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Sistema Reprodutor

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Sistema reprodutor
Embriologia do sistema reprodutor do sistema reprodutor masculino e feminino.
· As gônadas masculinas e femininas se desenvolvem a partir das cristas gonadais originadas do crescimento do mesoderma intermediário. Durante a quinta semana de desenvolvimento, as cristas gonadais formam saliências em posição logo medial ao mesonefro (rim intermediário) Adjacentes às gônadas estão os ductos mesonéfricos ou ductos de Wolff que, por fim, dão origem às estruturas do sistema genital masculino. Um segundo par de ductos, os ductos paramesonéfricos ou ductos de Müller, se desenvolve lateralmente aos ductos mesonéfricos e acaba por formar estruturas do sistema genital feminino. Os dois pares de ductos se esvaziam no seio urogenital. Um embrião inicial pode seguir o padrão masculino ou feminino de desenvolvimento porque contém os dois pares de ductos e cristas genitais que podem se diferenciar em testículos ou ovários. As células de um embrião do sexo masculino têm um cromossomo X e um cromossomo Y. O padrão masculino de desenvolvimento é iniciado por um gene “chave geral” denominado SRY no cromossomo Y, abreviatura de região determinante do sexo do cromossomo Y. Quando o gene SRY é expresso durante o desenvolvimento, seu produto proteico faz com que as células de sustentação primitivas comecem a se diferenciar nos testículos durante a sétima semana. As células de sustentação em desenvolvimento secretam um hormônio denominado substância inibidora do ducto paramesonéfrico (MIS), que causa apoptose de células nos ductos paramesonéfricos. Assim, essas células não contribuem para nenhuma estrutura funcional do sistema genital masculino. Estimuladas pela gonadotropina coriônica humana (hCG), as células intersticiais primitivas (de Leydig) nos testículos começam a secretar o androgênio testosterona durante a oitava semana. Em seguida, a testosterona estimula o desenvolvimento do ducto mesonéfrico de cada lado em epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e glândula seminal. Os testículos se conectam ao ducto mesonéfrico por meio de uma série de túbulos que, por fim, dão origem aos túbulos seminíferos. A próstata e as glândulas bulbouretrais são evaginações endodérmicas da uretra. As células de um embrião do sexo feminino têm dois cromossomos X e nenhum cromossomo Y. Como não há SRY, as cristas genitais dão origem aos ovários, e como não há produção de MIS, os ductos paramesonéfricos se desenvolvem. As extremidades distais dos ductos paramesonéfricos se fundem e formam o útero e a vagina, e as porções proximais não fundidas dão origem às tubas uterinas (de Falópio). Os ductos mesonéfricos se degeneram sem contribuir para estruturas funcionais do sistema genital feminino porque não há testosterona. As glândulas vestibulares maiores e menores se desenvolvem a partir de evaginações endodérmicas do vestíbulo. Os órgãos genitais externos de embriões de ambos os sexos (pênis e escroto nos meninos e clitóris, lábios e óstio da vagina nas meninas) também continuam indiferenciados até cerca da oitava semana. Antes da diferenciação, todos os embriões têm as seguintes estruturas externas. 
1.Pregas uretrais (urogenitais): Essas estruturas pareadas se desenvolvem a partir do mesoderma na região da cloaca 
2.Sulco uretral: Um entalhe entre as pregas uretrais, que é a abertura para o seio urogenital. 
3.Tubérculo genital: Elevação arredondada imediatamente anterior às pregas uretrais. 
4.Eminência labioescrotal: Duas estruturas elevadas lateralmente às pregas uretrais. Nos embriões do sexo masculino, parte da testosterona é convertida em um segundo androgênio denominado di-hidrotestosterona (DHT). 
· A DHT estimula o desenvolvimento da uretra, próstata e órgãos genitais externos (escroto e pênis). Parte do tubérculo genital se alonga e dá origem ao pênis. A fusão das pregas uretrais forma a parte esponjosa (peniana) da uretra e deixa uma abertura para o exterior apenas na extremidade distal do pênis, o óstio externo da uretra. As eminências labioescrotais se transformam em escroto. Na ausência de DHT, o tubérculo genital dá origem ao clitóris em embriões femininos. As pregas uretrais se mantêm abertas como lábios menores, e as eminências labioescrotais se transformam nos lábios maiores. O sulco uretral dá origem ao vestíbulo. Após o nascimento, os níveis de androgênios caem porque não há mais hCG para estimular a secreção de testosterona.
· Ovário: Em embriões femininos com um complemento cromossômico sexual XX e nenhum cromossomo Y, os cordões sexuais primitivos se dissociam em conjuntos celulares irregulares. Esses conjuntos, que contêm grupos de células germinativas primitivas, ocupam a porção medular do ovário. Mais tarde, eles desaparecem e são substituídos por um estroma vascular que forma a medula ovariana. O epitélio superficial da gônada feminina, ao contrário do que ocorre no homem, continua a proliferar. Na sétima semana, ele dá origem à segunda geração de cordões, os cordões corticais, que penetram no mesênquima subjacente, mas permanecem próximo à superfície. No terceiro mês, esses cordões se dividem em grupos celulares isolados. As células desses grupos continuam a proliferar e cercam cada oogônia com uma camada de células epiteliais chamadas de células foliculares. Juntas, a oogônia e as células foliculares constituem o folículo primordial
· Assim, pode-se dizer que o sexo genético de um embrião é determinado no momento da fertilização, dependendo de o espermatozoide carrear um cromossomo X ou Y. Em embriões com uma configuração cromossômica sexual XX, os cordões medulares das gônadas regridem e se desenvolve uma segunda geração de cordões corticais. Em embriões com um complexo cromossômico sexual XY, os cordões medulares se desenvolvem em cordões testiculares e não se formam cordões corticais secundários
· Ductos genitais na mulher: Na presença do estrogênio e na ausência de testosterona e AMH (MIS), os ductos paramesonéfricos desenvolvem-se no ductos genitais principais na mulher. Inicialmente, podem ser reconhecidas três partes em cada ducto: 
(1) a porção cranial vertical que se abre na cavidade abdominal, 
(2) uma porção horizontal que atravessa o ducto mesonéfrico e 
(3) uma parte vertical caudal que se fusiona com sua equivalente do lado oposto.
