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1 INTRODUÇÃO AO EAD 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário INTRODUÇÃO AO EAD ................................................................................................ 1 NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 3. Educação a distância: histórico, características, definições, regulamentações. ............ 5 3.1 Histórico ..................................................................................................................... 5 3.2 Características ............................................................................................................. 8 Professores e tutores ............................................................................................ 10 3.3 Definições e regulamentações. ................................................................................. 12 Ensino Superior ................................................................................................. 14 3.4 A Tecnologia de Informação e Comunicação .......................................................... 16 3.5 As Mudanças na Educação ....................................................................................... 18 3.6 A Educação a Distância / Novos Papéis .................................................................. 21 3.8 A Comunicação na Educação a Distância ................................................................ 27 3.9 QUAL O FUTURO DO ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL? ......................... 29 4.0 Considerações finais ................................................................................................. 31 5.0 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 32 file:///C:/Users/debor/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/INTRODUÇÃO%20AO%20EAD/Introdução%20ao%20Ead.docx%23_Toc165825527 4 2. INTRODUÇÃO O ensino a distância tem se tornado cada vez mais relevante, especial- mente nos dias atuais. Com o avanço da tecnologia, a educação a distância ofe- rece oportunidades de aprendizado flexíveis e acessíveis. A introdução ao en- sino a distância pode abordar diversos aspectos, como a história e evolução dessa modalidade de ensino, os benefícios e desafios tanto para os alunos quanto para os professores, as tecnologias e ferramentas utilizadas, além das estratégias de ensino e aprendizagem específicas para esse contexto. As leis que regulamentam a educação a distância no Brasil incluem a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Portaria nº 4.059/2004 (que regulamenta o credenciamento de instituições para oferta de cursos na mo- dalidade a distância), e o Decreto nº 9.057/2017 (que dispõe sobre a oferta de disciplinas na modalidade a distância em cursos presenciais).Além disso, é im- portante considerar as normativas e portarias específicas do Ministério da Edu- cação (MEC) que estabelecem diretrizes para a oferta de cursos e programas de educação a distância, bem como as regulamentações estaduais e municipais que podem complementar as regras gerais.Essas leis visam garantir a qualidade do ensino, a proteção dos direitos dos estudantes, a validade nacional dos diplo- mas obtidos na modalidade a distância, além de estabelecer critérios para ava- liação e fiscalização das instituições que oferecem esse tipo de ensino.É funda- mental estar atualizado sobre as leis e regulamentações vigentes, uma vez que elas impactam diretamente a validade e qualidade dos cursos ofertados na mo- dalidade a distância. É importante destacar como o ensino a distância pode ampliar o acesso à educação, permitindo que pessoas em diferentes localidades ou com diferen- tes demandas de tempo possam buscar conhecimento. Além disso, abordar as habilidades necessárias para o sucesso no ambiente virtual, como autodisci- plina, organização e habilidades tecnológicas, também é fundamental. A introdução ao ensino a distância pode ainda explorar as diferentes mo- dalidades dessa prática, incluindo cursos online, videoaulas, tutoria virtual e pla- taformas de aprendizagem. Também é relevante discutir as tendências atuais e 5 futuras do ensino a distância, considerando o impacto da inteligência artificial, realidade virtual e outras inovações tecnológicas. 3. Educação a distância: histórico, características, defini- ções, regulamentações. A educação a distância tem se tornado cada vez mais relevante, especi- almente nos dias atuais. Ela oferece flexibilidade para os estudantes, permitindo que aprendam em seu próprio ritmo e conciliem os estudos com outras respon- sabilidades. Além disso, a EAD amplia o acesso à educação, possibilitando que pessoas de diferentes localidades tenham a oportunidade de estudar. Isso é fun- damental para a democratização do ensino. E você, qual é a sua opinião sobre a educação a distância? Fonte: https://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/noticias/educacao-a-dis- tancia-contribui-para-a-alfabetizacao-de-jovens-e-adultos Acesso: 24 de abril de 2024 3.1 Histórico A trajetória da Educação a Distância (EaD) em nosso país se desenvolve no contexto das políticas e dinâmicas adotadas durante a reforma do Estado e do sistema educativo, em articulação com processos transnacionais. Destacam- se as recomendações de organismos multilaterais, como a UNESCO, que reco- mendam a expansão e institucionalização da EaD (Dourado, 2008; Santos, 2010). Segundo Santos (2010 apud CNE, 2014), no Brasil, a história da EaD 6 remonta pelo menos a 1904, quando foram estabelecidas as chamadas escolas internacionais, instituições privadas que ofereciam cursos por correspondência. No entanto, segundo Alves (2001), em 1891, os jornais já traziam anún- cios de ensino por correspondência. O marco da utilização da EaD no país ocor- reu com a utilização da radiodifusão para fins educativos em 1936, com a insta- lação por Edgard Roquete-Pinto da Rádio-Escola Municipal. Em 1939, foi criado o Instituto Monitor, que oferecia cursos técnico-profissionais por correspondên- cia, considerados os mais antigos e conhecidos cursos a distância no país. Desde então, há registros de experiências periódicas, algumas mais abrangen- tes, outras mais localizadas, algumas desenvolvidas e outras que ficaram ape- nas no projeto. Fonte: