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Modulo de Cálculo Infinitesimal

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Manual 
 
 
Cálculo Infinitesimal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este Módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Em caso de reprodução, deve ser mantida 
a referência à Universidade Pedagógica e aos Autores do Módulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
 
Rua Comandante Augusto Cardoso, n.º 135 
Telefone: 21-320860/2 
Telefone: 21 – 306720 
Fax: +258 21-322113 
 
Agradecimentos 
À COMMONWEALTH of LEARNING (COL), pela disponibilização do Template usado na 
produção dos Módulos. 
 Ao Instituto Nacional de Educação à Distância (INED), pela orientação e apoio prestados. 
 Ao Magnífico Reitor, Directores de Faculdade e Chefes de Departamento, pelo apoio prestado em 
todo o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Técnica 
 
Autor: Vasco Agostinho João Cuambe 
Desenho Instrucional: 
Revisão Linguística: Jerónimo Simão 
Maquetização: 
Edição: 
 Cálculo Infinitesimal i 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem-Vindo ao estudo do Módulo de Cálculo Infinitesimal ........................................... 1 
Objectivos do curso .......................................................................................................... 2 
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................... 2 
Como está estruturado este módulo .................................................................................. 3 
Ícones de actividade .......................................................................................................... 4 
Avaliação .......................................................................................................................... 5 
Unidade I 7 
O Corpo do Números Reais .............................................................................................. 7 
Introdução ................................................................................................................ 7 
Lição Nº 1 8 
Generalidades sobre estruturas Algébricas ....................................................................... 8 
Introdução ................................................................................................................ 8 
Sumário ........................................................................................................................... 12 
Exercícios ........................................................................................................................ 12 
Lição nº 2 14 
Grupoide, Semi Grupo e Grupo ...................................................................................... 14 
Introdução .............................................................................................................. 14 
Sumário ........................................................................................................................... 18 
Exercícios ........................................................................................................................ 18 
Lição nº 3 21 
Generalidades sobre os Números Reais .......................................................................... 21 
Introdução .............................................................................................................. 21 
Sumário ........................................................................................................................... 28 
Exercícios ........................................................................................................................ 28 
Unidade II 31 
Sucessões Numéricas ...................................................................................................... 31 
Introdução .............................................................................................................. 31 
Introdução ao estudo de Sucessões ................................................................................. 32 
Introdução .............................................................................................................. 32 
ii Índice 
 
Sucessões de Números Reais .......................................................................................... 32 
Sumário ........................................................................................................................... 37 
Exercícios ........................................................................................................................ 38 
Lição nº 5 40 
Sucessões Enquadradas. Estudo da Sucessão (un )=a
n
 .................................................... 40 
Introdução .............................................................................................................. 40 
Sumário ........................................................................................................................... 44 
Exercícios ........................................................................................................................ 45 
Lição nº 6 47 
Estudo da Sucessão 
1
1
n
n
 
 
 
 .......................................................................................... 47 
Introdução .............................................................................................................. 47 
Sumário ........................................................................................................................... 52 
Exercícios ........................................................................................................................ 52 
Unidade III 53 
Limite e Continuidade de Funções ................................................................................. 53 
Introdução .............................................................................................................. 53 
Lição nº 7 54 
Generalidades sobre Funções .......................................................................................... 54 
Introdução .............................................................................................................. 54 
Sumário ........................................................................................................................... 62 
Exercícios ........................................................................................................................ 62 
Lição nº 8 64 
Tipos de Funções ............................................................................................................ 64 
Introdução .............................................................................................................. 64 
Tipos de Funções ................................................................................................... 64 
Sumário ........................................................................................................................... 74 
Exercício ......................................................................................................................... 74 
Lição nº 9 77 
Limite de Funções ........................................................................................................... 77 
Introdução .............................................................................................................. 77 
Sumário ........................................................................................................................... 85 
Exercícios ........................................................................................................................ 85 
Propriedades de Limites .................................................................................................. 87 
Introdução .............................................................................................................. 87 
 Cálculo Infinitesimal iii
Sumário ........................................................................................................................... 92 
Exercícios ........................................................................................................................ 92 
Lição nº 12 93 
Cálculo de limite de uma função .................................................................................... 93 
Introdução .............................................................................................................. 93 
Sumário ........................................................................................................................... 97 
Exercícios ........................................................................................................................ 97 
Lição nº 13 98 
Limites Notáveis ............................................................................................................. 98 
Introdução .............................................................................................................. 98 
Sumário ......................................................................................................................... 102 
Exercícios ...................................................................................................................... 102 
Lição nº 14 104 
Limite notável exponencial e Logarítmica ................................................................... 104 
Introdução ............................................................................................................ 104 
Sumário ......................................................................................................................... 107 
Exercícios ...................................................................................................................... 107 
Lição nº 15 109 
Continuidade de Funções .............................................................................................. 109 
Introdução ............................................................................................................ 109 
Sumário ......................................................................................................................... 112 
Exercícios ...................................................................................................................... 112 
Unidade IV 116 
Cálculo Diferencial ....................................................................................................... 116 
Introdução ............................................................................................................ 116 
Lição nº 16 118 
Derivada de uma função num ponto ............................................................................. 118 
Introdução ............................................................................................................ 118 
Sumário ......................................................................................................................... 125 
Exercícios ...................................................................................................................... 125 
Lição nº 17 127 
Derivadas Laterais ........................................................................................................ 127 
Introdução ............................................................................................................ 127 
iv Índice 
 
Sumário ......................................................................................................................... 128 
Exercícios ...................................................................................................................... 129 
Lição nº 18 130 
Regras de derivação ...................................................................................................... 130 
Introdução ............................................................................................................ 130 
Sumário ......................................................................................................................... 134 
Exercícios ...................................................................................................................... 134 
Lição nº 19 136 
Derivada de Funções Compostas .................................................................................. 136 
Introdução ............................................................................................................ 136 
Sumário ......................................................................................................................... 140 
Exercícios ...................................................................................................................... 140 
Lição nº 20 142 
Derivada de Funções Elementares ................................................................................ 142 
Introdução ............................................................................................................ 142 
Sumário ......................................................................................................................... 145 
Exercícios ...................................................................................................................... 146 
Lição nº 21 149 
Derivada de Funções Trigonométricas Inversas ........................................................... 149 
Introdução ............................................................................................................ 149 
Sumário ......................................................................................................................... 153 
Exercícios ...................................................................................................................... 153 
Lição nº 22 155 
Derivadas de Funções Hiperbólicas e Implicitas .......................................................... 155 
Introdução ............................................................................................................ 155 
Sumário ......................................................................................................................... 158 
Exercícios ...................................................................................................................... 159 
Lição nº 23 161 
Derivada de Funções Paramétricas. Diferencial de uma Função .................................. 161 
Introdução ............................................................................................................ 161 
Sumário ......................................................................................................................... 166 
Exercícios ...................................................................................................................... 166 
Lição nº 24 169 
Velocidade e Aceleração .............................................................................................. 169 
Introdução ............................................................................................................ 169 
 Cálculo Infinitesimal v 
 
Sumário ......................................................................................................................... 175 
Exercícios ...................................................................................................................... 176 
Lição nº 25 180 
Máximo e Mínimo de uma Função ............................................................................... 180 
Introdução ............................................................................................................ 180 
Sumário ......................................................................................................................... 189 
Exercícios ......................................................................................................................
189 
Lição nº 26 191 
Assimptotas Verticais e não Verticais .......................................................................... 191 
Introdução ............................................................................................................ 191 
Sumário ......................................................................................................................... 199 
Exercícios ...................................................................................................................... 199 
Lição nº 27 202 
Aplicações de derivadas na Resolução de Problemas de Optimização ........................ 202 
Introdução ............................................................................................................ 202 
Sumário ......................................................................................................................... 207 
Exercícios ...................................................................................................................... 208 
Lição nº 28 210 
Teoremas sobre Derivadas. Regra de L´Hospital ......................................................... 210 
Introdução ............................................................................................................ 210 
Sumário ......................................................................................................................... 215 
Exercícios ...................................................................................................................... 215 
Lição nº 29 217 
Formula de Taylor ........................................................................................................ 217 
Introdução ............................................................................................................ 217 
Sumário ......................................................................................................................... 222 
Exercícios ...................................................................................................................... 223 
Unidade v 225 
Aplicações Geométricas da Derivada. Curvaturas ....................................................... 225 
Introdução ............................................................................................................ 225 
Sumário ......................................................................................................................... 230 
Exercícios ...................................................................................................................... 230 
Lição nº 31 231 
Curvatura ...................................................................................................................... 231 
Introdução ............................................................................................................ 231 
vi Índice 
 
Sumário ......................................................................................................................... 234 
Exercícios ...................................................................................................................... 234 
 
 Cálculo Infinitesimal 1 
 
Visão geral 
Bem-Vindo ao estudo do Módulo 
de Cálculo Infinitesimal 
Caro estudante! 
Neste módulo, você vai aprender sobre o Cálculo Infinitesimal. Este 
módulo permitir-lhe-á desenvolver as suas habilidades matemáticas para 
resolução de problemas matemáticos. 
O presente módulo está subdividido em cinco unidades principais, 
nomeadamente: 
A unidade I: Aborda o conjunto dos Números Reais onde se pode 
encontrar as operações sobre os Números Reais, módulo de um número 
real e alguns teoremas básicos sobre os números reais. 
A Unidade II: aborda questões relacionadas com sucessões dos números 
reais, onde pode se encontrar os teoremas fundamentais sobre 
convergência e divergências de sucessões, sucessões enquadradas e o 
número de Neper. 
A unidade III: aborda o estudo da função de uma variável real na sua 
generalidade; trata, também, do estudo de limite de funções nas suas 
diversas vertentes, bem como do estudo de continuidade de funções. 
A unidade IV: versa essencialmente sobre o estudo de derivadas de uma 
função. Esta constitui a unidade fundamental no que diz respeito a 
introdução à Análise Matemática. Nesta unidade, estão destacados os 
vários aspectos ligados ao cálculo diferencial em R, bem como as suas 
respectivas aplicações. 
A Unidade V: Versará sobre os estudos de algumas curvas contínuas em 
R, nela poder-se-á encontrar o estudo das curvaturas, equações da 
tangente e da normal. 
 