· Com a descida dos ovários, as duas primeiras partes se desenvolvem na tuba uterina, e as partes caudais se fusionam para formar o canal uterino. Quando a segunda parte dos ductos paramesonéfricos se move mediocaudalmente, as cristas urogenitais se aproximam gradualmente em um plano transversal. Após a fusão dos ductos na linha média, se estabelece uma prega pélvica transversal larga. Essa prega, que se estende das porções laterais dos ductos paramesonéfricos fusionados até a parede da pelve, é o ligamento largo do útero. A tuba uterina se encontra em sua borda superior, e o ovário, em sua superfície posterior. 
· O útero e o ligamento largo dividem a cavidade pélvica em cavidade retouterina e cavidade vesicouterina. Os ductos paramesonéfricos fusionados dão origem ao corpo e ao colo do útero e à porção superior da vagina. O útero é cercado por uma camada de mesênquima que forma sua cobertura muscular, o miométrio e seu revestimento peritoneal, o perimétrio. Na ausência de testosterona, os ductos mesonéfricos na mulher degeneram.
· Genitália externa na mulher: Os estrógenos estimulam o desenvolvimento da genitália externa feminina. O tubérculo genital se alonga apenas um pouco e forma o clitóris, as pregas uretrais não se fusionam como ocorre no homem, mas se desenvolvem nos pequenos lábios. As protuberâncias genitais aumentam e formam os grandes lábios. O sulco urogenital é aberto e forma o vestíbulo. Embora o tubérculo genital não se alongue extensivamente na mulher, ele é maior do que o masculino durante os estágios iniciais do desenvolvimento. De fato, a utilização do comprimento do tubérculo como critério (monitorado por ultrassonografia) resultou em erros na identificação do sexo durante o terceiro e o quarto mesesde gestação.
· Descida dos testículos: Os testículos desenvolvem-se no retroperitônio, na região abdominal, e precisam se deslocar caudalmente e atravessar a parede abdominal até chegarem ao escroto. A passagem pela parede abdominal ocorre através do canal inguinal, com cerca de 4 cm de comprimento e situado logo acima da metade medial do ligamento inguinal. A entrada no canal é pelo anel inguinal profundo (interno) próximo ao tubérculo púbico. Próximo ao final do segundo mês, o mesentério urogenital liga os testículos e os mesonefros à parede abdominal posterior. Com a degeneração dos mesonefros, a ligação funciona como um mesentério para a gônada. Caudalmente, ele se torna ligamentoso e é conhecido como ligamento genital caudal. A partir do polo testicular caudal, projeta-se uma condensação mesenquimal rica em matriz extracelular, o gubernáculo Antes da descida dos testículos, essa faixa de mesênquima termina na região inguinal entre os músculos oblíquos externo e interno do abdome, em diferenciação. Mais tarde, conforme os testículos começam sua descida na direção do anel inguinal interno, forma-se uma porção extra-abdominal do gubernáculo, que cresce da região inguinal para as protuberâncias escrotais. Quando os testículos atravessam o canal inguinal, essa porção extra-abdominal entra em contato com o assoalho escrotal (o gubernáculo também se forma nas mulheres, mas nos casos normais ele permanece rudimentar). Os fatores que controlam a descida dos testículos não estão completamente esclarecidos. Entretanto, parece que a protrusão da porção extra-abdominal do gubernáculo induz migração intra-abdominal, que o aumento da pressão intra-abdominal devido à projeção do órgão leva à passagem através do canal inguinal e que a regressão da porção extra-abdominal do gubernáculo completa o movimento dos testículos até o escroto. Normalmente, os testículos alcançam a região inguinal por volta da 12a semana de gestação e chegam ao escroto na 33a semana. O processo é influenciado por hormônios, incluindo andrógenos e MIS. Durante a descida, a irrigação sanguínea para os testículos proveniente da aorta é retida, e os vasos testiculares se estendem de sua posição lombar original até os testículos no escroto. Independentemente da descida dos testículos, o peritônio da cavidade abdominal forma uma evaginação em cada lado da linha média na parede abdominal ventral. Essa evaginação, o processo vaginal, acompanha o trajeto do gubernáculo testicular até as protuberâncias escrotais. Assim, o processo vaginal, acompanhado pelas camadas muscular e fascial da parede corporal, evagina na protuberância escrotal, formando o canal inguinal. Os testículos descem através do anel inguinal e acima da borda do osso púbico, e estão no escroto por ocasião do nascimento. Os testículos são cobertos, então, por uma prega refletida do processo vaginal. A camada peritoneal que recobre os testículos é a camada visceral da túnica vaginal; o remanescente do saco peritoneal forma a camada parietal da túnica vaginal. O canal estreito que conecta o lúmen do processo vaginal à cavidade peritoneal é obliterado no nascimento ou um pouco depois
· Além de serem cobertos por camadas peritoneais derivadas do processo vaginal, os testículos se tornam revestidos por camadas derivadas da parede anterior do abdome, por onde eles passam. Assim, a fáscia transversal forma a fáscia espermática interna; o músculo oblíquo interno do abdome dá origem à fáscia cremastérica e ao músculo cremastérico; e o músculo oblíquo externo do abdome forma a fáscia espermática externa. O músculo transverso do abdome não constitui uma camada, uma vez que ele se curva sobre essa região e não cobre o trajeto de migração. Descida dos ovários A descida das gônadas é consideravelmente menor nas mulheres do que nos homens, e os ovários finalmente se localizam logo abaixo da sonda da pelve verdadeira. O ligamento genital cranial forma o ligamento suspensor do ovário, enquanto o ligamento genital caudal forma o ligamento próprio do ovário e o ligamento redondo do útero. O último se estende até os grandes lábios.
