios erros, a entendê-los, a vê-los com 
naturalidade e a encontrar os caminhos para solucioná-los.
APÊNDICE
UNIDADE 
Avaliação 
na educação
U4 - Avaliação da aprendizagem15
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
UNIDADE 4: Avaliação da aprendizagem
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 4.1
1. Alternativa A.
Resposta comentada: O trecho indica o conceito de avaliação 
diagnóstica, que visa identificar os conhecimentos adquiridos, os 
chamados conhecimentos prévios, aqueles que os professores 
esperam que os alunos tenham domínio para que possam avançar 
na aprendizagem. Seu objetivo não é o de assinalar o que os alunos 
não sabem e que deveriam saber, mas indicar aquilo que o professor 
precisa ensinar para poder conseguir o sucesso de todos os alunos. 
Vincula-se às estratégias de planejamento e, normalmente, ocorre 
no início de algum processo de formação.
2. Alternativa C.
Resposta comentada: Apesar da ênfase nas políticas de avaliação 
externa e nos testes padronizados, as avaliações da aprendizagem, 
realizadas nas salas de aulas pelos professores, visam à promoção 
de uma avaliação formativa que está a serviço da aprendizagem dos 
estudantes, que repensa os processos de ensino-aprendizagem, 
avaliando não apenas aquilo que os alunos sabem, mas também 
a prática docente levada a cabo para o desenvolvimento da 
aprendizagem. Numa perspectiva inclusiva, essa avaliação da 
aprendizagem, além do seu caráter formativo, também possui 
uma característica diagnóstica, que visa levantar aspectos tanto da 
aprendizagem cognitiva quanto do contexto e dos conhecimentos 
prévios que trazem os estudantes para o interior das salas de aulas. 
Esse diagnóstico busca identificar o domínio cognitivo dos alunos 
sobre temas anteriormente trabalhados e também sobre o contexto 
socioeconômico e cultural em que vivem.
U4 - Avaliação da aprendizagem16
3. Alternativa B.
Resposta comentada: A avaliação formativa é uma avaliação 
processual, contínua, que ocorre durante o processo de ensino-
aprendizagem, e fornece aos professores e alunos conhecimento 
suficiente sobre suas práticas pedagógicas, sobre os seus processos 
de ensino. Na avaliação formativa o professor avalia o aluno, mas 
também seu próprio trabalho, sua prática, procurando adquirir 
uma postura de ajuda, cuidado e reflexão sobre a aprendizagem 
e os processos de ensino desenvolvidos. A avaliação formativa 
inclui processos de diagnóstico, mas vai além deles, no sentido de 
orientar a prática docente e a aprendizagem dos alunos a partir dos 
dados coletados, das informações adquiridas. O caráter inclusivo 
da avaliação formativa ocorre pelo conhecimento do docente 
sobre seu trabalho, mas principalmente pelas ações decorrentes 
dos resultados das avaliações em prol da aprendizagem de todos 
os estudantes. A avaliação formativa deve permitir ações coletivas 
e ações mais individualizadas e, portanto, articula-se à trajetória 
de cada educando. Cabe ao professor saber propor medidas 
adequadas, coletivas e individualmente pensadas para desenvolver a 
aprendizagem de todos.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 4.2
1. Alternativa B.
Resposta comentada: A explicitação dos critérios de avaliação 
fortalece o planejamento de ensino, pois articulam os objetivos com 
os critérios para avaliar. Além disso, possibilitam que o professor e 
os alunos conjuntamente analisem suas respostas e compreendam 
seus erros, favorecendo a avaliação formativa. É um equívoco pensar 
que conhecer os critérios de avaliação levar os alunos a se queixarem 
mais das correções dos professores, pois ao explicitar os critérios 
os professores analisam as produções com maior foco e os alunos 
compreendem mais facilmente a análise feita pelo professor e 
porque tiveram determinado resultado. Também o uso da avaliação 
para disciplinamento não é um critério de avaliação, apenas se 
configura como um instrumento de controle e de poder, que não 
promove uma avaliação emancipadora. 