2 
 
Objectivos do curso 
Quando terminar o estudo deste Módulo, o estudante deverá ser capaz de: 
 
 
Objectivos 
Realizar as operações básicas no domínio dos Números Reais; 
Calcular os limites de funções de variável real nas suas diferentes 
vertentes; 
Analisar a continuidade de uma função num ponto; 
Calcular as derivadas de diversas funções aplicando as regras 
fundamentais de derivação; 
Aplicar o conceito de derivada na resolução de problemas; 
Classificar as diferentes curvas contínuas; 
Achar as curvaturas de uma curva. 
 
 
 
Quem deveria estudar este 
módulo 
Este Módulo foi concebido para todos aqueles que tenham concluído a 
12
a
 classe do ESG ou equivalente e se tenham inscrito no Curso à 
Distância fornecido pela Universidade Pedagógica. 
 
 Cálculo Infinitesimal 3 
 
Como está estruturado este 
módulo 
Todos os módulos dos cursos produzidos pela Universidade Pedagógica 
encontram-se estruturados da seguinte maneira: 
Páginas introdutórias 
Um índice completo. 
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa de conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo. 
Conteúdo do curso / módulo 
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma 
introdução, objectivos, conteúdo, incluindo actividades de 
aprendizagem, um sumário e uma ou mais actividades para auto-
avaliação. 
O módulo de Cálculo Infinitesimal é constituído por V Unidades 
Temáticas. 
Cada unidade apresenta: 
 Uma introdução que dá uma orientação geral sobre o aspecto 
central de estudo; 
 Os objectivos gerais; 
 Um conjunto de lições, variáveis de unidade para unidade. 
Cada lição possui por sua vez: 
 Uma introdução; 
 As horas necessárias para o estudo de cada lição; 
 Os objectivos; 
 Os conteúdos, onde é apresentada a matéria essencial da 
lição; 
 Um sumário, onde você pode encontrar os eixos centrais de 
cada lição; 
4 
 
 Exercícios de auto-avaliação, onde você pode testar a 
compreensão da lição; 
As referências complementares identificadas como leituras onde se 
encontram indicados os livros a que você pode recorrer para 
aprofundar os seus conhecimentos. 
Outros recursos 
Se você está interessado em aprender mais, preste atenção à lista de 
recursos adicionais e explore-os. Esses recursos podem incluir livros, 
artigos ou sites na Internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação 
As tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do módulo. 
Comentários e sugestões 
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo do módulo. Os seus comentários serão 
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este módulo. 
 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual, irá encontrar uma série de ícones nas margens 
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do 
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de 
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones 
Os ícones
usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por 
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África 
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. 
Pode ver o conjunto completo de ícones deste manual já a seguir, cada 
um com uma descrição do seu significado e da forma como nós 
interpretámos esse significado para representar as várias actividades ao 
longo deste curso / módulo. 
 
 
 Cálculo Infinitesimal 5 
 
 
Comprometimento/ 
perseverança 
Actividade 
 
Resistência, 
perseverança 
Auto-avaliação 
 
“Qualidade do 
trabalho” 
(excelência/ 
autenticidade) 
Avaliação / 
Teste 
 
“Aprender através 
da experiência” 
Exemplo / 
Estudo de caso 
 
Paz/harmonia 
Debate 
 
Unidade/relações 
humanas 
Actividade de 
grupo 
 
Vigilância / 
preocupação 
Tome Nota! 
 
“Eu mudo ou 
transformo a minha 
vida” 
Objectivos 
 
[Ajuda-me] deixa-
me ajudar-te” 
Leitura 
 
“Pronto a enfrentar 
as vicissitudes da 
vida” 
 
(fortitude / 
preparação) 
Reflexão 
 
“Nó da sabedoria” 
Terminologia 
 
Apoio / 
encorajamento 
Dica 
 
Avaliação 
Durante o curso, serão feitas duas avaliações parciais e um exame. Essas 
avaliações serão realizadas na Universidade Pedagógica.
 Cálculo Infinitesimal 7 
 
Unidade I 
O Corpo dos Números Reais 
Introdução 
Caro estudante e futuro professor de Matemática, tem pela frente a 
primeira unidade sobre os números reais, trata-se de uma unidade que 
sintetiza a construção dos números reais. Contudo, a construção mais 
detalhada irá aprender na cadeira de teoria de grupos. Para o caso deste 
módulo, iremos fornecer os elementos essenciais para que possa perceber 
o desenvolvimento das lições que você vai aprender ao longo do módulo. 
Estimamos em 7 horas o tempo necessário para o estudo desta unidade e 
será estudada em três lições. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Enunciar os axiomas sobre os Números Reais; 
 Analisar os intervalos de Números Reais; 
 Definir o conceito de módulo de um Número Real; 
 Aplicar as propriedades de módulos na resolução de equações e 
inequações modulares. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 Lição Nº 1 
Generalidades sobre estruturas 
Algébricas 
Introdução 
Caro estudante, tens aqui a primeira lição deste módulo, trata-se de 
generalidades sobre estruturas algébricas, onde vai aprender os conceitos 
de operações, grupoídes, semi-grupos e grupos. Esta lição poderá ser 
estuda em duas horas e meia, sendo uma hora para o estudo do texto e 
uma hora e meia para a resolução de exercícios 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir o conceito de operações; 
 Realizar as operações binárias; 
 Resolver exercícios sobre operações. 
 
 
 
Nesta lição, veja como se define o conceito de operação, acompanha. 
 
 
Operações Binárias 
Seja um conjunto qualquer e n um nº natural maior ou igual a 1. Entende-
se por operação n ária em A, a uma aplicação do conjunto An de 
todas as n-úplas 
1, 2 , , nx x x dos elementos de A no conjunto A. 
 é a operação n-ária: :
nA A  
As mais importantes (ou as mais usadas) são as operações binárias. 
 
 Cálculo Infinitesimal 9 
 
 é a operação binária
2: : A A  
 
 
Exemplo 
 
A multiplicação e adição são operações binárias em  : 
Multiplicação:
2     ,a b a b  
Observe:
3 3
4, 4 2
6 6
   
     
   
 
Adição: 
2     ,a b a b  
Observe: 
3 3 27 9
4, 4
6 6 6 2
   
      
   
 
 
Como já vimos a maneira como se define uma operação, veja caro 
estudante, as propriedades fundamentais das operações: 
Propriedades 
1. A operação" "é comutativa: , : ( )x y A x y y x   ; 
2. A operação " "é 
Associativa: , , : ( ) ( )x y z A x y z x y z  
;
 
3. A operação 1" "é distributiva à esquerda e à direita de 2" " 
 1 2 1 2 1, , : ( ) ( ) ( )x y z A x y z x y x z   
 2 1 1 2 1, , : ( ) ( ) ( )x y z A y z x y x z x   ;
 
4. A operação" " goza da propriedade de 
Idepotência: :x A x x x   ; 
5. Tem um elemento neutro à direita e à esquerda; 
:x A u x x u x    então u é elemento neutro dos dois lados. 
6. Elemento oposto 
1x é um elemento oposto: 1 1x x x x u   . 
Tenha em consideração que 
1x é símbolo de elemento oposto, então 
representa o inverso de x. 
10 
 
 
 
Exemplo 
Seja  , 0u   
Assim,
1 1x x u x x o     
 
7. Tem um elemento absorvente 
x é um elemento absorvente em “ ”: :x A x x x x x      
8. Tem um elemento regular. 
Um elemento x A é regular (ou simplificável) 
 à esquerda em relação à operação “ ”se e ex a x b a b   . 
 à direita em relação á operação “ ” se d da x b x a b   
 Veja mais um exemplo de como se aplicam estas propriedades. 
 