Anatomia do sistema reprodutor masculino
· Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função. As gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres – produzem gametas e secretam hormônios sexuais. Vários ductos armazenam e transportam os gametas, e as glândulas sexuais acessórias produzem substâncias que protegem os gametas e facilitam seu movimento. Por fim, estruturas de apoio, como o pênis, nos homens, e a vagina, nas mulheres, auxiliam a transferência dos gametas, e o útero feminino auxilia o crescimento do embrião e do feto durante a gravidez. Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de apoio, entre as quais estão o escroto e o pênis. Os testículos produzem espermatozoides e secretam hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena espermatozoides, auxilia sua maturação e os conduz ao exterior. O sêmen contém espermatozoides e as secreções liberadas pelas glândulas sexuais acessórias. As estruturas de apoio têm várias funções. O pênis transfere os espermatozoides para o sistema genital feminino, e o escroto contém os testículos.
· Escroto: O escroto, a estrutura anatômica que contém os testículos, é uma bolsa formada por pele frouxa e tela subcutânea que pende da raiz (parte fixa) do pênis. Externamente, o escroto se assemelha a uma bolsa de pele dividida em porções laterais por uma crista mediana, a rafe (sutura). Internamente, é dividido pelo septo do escroto em duas bolsas, e cada uma delas contém um testículo. O septo é constituído de tela subcutânea e tecido muscular, o músculo dartos, composto de feixes de fibras musculares lisas. O músculo dartos também é encontrado na tela subcutânea do escroto. Associado a cada testículo no escroto está o músculo cremaster. Esse músculo é constituído de uma série de pequenas faixas de músculo esquelético que descem, como uma extensão do músculo oblíquo interno do abdome, através do funículo espermático e circundam o testículo. A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura dos testículos. A produção normal de espermatozoides requer uma temperatura de cerca de 2°C a 3°C abaixo da temperatura central do corpo. Essa menor temperatura é mantida no escroto porque ele está fora da cavidade pélvica. Os músculos cremaster e dartos contraem-se em resposta a baixas temperaturas. A contração dos músculos cremaster aproxima os testículos do corpo, onde absorvem o calor corporal. A contração do músculo dartos tensiona o escroto (aparência enrugada), o que reduz o calor corporal. A exposição ao calor inverte essas ações
· A irrigação sanguínea do escroto tem origem na artéria pudenda interna, ramo da artéria ilíaca interna; na artéria cremastérica, ramo da artéria epigástrica inferior; e na artéria pudenda externa, ramo da artéria femoral. As veias escrotais acompanham as artérias. Os nervos escrotais se originam do nervo pudendo, nervo cutâneo femoral posterior e nervos ilioinguinais. Testículos Os testículos são duas glândulas ovais, localizadas no escroto, que medem cerca de 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Cada testículo pesa de 10 a 15 g. Os testículos se desenvolvem perto dos rins, na parte posterior do abdome, e geralmente iniciam a descida para o escroto, através dos canais inguinais (passagens na parede anterior do abdome; durante a segunda metade do sétimo mês do desenvolvimento fetal. Os testículos são parcialmente cobertos pela túnica vaginal, membrana serosa derivada do peritônio que se forma durante a descida dos testículos. Assim como outras túnicas serosas, tem uma lâmina visceral e uma lâmina parietal e forma uma relação de “punho dentro do balão” com o testículo. O acúmulo de líquido seroso na cavidade da túnicavaginal é denominado hidrocele. Pode ser causado por lesão dos testículos ou inflamação do epidídimo. Em geral, não requer tratamento. Internamente à lâmina visceral da túnica vaginal, o testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa branca composta de tecido conjuntivo denso não modelado, a túnica albugínea, que se estende para dentro e forma septos que dividem cada testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos contém um a três túbulos densamente espiralados, os túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozoides. O processo de produção de espermatozoides nos túbulos seminíferos dos testículos é conhecido como espermatogênese.
