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Avaliação Discursiva
Disciplina - Multiculturalismo
As heranças do Império Romano e sua transição e transformação ao longo da Idade Média foram importantes para estabelecer fronteiras e identidades nacionais. Trata-se de uma versão da identidade na qual se forma em torno de um país. Disserte sobre a identidade nacional. ( * Máximo 4000 caracteres )
A identidade nacional de acordo com José Glaydson Silva, está ligada as heranças do Império Romano, que ajudou a construir as relações de pertencimentos, das identidades, das nacionalidades, em um universo de empréstimos simbólicos, de sentidos, construídos por meio de interpretações falseadas, em muitas das tentativas das nações europeias de estabelecer passados apropriados. Com o declínio dos impérios e a memória de grandeza romana permitiu que surgisse pequenos reinos, que logo vieram a se tornar estados. Assim Anthony Smith afirma que está identidade nacional que se construiu com as relações de pertencimento do império Romano, trata se de uma organização política que estrutura a vida nacional e individual através de instituições que medeiam os direitos e deveres de seus membros. Trazendo à tona esta consciência em forma de memória elementar que estimula o crescimento de uma identidade, vinculando espaços geográficos e permeando também no sentido de territorialização, demandando assim que os membros desta comunidade possam se identificar, relacionar se e sentir se pertencentes. Dando assim origem as derivadas noções de cidadania, nação e pátria. Podemos assim dizer que a identidade nacional é o resultado de um processo que se constrói nos múltiplos espaços, incluindo o estado, o universo familiar, de forma que vão se reafirmando e reproduzindo em eventos, rituais nos cotidianos das comunidades estabelecendo assim um conjunto de relações tanto sociais quanto de linguagem e até mesmo poder, desta forma os membros da comunidade são estimulados a se autoidentificar e delimitar fronteiras entre os grupos. Já o autor Stuart Hall nos coloca que as identidades nacionais são compostas por símbolos e representações de modo que indicam e constroem os sentidos de forma a influenciarem tanto as formas de se organizar quanto as ações e até mesmo as concepções que temos de nós mesmos. Diante do que fora exposto podemos assim considerar que a identidade nacional é um processo não apenas cultural, mas um processo político que contribui para a existência comum a todo o território, mesmo considerando particularidades regionais. O nosso país em suma possui uma identidade nacional resultado de um processo histórico iniciado com a Independência em 1822 e possui diversas particularidades regionais, mesmo considerando estas particularidades regionais observa se a construção de um conjunto de elementos culturais comuns e construtivos na cultura de identidade nacional. 
A realidade nacional e as interpretações clássicas do Brasil foram orientadas pela discussão racial até pelo menos 1960. Primeiramente, a partir da ideologia do racismo científico, fundamentada no determinismo biológico entre o final do século XIX e início do XX. Segundo, a partir de um discurso antropológico de Gilberto Freyre, focado na cultura, ao invés da biologia. Disserte sobre a democracia racial brasileira. ( * Máximo 4000 caracteres )
Discorrer sobre a democracia racial brasileira é remetermos a uma discussão ainda sem equidade, considerando a vivência contemporânea e a disparidade entre os povos brasileiros, onde mesmo o Brasil sendo um dos maiores países em formação afrodescendente fora do Continente Africano, é uma nação vitimizada pelo racismo, que ainda vivem em condições de inferiorização pelo poder da raça branca, sendo por vezes inferiorizados, ridicularizados, levando em consideração o tom de pele, cor “preta”. Após a abolição dos escravos o país passa por um processo de superação da escravidão negra incorporando a de forma positiva os afrodescendentes ao imaginário nacional, visto que a sociedade é forçada a pensar a presença dos negros livres surgindo assim o que alguns autores chama de mito da democracia racial brasileira, a obra de Gilberto Freyre – Casa – Grande & Senzala, ganha destaque nesta sistematização ideológica e status cientifico. Após a abolição dos escravos o país, o governo a sociedade precisa pensar a integração das raças e por volta do período de 1930, no governo de Getúlio Vargas, as populações negras passaram assim a integrar o discurso oficial quanto a sua participação na cultura nacional, o que impulsionou a incorporação dos negros na cultura em duas dimensões como nos coloca Olívia Maria Gomes Cunha (1999) sendo uma das dimensões “monumento” e a outra “documento”, na dimensão monumento, sugere apontar as contribuições deste povo na cultura popular, tais como o folclore, a música e desta forma buscando enaltecer as contribuições deixadas, já na segunda dimensão documento que vincula a um arcabouço jurídico e legal, o negro continua sendo um problema para as políticas de segurança. Podemos apontar o autor Abdias Nascimento como um dos autores que mais criticou o chamada democracia racial, para ele era apenas uma metáfora. O fato é que após a abolição dos escravos, a sociedade brasileira se viu obrigada a se reorganizar sofrendo profunda transformações no campo social, econômico e cultural, considerando agora a mão de obra livre e a incorporação da cultura com elementos de explicações das características brasileiras. O conceito de classe social difundido a partir do modelo desenvolvido por Karl Marx foi e é ainda muito importante para compreender a produção das diferenças, das desigualdades e das hierarquias sociais. Com a publicação da obra “Casa-Grande e Senzala”, e as análises realizadas pelas Ciências Sociais brasileiras surgiram críticas à está ideia da “democracia racial”. O pesquisador Florestan Fernandes se destacou neste estudo teórico de articulação entre raça/cor e classe social e construiu um tipo de reflexão que veio a estabelecer as bases de uma Sociologia Crítica brasileira. Seu olhar intelectual voltava-se para os índios, os negros, os trabalhadores urbanos e rurais, submetendo o “real e o pensando à reflexão crítica”. Sua obra clássica foi “A Revolução Burguesa no Brasil” (1974). No que tange o pensamento do autor sobre as relações raciais, nas suas obras indica que existe uma sobreposição de classe e raça, em que as diferenças e injustiças encobrem o conflito social, indicando que a pobreza, no Brasil, ofuscava a raça e o racismo, portanto, não haveria essa ideia de “democracia racial”, visto que viemos de uma sociedade com passado escravocrata, os quais fazem surgir obstáculos à integração do negro na sociedade capitalista, colocando-o a uma posição subalterna. Considerando ainda as estruturas do poder e da sociedade, bem como do mercado, não foram capazes de modernizar as relações sociais brasileiras, em prejuízo de pobres e negros, geralmente, são os mesmos personagens demonstrando desigualdades complexas e multidimensionais. Apontando o racismo e o preconceito, como indícios de um capitalismo subordinado, herdeiro de ideias oligarcas e escravocratas.

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