Estudo de caso / 
Exemplo 
 
Considere a seguinte operação  sobre E definida da seguinte maneira: 
E  e x y x y   
a) Verifique se a operação é associativa; 
b) Verifique se a operação tem um elemento neutro; 
c) Verifique se a operação é comutativa; 
d) Determine os elementos simetrizáveis 
Resolução 
a) 
( ) ( )
( ) ( )
x y z x y Z
x y z x y z
x y z x y z
   
 

  
    
 
A operação é associativa 
 
 Cálculo Infinitesimal 11 
 
 
 
Exemplo (continuação) 
 
b) Elemento Neutro 
0
0
x u x x u x u x x
u y y u y y u y y


       
       
 
O elemento neutro da operação é zero 
c) A operação é comutativa 
x y y x
x y y x
 
  
 
Como a adição é comutativa, então 
x y y x
x y x y
  
   
 
d) Elemento simetrizáveis ou oposto 
1 1 1
1 1 1
0
0
x x u x x x x
y y u y y y y


  
  
      
      
 
Assim os elementos opostos são x e y  
 
 Depois de estudado o texto bem como o exemplo apresentado, queira 
resolver a actividade que se segue como forma de verificar o seu grau de 
compreensão da lição. Em caso de dificuldade, significa que ainda não 
entendeu o texto pelo que, aconselhamos uma nova leitura. Só depois de 
concluir que já percebeu poderás partir para a resolução de exercícios 
 
Actividade 
 
Em 
2 está definida a operação comutativa , definida por 
     , , 1, 2a b c d a c b d      
a) Mostre que o elemento neutro é  1,2 
b) Qual é o oposto de 
1
3,
2
 
 
 
? 
c) Determine o oposto de qualquer elemento  ,a b 
Confira a sua resposta 
b)  1,2 c)  2, 4a b    
12 
 
Sumário 
 Nesta lição, caro estudante, aprendeu o conceito de operação binária que 
diz: se “ ” é operação binária
2: : A A  
Aprendeu também as propriedades das operações que são: 
associativa, comutativa, distributiva à esquerda e à direita, idepotência, 
elemento neutro, elemento oposto, elemento absorvente e elemento 
regular. 
Exercícios 
Vimos um exemplo de como se aplicam as propriedades das operações. 
Em seguida, tem pela frente os exercícios de consolidação. Os mesmos 
não terão as respectivas respostas visto que a sua resolução baseia-se 
fundamentalmente em verificar as propriedades e não calcular. São 
exercícios simples que julgamos que não haverá muitas dificuldades. 
Contudo, caso existirem queira rever os exemplos dados. 
 
 
Auto-avaliação 
 
Em cada caso, considere a operação  sobre E, e verifique se é 
associativa, se existe o elemento neutro, se é comutativa e determine o 
elemento oposto. 
a) E e x y x y   
b) E e x y x y xy    
c)
xy
E x y
x y
 

 
d) ( , ) ( , ) ( ,0)E e a b c d ac   
e) d) ( , ) ( , ) ( , )E e a b c d a c b d     
 
Confira as suas respostas 
a) é associativa, tem um elemento neutro, não é comutativa; 
b) é associativa, tem um elemento neutro, é comutativa; 
c) é associativa; 
d) é associativa, não tem elemento neutro, não tem elemento oposto; 
e) é associativa,
tem um elemento neutro, é comutativa. 
 Cálculo Infinitesimal 13 
 
 
 
14 
 
Lição nº 2 
Grupoide, Semi-Grupo e Grupo 
Introdução 
Nesta lição, você vai aprender as noções básicas sobre Grupos. São 
noções básicas porque o estudo mais aprofundado efectuará na cadeira de 
Teoria de Grupos. Mas como queremos aprender sobre os números reais, 
é imprescindível que tenhamos alguns conhecimentos básicos sobre 
estruturas algébricas. Esta lição poderá ser estudada em duas horas 
incluindo a resolução de exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir os conceitos de grupoide, semi-grupo e grupo; 
 Resolver exercícios de aplicação sobre grupoides, semi-grupos e 
grupos. 
 
 
Na lição anterior, você aprendeu sobre as operações bem como as 
respectivas propriedades. Veja, caro estudante, como é que isso se 
manifesta no estudo de estruturas algébricas. Para tal, vamos começar por 
definir a chamada lei de composição interna. 
 
Lei de Composição Interna, 
Grupoide, Semi-grupo e Grupo 
Lei de Composição Interna 
Ao conjunto vamos buscar dois números: sejam eles 2 e 3. 
Adicionando os números, obtemos o número 5 que é também um número 
natural. Assim, partimos de dois elementos do mesmo conjunto, 
efectuámos a operação e ainda obtivemos um elemento desse mesmo 
 Cálculo Infinitesimal 15 
 
conjunto. Por essa razão e como esta situação se verifica sempre, diz-se 
que a adição em é uma operação interna ou uma lei de operação 
interna. 
Definição 
Dado o conjunto E não vazio e a operação  ,  é uma lei de composição 
interna no conjunto E, se e só faz corresponder a cada par 
ordenado  ,a b de elementos de E um só elemento pertencente a E. 
 
:
,
E E E
a b c a b


 
 
 
Se os elementos de que partimos ou o resultado não pertencem ao mesmo 
conjunto não se trata de uma operação interna. 
 
Exemplo 
 
Diga justificando se é lei de composição interna: A operação que a cada 
par de números reais  ,a b , faz corresponder o número 2a b 
Resolução: 
Se a e b são números reais também 2a b é um número real (a soma de 
dois números reais é um número real e o produto de dois números reais é 
um número real. 
Como já definimos o conceito de Lei de Composição interna, vamos de 
seguida definir o conceito e grupoide: 
Grupoide 
Definição 
Um conjunto E é um grupoide em relação à operação , se e só se  é 
uma lei de composição interna em E. 
Semi-grupo 
Definição: 
Se num conjunto E, não vazio, está definida uma operação interna e esta é 
associativa, então diz-se que E tem estrutura de um semi-grupo. 
 ,E  é semi-grupo, então 
 ,E é grupoide
é associativa





 
16 
 
Grupo 
Se  ,E  é um semi-grupo e  tem um elemento neutro e todos os 
elementos têm um oposto, então  ,E  é um grupo. 
 ,E  é um grupo então 
 ,
.
E é semigrupo
temelemento Neutro
todos os elementos têmopsto







 
N.B. Se para além destas propriedades  é comutativa, o grupo diz-se 
Comutativo ou Abeliano 
Caro estudante, já viu as definições de grupoide, semi-grupo e grupo. 
Veja, de seguida, alguns exemplos de como se classificam algumas 
operações: 
 
Exemplo 
 
Seja  ,0 com 4x y x y    . Estudar a estrutura desta operação. 
Resolução 
1º - Vamos verificar se é um grupoide. Para isso, deve-se verificar a lei de 
composição interna. 
Seja 1 2x e x  1 2 1 2 1 24 ,x x x x x x      
Trata-se de um grupoide. 
2º - Verifiquemos se é Associativa 
   
( ) ( 4) 4 4
4 4
4 4 4
x y z x y z x y z
x y z
x y z x y z x y z
  
  
        
   
       
 
Assim,    x y z x y z    
 A operação é um semi-grupo 
3º - Vamos verificar se é um grupo 
 Elemento Neutro 
4 4 4u x x u x x u o u           
Tem um elemento neutro que é 4 
 Elemento oposto 
1 1 14 4 8x x u x x x x           
Tem um Elemento Oposto. 
Desta maneira, a operação definida é um grupo. 
 Cálculo Infinitesimal 17 
 
 
Veja mais um exemplo: 
 
Exemplo 
 
Em define-se a seguinte operação 3, ,a b a b a b      
Admitindo que  , é um grupo, determine x , tal que: 
   2 1 1 2x x x    
Resolução 
   2 1 1 2x x x          2 1 1 2x x x    
   2 1 3 1 2x x x     
 
2 2
2
1 3 1 3 2 2 6 2 0
2 8 0
4 2
x x x x x
x x
x x
            
   
   
 
 
 
Caro estudante, você compreendeu a lição? Avalie a sua aprendizagem 
realizando a seguinte actividade: 
 
Actividade 
 
No conjunto  1.2.3.4.5.6A  , defina a operação de modo que  ,A  
seja grupo comutativo. 
A operação está explícita na seguinte tabela onde foram apagados alguns 
números. Descubra os números em falta. 
 1 2 3 4 5 6 
1 1 2 3 4 5 6 
2 2 4 6 1 5 
3 3 2 5 1 4 
4 1 5 6 3 
5 5 3 1 6 
6 6 2 1 
 
18 
 
Confira A sua resposta: 
2ª Linha: 3 3ª linha: 6 4ª linha:2 
 5ª Linha: 4 e 2 6ª linha 5, 4 e 3 
 
 
Sumário 
Nesta lição, você aprendeu os conceitos de grupoide, semi-grupo e grupo. 
Onde se destacou o seguinte: 
 Um conjunto E é um grupoide em relação a operação , se e só 
se  é uma lei de composição interna em E. 
  ,E  é Semi-grupo então 
 ,E é grupoide
é associativa





 
  ,E  é um grupo então 
 ,
.
E é semigrupo
temelemento Neutro
todos os elementos têmopsto







 
Exercícios 
Já apresentámos tudo sobre as noções básicas relativamente aos grupos. 
Em seguida, vamos apresentar os exercícios de modo a consolidar os seus 
conhecimentos. Todos os exercícios resolvem-se, essencialmente, com 
apoio dos exemplos dados anteriormente. Esperamos que não tenha 
muitas dificuldades. Resolva todos eles e confronte as suas soluções e 
caso as dificuldades persistam consulte o seu Tutor. 
 Cálculo Infinitesimal 19 
 
 
Auto-avaliação 
 
1- Analise se é ou não um Grupo, cada uma das seguintes estruturas: 
a)  , b)  , c) 0( , )
 
;
 
d)  ,p  sendo P o conjunto dos inteiros pares; 
e)   \ 0 , . 
2- Complete a tabela, sabendo que  ,A  é um Grupo Comutativo, 
sendo  2, 1,0A    e que 1 é o elemento neutro. 
 2 1 0 
2 0 
1 
0 2 
3- Mostre que o conjunto é a operação  definida 
por: 3 2x y x x   
a) Mostre que  , é grupoide; 
b) Averigúe se  , é um grupo; 
4- Considere a operação  definida em  , ,A a b c pela tabela. 
 a b c 
a b a b 
b a b c 
c b c c 
a) Qual é o elemento neutro? 
b) Todos os elementos têm opostos? 
c) Mostre que  ,  não é um semi-grupo. 
5- Seja  \ 1F   e  a seguinte operação 
: F F F e x y x y xy      . Mostre que a operação é um 
Grupo Abeliano. 
 