· Espermatozoides A espermatogênese produz cerca de 300 milhões de espermatozoides por dia. O espermatozoide tem cerca de 60 mm de comprimento e contém várias estruturas muito bem adaptadas para alcançar o oócito secundário e penetrar nele. As principais partes de um espermatozoide são a cabeça e a cauda. A cabeça achatada e pontiaguda tem cerca de 4 a 5 mm de comprimento. Contém um núcleo com cromossomos haploides (23) muito condensados. Os dois terços anteriores do núcleo são cobertos pelo acrossomo, vesícula semelhante a um capuz, repleta de enzimas que ajudam o espermatozoide a panetrar no oócito secundário para que haja fertilização. Entre as enzimas estão a hialuronidase e as proteases. A cauda do espermatozoide é subdividida em quatro partes: colo, peça intermediária, peça principal e peça final. O colo é a região estreitada, logo posterior à cabeça, que contém os centríolos. Os centríolos formam os microtúbulos que constituem o restante da cauda. A peça intermediária contém mitocôndrias dispostas em espiral, que fornecem energia (ATP) para a locomoção de espermatozoides até o local de fertilização e para o metabolismo dos espermatozoides. A peça principal é a parte mais longa da cauda e a peça final é a parte afilada terminal da cauda. Depois da ejaculação, a maioria dos espermatozoides não sobrevive por mais de 48 h no sistema genital feminino.
· Ductos do sistema genital masculino: Nos ductos do testiculo q pressão gerada pelo líquido secretado pelas células de sustentação empurra os espermatozoides e o líquido ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em seguida, para dentro de uma série de ductos muito curtos chamados túbulos seminíferos retos. Os túbulos retos conduzem a uma rede de ductos testiculares, chamada rede do testículo. Daí os espermatozoides seguem para uma série de ductos eferentes espiralados no epidídimo que se abrem em um tubo único, chamado ducto do epidídimo. Epidídimo O epidídimo é um órgão com cerca de 4 cm de comprimento, que se curva ao longo da margem posterossuperior de cada testículo e, quando visto de perfil, tem o formato de uma vírgula. Cada epidídimo é formado principalmente pelo ducto do epidídimo, muito espiralado. Os ductos eferentes do testículo se unem ao ducto do epidídimo na parte superior e maior do epidídimo, denominada cabeça. O corpo é a parte média estreita do epidídimo, e a cauda é a parte inferior, menor. Em sua extremidade distal, a cauda do epidídimo continua como o ducto deferente (apresentado em breve). O ducto do epidídimo teria cerca de 6 m de comprimento se fosse esticado. É revestido por epitélio colunar pseudoestratificado e circundado por uma camada de músculo liso. As superfícies livres das células colunares contêm estereocílios, microvilosidades longas e ramificadas que aumentam a área de superfície para reabsorção de espermatozoides degenerados. O tecido conjuntivo ao redor da camada muscular fixa as alças do ducto do epidídimo umas às outras e dá passagem a vasos sanguíneos e nervos. Do ponto de vista funcional, o epidídimo é o local de maturação dos espermatozoides, o processo pelo qual os espermatozoides adquirem motilidade e a capacidade de fertilizar o óvulo. Isso ocorre em cerca de 14 dias. O epidídimo também armazena espermatozoides e, durante a excitação sexual, ajuda a impulsioná-los, por meio da contração peristáltica de seu músculo liso, para o ducto deferente. Os espermatozoides podem permanecer armazenados no epidídimo por vários meses. Todos os espermatozoides não ejaculados depois desse tempo acabam por ser fagocitados reabsorvidos. Ducto deferente Na cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se menos contorcido, e seu diâmetro aumenta. Além desse ponto, o ducto é denominado ducto deferente. O ducto deferente, que tem cerca de 45 cm de comprimento, ascende ao longo da margem posterior do epidídimo e segue pelo funículo espermático até o ponto, na parede abdominal inferior, em que atravessa o canal inguinale entra na cavidade pélvica; aí faz uma curva sobre o ureter, passa sobre a face lateral da bexiga e desce ao longo de sua face posterior. A parte terminal dilatada do ducto deferente é conhecida como ampola do ducto deferente. A túnica mucosa do ducto deferente é constituída de epitélio colunar pseudoestratificado e lâmina própria (de tecido conjuntivo areolar). A túnica muscular possui três camadas: as camadas interna e externa são longitudinais, e a média é circular. Do ponto de vista funcional, o ducto deferente conduz espermatozoides, durante a excitação sexual, do epidídimo para a uretra por contrações peristálticas de sua túnica muscular. A exemplo do epidídimo, o ducto deferente também armazena espermatozoides durante vários meses. Todos os espermatozoides não ejaculados depois desse tempo acabam por ser reabsorvidos. Ductos ejaculatórios Cada ducto ejaculatório tem cerca de 2 cm de comprimento e é formado pela união do ducto da glândula seminal à ampola do ducto deferente. Os ductos ejaculatórios curtos se formam em posição logo superior à base (parte superior) da próstata e seguem através da próstata, em sentido inferior e anterior. Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e as secreções da glândula seminal logo antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. Uretra A uretra masculina é o ducto terminal compartilhado pelos sistemas genital e urinário; dá passagem tanto ao sêmen quanto à urina. Com cerca de 20 cm de comprimento, atravessa a próstata, os músculos profundos do períneo e o pênis; é subdividida em três partes. A parte prostática da uretra tem 2 a 3 cm de comprimento e atravessa a próstata. Em seu trajeto descendente, atravessa os músculos profundos do períneo, onde é conhecida como parte membranácea da uretra. A parte membranácea tem cerca de 1 cm comprimento. A parte desse ducto que atravessa o corpo esponjoso do pênis é a parte esponjosa (peniana), que mede cerca de 15 a 20 cm de comprimento. Termina no óstio externo da uretra.
