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Educação a Distância ou distante? Segundo a avalição do MEC, por meio do Exame Nacional de Desempenhos dos Estudantes (Enade) de 2010, a maior nota obtida foi de um aluno matriculado em um curso a distância. E também a média geral das notas dos alunos EAD foi maior do que a dos presenciais.
Ao aluno de EAD é exigido um maior grau de foco e autonomia durante os estudos, o que o leva a um grau de comprometimento maior com a sua formação. Em dez anos, entre 2001 e 2011, o Brasil passou de 5 mil estudantes matriculados em cursos a distância para mais de 930 mil alunos, na graduação e pós-graduação. Com esses números, podemos observar que a Educação a Distância está se consolidando como uma alternativa para muitos brasileiros que não contam com universidades em suas cidades ou nas regiões próximas, ou para pessoas que não possuem muito tempo disponível. (Fonte). Certamente que não! O que podemos afirmar é que, assim como em cursos convencionais, existem cursos a distância com qualidade e sem qualidade. 
O que realmente diferencia a Educação a Distância da convencional é a forma como seus ambientes e práticas educacionais são concebidas no processo de ensino-aprendizagem, e como os agentes educacionais exercem seus papéis. Portanto, a resposta a esta provocação dep A concepção de educação que assumimos, no desenvolvimento de nossos cursos a distância, tem por objetivo estimular o estudante a desenvolver a sua capacidade de pensar e, consequentemente, aprender com autonomia. Mas não confunda aprendizagem autônoma com aprendizagem solitária ou autômata. Na Educação a Distância, tanto quanto na convencional, o convívio social é indispensável: o que muda em relação à educação convencional são os meios, recursos e princípios que norteiam este convívio no processo de aprendizagem. 
É sob essas condições que você será capaz de ressignificar individualmente aqueles conhecimentos que você construiu socialmente. Nesse sentido, nossos cursos a distância oferecem a você um ambiente em que a sua aprendizagem possa ocorrer de forma colaborativa e interativa, sendo mediada pelos diferentes agentes que participam do processo, como os tutores. Aprender é (re)significar Informações Sala de aula interativa Colaboração e Interação: Essas são as bases da Educação a Distância. 
A História da EAD no cenário mundial começa com a imprensa, segundo o autor João Roberto Moreira Alves (1998) apud Ferreira e Betemps (2011), datando o surgimento da EAD no mundo do Século XV, quando Johannes Guttemberg inventou a imprensa na Alemanha, utilizando caracteres móveis para a composição de palavras. Até aquele momento, a produção de livros era realizada manualmente e era extremamente onerosa, dificultando o acesso ao universo do conhecimento. Em épocas mais recentes, temos citações de uma tentativa de estabelecer um curso por correspondência na Inglaterra, com direito a diploma, em 1880 (NISKIER, 1999) apud Ferreira e Betemps (2011). Tal ideia foi rejeitada pelas autoridades locais, e os autores da proposta foram para os Estados Unidos, encontrando espaço na Universidade de Chicago. Ainda de acordo com Alves (1998), a difusão da EAD no mundo se deve principalmente à França, Espanha e Inglaterra, pois os centros educacionais desses países contribuíram bastante para que os outros pudessem adotar os modelos desenvolvidos. Litto (2002) apud Ferreira e Betemps (2011) destacam que, ao contrário do que acontece no Brasil, onde há um histórico de controle governamental centralizador sobre a educação superior, em outras nações havia possibilidades de inovação e, assim, o desenvolvimento de cursos e de estratégias de ensino ocorreu mais rapidamente. Com essa abertura, temos que a primeira universidade baseada totalmente no conceito de educação a distância foi a Open University (OU), na Inglaterra (www.open.ac.uk). Surgida no final dos anos de 1960, a OU iniciou seus cursos em 1970 e, em 1980, já tinha 70.000 alunos, com 6.000 pessoas se graduando a cada ano.
De acordo com Gaio (2010) apud Saraiva (1996), a evolução histórica da EAD no Brasil, assim como no mundo, é marcada pelo surgimento e pela disseminação dos meios de comunicação. Considera-se como seu marco inicial a criação por Roquete-Pinto, entre 1922 e 1925, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro e de um plano sistemático de utilização educacional da radiodifusão como forma de ampliar o acesso à educação. A autora destaca que, a partir da década de 60, é que se encontram registros, alguns sem avaliação, de programas de EAD. 
Foi criado, inclusive, na estrutura do Ministério da Educação e Cultura, o Programa Nacional de Teleducação (Prontel), ao qual competia coordenar e apoiar a Teleducação no Brasil. Esse órg 3.2 - Universidade Aberta do Brasil – Novos Caminhos para EAD O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública. Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior a distância. Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas presenciais em que os alunos entram em contato com tutores e professores e têm acesso à biblioteca e aos laboratórios de Informática, Biologia, Química e Física. Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é formar professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade. 
O objetivo é a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação patrimonial, educação para os Vídeo 6: Evolução da EAD no Brasil. direitos humanos, educação das relações étnico-raciais, de gênero e orientação sexual e temas da atualidade no cotidiano das práticas das redes de ensino pública e privada de educação básica no Brasil. (MEC, 2009). 3.3 - UFSJ: nossa proposta de Educação a Distância De acordo com a Resolução nº 012, de 27 de março de 2008, que cria o Núcleo de Educação a Distância (NEAD) e aprova seu Regimento Interno, no seu Artigo 6º, determina que o NEAD tem por finalidade promover o desenvolvimento humano, individual e coletivo, ampliando o nível de qualificação profissional e favorecendo a melhoria da qualidade de vida da população em geral; disseminar a cultura de EAD na UFSJ e na comunidade externa, projetando, implementando e gerenciando os recursos necessários ao processo de ensino-aprendizagem a distância. Esse sistema permite que os municípios, os estados e o Distrito Federal apresentem propostas de polos municipais de apoio presencial para o ensino superior a distância, e que as instituições federais de ensino superior proponham cursos superiores na mesma modalidade, a serem ofertados nesses polos de apoio. Em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal de Ouro Preto, Estadual de Mato Grosso, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Federal de Lavras e a Universidade Federal do Espírito Santo, a Universidade Federal São João del-Rei compõe o Consórcio Pró-Formar demonstrando que o trabalho cooperativo possibilita novas incursões e vínculos interinstitucionais, viabilizando experiências significativas e o desenvolvimento de competências relacionadas às novas tecnologias da informação e comunicação. 
O que é educação a distância (*) José Manuel Moran Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância jmmoran@usp.br Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias,principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/ parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações. A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm (1 de 5)30/5/2010 16:59:01 educação a distância regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação. Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil. As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância. O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento. As crianças, pela especificidade de suas necessidades de http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm (2 de 5)30/5/2010 16:59:01 educação a distância desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem. Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar. Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real). Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias. A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm (3 de 5)30/5/2010 16:59:01 educação a distância o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados. As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas. Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância. Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser maispersonalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica. O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

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