https://werkey.co/blogs/novidades/a-historia-do-ensino-a-distancia acesso: 25/04/2024 Durante as diversas fases históricas da Educação a Distância (EaD), per- cebe-se que inicialmenteos cursos eram desenvolvidos para a profissionalização. Já o desenvolvimento da EaD no nível superior é mais recente e teve início a partir de exemplos do exterior. De acordo com Barreto e Santos, em 1972, por meio de uma proposta, o conselheiro do Conselho Federal de Educação (CFE), Newton Sucupira, deu início a esse processo na educação superior no país. Após uma visita à The Open University, na Inglaterra, defendeu a criação de um sistema similar, pois, em seu entendimento, isso ampliaria as oportunidades de acesso à educação superior (BARRETO, 2001). Nos anos 1980 e 1990, várias iniciativas foram propostas na modalidade de Educação a Distância (EaD) para a educação superior. Alterações significati- vas foram realizadas nas políticas para a educação superior no Brasil, sobretudo 7 após a aprovação da Constituição Federal (CF) de 1988 e, especialmente, após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em 1996. Você conhece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)? Essa lei, que entrou em vigor em 20 de dezembro de 1996, foi sancionada pelo presidente da República da época, Fernando Henrique Cardoso, e como o nome sugere, trata-se de um conjunto de normas que visam estabelecer as dire- trizes e bases da educação nacional. Tais dispositivos ratificam a educação como direito. É na LDB que temos também a explicitação das bases para a educação superior e, no seu contexto, da Educação a Distância (EaD). Logo, é ela que nor- matiza, em nível federal, a EaD. É importante destacar que a educação superior a distância é caracterizada por processos de diferenciação e diversificação institucional, bem como pelo uso sistemático de redes de comunicação interativas, como as redes de computado- res, a Internet e os sistemas de videoconferência, para a oferta de cursos nesta modalidade de ensino. As Instituições de Ensino Superior (IES) passam a atuar como locais de pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comuni- cação (TICs), aliado a metodologias de ensino e aprendizagem, e à integração de tecnologia digital e interatividade completa em áudio e vídeo. (SARTORI e ROES- LER, 2005; QUARTIERO, GOMES, CERNY, 2005; HACK, 2011). Como resultado da implementação da educação superior no Brasil, surgem as primeiras articulações. Em 2000, foi criada a Universidade Virtual Pública do Brasil (atualmente denominada Associação Universidade em Rede - UniRede), um consórcio de instituições públicas de ensino superior que tem como objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, por meio da oferta de cursos a distância. Em 2005, o projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB) foi criado pelo Mi- nistério da Educação e, em 8 de junho de 2006, o Sistema UAB foi instituído pelo Decreto nº 5.800, para o desenvolvimento da modalidade de educação a distân- cia, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país. O Sistema UAB desenvolveu-se e ganhou força entre as universidades e instituições de ensino em todo o país. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm 8 Em 2007, foi concebido o programa e-Tec Brasil, que entrou em vigor em 2009 pela Resolução nº 36, de 13 de julho de 2009, com alterações da Resolu- ção nº 18, de 16 de junho de 2010, com o objetivo de contribuir para a democra- tização, expansão e interiorização da oferta de ensino técnico de nível médio a distância, público e gratuito, especialmente para o interior do país e para as áreas periféricas das regiões metropolitanas e grandes centros urbanos. Os cur- sos são ministrados por instituições públicas, sendo o Ministério da Educação responsável pela assistência financeira na elaboração dos cursos. Já aos esta- dos, Distrito Federal e municípios cabe providenciar estrutura, equipamentos, recursos humanos, manutenção das atividades e demais itens necessários para a instituição dos cursos. Em 2010, o Ministério da Saúde criou o Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), para atender às necessidades de capacitação e educação per- manente dos profissionais da saúde que atuam no SUS. O Sistema é composto por três elementos: a Rede colaborativa de instituições de ensino superior, que atualmente conta com 35 instituições de ensino superior; o Acervo de Recursos Educacionais em Saúde (ARES) e a Plataforma Arouca. Um dos objetivos da UNA-SUS é a educação permanente, visando à resolução de problemas presen- tes no dia a dia dos profissionais de saúde que atuam no SUS, sendo conside- rado uma política pública educacional e da área da saúde. Para isso, os cursos oferecidos pela Rede têm enfoque prático e dinâmico, utilizando casos clínicos comuns. Todos os cursos são inteiramente gratuitos e a modalidade de educa- ção a distância foi escolhida para facilitar o acesso dos profissionais da saúde aos cursos, que possuem diversos níveis de capacitação acadêmica. Todos os programas apresentados são considerados políticas públicas financiadas pelo Ministério da Educação e realizadas em parceria com as Insti- tuições de Ensino. 3.2 Características De acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Supe- rior (Abmes), a expectativa é que, em 2025, haja mais alunos matriculados em cursos a distância do que na educação presencial. Confira as principais qualidades que têm atraído tantos alunos! 