· Funículo espermático O funículo espermático é uma estrutura de apoio ao sistema genital masculino que ascende e sai do escroto. Contém o ducto deferente, durante seu trajeto ascendente através do escroto, a artéria testicular, nervos somáticos e autônomos, veias que drenam o testículo e conduzem a testosterona para a circulação (plexo pampiniforme), vasos linfáticos, músculo cremaster e fáscia de revestimento. O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal, uma passagem oblíqua na parede abdominal anterior que ocupa posição logo superior e paralela à metade medial do ligamento inguinal. O canal, que tem cerca de 4 a 5 cm de comprimento, origina-se no anel inguinal profundo (abdominal), abertura em formato de fenda na aponeurose do músculo transverso do abdome; o canal termina no anel inguinal superficial (subcutâneo) abertura com formato aproximadamente triangular na aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. Em mulheres, o ligamento redondo do útero e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal
· Glândulas sexuais acessórias masculinas: Os ductos do sistema genital masculino armazenam e transportam espermatozoides, mas as glândulas sexuais acessórias secretam a maior porção da parte líquida do sêmen. As glândulas sexuais acessórias abrangem as glândulas seminais, a próstata e as glândulasbulbouretrais. Glândulas seminais As duas glândulas seminais são estruturas semelhantes a bolsas e enoveladas, com comprimento aproximado de 5 cm, localizadas na base da bexiga e posteriormente a ela, em posição anterior ao reto. Por meio de ductos, secretam um líquido viscoso e alcalino que contém frutose (monossacarídio), prostaglandinas e proteínas da coagulação (apresentadas adiante) diferentes daquelas encontradas no sangue. A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital feminino que, de outro modo, inativaria e destruiria os espermatozoides. O espermatozoide usa a frutose para produção de ATP. As prostaglandinas contribuem para a motilidade e a viabilidade dos espermatozoides e também podem estimular contrações musculares no sistema genital feminino. As proteínas da coagulação ajudam a coagulação do sêmen após a ejaculação. Acredita-se que a coagulação do sêmen ajude a evitar a saída dos espermatozoides da vagina. O líquido secretado pelas glândulas seminais normalmente constitui cerca de 60% do volume do sêmen.
· Próstata: A próstata é uma glândula em forma de anel, do tamanho aproximado de uma bola de pingue-pongue. Mede cerca de 4 cm de largura, 3 cm de altura e 2 cm de profundidade. Ocupa posição inferior à bexiga e circunda a parte prostática da uretra (Figura 26.9). A próstata cresce devagar do nascimento à puberdade e, depois, se expande rapidamente. Em geral, o tamanho mantém-se estável de 30 anos até cerca de 45 anos, quando pode voltar a aumentar, constringindo a uretra e interferindo com o fluxo de urina. A próstata secreta um líquido leitoso e levemente ácido (pH aproximado de 6,5) que contém várias substâncias: 1.O ácido cítrico no líquido prostático é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP. 2.Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno específico da próstata (PSA), pepsinogênio, lisozima, amilase e hialuronidase acabam por decompor as proteínas de coagulação das glândulas seminais. 3.A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. 4.A seminalplasmina no líquido prostático é um antibiótico que destrói as bactérias. A seminalplasmina ajuda a reduzir o número de bactérias naturalmente presentes no sêmen e no sistema genital inferior feminino. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra através de muitos ductos prostáticos. As secreções prostáticas constituem cerca de 25% do volume de sêmen e contribuem para a motilidade e a viabilidade dos espermatozoides. Glândulas bulbouretrais As duas glândulas bulbouretrais, ou glândulas de Cowper, cada uma do tamanho aproximado de uma ervilha, ocupam posição inferior à próstata de cada lado da parte membranácea da uretra nos músculos profundos do períneo; seus ductos se abrem na parte esponjosa da uretra (Figura 26.9). Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que neutraliza os ácidos da urina presentes na uretra e, assim, protegem os espermatozoides que passam. Ao mesmo tempo, secretam muco que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, assim reduzindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Alguns homens liberam uma ou duas gotas desse muco durante a excitação sexual e a ereção. O líquido não contém espermatozoides. Sêmen O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido seminal, um líquido formado pelas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 a 5 mℓ, com uma contagem (concentração) de espermatozoides de 50 a 150 milhões de espermatozoides/mℓ. Quando a contagem de espermatozoides é inferior a 20 milhões/mℓ, é provável que o homem seja infértil. É necessária uma quantidade muito grande de espermatozoides para a fertilização, porque só uma minúscula fração alcança o oócito secundário; no entanto, o excesso de espermatozoides sem diluição suficiente pelo líquido seminal acarreta infertilidade porque há entrelaçamento das caudas dos espermatozoides, que perdem a motilidade. Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen tem pH levemente alcalino, de 7,2 a 7,7, por causa do pH mais alto e do maior volume do líquido secretado pelas glândulas seminais. A secreção prostática torna o sêmen leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e das glândulas bulbouretrais produzem uma consistência viscosa. O líquido seminal oferece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes e proteção contra o meio ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. Uma vez ejaculado, o sêmen coagula em 5 min por causa das proteínas de coagulação oriundas das glândulas seminais. Não se sabe qual é a função da coagulação do sêmen, mas as proteínas implicadas são diferentes daquelas que causam a coagulação sanguínea. Depois de 10 a 20 min, o sêmen se torna líquido novamente porque o antígeno específico da próstata (PSA) e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata decompõem o coágulo. A liquefação anormal ou tardia do sêmen coagulado pode causar imobilização completa ou parcial dos espermatozoides, assim inibindo seu deslocamento através do colo do útero. Depois de atravessar o útero e chegar à tuba uterina, os espermatozoides são afetados por secreções tubárias em um processo chamado capacitação. A presença de sangue no sêmen é chamada de hemospermia. Na maioria das vezes, é causada por inflamação dos vasos sanguíneos no revestimento das glândulas seminais; em geral, é tratada com antibióticos. Pênis O pênis é uma estrutura de apoio do sistema genital masculino que contém a uretra e dá passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. É cilíndrico e formado por corpo, glande e raiz. O corpo do pênis é composto de três massas cilíndricas de tecido, cada uma delas envolvida por tecido fibroso, a túnica albugínea. As duas massas dorsolaterais do corpo do pênis são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa ventral média, menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra e a mantém aberta durante a ejaculação. A pele e a tela subcutânea envolvem as três massas, formadas de tecido erétil. O tecido erétil é composto de muitos seios que contêm sangue (espaços vasculares) revestidos por células endoteliais e envolvidos por músculo liso e tecido conjuntivo elástico. A extremidade distal do corpo esponjoso do pênis é uma região um pouco dilatada e globosa, chamada de glande do pênis; sua margem é a coroa. A parte distal da uretra se expande na glande, com uma abertura terminal em formato de fenda, o óstio externo da uretra. O prepúcio é o revestimento frouxo que cobre a glande no pênis não circuncisado. 