 
 
 
20 
 
Confira as suas Soluções 
 
Exercício 1 
 
a) Não; b) Não; c)Não; d) Não ; e) Sim 
 
Exercício 2 
 2 1 0 
2 0 -2 -1 
1 -2 -1 0 
0 -1 0 2 
Exercicio 3 
b) Não 
Exercício 4 
a); b); c) Todos os elementos têm opostos 
 
 Cálculo Infinitesimal 21 
 
 Lição nº 3 
Generalidades sobre os Números 
Reais 
Introdução 
Uma vez estudadas algumas estruturas algébricas, vamos nesta lição 
apresentar as generalidades sobre números reais. Esta lição é fundamental 
para a nossa cadeira, visto que desenvolveremos ao longo das aulas um 
estudo sobre funções reais de variável real. É uma lição que pode ser 
estudada em 3 horas, sendo hora e meia para a leitura e outra hora e meia 
para a resolução de exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Realizar as operações em  ; 
 Definir axiomaticamente o conjunto  ; 
 Enunciar as propriedades dos números Reais; 
 Enunciar e aplicar os subconjuntos de . 
 
Ao longo das lições anteriores mencionámos várias vezes o conjunto dos 
números reais, contudo em nenhum momento referenciámos
como é que 
este conjunto apareceu. Nesta lição, havemos de nos ocupar com esta 
análise, isto é, como se constrói o conjunto dos números reais. 
Acompanhe! 
 
Números Reais 
Definição Axiomática do conjunto  
O conjunto  é um conjunto munido de duas operações, Adição e 
Multiplicação, cujas propriedades são tomadas como axiomas. 
1.1 Axiomas do Corpo 
1 : , , ! :A x y z z x y      (a adição é uma lei de composição 
interna). 
22 
 
   2 : , , : )A x y z x y z x y z       
3 : , :A x y x y y x     
4 : : 0 0A o x x x x       
5 : : 0A x y x y y x       
6 : , ! :A x y z z x y     (a multiplicação é uma lei de composição 
interna). 
   7 : , , : )A x y z x y z x y z       
8 : , :A x y x y y x     
9 : 1 : 1 1A x x x x       
 10 : \ 0 : . 1A x x x x x x         
 11 : , , :A x y z x y z x y x z        
Estes axiomas conferem à  , ,   a estrutura de um corpo. 
1.2 Axioma de Ordem 
Admite-se que existe 
  que verifica os seguintes axiomas: 
12 : ,A x y x y x y
         
 13 : \ 0A x x x
    
Estes axiomas conferem à 
 a estrutura do corpo ordenado. 
Os símbolos , , e    definem-se da seguinte maneira: 
 0x y y x    
 y x x y   
 x y x y x y     
 y x x y   
 
Exemplo 
 
Prove que , , ,a b c a b b c a c       
Resolução 
Se 0a b b a    
Se b c c b o    
Assim: 
( ) ( ) 0 ( ) 0b a c b a c o c a
c a
          

 
 
 Cálculo Infinitesimal 23 
 
 
Subconjuntos de  
Limites Superiores ou Majorante 
Seja S um subconjunto de  não vazio e suponhamos que exista um 
número b tal que: , .x b x S   
O número b, diz-se Limite superior ou Majorante de S. 
Supremo ou extremo Superior 
Um número b, diz-se Extremo superior ou Supremo de um conjunto S, 
não vazio se: 
a) b é um Majorante de S; 
b) Nenhum número menor que b é Majorante de S. 
Máximo 
Um número b, diz-se máximo de um conjunto S, não vazio, se b é 
supremo de S e pertence a S. 
Limites Inferiores ou Minorantes 
Seja S, um subconjunto de Ø . Suponhamos que existe um número d 
tal que ,x d x S   . O número d diz-se Limite inferior ou Minorante 
de S. 
Ínfimo ou Extremo Inferior 
O nº d diz-se Extremo inferior ou Ínfimo de S  Ø se: 
a) d é um Limite inferior de S. 
b) Nenhum nº maior que d é Minorante de S. 
Mínimo 
Um nº d diz-se mínimo dum conjunto S, não vazio se d é extremo inferior 
de S e .d S 
24 
 
 
Estudo de caso / 
Exemplo 
 
1- Dado o conjunto  2 , 1A  
,
 indique: 
 a) O conjunto dos Majorados de A 
 Solução:  1, 
b)O supremo de A 
Solução: 1 
c) O máximo de A 
Solução: 1 
2- Dado o conjunto C=
1
,5
2
 
 
 
, indique 
 a) o conjunto dos majorantes de C 
 Solução:  5, 
b) O supremo de C 
Solução: 5 
c) O máximo de C 
Solução: O conjunto C não tem máximo 
 
Estimado estudante, tem pela frente uma actividade que servirá de 
impulso para poder resolver os exercícios relativos aos subconjuntos de 
R. Veja se você percebeu os conteúdos propostos. 
 
Actividade 
 
Dado o conjunto  2: 1 2 1A x x      , indique caso exista, o 
Supremo, Ínfimo, Máximo e Mínimo. 
 Confira a sua resposta 
SupA= 3 Max A= 3 ìnf A = - 3 Mín A= - 3 
 
 
No início desta lição vimos a definição axiomática dos números reais. 
Vamos agora apresentar o axioma de Completude e de Arquimedes, 
bem como o valor absoluto de um número real. 
Siga-nos! 
 Cálculo Infinitesimal 25 
 
Axioma de Completude 
Todo o conjunto S não vazio de números reais, que é limitado 
superiormente, tem um supremo em  . 
 
Exemplo 
 
Dado o conjunto  2: 2A x x   e  2: 2B x x   
Assim: 
 Os conjuntos A e B admitem um Majorante; 
 O conjunto A não possui Supremo; 
 O conjunto B possui um Supremo que é 2 . 
 
Axioma de Arquimedes 
O conjunto dos Números Naturais ( ) não é majorante em  
Representação dos números Reais na recta 
 A representação geométrica dos números reais como pontos de uma 
recta, chamada eixo real. A cada nº real corresponde a um e um só ponto 
da recta e inversamente: há uma correspondência biunívoca entre o 
conjunto dos números Reais e o conjunto dos pontos da recta. 
Valor Absoluto de um Número Real 
Definição 
Sendo x um nº real, o valor absoluto de ou módulo de x é um número 
real não negativo que se designa por x e é assim definido: 
0
0
x se x
x
x se x

 
 
 
Igualdade e Valor Absoluto 
Se 
1. 0 :a x a x a x a       
 Demonstração 
Se 0x x a x a     
Se 0x x a x a x a         
2. .x y x y  , ,x y  
26 
 
Demonstração: 
1º) Caso 0 0x y   
x x y y   
Como . 0x y x y x y x y       
2º Caso 0 0x y   x x e y y     e como 
0 . . ( ).( ) .x y x y x y x y x y        
3º Caso 0 0x y x x y y        e como 
0 . ( ). .x y x y xy x y x y        
O 4º Caso fica como exercício 
Desigualdade e Valor absoluto 
3. x x x x     
Demonstração 
1º) se 0x x x   . Assim, x é negativo x x x   
2º Se 0x x x x x       . Como x é positivo x x  
Desta maneira conclui-se que x x x x     
4- x a a x a     
Demonstração 
 fica como exercício! 
 
5- x y x y   
Demonstração 
Sabe- se que: 
x x x
y y y
  
  
 
Assim:
   
x y x y x y
x y x y x y x y x y
      
         
 
 Cálculo Infinitesimal 27 
 
6- x y x y   
Demonstração 
Atendendo que: ( )x x y y x x y y x y y            
x y x y    (I) 
7. x y x y   
Demonstração 
de 
 
y y x x y y x x
y x y x y x x y
       
       
(II) 
De I e II resulta que x y x y   
Uma vez estudadas as propriedades sobre os módulos, veja se percebeu a 
essência destas demonstrações que em simultâneo são exercícios, 
realizando as actividades que lhe propomos. Só poderá resolver os 
exercícios propostos quando realmente concluir que já percebeu. 
 