9 Flexibilidade e comodidade Uma das principais características do ensino a distância é a flexibilidade de horários. Ao contrário da sala de aula tradicional, o EAD é uma modalidade base- ada no que chamamos de atividades assíncronas. Isso significa que não é neces- sário que professores e alunos se reúnam em um horário fixo para dar início ao processo de ensino-aprendizagem. O estudante fica livre para assistir às aulas no horário, local e aparelho que desejar. O estudo a distância é um formato ideal para quem tem pouco tempo disponível e quer potencializar o sucesso profissional, pois pode separar o tempo de estudo de acordo com sua rotina, sem precisar perder tempo com desloca- mento ou se preocupar com a distância. Aula virtual No ensino a distância, outra das principais características é a aula on-line – ou videoaula. Normalmente, essas aulas são gravadas e ficam disponíveis para o aluno assistir no próprio ritmo e quantas vezes desejar. No entanto, há casos em que aulas ao vivo acontecem, mas elas também podem ficar disponíveis para acesso posterior. Além disso, outras atividades interativas e exercícios on- line complementam as aulas, enriquecendo a experiência de estudo. Na era digital, a forma mais comum de acessar esse conteúdo é por meio de computadores, tablets e smartphones. Basta uma conexão estável com a in- ternet para acessar o exclusivo ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Consi- derando que, segundo o IBGE, o acesso à internet já chega a 79% da população, percebe-se que o ensino a distância é uma forma de democratizar o acesso ao ensino, tornando graduação, pós-graduação e outros cursos acessíveis para além das fronteiras. Material didático e recursos Com a separação física entre estudante e professor, a interação de apren- dizagem é mediada com recursos tecnológicos e material didático. Este pode ser impresso, distribuído no polo presencial, ou acessado na biblioteca de conteúdo on-line. 10 As atividades do EAD costumam estar distribuídas nesses recursos e ma- teriais, formando a carga horária da formação. Tudo é organizado para tornar pos- sível a comunicação professor-aluno, dinamizando e enriquecendo o processo de formação. Assim, além das videoaulas e dos materiais didáticos produzidos para cada disciplina, é comum haver fóruns, chats, quizzes e muita inovação disponí- vel. Professores e tutores No ensino a distância, os professores são responsáveis porministrar as aulas e pela estruturação didática do curso e dos materiais. São basicamente as mesmas funções que ocupariam na educação presencial, porém em um ambi- ente on-line e com uma modalidade de ensino distinta. Pode-se dizer, no en- tanto, que o papel do professor no EAD é mais descentralizado devido ao fato de que, no ensino a distância, uma das principais características é ser autoins- trucional. Há ainda os tutores, professores incumbidos de dar suporte pedagógico aos alunos, tirando dúvidas, propondo interações, observando e facilitando o fluxo de conhecimento. Estudar por EAD é autoinstrucional, mas jamais solitário. Tanto os recursos tecnológicos quanto a concepção dos cursos existem para possibilitar a interatividade que enriquece a experiência do estudante. Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Outra das principais características do ensino a distância é ser organizado em uma ou mais plataformas de aprendizado. Uma das mais populares é o Mo- odle, mas ela não é única. Na prática, existem milhares de AVAs diferentes, alguns mais modestos e outros mais completos. Todos têm diferentes ferramentas e servem ao propósito de abrigar os recursos do curso e ser a interface com a instituição, tornando o aprendizado possível. https://blog.ipog.edu.br/tecnologia/4-dicas-para-evitar-transtornos-no-ambiente-virtual/ 11 Graças aos avanços da tecnologia, há plataformas on-line cheias de recur- sos, como chats, gerador de desempenho, espaço de gestão dos estudos, cola- boração simultânea etc. Tudo com segurança, exclusividade e política de privaci- dade. Diplomas válidos pelo MEC Quem pensa que os cursos de graduação e pós-graduação não são exi- gentes está enganado. Para que uma instituição de ensino possa funcionar e emi- tir diplomas válidos, ela precisa cumprir regulamentações do Ministério da Educa- ção. Uma dessas exigências, por exemplo, refere-se às atividades presenciais, que precisam ocupar pelo menos 20% da carga horária. Isso sustenta a existência dos polos presenciais e as avaliações periódicas que costumam acontecer nesses espaços. A frequência e as formas de avaliação de cada unidade de ensino costu- mam ser fornecidas por meio de um calendário ou cronograma do curso. Outra novidade do Ministério da Educação é que o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) agora aceita inscrições para cursos EAD. Fonte: https://dados.gov.br/dados/organizacoes/visualizar/ministerio-da- educacao-mec, acesso: 29-04-2024 https://dados.gov.br/dados/organizacoes/visualizar/ministerio-da-educacao-mec https://dados.gov.br/dados/organizacoes/visualizar/ministerio-da-educacao-mec 12 Melhor custo-benefício Outra das principais características do ensino a distância é o custo-bene- fício. Já pensou em se atualizar e obter um certificado do ensino superior de forma mais econômica? Os cursos EAD costumam ser mais acessíveis, com mensalidades mais em conta. Isso acontece porque as instituições precisam investir menos em estru- tura física. Além disso, em cursos que visam alcançar públicos em todo o Brasil, a precificação considera também as regiões que têm menor poder aquisitivo, mantendo os valores atrativos. Além de tudo, o aluno economiza aquilo que gastaria indo até um curso presencial, como transporte, alimentação etc. 3.3 Definições e regulamentações. A regulamentação da EAD no Brasil ocorre por meio da Lei 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Além disso, também é referida no Decreto 9.057, que traz disposições específicas para a educação a distância. 13 Fonte: https://www.youbilingue.com.br/blog/a-ldb-e-educacao-a-distan- cia/ Acesso em: 25/04/2024 Ensino Fundamental e médio De acordo com a legislação brasileira, mais especificamente a Seção III da Lei 9.394, o ensino fundamental deve ser presencial. Neste caso, o EAD pode ser utilizado como um complemento à aprendizagem ou em situações emergen- ciais. Foi o que aconteceu recentemente com a pandemia do coronavírus .. Já para o ensino médio, a orientação é de que "os sistemas de ensino poderão reconhecer competências e firmar convênios com instituições de edu- cação a distância com notório reconhecimento, mediante algumas formas de comprovação", conforme indicado na Lei. Fonte: https://exame.com/brasil/novo-ensino-medio-mec-deve-reduzir- formacao-basica-para-abrir-espaco-para-curso-tecnico/. Acesso: 18/04/1024 https://www.youbilingue.com.br/blog/a-ldb-e-educacao-a-distancia/ https://www.youbilingue.com.br/blog/a-ldb-e-educacao-a-distancia/ https://exame.com/brasil/novo-ensino-medio-mec-deve-reduzir-formacao-basica-para-abrir-espaco-para-curso-tecnico/ https://exame.com/brasil/novo-ensino-medio-mec-deve-reduzir-formacao-basica-para-abrir-espaco-para-curso-tecnico/ 