Histologia do sistema reprodutor masculino.
· Histologia do testiculos:: O testículo, uma glândula ovoide que pesa cerca de 15 g, está envolvido por uma espessa cápsula de tecido conjuntivo denso modelado conhecida como túnica albugínea, uma vez que ela apresenta tonalidade esbranquiçada quando em vida. Uma camada externa derivada do peritônio, caracterizada como túnica vaginal, envolve a túnica albugínea externamente. Ao longo da borda posterior do testículo, a albugínea se projeta para dentro como uma crista espessada, conhecida como mediastino testicular. Esta crista corresponde ao hilo de outras glândulas – o local onde ductos, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos adentram a glândula. Delgadas partições fibrosas, ou septos conjuntivos, se irradiam a partir do mediastino e delimitam cerca de 250 áreas em formato de cunha no parênquima do testículo humano, caracterizadas como lóbulos testiculares. Os lóbulos contêm os túbulos seminíferos, os quais, aos cortes histológicos, se apresentam em diferentes planos porque possuem um trajeto enovelado. Cada testículo possui 600-1.200 túbulos seminíferos, com uma extensão total 280-400 m. No mediastino, os túbulos seminíferos desembocam em túbulos retos, os quais conduzem os espermatozoides para a rede testicular, uma rede de canais amplos que coalescem e formam deseis a oito ductos eferentes. Esses ductos drenam o fluido testicular e os espermatozoides para a cabeça (porção proximal) do epidídimo. A rede testicular (ou rete testis) é uma rede de contornos labirínticos de câmaras coletoras revestidas por um epitélio simples cúbico. O tecido conjuntivo intersticial constitui 20%-30% da estrutura da glândula e consiste em um tecido conjuntivo frouxo vascularizado, contendo agregados de células de Leydig, secretoras de hormônios.
· HISTOLOGIA DOS TÚBULOS SEMINÍFEROS: O epitélio seminífero é formado por duas populações distintas de células: as células de Sertoli e as células que constituem a linhagem espermatogênica. Essas duas populações têm morfologia, origem embriológica e funções bastante distintas. As células da linhagem espermatogênica se dispõem em 4 a 8 camadas, e sua função é produzir espermatozoides. As células da linhagem espermatogênica se originaram do saco vitelino do embrião. Por volta do 5o mês de vida fetal, um pequeno grupo de células, denominadas células germinativas primordiais, migra do saco vitelino para a gônada que está em desenvolvimento. Neste local as células proliferam e colonizam a gônada, originando células denominadas espermatogônias. A produção de espermatozoides é chamada espermatogênese, um processo que inclui divisão celular por mitose e meiose e é seguida pela diferenciação final das células em espermatozoides, chamada espermiogênese. 
►Espermatogênese: O processo começa com as espermatogônias, células relativamente pequenas, que medem aproximadamente 12 mm de diâmetro, situadas próximo à lâmina basal do epitélio germinativo. Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de células. As células-filhas podem seguir dois caminhos: continuar se dividindo, mantendo-se como células-tronco de outras espermatogônias (chamadas espermatogônias de tipo A), ou diferenciarem-se durante sucessivos ciclos de divisão mitótica para se tornar espermatogônias de tipo B. Nas preparações histológicas comuns, não é possível distinguir os dois tipos de espermatogônias.
· As espermatogônias de tipo B passam por alguns ciclos mitóticos em que as células-filhas não se separam completamente e, ao final dessas divisões, originam espermatócitos primários. Estes e seus descendentes continuam unidos por pontes citoplasmáticas até o final da espermatogênese. Os espermatócitos primários são as maiores células da linhagem espermatogênica e podem ser distinguidos por: 
· (1) achados de cromossomos nos seus núcleos, pois a prófase I da meiose é muito longa;
· (2) sua localização próxima à lâmina basal.
· Os espermatócitos primários duplicam seu DNA e, portanto, têm 46 cromossomos e o dobro da quantidade de DNA de uma célula diploide (a célula somática habitual do organismo). Durante a anáfase da primeira divisão da meiose, os cromossomos homólogos se separam. Resultam dessa divisão duas células menores chamadas espermatócitos secundários, que têm 23 cromossomos, porém a quantidade habitual (diploide) de DNA, uma vez que cada um de seus cromossomos é constituído por duas cromátides. Os dois espermatócitos secundários entram na segunda divisão da meiose, originando duas células, as espermátides, cada uma com 23 cromossomos e metade da quantidade regular de DNA (são células haploides). Dessa maneira, pela meiose, formam-se células com metade do número e da quantidade de DNA das células somáticas do organismo. Como a prófase dos espermatócitos primários dura cerca de 22 dias, a maioria dos espermatócitos encontrada nos cortes de testículo é vista nessa fase. É difícil observar espermatócitos secundários porque essas células permanecem por um período muito curto em interfase e, logo após serem formadas, entram na segunda divisão da meiose, originando as espermátides.