Actividade 
 
Prove que: 
a) 
1 1
y y
 
b)
xx
y y
 
2- Represente na forma de intervalos: 
a)
6
5x
x
  
b) 1 2 1 5x x    
Confira as suas respostas 
Exercicio 2 
a)        , 6 1,0 0,1 6,       
b) 
5 5
;
3 3
 
 
 
 
28 
 
Sumário 
 Nesta lição você aprendeu sobre os números reais, onde destacámos a 
construção axiomática dos números reais. Aprendeu também os 
subconjuntos dos números reais, onde se destaca os conceitos de Limites 
Superiores ou Majorante, Supremo ou Extremo Superior, Máximo, 
Limites Inferiores ou Minorantes, Ínfimo ou Extremo Inferior e Mínimo. 
Foi objecto de estudo, o conceito de Módulo de um número real que se 
define da seguinte maneira
0
0
x se x
x
x se x

 
 
 
Exercícios 
Os exercícios que lhe apresentamos exibem um grau menor de 
dificuldade, contudo a sua realização depende do nível de percepção dos 
conteúdos estudados. Resolva todos os exercícios e confronte sempre 
com as soluções propostas. Caso tenha dificuldades não desanime pois, a 
aprendizagem é feita por persistência. Queira consultar aos seus colegas 
de estudo bem como ao seu Tutor se as dificuldades persistirem. 
 Cálculo Infinitesimal 29 
 
 
 
Auto-avaliação 
 
1- Dados os conjuntos: 
   2 2:16 49 : 10A x n B x x       , indique, caso 
exista, o supremo e o ínfimo de cada conjunto; 
2- Considere o conjunto dos termos da sucessão do termo geral
1
n 
e 
determine: 
a) O conjunto dos Majorantes b) O conjunto dos minorantes c) O 
supremo; 
d) O máximo e) O ínfimo f) O mínimo; 
3- Responda às questões anteriores, relativamente ao conjunto 
   3 2,2   
4- Relativamente ao conjunto  2: 5 0x x   , indique, se existirem: 
a) O supremo b) O ínfimo c) o máximo d) O mínimo; 
5- Determine
os valores de x tais que 1 2 4 1x x   
;
 
6- Considere o conjunto 
3 1
: ,
2
n
A x x n
n
 
   
 
. Indique, caso 
exista, o Sup A, max A, inf A e min A; 
7- Dado o conjunto    2 , 0 1,5A    , indique: 
a) o conjunto dos Majorados de A; 
b) o conjunto dos Minorados de A. 
 
Confira as suas soluções 
 
A) Supremo: 7; Ínfimo: 5 
 
B) Supremo: não existe; Ínfimo: Não existe 
 
Exercício 2    ) 1, ) ,0 )1 )1 ) )a b c d e o f  não existe 
Exercício 3    ) 2, ) , 3 )2 )2 ) 3 ) 3a b c d e f     
Exercício 4 ) 5 ) 5 )a b c Não tem d) Não tem. 
Exercício 5 
4
4
3
x    
30 
 
Exercício 6 Inf A = mín A=
4
3
 ; SupA = 3 e max A: Não existe 
Exercício 7 a)  5, b)  , 2  
 
 
Terminamos o estudo da primeira unidade, de seguida, apresentamos a 
bibliografia básica para o Estudo desta Unidade. 
 
Leitura 
 
1- Neves Maria Augusta & Brito Maria Luísa, Matemática 12º Ano 
de escolaridade, livro de Texto 2º volume, porto Editora (ANO?) 
2- Viera, Teresa Coutinho; Ventura, Maria Teresa Vieira & Vieira, 
Maria Isabel Coutinho; Matemática 12º Ano livro teoria e 
exercícios, Porto Editora (ANO?) 
3- Freitas, Alfredo & Bastos, Francisco, Cálculo Avançado, 
Colecção Schaum, Editora McGraw-Hill,1971 
 Cálculo Infinitesimal 31 
 
Unidade II 
Sucessões Numéricas 
Introdução 
Esta é a unidade número dois na qual vamos apresentar as sucessões 
numéricas. É uma unidade que não é nova, contudo alguns aspectos serão 
apresentados com um maior grau de aprofundamento. Serão abordados 
aspectos relacionados com convergência e divergência de sucessões, cálculo 
de limites de sucessões. Será também feito o estudo aprofundado do número 
de Nepper bem como as sucessões enquadradas. Esta unidade vai ser dada 
em quatro lições com uma carga horária total de cerca de 10 horas. 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Classificar as sucessões quanto à convergência e divergência; 
 Calcular os limites de sucessões. 
 
 
32 
 
Lição nº4 
Introdução ao estudo de Sucessões 
Introdução 
Na primeira lição desta unidade, vamos apresentar as generalidades sobre as 
sucessões numéricas bem como os complementos sobre as sucessões 
numéricas. Serão apresentados os teoremas fundamentais e as respectivas 
demonstrações. Esta lição poderá ser estudada em duas horas e meia, uma 
hora e meia para a leitura do texto e uma hora para resolução de exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir o conceito de Sucessão Numérica; 
 Classificar as sucessões quanto à convergência; 
 Demonstrar os teoremas básicos sobre convergência e 
divergência de sucessões. 
 
 
 
Estimado estudante, apresentamos em seguida a lição sobre as sucessões 
numéricas. Esperamos que você goste e acompanhe com interesse esta lição. 
Sucessões de Números Reais 
 Caro estudante, vamos começar por definir o conceito de sucessão e depois 
desenvolveremos a teoria subordinada a esta definição 
Definição 
Sucessão de números reais é toda aplicação de em  
: nn u  ou : ( )n f n  
n  Indica a ordem do termo e nu ou ( )f n indica o termo geral 
A sucessão representa-se normalmente por  nu 
 Lição nº4 33 
 
 
Exemplo 
 
São sucessões: 
1
n
n
u
n

 21nv n  e 
1
1
5
5 2n n
u
u u n
 

  
 
Sucessões Convergentes 
Definição: uma sucessão de termo geral  nu converge para um número real 
a se para todo o número positivo  , existe um correspondente número p , 
tal que: nnn p u a     
Em termos simbólicos a definição anterior pode ser escrita da seguinte 
maneira: 
lim :n nnn
u a p n p u a 

         
Nota:  , ( )n n nu a u a a u V a          (vizinhança delta de a) 
 
 
Exemplo 
 
Prove que 
1 3 3
2 2
n
n

  
Vamos provar aplicando a definição: 
( ) nn
n p u a     
1 3 3 2 6 6 1
2 2 2 2
n n n
n n n
  
  
      
1 1
2 2
n
n


    
Isto mostra que 
1
2
p

 
 
Definição 
Uma sucessão de temo geral  nu é um infinitésimo se ela converge para 
zero. 
Uma sucessão que não é convergente diz-se divergente 
Depois destas definições, vamos apresentar alguns teoremas fundamentais 
sobre sucessões. 
Teorema 1: 
34 
 
Se uma sucessão é convergente, qualquer das suas subsucessões tem o 
mesmo limite. 
Demonstração 
Seja  nu uma sucessão convergente para um nº real a e seja ( nv ) uma 
subsucessão de  nu . 
Sendo  nu convergente para a , tem-se 
0 : np n p u a         . Este facto é suficiente para garantir 
que também 0 : nr n r u a         ,
 pois (vn) é uma 
subsucessão de  nu , isto é, todos os termos de ( )nv são elementos do 
conjunto dos termos de  nu . 
Sucessões Monótonas 
Sucessões Crescentes 
 Sentido Lato 1: n nn u u   
 Sentido estrito 1: n nn u u   
Sucessões Decrescentes 
 Sentido Lato 1: n nn u u   
 Sentido estrito 1: n nn u u   
 
Sucessões Limitadas 
Uma sucessão  nu é limitada se e somente se : nl u l
   . Observe 
que dizer n nu l l u l     
Teorema 2: 
Toda a sucessão monótona e limitada é convergente. 
Consideremos dois casos possíveis: 
a) Toda a sucessão crescente e limitada é convergente. 
Hipótese:  nu é limitada 
Tese:  nu é convergente 
Demonstração 
Seja  um número positivo qualquer e a o menor dos majoranrtes do 
conjunto dos termos de  nu (supremo). Então a  não é majorante. 
 
 
 Lição nº4 35 
 
 
 
Então, existe, pelo menos, um termo da sucessão compreendido entre 
a  e a ; seja p a ordem desse termo. 
Como  nu é crescente, todos os termos de ordem superior a p 
pertencem ao intervalo  ,a a logo nn p u a     e como 
delta é qualquer, temos 
0 : np n p u a         lim nu a  
b) Toda a sucessão decrescente e limitada é convergente. 
Seja 0  e b o maior dos minorantes do conjunto dos termos da 
sucessão (ínfimo). 
Então, b  não é minorante. 
 
 b  
Logo, existe, pelo menos, um termo da sucessão entre b e b  ; seja p a 
ordem desse termo. Mas como a sucessão é decrescente, todos os termos 
de ordem superior a p pertencem ao intervalo  ,b b  ou seja 
nn p u b     . Como delta é qualquer, temos 
0 : np n p u b         lim nu b  
Teorema 3: 
Se a sucessão  nu é tal que lim nu a , então a sucessão  nu é tal 
que lim nu a 
Demonstração 
Seja  nu uma sucessão convergente para a e seja  um nº positivo. 
Atendendo à hipótese, existe uma ordem p tal que 
nn p u a     . 
Mas de acordo com as regras de adição e subtracção dos números reais, 
tem-se 
n nu a u a   .
 Assim, temos 
nn p u a     . 
Como delta é qualquer nº positivo, é verdadeira a proposição 
0 : np n p u a         . Isto significa que 
lim nu a 
a 
 
up a 
b up 
36 
 
A lição já vai longa, visto que é muito abstracta. É uma lição 
basicamente de demonstrações de certas propriedades que não são 
normalmente demonstradas no ensino secundário. Esperamos que tenha 
acompanhado com atenção. Em seguida, vamos apresentar alguns 
exemplos de aplicação de algumas destas propriedades. 
 