14 Ensino Superior De acordo com a regulamentação da EAD no Brasil, instituições interes- sadas em oferecer cursos de graduação EAD devem se credenciar no MEC. Com o credenciamento, é feita a solicitação da autorização de funcionamento para cada curso que pretendam oferecer. Desta forma, o processo passa para a etapa de análise na Secretaria de Educação Superior – SESU, onde o curso é avaliado por uma Comissão de Es- pecialistas na área em questão e por especialistas em Educação a Distância. Após esta fase, o projeto é encaminhado ao Conselho Nacional de Educação para validação final. Em 2017, o Decreto 9.057 foi atualizado com o objetivo de ampliar a oferta de cursos superiores EAD, além de: • melhorar a qualidade da atuação regulatória do MEC na área; • aperfeiçoar procedimentos; • desburocratizar fluxos; • reduzir o tempo de análise e o estoque de processos. A atualização do decreto também simplifica a abertura dos polos EAD. Eles representam alternativas para complementar o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, e fortalecer as bases da educação a distância. 15 Fonte: https://www.florence.edu.br/blog/ensino-superior/ acesso: 20-04- 2024 Pós Graduação A regulamentação da EAD no Brasil no que diz respeito a cursos de pós- graduação stricto sensu, mestrado e doutorado ainda está em debate. De acordo com o MEC, os critérios para reconhecimento desses cursos estão em definição pela Coordenação do CAPES / MEC. Em julho de 2019, a expectativa era de que, já em 2020, instituições começassem a oferecer os primeiros cursos de mestrado e doutorado na modalidade EAD. Já os cursos de pós-graduação lato sensu, também conhecidos como cur- sos de especialização, até recentemente eram considerados livres. Isso signifi- cava que eram independentes de autorização para funcionamento ou reconhe- cimento por parte do MEC. Porém, com o Parecer n.º 908/99 e a Resolução nº 3 da Câmara de Edu- cação Superior do Conselho Nacional de Educação, que fixam condições de va- lidade dos certificados de cursos presenciais de especialização, tornou-se ne- cessária a regulamentação de tais cursos na modalidade a distância. Cursos Livres Os cursos livres são mencionados no Artigo 42 da Lei 9394/96 de Diretri- zes e Bases da Educação Nacional (LDB), no Capítulo III, referente à Educação profissional: “Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cur- sos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade”. Além disso, são reiterados no Decreto nº. 5.154/04 e na Delibe- ração CEE 14/97 (Indicação CEE 14/97). Isso confere legalidade e reconhecimento à modalidade, embora também signifique a ausência de uma Lei específica para cursos livres. Dessa forma, eles não dependem de nenhuma autorização, prévia ou posterior, para o seu funcio- namento. 16 3.4 A Tecnologia de Informação e Comunicação Na Educação a Distância, os bons softwarese as eficientes ferramentas utilizadas por alunos online e tutores são produtos tecnológicos importantes que preenchem o mercado educacional da EAD. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) representam o conjunto de recursos tecnológicos usados em determinado setor para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, bem como favorecer, por meio de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), a troca de informações e experiências entre alunos e professores e/ou tutores. Esses profissionais têm a possibilidade de desenvolver debates, fóruns, trabalhos em grupo, incentivando o uso das TICs e tornando a aprendizagem mais significa- tiva. A apropriação das mídias e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), no cenário da EAD faz resignificar o conceito de conhecimento. É através das ferramentas tecnológicas, a partir de mediações atuantes que as potencialida- des se afloram, o tempo e espaço, já não são mais problemas, proporcionando uma educação sem distância, sem tempo, levando o sistema educacional a assumir um papel, não só de formação de cidadãos pertencentes aquele es- paço, mas a um espaço de formação inclusiva em uma sociedade de diferen- ças (RODINEY MARCELO, 2017 p.1). 17 Fonte: https://moodle.ead.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=68825&cha- pterid=11415 Acesso em: 25/04/2024 O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é o site ao qual o aluno de EAD tem acesso aos conteúdos do seu curso a distância, como vídeos e outros recursos. É nesse ambiente virtual que ocorre a interação com os colegas de sala virtual, bem como com o tutor. O que precisamos não são mais tecnologias educacionais complexas, mas sim que os educadores, de maneira geral, revejam suas práticas docentes diante do importante fato de estarmos bem servidos de potentes plataformas tecnológicas que colaboram com a nova maneira de desenvolver a aprendiza- gem junto aos aprendizes. O processo de ensino-aprendizagem exige foco. E o foco é essencial- mente a ação e o resultado pedagógico, e seus efeitos junto ao aprendiz, que necessariamente lidera seu próprio processo de aquisição de conhecimento apoiado pelas TICs. "Desde o momento em que a educação a distância se apropriou de inú- meras e diferenciadas tecnologias adequadas a diferentes propostas pedagógi- cas destinadas a ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs), existe esta ques- tão, ou seja, como utilizar as tecnologias da informação e comunicação (TICs) para desenvolver habilidades e competências junto ao alunado e de maneira complexa e interdependente que as próprias tecnologias oportunizam", afirma Lilian Silva, mestre em educação a distância. Segundo Silva, nesse panorama, as Tecnologias da Informação e da Co- municação (TICs) ao longo do tempo introduziram importantes possibilidades de interação, intercâmbio de ideias e conteúdos, gerando conexão entre alunos e professores, assim como entre os alunos, e até entre os professores, no que se denomina comunidades de aprendizagem em rede, multidirecionais, colaborati- vas e somativas. A EAD contribui para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais di- nâmico, não centrado apenas em leituras, mas em diversas formas de aprendi- zagem (vídeos, simulações, chats, etc.), com a grande vantagem de flexibilizar o momento de aprendizagem tanto do ponto de vista do aluno quanto da institui- ção. 18 3.5 