· Etapa do complexo de Golgi O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi bastante desenvolvido. Pequenos grânulos PAS-positivos, chamados grânulos proacrossômicos, acumulam-se no complexo de Golgi. Depois, fundem-se para formar um único grânulo acrossômico no interior de uma vesícula limitada por membrana, chamada vesícula acrossômica. Os centríolos migram para perto da superfície da célula, em posição oposta à vesícula acrossômica, e iniciam a formação do axonema (o conjunto de microtúbulos que formam o eixo central de um flagelo). Etapa do acrossomo A vesícula e o grânulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do núcleo como um capuz e passam a ser chamados inicialmente de capuz acrossômico e finalmente de acrossomo. O acrossomo contém várias enzimas hidrolíticas, como hialuronidase, neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina. O acrossomo, portanto, assemelha-se a um lisossomo. As enzimas são capazes de dissociar as células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida, estruturas que envolvem os ovócitos.Quando os espermatozoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatozoide, liberando as enzimas acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo, chamado reação acrossômica, é um dos primeiros passos da fertilização. O flagelo cresce a partir de um dos centríolos, enquanto mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo, chamada de peça intermediária. A disposição das mitocôndrias é outro exemplo da concentração dessas organelas em locais relacionados com movimento celular e alto consumo de energia. O movimento flagelar é resultado da interação de microtúbulos, trifosfato de adenosina (ATP) e dineína, uma proteína com atividade de ATPase. Durante essa etapa final da espermiogênese, o núcleo das espermátides se torna mais alongado e condensado. O núcleo volta-se para a base do túbulo seminífero e o flagelo se projeta em seu lúmen. Como os grupos de espermátides ficam alojados em reentrâncias da célula de Sertoli (ver mais adiante), frequentemente se observam tufos de espermátides com seus flagelos voltados para o lúmen do túbulo
· Etapa de maturação Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli, e os espermatozoides são liberados no lúmen do túbulo.Os espermatozoides liberados no lúmen dos túbulos são transportados ao epidídimo em um meio apropriado, o fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli e pelas células da rede testicular. Esse fluido contém esteroides, proteínas, íons e uma proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona.Ao microscópio de luz, as células de Sertoli são reconhecidas principalmente pelos seus núcleos, que se situam na base dos túbulos seminíferos. Esses núcleos são vesiculares, claros, frequentemente angulosos ou triangulares e comumente contêm um nucléolo evidente. O citoplasma das células de Sertoli não é visto com facilidade, e, por isso, os limites dessas células são mal definidos. Uma das causas dessa dificuldade são os numerosos recessos formados na superfície das células. Esses recessos têm grande importância, pois as células da linhagem espermatogênica se alojam neles e passam pelo processo de meiose e pela maturação final que termina com a formação dos espermatozoides
· Fagocitose: Durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma das espermátides é liberado sob a forma de corpos residuais. Esses fragmentos de citoplasma são fagocitados e digeridos por células de Sertoli. Secreção As células de Sertoli secretam continuamente nos túbulos seminíferos um fluido que é transportado na direção dos ductos genitais e é usado para transporte de espermatozoides. A secreção de uma proteína ligante de andrógeno (ABP, do inglês androgen-binding protein) pelas células de Sertoli é controlada por hormônio foliculoestimulante (FSH) e por testosterona, servindo para concentrar testosterona nos túbulos seminíferos, onde ela é necessária para estimular a espermatogênese. Células de Sertoli podem converter testosterona em estradiole também secretam um peptídio chamado inibina, que suprime a síntese e a liberação de FSH na hipófise. Produção do hormônio antimülleriano O hormônio antimülleriano é uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário para promover a regressão dos ductos de Müller (ductos paramesonéfricos) em fetos do sexo masculino e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos). Barreira hematotesticular Os capilares sanguíneos dos testículos são do tipo fenestrado e possibilitam a passagem de moléculas grandes. No entanto, a existência de uma barreira entre o sangue e o interior dos túbulos seminíferos explica por que são achadas poucas substâncias do sangue no fluido testicular. As espermatogônias têm livre acesso a substâncias encontradas no sangue. As junções ocludentes entre as células de Sertoli, entretanto, formam uma barreira à passagem de moléculas grandes pelo espaço entre elas. Assim, as células de etapas mais avançadas da espermatogênese são protegidas de substâncias do sangue, de agentes nocivos e provavelmente de reconhecimento imunológico por linfócitos.