U4 - Avaliação da aprendizagem17
2. Alternativa C.
Resposta comentada: As metas e objetivos de ensino, assim como 
os critérios que definimos para avaliar, devem estar articulados entre 
si e devem também ser pautados pela realidade e o contexto em 
que estão emersos escola e alunos. Devem ser flexíveis, não para 
avaliar de forma distinta cada estudante, emitindo um juízo de valor 
equivocado sobre a aprendizagem, mas sim para fundamentá-lo. 
A flexibilidade está na forma de analisar as produções dos alunos, 
e não nos critérios. Na comunicação dos resultados sempre os 
aspectos qualitativos devem preponderar sobre os quantitativos, 
pois são os aspectos qualitativos que expressam os critérios que 
se utilizou para avaliar e os níveis de desempenho dos estudantes, 
indicando o quanto eles se aproximaram ou não dos objetivos 
propostos. A definição de um critério de avaliação sempre servirá 
como ponto de referência e ajuda o professor a estabelecer o 
que vai aceitar como evidência de que o objetivo proposto foi 
realizado, reconhecendo essa evidência no comportamento do 
aluno, ou seja, na sua aprendizagem. Sendo assim, os critérios de 
avaliação orientam a prática docente e servem para que os alunos 
entendam a avaliação que participaram e compreendam suas 
dificuldades e seu desenvolvimento. 
3. Alternativa E.
Resposta comentada: As práticas descritas e os critérios de avaliação 
não são explicitados pela professora, mas subentendidos pelos 
alunos, que não analisam seus erros e, portanto, não compreendem 
em que parte equivocaram-se. Assinala-se o erro, porém ele não é 
visto como parte do processo de aprendizagem dos alunos. Se fosse 
utilizado numa perspectiva construtiva, o erro possibilitaria uma 
análise de uma determinada situação, contexto ou caso, nos quais os 
alunos podem mobilizar e aplicar os conhecimentos adquiridos. O 
exercício proposto simplesmente enfatiza a memorização de passos 
ou procedimentos de resolução anteriormente explicados pela 
professora.Não ocorre, portanto, uma articulação entre objetivos, 
estratégias de ensino, avaliação e seus critérios.
U4 - Avaliação da aprendizagem18
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 4.3
1. Alternativa A.
Resposta comentada: Elaborar instrumentos de qualidade é importante 
para a realização de práticas avaliativas que obtenham informações 
sobre a aprendizagem dos alunos que sejam fidedignas e confiáveis. A 
técnica de avaliação é o método de se obter as informações desejadas. 
O instrumento de avaliação é o recurso que será usado para isso. 
A definição dos instrumentos de avaliação deve ocorrer de forma 
articulada ao planejamento das atividades de ensino.
2. Alternativa C.
Resposta comentada: Os instrumentos que são utilizados na técnica 
de observação, geralmente são a lista de checagem, escala de 
classificação, roteiro, diário, anedotário. O questionário, o portfólio, o 
roteiro de entrevistas se relacionam à técnica de inquirição, enquanto 
as provas escritas e os testes padronizados, à testagem.
3. Alternativa D.
Resposta comentada: O portfólio não consiste em guardar todas 
as produções dos estudantes, somente aquelas que sejam mais 
representativas. Além disso, a análise das produções não deve ser 
feita somente ao final, mas durante o processo. Além de ser um 
instrumento interessante para analisar a trajetória e o desenvolvimento 
do estudante e do seu grupo, o portfólio também caracteriza-
se como um documento de registro desse processo. O professor 
pode montar o portfólio tanto em forma física, guardando de forma 
ordenada as produções dos seus alunos, quanto também fazê-lo em 
formato digital. O mais importante é que as produções sirvam para 
a análise continua do desenvolvimento dos alunos e permitam aos 
professores identificar os aspectos do ensino que exigem mudanças 
e onde devem intervir para melhorar a aprendizagem.

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