As Mudanças na Educação Após o surgimento da educação a distância e com todas os benefícios que ela trouxe, houve várias mudanças nas relações de ensino. Confira, a seguir, os principais benefícios tanto para alunos quanto para professores: 1. Acesso a todo tipo de conteúdo Com as aulas virtuais, as pessoas têm acesso a uma enorme quantidade de conteúdo que pode ser consumido nos mais diversos formatos. Além disso, essa modalidade de ensino torna a busca por conhecimento prazerosa e des- complicada. Isso se deve ao fato de que o acesso a uma plataforma virtual de ensino é quase livre de burocracia, é fácil e, principalmente, o aluno pode esco- lher o tipo de conteúdo que deseja aprender. Mas a principal diferença entre a educação a distância e a presencial, e que atrai tanto alunos como professores, está no fato de a EAD possibilitar a adaptação do aprendizado à rotina das pessoas. Os professores gravam as aulas e os alunos assistem quando quiserem e puderem. Ou, no caso de aulas ao vivo, os professores podem, em conjunto com os alunos, marcar as aulas para uma data e horário conveniente para am- bos. Já os alunos acessam o conteúdo de seu interesse como, quando e onde podem. Ou seja, eles fazem os cursos dentro de sua própria rotina e ritmo de aprendizagem. 19 Fonte: https://www.itexperts.com.br/blog/tecnologia-e-educacao- blog/ead-modalidade-ensino-a-distancia/, acesso: 26-04-2024 2. Criação de conteúdo interativo As possibilidades de criação de conteúdo que as instituições e professo- res têm em mãos na modalidade a distância são quase ilimitadas. Materiais como ebooks, videoaulas, infográficos e quizzes são apenas uma parcela do material que alunos e tutores têm disponível para propagar e adquirir conheci- mento. Isso é interessante tanto para quem cria quanto para quem consome o conteúdo. Além disso, a diversidade de materiais e ferramentas possibilita atingir os mais diversos tipos de estudantes e é capaz de auxiliar cada um deles na ma- neira que têm mais facilidade para estudar. 3. Relação aluno/professor No ensino a distância, o papel principal do professor é atuar como um mediador. Em outras palavras, ele é responsável por estabelecer uma relação entre o aluno e os conteúdos que este escolheu estudar. Essa mediação feita pelo tutor enfrenta o desafio de superar a distância física entre ele e o aluno. Para isso, é essencial que o aluno também seja autodisciplinado e automotivado para superar os desafios e dificuldades durante o processo de aprendizagem. Além da educação a distância, o ensino se divide nas categorias presen- cial e semipresencial. O ensino presencial consiste em cursos regulares nos https://www.itexperts.com.br/blog/tecnologia-e-educacao-blog/ead-modalidade-ensino-a-distancia/ https://www.itexperts.com.br/blog/tecnologia-e-educacao-blog/ead-modalidade-ensino-a-distancia/ 20 quais alunos e professores devem estar presentes em uma sala de aula ou am- biente educacional físico. Já o ensino semipresencial ocorre tanto em sala de aula como virtualmente, utilizando recursos tecnológicos para as aulas. Diariamente, somos apresentados a novos recursos trazidos pelas evolu- ções tecnológicas que também impactam a educação. Por isso, a educação é um tema abrangente e é quase impossível falar sobre isso sem mencionar a EAD, que com todos esses avanços tecnológicos possibilita a interatividade en- tre as pessoas, mesmo que elas não estejam compartilhando o mesmo ambiente físico. Essa modalidade de ensino, que antes era apenas uma alternativa para quem não podia frequentar um curso presencial, hoje se tornou um tipo de apren- dizagem de qualidade, capaz de levar o conhecimento a um número muito maior de pessoas. Além disso, há alguns anos, a EAD era vista com desconfiança e tinha sua credibilidade cercada de dúvidas, sendo inclusive um assunto polê- mico. No entanto, esse tipo de ensino está conquistando seu espaço e ganhando cada vez mais adeptos. As pessoas agora têm outra visão sobre a aprendizagem e isso colabora muito para o desenvolvimento dessa modalidade. A verdade é que o tipo de en- sino não determina o sucesso do aprendizado. Independentemente de ser pre- sencial ou a distância, o que realmente influencia no processo de aprendizagem é o esforço e a persistência de cada um. Outro ponto importante é que na educação a distância, o aluno é respon- sável pelo próprio conhecimento. Ele escolhe o que e quando vai estudar, prin- cipalmente em cursoslivres nos quais tem total liberdade para escolher o as- sunto que deseja aprender mais. 4. Valor mais baixo As aulas online acabam sendo mais acessíveis para os estudantes, pois dispensam a estrutura física de um curso presencial. Isso reduz significativa- mente os custos finais, o que permite que mais pessoas tenham acesso à edu- cação e possam se especializar em suas áreas de interesse. Além disso, a modalidade a distância não possui limitações geográficas, o que possibilita que mais alunos tenham acesso aos cursos. 21 5. Maior alcance de alunos Por ser um curso a distância, a instituição ou profissional que comercializa esse tipo de produto pode atingir um público muito maior. Tudo depende da quantidade pessoas que se interessam pelo tema e com quantas delas o produ- tor consegue comunicar.Não existem limites geográficos. Se o estudante tiver acesso à internet, ele pode fazer o curso de qualquer lugar do mundo. 3.6 A Educação a Distância / Novos Papéis No ensino a distância surgem diversos personagens e, juntamente com eles, diversos papéis. Agentes presentes no processo ensino-aprendizagem A educação a distância utiliza uma variedade de tecnologias, desde cor- respondência impressa até transmissões via TV, vídeoconferência e redes de computadores conectadas à internet. Um bom programa de EAD deve empregar diversas mídias, combinando-as para oferecer aos alunos estímulos variados que despertem a motivação para a aprendizagem. A implementação desse mo- delo pedagógico requer o envolvimento de um grande número de profissionais. 