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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ - PÓLO PARANGABA ENDEREÇO: AVENIDA DA LIBERDADE, 956 - JÓQUEI CLUBE FORTALEZA/CE. ALUNO: MÁRIO SÉRGIO BERNARDO DE SOUZA MATRÍCULA: 201703285743 DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV PROFESSOR: RAFAEL DIOGO DIOGENES LEMOS INSTRUÇÕES GERAIS (LEIA ANTES DE RESPONDER ÀS QUESTÕES) 1. As respostas deverão ser enviadas impreterivelmente até 23:59 do dia 06.10.2020. Não serão aceitas respostas após esse horário; 2. As respostas deverão ser escritas no word, em formato ".doc", diretamente pelo Teams; 3. Qualquer tipo de plágio acarretará a anulação da questão QUESTÕES 1. Em um determinado cumprimento de sentença de obrigação de pagar alimentos, o juízo competente determinou, após o pedido do autor, a suspensão da CNH e do passaporte do devedor, até o cumprimento da obrigação. De acordo com o posicionamento jurisprudencial atual, quais são os requisitos que o juízo deverá observar para determinais tais medidas executivas atípicas? RESPOSTA. Ao escolher a carreira jurídica tão sonhada para minha vida, nunca imaginei que chegaria a certo ponto da vida de me deparar entre o direito e a justiça. Como assim, e o direito não é a justiça? Ou a justiça não é a efetivação do direito? Ora, diante de tal posicionamento da jurisprudência no caso concreto em questão, o mundo do saber direito se posicionou, uns a favor, outros contra, no entanto, o art. 139 do novo CPC de 2015, combinado com o art. 125 do CPC de 1975, pois ambos tratam da responsabilidade e do que pode um juiz. Dentre tantos requisitos para execuções atípicas como essa, imputa-lhe ao juiz a incumbência de: Prevenir ato atentatório à dignidade da justiça e procrastinatórios e Determinar medidas coercitivas para assegurar a obtenção da tutela de direito, dentre outras. Sintetizando, tais medidas tem o interesse em resguardar o direito ao bem maior, que é o direito de viver, se alimentar, ou seja, dignidade humana. Vê-se muito hoje, o descompromisso de pais onde uma grande parte usam da má fé para burla a lei através de meios artificiosos para não cumprir a execução do mandado. 2. João litigava contra o Estado do Ceará, alegando que alíquota de ICMS cobrada por este Estado, de acordo com a Lei 1000/2010, era inconstitucional. O juízo competente julgou improcedente os pedidos autorais e condenou João ao pagamento do valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de ICMS ao Estado do Ceará. A sentença transitou em julgado no dia 01.07.2020. No dia 01.08.2020, o STF, em outro processo que tratava do mesmo tema, reconheceu, em sede de recurso extraordinário, a inconstitucionalidade da Lei 1000/2010. No dia 01.10.2020, o Estado do Ceará requereu o cumprimento de sentença contra João. Aponte, fundamentadamente, qual(is) deve(m) ser o(s) principal(is) argumento(s) de defesa alegado(s) por João. RESPOSTA. Em caráter da decisão do Supremo, os principais argumentos devem recaí, sobre “A decisão de inconstitucionalidade da lei. Em sua defesa deve alegar ainda desobediência da lei cearense a regra estabelecida na Carta Magna. Assim sendo, cabe ação rescisória objetivando anular a decisão conforme descreve o artigo 525, § 12 e 15 do CPC. O Supremo Tribunal Federal atribui na Constituição, no caput do artigo 102, a função de guardião do texto constitucional - é ele o único órgão com competência para declarar a inconstitucionalidade de lei. Nesse percurso o representante de João deverá entrar com Ação Rescisória . http://portal.estacio.br/ 3. Maria o procura, enquanto advogado, afirmando que pretende entrar com execução de título extrajudicial contra João, alegando que ambos firmaram contrato de prestação de serviços em que o devedor deveria apresentar projeto de arquitetura e decoração do apartamento de Maria. Ocorre que após 2 (dois) meses da data aprazada, João ainda não apresentou o projeto. Maria afirma que não pretende mais que João apresente o projeto, pois já não confia mais em seu trabalho. Nesse caso, é possível pedir indenização, mesmo que não haja qualquer previsão de indenização ou multa no contrato firmado entre ambos? Caso positivo, qual(is) o(s) requisito(s) para tanto? RESPOSTA. No tocante ao contrato de prestação de serviços que objetivava o compromisso de fazer coisa certa no prazo designado, como estabelece o Art. 816 do CPC, em que o devedor da obrigação, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, para satisfazer a obrigação. Nesse sentido é direito e possível sim, no mesmo percurso do processo iniciado, com base no artigo já citado, solicitar indenização por descumprimento da obrigação de fazer no prazo, porém, sendo lícito ao exequente requerer a execução do contrato ou perda e danos, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo. 4. João ingressou com ação de reparação de danos contra a empresa ABCD Ltda. pleiteando indenização de R$50.000,00 de danos morais e R$50.000,00 de danos materiais. Após contestação, o juízo entendeu que não a empresa não negou os danos materiais e entendendo ser causa exclusivamente de direito, julgou antecipadamente o pedido, condenando a empresa ao pagamento de danos materiais e continuou o processo com relação aos danos morais. João pretende cumprir provisoriamente essa decisão interlocutória. É possível, mesmo que a empresa ABCD ingresse com agravo de instrumento desta decisão? João deverá apresentar caução, se quiser valer-se de atos constritivos? RESPOSTA. É possível sim, a referida empresa impetrar com agravo de instrumento, haja vista ser cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra decisões interlocutórias. Decisão interlocutória em via de regra não encerra o processo, nesse sentido é cabível. No caso de João apresentar a possibilidade de caução, deve valer-se sim como condicionante a existência de pressupostos, porém no artigo 520, inciso IV do CPC, reza que o exequente ficar obrigado a cumprir, no caso de reformulação de sentença, o pagamento dos prejuízo causados ao executado. 5. José, de 3 anos, representado por sua mãe, Joana, ingressou com cumprimento de sentença de obrigação de pagar alimentos contra Antonio, seu pai. Na época do ajuizamento da ação, ambos residiam na comarca de Fortaleza e a ação foi intentada perante a 1a Vara de Família da Comarca de Fortaleza. 1 mês após o ajuizamento, Antonio foi aprovado em um concurso público em São Paulo, se mudando para aquela cidade imediatamente, não deixando representantes nem bens em Fortaleza. Nesse caso, é possível a mudança de competência, para que a causa seja processada em São Paulo? RESPOSTA. Em primeiro juízo, a resolução de causas que envolvem interesses das crianças e adolescentes, deve prevalecer o domicílio dos pais e o princípio do melhor interesse do menor para a determinação do juízo. Também se prevalecendo que a lei especial afasta a aplicação da lei geral, nesse contexto, o artigo 147 do ECA ressalva o melhor interesse do menor, portanto a competência continuará na comarca de Fortaleza, mas toda regra existe as exceções, então citemos do artigo 516, § único que diz: O exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
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