Exemplo 
 
1- Verifique se a seguinte sucessão é ou não convergente
2
2
3 5
n
n
a
n n



 
Resolução: 
Coloquemos em vidência a potência máxima do numerador e do 
denominador: 
2
2 2 2
2
2
3 35 5
3 5
3
11
11
n
n
n n na
n n
n
nn
 
       
  
 
 
 . A sucessão é convergente. 
3- Dada a sucessão de termo geral 2 5nu n  . Determine o termo 
a partir da qual 1000nu  
Resolução 
Como 1000nu  2 5 1000 2 5 1000n n      
1005
2 1005 502,5
2
n n    502,5n  
O primeiro valor natural que satisfaz a desigualdade anterior é 503. 
Assim, 503 1001u  
 
Uma vez vistos os exemplos, vamos
de seguida apresentar uma actividade 
para que você possa avaliar se compreendeu ou não a lição anterior. 
 
Actividade 
 
1- Demonstre que o inverso de um infinitésimo é um infinitamente 
grande; 
2- Dada a sucessão de c termo geral 
1
3 2
nu
n


. Determine a 
ordem a partir da qual 
1
2000
nu  
3- Prove por definição que 
3 1
2 5 2
n
n



 
 
 
 Lição nº4 37 
 
Confira as suas soluções 
Exercício 2: 668n  
Sumário 
Nesta lição, você aprendeu as generalidades sobre sucessões numéricas. 
Fundamentalmente, apresentámos a definição da sucessão numérica, como 
uma aplicação de em  . Foram também apresentados os teoremas sobre 
convergência de sucessões, sucessões monótonas e limitadas. 
Quanto à monotonia, vimos que: 
Sucessões Crescentes 
 Sentido Lato 1: n nn u u   
 Sentido estrito 1: n nn u u   
Sucessões Decrescentes 
 Sentido Lato 1: n nn u u   
 Sentido estrito 1: n nn u u   
Quanto à sucessão limitada vimos que, uma sucessão  nu é limitada se e 
somente se : nl u l
   . 
 
38 
 
Exercícios 
Caro estudante, vamos em seguida apresentar os exercícios de consolidação. 
Neste grupo de exercícios, os do tipo mostre e demonstre não terão 
logicamente, pela natureza da própria resposta, uma solução, daí que 
aconselhamos que leia cuidadosa e atenciosamente o texto de modo a 
abstrair-se. Quanto ao outro tipo de exercícios, apresentaremos, como tem 
sido hábito, as soluções possíveis. 
 
Auto-avaliação 
 
1- Demonstre que o produto duma constante por um infinitésimo é 
um infinitésimo; 
2- Demonstre que a soma de dois infinitésimos é outro infinitésimo; 
3- O inverso de um infinitésimo é um infinitamente grande e vice- 
versa. 
4- Encontre o termo geral das seguintes sucessões: 
a)
1 1 1 1
, , , ,
2 4 8 16
   b)
1 1 1 1
, , , ,
2 4 6 8
   c) 2,7,12,17… 
d)
1 2 3 4
, , , ,
4 9 16 25
   e)1
2 4 8
1, , , ,
3 9 27
   
5- Das seguintes sucessões, indique as que são convergentes. Das 
convergentes indique o seu limite. 
a) ( 1)n n  b)
1
3 1
n
n


 c) 
3
3
3 5
2
n
n n


 d)
1
n
n 
 
e)  
1
2
1
1
n n
n



 f)
 
 
2 1 !
2 1 !
n
n


 g)
ln 2
ln 2n
 
6- Se 1000 meticais forem investidos a uma taxa de juros de 6%, 
compostos anualmente depois de n anos o investimento valerá 
 1000. 1.06
n
na  meticais. 
a) Ache os cinco primeiros termos da sucessão, 
b) A sucessão é convergente ou divergente? Justifique 
7- Mostre que a sucessão definida por 1 1a  , 1
1
3n
n
a
a
   e 
crescente e 3na  para todo o número. Deduza que  na é 
convergente e calcule o limite. 
 
 
 Lição nº4 39 
 
 
Auto - avaliação 
(continuação) 
8- Prove por definição que 
a) 
2
2
4 3
1
4 3
n
n



 b)
3 1
3 5 3
n
n



 
9- Considere a sucessão
1 4 7
; , ,
2 6 10
   Sabendo que o limite é 
3
4
 
determine a ordem e o termo da sucessão a partir da qual a diferença para 
o limite é em valor absoluto menor que 0,01. 
 
Confira as suas soluções 
Exercício 4 
a)
1
2
n n
u  b)
1
2
nu
n
 c) 2 3nu n  d)   21 ( 1)
n n
n


 
e)
1
2
3
n
 
 
 
Converge para zero 
Exercícios 5 
a) Diverge b) converge para 
1
3
 c ) Converge para
5
2
 
 d) Converge para 1 e) Diverge 
 f) Converge para zero g) converge para zero 
Exercício 6 
a)1060; 1123,60 ; 1191,02 ; 1262,48; 1338,23 
b) Diverge 
Exercício 7: 
3 5
2

 Exercício 9: 14n  
40 
 
 Lição nº 5 
Sucessões Enquadradas. Estudo da 
Sucessão (un )=an 
Introdução 
Nesta lição, vamos apresentar o estudo das sucessões enquadradas, bem 
como o estudo da sucessão ( )
n
nu a . Também serão apresentados os 
teoremas correspondentes às operações com sucessões. Esta lição poderá ser 
estudada em duas horas e meia incluindo a resolução de exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Calcular os limites de sucessões enquadradas; 
 Levantar indeterminações do tipo ,0 ,

 

e outros. 
 
 
 
Na lição anterior, apresentámos generalidades sobre sucessões reais. Nesta 
lição, vamos estudar o cálculo de limites de sucessões tendo como base os 
teoremas estudados. Vamos começar o nosso estudo com as sucessões 
enquadradas. 
Sucessões Enquadradas 
Vamos enunciar em forma de um teorema: 
Teorema 4 
Se  nu e  nv são sucessões convergentes com o mesmo limite a e se, a 
partir de certa ordem, a sucessão  nw é tal que n n nu w v  , então 
lim nu a 
Demonstração 
Sendo lim nu a e lim nv a é  lim 0n nv u  ora, n n nu w v  , 
conclui-se que é 0 n n n nw u v u    . Como para todo 0  , existe uma 
ordem p tal que n nn p v u     pois,  lim 0n nv u  , também 
 Lição nº4 41 
 
para todo 0  , se tem n nn p w v     . Podendo concluir-se que 
lim lim limn n nw u w a   
Veja um exemplo: 
 
Estudo de caso / 
Exemplo 
 
Calcular o 
2
1
lim
3
n
n
k
n
n k 
 
 
 
 
Resolução: 
Designemos por 
2
1 3
n
n
k
n
w
n k


 
Para 
2 2 2 2 2
1:
3 3 3 3 3
n
n n n n n
k u n
n n n n n
      
    
 
Assim, 
2
2
lim lim 1
3
n
n
v
n
 

 
Para k n temos: 
2 2 2 2 23 3 3 3 3
n
n n n n n
v n
n n n n n n n n n n
     
    
 
Assim, 
2
2
lim lim 1
3
n
n
u
n n
 

 
Como 
2 2 2
2 2 2
1
2 2 2
2 2 2
1
3 3 3
lim lim
3 3 3
n
k
n
k
n n n
n n k n n
n n n
n n k n n


  
  
 
  


 
Desta maneira, 
2
2
1
lim 1
3
n
k
n
n k


 
 
Caro estudante, veja se você percebeu realizando a seguinte actividade: 
 
Actividade 
 
Calcule 
2
3
1
2
lim
2 5
n
k
n
n k 
 
42 
 
Confira as suas soluções 
Sol: 1 
Estudo da Sucessão 
n
nu a 
Esta sucessão já foi objecto de estudo no ensino secundário. Nesta lição, 
vamos apenas sintetizar o que já foi estudado. 
Quadro I 
Valores de 
a 
Monotonia de Sucessão
n
nu a 
1a  Sucessão crescente 
 1a  Sucessão constante 
0 1a  Sucessão decrescente 
0a  Sucessão constante 
0a  Sucessão não monótona 
 Quadro II 
Valores de 
a 
Limite da exponencial 
n
nu a 
1a   
 1a  
1 1a   0 
1a   Não existe 
1a   Não existe nnu a é um 
infinitamente grande 
 
 
Exemplo 
 
) lim 2na   b) 
2
lim 0
3
n
 
 
 
 c)
2
lim 0
5
n
 
  
 
 
d)
 
2
4 1
2 4 44
lim lim lim 0
8 8 8
n
n
n n n
n n n
 
       
 
 
Caro estudante, esperamos que tenha percebido o exemplo anterior e, 
para isso, realize a seguinte actividade. 
 Lição nº4 43 
 
 
Actividade 
 
Calcule: 
a) lim
2 1
n
n
n
n
 
 
 
 b) 
4
lim
2 1
n
n
n
n
 
 
 
 
Confira a sua resposta 
a) 0 b) 
Operações com limite de Sucessões 
 
Se  nu e  nv forem sucessões convergentes e k uma constante então, 
1-  lim lim limn n n nu v u v   
2- lim( ) lim limn n n nu v u v   
3- 
lim
lim
lim
n n
n n
u u
v v
 
 
 
 se lim 0nv  
4- lim( ) limn nku k u 5. lim limn nu u 
6. lim limn nu u 7.    lim lim
k k
n nu u 
Para fixarmos as ideias, vamos demonstrar algumas das proposições 
anteriores: 
1-Demonstre que 
 lim lim limn n n nu v u v   
 
Vamos considerar o caso de adição. A subtracção ficará como exercício. 
 lim lim limn n n nu v u v   
Hipótese: seja lim limn nu a v b   
Tese:  lim lim limn n n nu v u v a b     
Se: lim nu a  1 1 1n nn p u a a u a           
Se: lim nv b  1 2 2n nn p u b b u b           
Somando membro a membro 
1 2 1 2( ) ( ) ( ) ( )n na b u v a b            
Atendendo que a soma de dois infinitésimos é um infinitésimo teremos: 
( ) ( )n na b u v a b           n nu v a b      
44 
 
O que significa    lim
lim lim limn n n n n nu v a b u v u v       
 
Exemplo 
 
Calcule os limites: 
1-
3
3
3
16 5 1
lim
2 7
n n
n
 

 
Aqui está apresentada uma indeterminação do tipo 


 
Assim, 
3 3
33 3 3
3 3
16 5 1 16 5 1 16
lim lim 8 2
2 7 2 7 2
n n n n
n n
   
   
 
 
2-  lim 1n n  
A indeterminação é do tipo ( ) 
 
  
 
   
1 1
lim 1 lim
1
1 1
lim lim 0
1 1
n
n n
n n n n
n n
n n
n n
n n n n

 
   
  
 
 
  
   
 
Caro estudante, tem pela frente uma actividade de modo a testar a sua 
percepção. 
 