22 Fonte: https://www.esedh.pr.gov.br/Noticia/ESEDH-promove-cursos- para-Agentes-Socioeducativos-da-Sejuf . Acesso: 26/04/2024 Destaca-se que a disciplina é iniciada pelo professor Autor, em resposta às necessidades identificadas pelos alunos, contando com o apoio contínuo da equipe de tecnologia e dos agentes pedagógicos - coordenadores e pedagogos. Os monitores fornecerão suporte tecnológico tanto aos professores quanto aos alunos, garantindo que estes tenham o auxílio necessário. Nas se- ções seguintes, este trabalho abordará com mais detalhes o papel do professor, do autor, do tutor e do aluno como agentes da educação a distância. PAPEL DO AUTOR A idéia de serviço, ou produto educacional inacabado e repleto de vida, aponta para a necessidade deagentes com papéis determinados, sabendo que a qualidade de um produto é diretamente proporcional à qualidade da energia humana empregada para concretizá-lo. Assim, a EAD demanda diferentes competências, difíceis de ser encon- tradas em uma única pessoa. Trata-se, portanto, de trabalho em equipe, uma vez que, na maioria dos casos, os conhecimentos requeridos são multidiscipli- nares. Nesse contexto, o processo de autoria é de fundamental importância para o sucesso ou fracasso de um programa de EAD. O professor− autor desenvolve os conteúdos que irão formar o material pedagógico da disciplina. O autor é responsável pela metodologia, organização dos conteúdos e seleção das estratégias de ensino e aprendizagem, que serão aplicadas. O autor precisa desenvolver um texto que seja menos técnico do que aqueles normalmente apresentados em livros, com linguagem mais direta, como se estivesse dialogando, naquele momento, com os alunos. Boa estratégia para facilitar tal desenvolvimento é inserir exemplos relacionados com o dia-a-dia dos discentes. Além disso, torna-se imprescindível que o autor desenvolva um planeja- mento bastante criterioso, levando em consideração, além dos itens padrão de qualquer documento desta natureza, características como a interface do curso, que deverá ser agradável, atrativa; os recursos de interação, como Fórum de 23 Discussão, Chat, Lista de Discussão e os diferentes tipos de interação, que po- derão variar de acordo com o momento, a situação e, principalmente, os partici- pantes envolvidos. A elaboração e o planejamento das atividades on-line, geralmente, são realizados sob a orientação de uma equipe multidisciplinar que visa diminuir a distância física e temporal entre o aluno e o tutor, por meio de enunciados de atividades bem−definidos, textos de fácil leitura, glossários do conteúdo Se o aluno encontrar alguma dificuldade, isso tende a desencadear diversos proble- mas, como a falta de motivação para continuar a atividade, o acúmulo de dúvidas e a sobrecarga de e-mails para o tutor. Enfim, dificuldades que seriam, no mais das vezes, sanadas instantaneamente na sala de aula presencial, contudo no on-line requer a mobilização de diversos atores do processo, podendo ser evi- tada por meio de bom planejamento. Para tanto, o autor deve ser sempre incentivado a utilizar intensivamente, no desenvolvimento do conteúdo, recursos de hipertexto e hipermídia, inserindo imagens que representem a mensagem do texto, explicação para palavras com- plicadas, links para outros esclarecimentos, fomentando um ambiente de apren- dizagem exploratória, diferenciando-o do sistema de ensino linear do método expositivo e presencial. É importante também que as atividades propostas sejam programadas a bem tempono calendário de cada disciplina, de forma que per- mita momentos de interação com os colegas que estarão no mesmo período se dedicando àquela atividade. Para potencializar os momentos de interação, o pro- fessor pode contar ainda com ferramentas de chat (comunicação síncrona), por meio das quais pode discutir temas de interesse, esclarecer dúvidas ou apresen- tar convidados, especialistas sobre o tema proposto, tudo isso em tempo real. A grande dificuldade percebida no uso de ferramentas síncronas,isto é, concomitantes, é o gerenciamento do tempo por parte dos alunos, que muitas vezes não conseguem conciliar a agenda com o horário programado para estar on-line, sincronamente, com o tutor ou com os demais colegas. Para tanto, como regra, os horários devem ser agendados antecipadamente, sempre com mais de uma opção no mesmo dia, de preferência um horário pela manhã e outro pela noite, oferecendo maior flexibilidade aos alunos. O autor, além de dominar o conteúdo, é o responsável pela produção da disciplina nos moldes e recursos 24 disponíveis na EAD. Para que o conteúdo teórico preparado para o aluno−mate- rial impresso− possa ser desenvolvido com eficiência pedagógica, a estratégia principal é a articulação dele com atividades on-line que provoquem a interação e que sintetizem o aprendizado. Isso será obtido por planejamento e por estra- tégias do uso de tecnologias da aprendizagem. Fonte: https://www.uninassau.edu.br/noticias/professores-se-reunem-em-en- contro-pedagogico Acesso: 03/05/2024 É o autor que definirá−vale dizer, premeditará− o tempo a ser gasto em determinada atividade. Por exemplo, suponhamos que o autor crie uma atividade baseada na análise de um estudo de caso e sua respectiva entrega sob a forma de relatório.O tempo e o prazo para realização e entrega desta atividade devem ser definidos de modo antecipado para o aluno. Os programas de educação a distância sempre manifestaram grande preocupação em criar boas propostas didáticas. Por trás de cada material existe profunda reflexão e discussão a res- peito de como se aprende, como se ensina e que estratégias e conteúdos são os mais adequados para cada nível e disciplina. O maior desafio que se propõe o material é, pois, conseguir a participação dos alunos e envolvê-los ativamente na reflexão. Nesse sentido, assume parti- cular relevância a proposta de atividades criada no material para o ensino. O texto deve ser o responsável por estabelecer a relação entre os participantes, despertar o interesse, gerar perguntas valiosas, antecipar dificuldades, apresen- tar resoluções, estimular a agir. 25 O papel do tutor O processo de tutoria e acompanhamento do aluno se dá durantea im- plementação das disciplinas e cursos, cabendo ao tutor estas atribuições: • Comentar os trabalhos realizados pelos alunos; • Corrigir as avaliações dos estudantes; • Ajudá-los a compreender o material do curso mediante discussões e explicações; • Responder às questões sobre a instituição; • Ajudar os alunos a planejar seus trabalhos; • Organizar círculos de estudo; • Fornecer informações por telefone, fax, e-mail; • Supervisionar trabalhos práticos e projetos; • Atualizar informações sobre o progresso dos estudantes; • Fornecer feedback aos coordenadores sobre o material dos cursos e as dificuldades dos estudantes; • Servir de intermediário entre a instituição e os alunos. O tutor em EAD exerce duas funções importantes: a informativa, provo- cada pelo esclarecimento das dúvidas levantadas pelos alunos, e a orientadora, que se expressa ajudando nas dificuldades e na promoção do estudo e aprendi- zagem autônoma. "No ensino a distância, o papel do tutor é de certa forma reduzido, uma vez que os alunos são incentivados a adotar uma postura de aprendizagem au- tônoma". Isso acontece devido à presença de orientações no próprio material didático, como questionários, recomendações de atividades e leituras comple- mentares. No entanto, é importante ressaltar que a função do tutor vai além da sim- ples orientação. O tutor esclarece dúvidas, acompanha o progresso dos alunos, corrige trabalhos e fornece as informações necessárias, além de avaliar o de- sempenho dos estudantes. Os programas de educação a distância muitas vezes priorizam o desenvolvimento de material de ensino em detrimento da orientação aos alunos, das tutorias, das propostas de avaliação ou da criação de comuni- dades de aprendizagem. 26 PERFIL DO ALUNO EAD X AUTONOMIA O perfil do aluno da Educação a Distância está passando por rápidas e diversificadas mudanças, influenciado pela revolução tecnológica e pela globali- zação, que têm gerado uma clientela mais reflexiva e exigente em relação à qua- lidade. Em sua maioria, os alunos de EAD são adultos que já estão inseridos no mercado de trabalho. Nas sociedades contemporâneas, há uma demanda cres- cente por educação ao longo da vida, ou seja, por uma educação permanente. Fonte: http://abed.org.br/blog/vantagens-do-ead-que-competencias-os- alunos-podem-ganhar/ Acesso: 26/04/2024 Ao assumir a responsabilidade de estudar longe das salas de aula pre- senciais, o aluno se compromete a criar um ambiente e tempo dedicados aos estudos. Tais condições são flexíveis, e o ritmo é determinado pela capacidade individual. Para aqueles que buscam explorar a diversidade de possibilidades para adquirir novos conhecimentos, o tempo dedicado ao estudo é fundamental. Tanto no aprendizado presencial quanto na modalidade a distância, a de- terminação e disciplina são fatores motivadores. A falta de compreensão dos conteúdos e a perda da sequência do curso podem desestimular os alunos, le- vando ao isolamento e abandono do curso. 27 É importante considerar que o ritmo individual de cada aluno deve ser respeitado tanto na EAD quanto no ensino presencial. Compromissos com o tra- balho, família e atividades sociais demandam mais tempo dos adultos, o que consequentemente dificulta o acompanhamento do cronograma. O sucesso do aluno na Educação a Distância depende em grande parte de sua motivação e das condições de estudo. Alunos interessados em cursos a distância devem ser disciplinados, independentes e persistentes. 3.8 A Comunicação na Educação a Distância A mediação e a comunicação desempenham papéis essenciais na convi- vência em sociedade. Em um mundo globalizado, caracterizado por interações dinâmicas e infinitas trocas de informações com diferentes opiniões e objetivos, é fundamental que exista um processo comunicativo organizado para alcançar os objetivos dessas interações. Segundo o site Significados, "desde o princípio dos tempos, a comunica- ção foi de importância vital, sendo uma ferramenta de integração, instrução, troca mútua e desenvolvimento. O processo de comunicação consiste na trans- missão de informação entre um emissor e um receptor que decodifica (interpreta) uma determinada mensagem". Por outro lado, o termo mediação é valioso no contexto das interações em que se busca processos comunicativos construtivos com intervenção de opinião ou alcance de objetivos. De acordo com o site Infopédia, "mediação é a interfe- rência de uma pessoa ou entidade entre pessoas ou grupos, com o objetivo de alcançar um consenso". Observa-se que a mediação é um processo mais com- plexo, pois não reflete apenas o entendimento de uma mensagem, mas sim uma mudança de opinião, consenso ou ainda uma forma de incorporação de informa- ções para permitir a geração de novos conhecimentos e posicionamentos. Na educação, a mediação e a comunicação são elementos fundamentais no processo educativo, podendo ser vistos como um processo de construção de novos conhecimentos. Segundo Gomes (2008, p.1), "o processo de construção 28 do conhecimento se dá por meio de um movimento complexo, no qual os sujeitos interagem entre si, mas também com as informações, processando-as para a partir de seus enquadramentos e de suas possibilidades cognitivas se apropria- rem dos conteúdos acessados." Nessa construção, a mediação tem um caráter enriquecedor, pois permite direcionamentos no estudo e no acesso às informa- ções para formar a construção de novos conhecimentos. Fonte: https://faroseducacional.com.br/blog/a-importancia-da-interativi- dade-do-ead/. Acesso: 26/04/2024 A comunicação e a mediação no cenário da educação precisam ser inten- sas, para facilitar e enriquecer o aprendizado. Para Kenski (2008, p.1), “o pro- cesso da comunicação humana com finalidades educacionais transcende o uso de equipamentos e se consolida pela necessidade expressa de interlocução, de trocas comunicativas. Vozes, movimentos e sinais corporais são formas ances- trais de manifestações humanas no sentido da comunicação, visando à aprendi- zagem do outro ser.”