Actividade 
 
Calcular os seguintes limites de sucessões: 
a)  lim 2n n  
b)
2
1
lim
1n
n
n n

 
 
c)
2
lim
1
n
nn
e
e




 
Confira as suas soluções 
a) 0 b)
1
2
 c) 2 
Sumário 
Nesta lição aprendeu sobre sucessões enquadradas que consiste no seguinte: 
 Lição nº4 45 
 
Se  nu e  nv são sucessões convergentes com o mesmo limite a e se, a 
partir de certa ordem, a sucessão  nw é tal que n n nu w v  , então 
lim nu a .
 
Aprendeu a levantar as indeterminações aplicando as operações sobre as 
sucessões. 
 
Exercícios 
Vamos, de seguida, apresentar alguns exercícios de modo a consolidar a sua 
aprendizagem. Esperamos que não tenha muitas dificuldades visto que as 
técnicas de cálculo são similares às técnicas estudadas no ensino secundário. 
Os exemplos colocados são suficientes para resolver os exercícios que se 
seguem. Em caso de dificuldades volte a repetir a lição, analisando 
cuidadosamente os exemplos colocados. 
 
Auto-avaliação 
 
1- Calcule 
a) 
2
2
3 7
lim
5 3 1
n
n n

 
 b) 
3
3 7
lim
5 3 1
n
n n

 
 c)
2 1
lim
2 5
n
n


 
d)
4
2 9
lim
3 11
n
n
 
 
 
 e)
   
3 3
2
2 1 2 1
lim
3 1
n n
n
  

 
f)
3 31lim 1 27
2 1
n
n


 g)
 
 
2 1
lim
2 1
n
n n n

  
 
h)
12 3
lim
2 5
n
n
 

 
2- Calcule os limites pela regra de sucessões enquadradas 
a) 
 
1
2
3 2
lim
2
n
k
k
n




 b)
1
1
2 3
lim
3 2
n
p
p
n n





 
c)
24
2
2
cos
lim
n
k n
n
n k 
 
Confira as suas soluções 
Exercício 1 
46 
 
a)
3
5
 b) 0 c) d)
16
81
 
e) 8 f)
3
2
 g)  h) 2 
Exercício 2 
a) 3 b) 
3
2
 c) 0 
 
 Lição nº 6 47 
 
Lição nº 6 
Estudo da Sucessão 11
n
n
 
 
 
 
Introdução 
Na presente lição, vamos apresentar o estudo da sucessão
1
1
n
n
 
 
 
, bem 
como o levantamento da indeterminação do tipo 1 . O estudo será feito 
fazendo a análise quanto à monotonia e convergência. A presente lição 
poderá ser estudada em duas horas incluindo a resolução de exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Classificar a sucessão quanto à monotonia; 
 Analisar a sucessão quanto à convergência; 
 Levantar a indeterminação do tipo 1

 
 
 
Nesta lição, como já foi dito na parte introdutória, vamos estudar a sucessão 
1
1
n
n
 
 
 
, mostrando que ela é convergente e que converge para o número 
e . 
Estudo da sucessão do termo geral
1
1
n
n
 
 
 
. Definição do 
número e 
Caro estudante, vamos primeiro estudar a sucessão quanto à monotonia. 
Desenvolvamos o termo geral 
1
1
n
n
 
 
 
com ajuda do desenvolvimento do 
Binómio de Newton. 
  0 1 2 2
0 1 2
n n n n n n n
n n n n
a b a b a b a b a b
n
                      
       
Binómio 
de Newton 
48 
 
 
!
! !
n n
r r n r
 
  
 
 Cálculo de combinações 
Assim, 
 
2
1 1 1 1
( ) 1 1
1 2
n
n n
n n n
u
nn n n n
      
               
       
 
     
2 3
1 2 1 2 2 1( 1)
1 1
2! 3! !n
n n n n n nn n
n n n n
      
    
 
 
  
2
1 21 1 1 1 1 1
2
2! 3! !
n nn n n n n
n n n n n n n n
  
         
1 1 1 1 2 1 1 2 1
2 1 1 1 1 1 1
2! 3! !
n
n n n n n n n
           
                         
           
 (1) 
Do mesmo modo, 
 
1
1
1 1 1 1 1 2
1 2 1 1 1 ...
1 2! 1 3! 1 1
1 1
1 1
1 ! 1 1
n
nu
n n n n
n
n n n


      
              
         
   
      
     
(2) 
Comparando os termos nu e 1nu  , observamos que 
 
1
1 1
1 1
1
n n
n n

   
     
   
, para qualquer que seja o número natural n. 
 Provámos que a sucessão é estritamente crescente. 
Vamos, de seguida, provar que a sucessão é limitada. 
Observe que 
2
1 1 1 1
1
2 2 2
n
n n
   
      
  
 
3 2
1 1 1 2 1 1
1 1
3 3! 3! 2
n
n n n
     
          
    
 
 
4 3
1 1 1 2 3 1 1
1 1 1
4 4! 4! 2
n
n n n n
      
            
     
 
……………………………………………………………. 
 Lição nº 6 49 
 
1
1 1 1 2 1 1 1
1 1 1
! ! 2n n
n n
n n n n n n n 
       
              
      
 
Assim sendo, 
2 3 4 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1
2 2 2 2 2
n
nn 
 
        
 
 
Mas a soma 
2 3 4 1
1 1 1 1 1
2 2 2 2 2n
     é uma progressão geométrica. 
Assim, 
2 3 4 1 1
1 1
1 1 1 1 1 12 2 1
12 2 2 2 2 2
1
2
n
n n 

       

 
Deste modo, 
2 3 4 1
1 1 1 1 1 1
1 1 1
2 2 2 2 2
n
nn 
 
        
 
 
1 1
1 1 1 1
1 1 1 1 1 3
2 2
n n
n nn n 
   
           
   
(3) 
A partir de (1) e (3) chegámos à conclusão de que: 
1
2 1 3
n
n
 
   
 
 
O que significa que a sucessão 
1
1
n
n
 
 
 
é limitada. 
Se uma sucessão é limitada, então ela é convergente logo, a sucessão 
estudada é convergente. 
O limite da sucessão 
1
1
n
n
 
 
 
, supremo do conjunto dos seus termos, 
chama-se número de NEPER e representa-se pela letra e (símbolo usado por 
EULER). Este número, de grande importância em matemática, é um número 
irracional entre 2 e 3. 
Assim, 
1
lim 1
n
n
e
n
 
  
 
 onde 2,71828e  
Caro estudante, acabámos de ver como é que se chegou a este famoso 
número de Nepper. De seguida, vamos apresentar alguns teoremas 
50 
 
subsidiários que nos vão ajudar a calcular os limites com ajuda do número de 
Nepper. 
Teorema 
Se nu  então, 
1
lim 1
nu
n
e
u
 
  
 
 
Demonstração 
Se nu é um infinitamente grande positivo, então p  a partir do qual 
todos os termos da sucessão são maiores que l . Seja nk ,o maior nº inteiro. 
Assim, 1n n nn p k u k     
1 1 1 1 1 1
1 1 1
1 1n n n n n nk u k k u k
        
 
 
1 1 1
1 1 1
1
n n nk u k
n n nk u k
     
         
     
 
Como 
 
1 1
1 1 1
1 1 1 1
1 1 1
n nk k
n n n
e
k k k
 
     
           
       
 e 
1 1
1 1 1
1 1 1 1
1 1 1
n nk k
n n n
e
k k k

     
           
       
 
Então, pelo teorema de sucessões enquadradas, 
 
1
lim 1
nu
n
e
u
 
  
 
 
Teorema 
Se n
u 
 então, lim 1 0
nu
x
n
x
e x
u
 
   
 
 
Demonstração 
1
lim 1 lim 1 lim 1
n
n
x
u
x xu
x
x
x
nn n
x x
e
uu u
x
 
   
                   
            
 
 Lição nº 6 51 
 
A seguir, vamos apresentar alguns exemplos de cálculo deste limite notável. 
Observe que ao calcular o limite, estamos a levantar a indeterminação do 
tipo 1 . 
 
 
 
Exemplo 
 
1-Calcule o limite
3
1
lim 1
2
n
n

 
 
 
 
Resolução 
3
3 1
2
1 1
1 2 2lim 1 lim 1 lim 1 1
2
1 1
n
n
e
n n n
e e



   
    
          
     
   
 
 
 
 
 
Exemplo 
 
Calcule 
1
lim
2
n
n
n
 
 
 
 
Resolução 
Sabe-se que 
1 1
1
2 2
n
n n

 
 
 (verifique fazendo a divisão) 
Então: 
2 2
2 2
1
1 1 1
lim lim 1 lim 1
2 2 2
1 1
lim 1 1
2 2
n n n
n
n
n n n
e
n n
 
 

     
        
       
   
       
    
 
 
 Caro estudante, uma vez vistos estes exemplos, vamos de seguida apresentar 
uma actividade como forma de você verificar o seu grau de compreensão. 
 
Actividade 
 
Calcule: 
a)
ln
1
lim 1
ln
n
n n
 
 
 
 b)
2 1
2
2
3
lim
1
n
n
n
n


 
 
 
 
Confira a sua Resposta 
a)
1
e
 b)
2e 
52 
 
Sumário 
Nesta lição, você aprendeu o limite notável
1
lim 1
n
n
e
n
 
  
 
. A sua 
convergência bem como o seu estudo como uma sucessão limitada. 
Exercícios 
Assim, vamos apresentar os exercícios de consolidação desta lição. 
Esperamos que não tenha muitas dificuldades pois foram apresentados os 
exemplos para que você possa tirar as suas dúvidas. Resolva-os todos e 
confira sempre as suas respostas com as soluções sugeridas. Em caso de 
dificuldade, queira repetir a lição, repetindo os exercícios apresentados. Não 
desista pois, só assim poderá alcançar os seus objectivos. 
 
Auto-avaliação 
 
Calcule os seguintes limites de sucessões: 
a) 
2
lim 1
n
n
 
  
 
 b) lim
1
n
n
n
 
 
 
 c)
5
lim
2
n
n
n
 
 
 
 
 
d)
3
6
6
4
lim
n
n
n
 
 
 
 e)
5
lim
5
n
n
n
 
 
 
 f)
5
10
10
5
lim
n
n
n
 
 
 
 
g)
2
1 2 3
lim
n
n
    
 h)
1
lim 1
ln
n
n
 
 
 
 i)
2
2
3 1
lim
3
n
n n
n
  
 
 
 
j)
1
lim
1
ne
n
n
e
e

 
 
  
 k)
( 1)!
1
lim 1
!
n
n

 
 
 
 l)
2
5
1
lim
3
n
n
n
 
   
 
 
a)
2e b)
1
e
 c)
7e d) 1 e) 
10e f) 1 
g)
1
2
 h) i) 
3e j) e k)1 l) 
4
5e

 
 
 Lição nº 6 53 
 
Unidade III 
Limite e Continuidade de Funções 
Introdução 
A unidade III aborda o estudo da função de uma variável real na sua 
generalidade; trata também do limite de funções nas suas diversas vertentes, 
bem como o estudo de continuidade de funções. Esta unidade é composta 
por 7 lições e serão necessárias no total 30 horas de estudo. 
 
Ao completar esta unidade, você será capaz de: 
 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir o conceito de função e dar os respectivos exemplos; 
 Calcular os diversos tipos de limites de funções (levantar 
indeterminações); 
 Classificar as funções quanto à continuidade num ponto. 
 
 
54 
 
Lição nº 7 
Generalidades Sobre Funções 
Introdução 
Nesta lição, introduziremos um dos conceitos fundamentais da Matemática, 
o de função. O conceito de função refere-se essencialmente à 
correspondência entre conjuntos. Uma função associa a elementos de um 
conjunto, um elemento de outro conjunto. Esta lição poderá ser estudada 
num tempo máximo de quatro horas. Sendo duas para a leitura da parte 
teórica e duas para exercícios. 
Ao completar esta lição, você será capaz de: 
 
Objectivos 
 
 
 
 Definir os conceitos de função; 
 Identificar funções, classificá-las quanto à continuidade; 
 Calcular o valor das funções num determinado ponto. 
 
Nesta primeira lição sobre generalidades de funções, vamos definir os 
conceitos básicos sobre funções. Deve prestar muita atenção, pois constitui a 
base para o estudo posterior das funções. 
 
 
Tome Nota! 
 
Definição 1 
Sejam A e B subconjuntos de R. Uma função 
BAf :
 é uma lei ou 
regra que a cada elemento de A faz corresponder um único elemento de 
B. O conjunto A é chamado domínio de f e é denotado por D (f); B é 
chamado contradomínio. 
 
Veja, de seguida, os exemplos: 
 Lição nº 6 55 
 
 
 
Exemplo 
 
1. Sejam  4,3,2,1A e  5,4,3,2B . 
a) BAf : dada pelo diagrama abaixo é uma função de A em 
B 
 
 
 
 
b) 
BAg :
 1 xx 
É uma função de A em B. Em diagrama, a função g representa-
se da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
O outro exemplo para o caso em que não estamos perante uma função é o 
seguinte: 
 
. 1 
. 2 
. 3 
. 4 
. 2 
. 3 
. 4 
.. 5 
A 
B 
B 
. 1 
 . 2 
.3 
 
 .4 
. 2 
 . 3 
.4 
 
 .5 
A 
 
 
56 
 
 
Exemplo 
 
2. Sejam  5,4,3A e  2,1B . 
a) BAf : dada pelo diagrama a seguir não é uma função de A 
em B, pois o elemento A4 tem dois correspondentes em B. 
 
 
 
 
 
b) 
3
:


xx
BAg
 não é função de A em B, 
pois o elemento A3 não tem 
correspondente em B. 
 
 
 
 
 
 
Depois de termos definido o conceito de função, vamos, de seguida, 
apresentar duas definições que nos ajudam a perceber os conceitos de 
imagens e de gráfico de uma função. 
 
.3 
 .4 
 
. 5 
.1 
 
 
.2 
A 
 
 
B 
5 
 
 
.2 
. 1 
 
 
.2 
A 
 
 
B 
4 
5 
2 
 Lição nº 6 57 
 
 
Tome Nota! 
 
Definição 2 
Seja 
BAf :
 
Dado Ax , o elemento Bxf )( é chamado o valor da função f no 
ponto x ou imagem de x por f . 
Ao conjunto dos valores assumidos pela função é chamado conjunto 
imagem de f e é denotado por )Im( f . 
Definição 3 
Seja 
f
uma função. O gráfico de 
f
é o conjunto de todos os pontos 
))(,( xfx
 de um plano coordenado, onde x pertence ao domínio da 
função 
f
. 
 
Os exemplos que vão ser apresentados de seguida vão ajudá-lo a perceber o 
conceito de gráfico de uma função. 
 
Exemplo 
 
a) O gráfico da função 
2)( xxf 
 . 
 
 
 
x 2xy 
 
-2 4 
-1 1 
0 0 
1 1 
2 2 
 
 
 
 
-1 1 
 4 
 2 -2 
 1 
 x 
 y 
58 
 
 
Exemplo 
 
Consideremos a função 
xxf )(
. Os pontos do seu gráfico é o conjunto 
dos pares ordenados 
),( yx
, como mostra a figura. 
x
y
 
 
Operações com Funções 
Já vimos o que é de facto um gráfico de uma função e representámos duas 
funções como exemplos ilustrativos de como se pode construir alguns 
gráficos de funções. 
Caro estudante, assim como podemos adicionar, subtrair, multiplicar e 
dividir números, também podemos produzir novas funções através de 
operações. Estas operações são definidas como se segue: 
Dadas duas funções 
f
e g 
i) 
)()())(( xgxfxgf 
 
ii) 
)()())(( xgxfxgf 
 
iii) 
)()())(( xgxfxgf 
 
iv) 
)(
)(
)(
xg
xf
x
g
f






 
 Os domínios das operações são a intersecção dos domínios de 
f
e g . O 
domínio de g
f
é a intersecção dos domínios de 
f
e g , excluindo os 
pontos Para os quais 
0)( xg
. 
v) Se 
f
é uma função e k é um nº real, )())(( xkfxkf  . 
 Lição nº 6 59 
 
 
Exemplo 
 
Seja 3)(5)(  xxgexxf . Então, 
35))((  xxxgf 
35))((  xxxgf 
35))(.(  xxxgf 
3
5
)(








x
x
x
g
f
 
Determinação do domínio: 
Como o     ,35, DgeDf , então o domínio de 
gfegfgf ., 
 será  5,3 . 
O domínio de g
f
é o  5,3 . O ponto 3 é excluído porque 0)( xg 
quando 3x 
 
Uma vez vistos estes exemplos, resolva a actividade que se segue: 
 
Actividade 
 
Dada as funções 
2( ) 4f x x  e ( ) 1g x x  . Ache: 
a) f g ; b) f g ; c) 
f
g
 
d) O domínio das operações indicadas 
Confira as suas soluções 
a)   2 4 1x x  ; b)    2 4 1x x   ; c)
 
 
2 4
1
x
x


 
d)  ; 2f g f gD D     ;  ; 2f
g
D    
Vamos, em seguida, dar a definição de funções compostas, de modo a 
podermos fazer operações com ajuda de composições de funções. 
60 
 
 
Tome Nota! 
 
Dadas duas funções f e g , a função composta de g com f . Denotada 
por 
fg 
é definida por: 
 )())(( xfgxfg  
 O domínio de 
fg 
é o conjunto de todos os pontos x no domínio de 
f , tais que )(xf está no domínio de g . 
 
A composição

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