. No contexto da educação a distância, com suas caracte- rísticas específicas de distanciamento geográfico, a proposta para a mediação, segundo a mesma autora, baseia-se no uso das TICs (Tecnologias de Informa- ção e Comunicação), que oferecem ferramentas para tornar possível o processo https://faroseducacional.com.br/blog/a-importancia-da-interatividade-do-ead/ https://faroseducacional.com.br/blog/a-importancia-da-interatividade-do-ead/ 29 interativo e efetivo na modalidade. As TICs serão abordadas em capítulo espe- cífico, apresentado na continuidade do estudo. Na Educação a Distância, a preocupação com a mediação e a comunica- ção inicia antes mesmo da oferta de um curso. Ao preparar o projeto pedagógico e o material didático de um curso, a equipe multidisciplinar já trabalha pensando no processo educativo de forma completa, prevendo construção do conteúdo, interações e atividades avaliativas. Nesse cenário, Cruz (2010) traz o papel do docente, afirmando que, na EaD, as habilidades docentes são divididas em ta- refas, sendo que uma delas é ser especialista do conteúdo do curso e a outra é ser responsável por guiar a aprendizagem, juntamente à equipe de acompanha- mento. Dessa forma, a mediação e a comunicação permeiam toda a construção de um curso e são fundamentais para seu sucesso. A forma de tratamento usada na comunicação também é muito importante na educação a distância - precisa ser efetiva, convidativa e cativadora. Em qual- quer processo de ensino, a linguagem precisa ser adequada, mas ainda mais na modalidade EaD, em que as intervenções ocorrem por meio das tecnologias. Por esse motivo, usa-se a chamada Linguagem Dialogada, forma de comunicação com características específicas, que serão detalhadas no tópico a seguir. 3.9 QUAL O FUTURODO ENSINO A DISTÂNCIA NO BRASIL? A educação a distância está em constante evolução ao lado do avanço tecnológico, que tem transformado profundamente o cenário educacional no Bra- sil. As empresas têm enfrentado uma transformação digital que exige adaptação, e no setor da educação não é diferente. As instituições que buscam se manter no mercado já perceberam as mudanças na forma como as pessoas consomem conteúdo e exploram diferentes áreas do conhecimento. Por isso, estão reestru- turando seus modelos e metodologias de ensino. 30 Fonte: https://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/o-futuro- da-educa%C3%A7ao-explorando-o-pontencial-do-ensino-a-distancia. Acesso: 02-05-2024 Muitas instituições já adotam bibliotecas virtuais, fóruns de discussão, chats, videoaulas, videoconferências e outras ferramentas que promovem a in- teratividade. No entanto, as evoluções não param por aí. Confira as principais tendências a seguir: 1. *Inteligência Artificial e chatbots:* Empresas têm investido em IA em seus negócios, e as instituições de ensino estão seguindo o mesmo caminho. Essa tecnologia permite processos mais precisos e inteligentes no EAD, além de auxiliar os alunos a acompanharem seu progresso em tempo real. 2. *Microlearning:* Uma abordagem de ensino focada em li- ções curtas que demandam menos tempo de aprendizado, podendo ser acessadas em qualquer dispositivo tecnológico dos estudantes. 3. *Gamificação:* Utilizada para aumentar a participação dos alunos nos processos de aprendizagem, essa tendência torna o en- sino mais atrativo ao incorporar elementos de jogos para desenvolver competências como flexibilidade, criatividade e trabalho em equipe. https://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/o-futuro-da-educa%C3%A7ao-explorando-o-pontencial-do-ensino-a-distancia https://www.estudiosite.com.br/site/educacao-a-distancia/o-futuro-da-educa%C3%A7ao-explorando-o-pontencial-do-ensino-a-distancia 31 O EAD é uma realidade duradoura que está contribuindo significativa- mente para a educação no Brasil. As ferramentas mencionadas são apenas al- gumas das tecnologias que farão parte do processo educacional da população. No futuro, novas inovações tecnológicas continuarão a enriquecer o aprendizado das pessoas. 4.0 Considerações finais É evidente que a EAD (Educação a Distância) ainda sofre preconceitos sobre a sua eficácia, principalmente pela falta de conhecimento que as pessoas possuem. Nas escolas é percebido que professores e alunos já utilizam certos recursos como a lição de casa, mas não conseguem entender a facilidade da utilização com as tecnologias. Entre os fatores relevantes destacam-se: a falta de conhecimento sobre o tema e a insegurança de criar novas possibilidades de aprendizagem. Primeiramente é necessário investir na formação dos professores, capa- citar os professores sobre as diferentes ferramentas que a EAD possui. Mostrar sobre como é feito, sobre a dedicação e envolvimento nas atividades, sobre a organização do tempo para estudo, mostrando conceitos, fazendo com que os professores percebam a sua importância e cobrem a sua aplicação. Depois de capacitar os professores será a vez dos alunos. Podem ser aplicados diferentes conceitos de EAD que facilitam os estudos. Iniciando-se no 8º ano do Ensino Fundamental onde eles já possuem maturidade para o entendimento do tema. Entre estes conceitos podem ser proporcionadas novas experiências aos alunos como a sala de aula invertida, vídeo-aulas, exercícios online, fóruns, chats e ou- tros. Além disso, nessas atividades o aluno será o centro do aprendizado, ele mesmo buscará o seu conhecimento. Com relação a incertezas sobre novas perspectivas de aprendizagem, toda a escola deve contribuir para o envolvimento dos alunos e professores. Uma opção pode ser a criação de projetos. Nestes projetos, alunos e professores vão aplicar técnicas que só tem a contribuir com o desenvolvimento da prática peda- gógica. É importante ter vontade de buscar, pois haverá problemas, mas com certeza terão solução se todos se esforçarem. 32 Diante disso percebe-se a necessidade de implantação de atividades de educação à distância e tecnologias durante o processo de aprendizagem no en- sino regular. Para resgatar o interesse a novas formas de interação. Contribuindo com diferentes métodos para que se tenha cada vez mais uma educação de qualidade. 5.0 REFERÊNCIAS MORAN, José Manuel; VALENTE, José Armando. Educação a distância. Summus Editorial, 2015. GIOLO, Jaime. A educação a distância e a formação de professores. Educação & Sociedade, v. 29, p. 1211-1234, 2008. BELLONI, Maria Luiza. Ensaio sobre a educação a distância no Brasil. Educa- ção & sociedade, v. 23, p. 117-142, 2002. BOHADANA, Estrella; VALLE, Lílian do. O quem da educação a distância. Re- vista Brasileira de Educação, v. 14, p. 551-564, 2009. ALVES, Lucineia. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, v. 10, 2011. SARAIVA, Terezinha. Educação a distância no Brasil: lições da história. Em aberto, v. 16, n. 70, 1996. DA COSTA, Adriano Ribeiro. A educação à distância no Brasil: concepções, his- tórico e bases legais. 2017. VIDAL, Eloísa Maia; MAIA, José Everardo Bessa. Introdução à educação a dis- tância. Fortaleza: Editora RDS, 2010.