· Tecido intersticial O tecido intersticial do testículo é importante para a nutrição das células dos túbulos seminíferos, transporte de hormônios e produção de andrógenos. Os espaços entre os túbulos seminíferos do testículo são preenchidos com tecido conjuntivo, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. Os capilares sanguíneos do testículo são fenestrados e possibilitam a passagem livre de macromoléculas, como as proteínas do sangue. O tecido conjuntivo tem vários tipos de células, que incluem fibroblastos, células conjuntivas indiferenciadas, mastócitos e macrófagos. Durante a puberdade, torna-se mais evidente um tipo adicional de célula, arredondada ou poligonal, e que tem um núcleo central e um citoplasma eosinófilo rico em pequenas gotículas de lipídios:são as células intersticiais do testículo ou células de Leydig, que têm características de células produtoras de esteroides. Essas células produzem a testosterona, hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas secundárias. A testosterona é sintetizada por enzimas encontradas em mitocôndrias e no retículo endoplasmático liso, um exemplo de cooperação entre organelas. A atividade e o número das células intersticiais dependem de estímulo hormonal. No adulto, essas células são estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise. Durante a gravidez humana, o hormônio gonadotrópico da placenta passa do sangue materno para o fetal, estimulando as abundantes células intersticiais dos testículos fetais a produzir andrógenos. A existência desses hormônios na gestação é necessária para a diferenciação embrionária da genitália masculina. As células intersticiais embrionárias permanecem diferenciadas por até 4 meses de gestação e então regridem, havendo diminuição das taxas de testosterona circulante no feto. As células permanecem inativas ao longo do restante da gravidez e até o período pré-púbere, quando retomam a síntese de testosterona, estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise. Tumores de células intersticiais, produtores de andrógeno, podem provocar puberdade precoce quando ocorrem em crianças. 
►Ductos intratesticulares Os ductos genitais intratesticulares se seguem aos túbulos seminíferos e conduzem espermatozoides e fluidos. Eles são os seguintes: túbulos retos, rede testicular e ductos eferentes. A maioria dos túbulos seminíferos tem forma de alça, cujas extremidades continuam nos túbulos retos. Nesses túbulos, faltam as células da linhagem espermatogênica e há um segmento inicial formado somente por células de Sertoli seguido por um segmento principal revestido por um epitélio de células cuboides apoiado em uma envoltura de tecido conjuntivo denso. Os túbulos retos se continuam na rede testicular, situada no mediastino do testículo e composta por uma rede altamente anastomosada de canais revestidos por um epitélio de células cuboides. Da rede testicular saem 10 a 20 ductos eferentes, formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo, conferindo a esse epitélio um característico aspecto com saliências e reentrâncias. As células não ciliadas absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, o que, juntamente com a atividade de células ciliadas, cria um fluxo que conduz os espermatozoides para o epidídimo. Uma delgada camada de células musculares lisas orientadas circularmente existe em volta da lâmina basal do epitélio. Os ductos eferentes gradualmente se fundem para formar o ducto do epidídimo.
· DUCTOS GENITAIS EXTRATESTICULARES: Os ductos genitais extratesticulares, que transportam os espermatozoides do testículo para o meato do pênis, são o ducto epididimário, o ducto deferente e a uretra. O ducto do epidídimo ou ducto epididimário é um tubo único altamente enrolado, que mede de 4 a 6 m de comprimento, Juntamente com o tecido conjuntivo circunvizinho e os vasos sanguíneos, esse ducto forma o corpo e a cauda do epidídimo, uma estrutura anatômica com cápsula própria. Por ser muito enovelado, um corte do ducto do epidídimo mostra grande número de secções do tubo, dando a falsa impressão de que são muitos ductos. O ducto é formado por um epitélio colunar pseudoestratificado, composto de células basais arredondadas e de células colunares. A superfície das células colunares é coberta por longos e ramificados microvilos de formas irregulares, chamados estereocílios. O epitélio do ducto epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são eliminados durante a espermatogênese. As células epiteliais se apoiam sobre uma lâmina basal que é envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. As contrações peristálticas do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. A extremidade do ducto do epidídimo origina o ducto deferente, que termina na uretra prostática, onde esvazia seu conteúdo. O ducto deferente é caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da maior parte de seu trajeto, é coberta de um epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. A lâmina própria da mucosa é uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada muscular consiste em camadas internas e externas longitudinais separadas por uma camada circular. O músculo liso sofre fortes contrações peristálticas que participam da expulsão do sêmen durante a ejaculação.
· ULTRAESTRUTURA E FUNÇÃO DAS CÉLULAS DE SERTOLI As células de Sertoli desempenham um papel fundamental no suporte e na maturação dos espermatozoides. Após a puberdade, elas constituem cerca de 10% das células no epitélio seminífero. Essas células cilíndricas, com limites que são difíceis de distinguir, se estendem da lâmina basal até o lúmen do túbulo seminífero. Os domínios apicais de suas membranas plasmáticas apresentam recessos semelhantes a criptas que alojam espermátides até a sua liberação no lúmen dos túbulos seminíferos como espermatozoides recém-formados. Cada célula possui um núcleo eucromático e chanfrado, com um proeminente nucléolo. O citoplasma contém microtúbulos e filamentos intermediários que formam um proeminente citoesqueleto, além de longas mitocôndrias delicadas, um retículo endoplasmático agranular desenvolvido, grandes números de gotículas lipídicas e lisossomas carregados com lipofuscina. Células adjacentes são unidas por junções de oclusão no perímetro basal, de modo que a parede dos túbulos seminíferos seja dividida em um compartimento basal e um compartimento adluminal. As junções de oclusão entre as células de Sertoli constituem a barreira hematotesticular, a qual promove a separação entre as espermatogônias e os espermatócitos primários no compartimento basal e os espermatócitos secundários e espermátides no compartimento adluminal. O conteúdo dos túbulos seminíferos fica,portanto, isolado de antígenos circulantes, consequentemente protegendo espermatócitos e espermátides de reações autoimunológicas e de substâncias advindas com o sangue. As células de Sertoli fagocitam resquícios de espermátides e secretam o fluido testicular e outras substâncias, incluindo a proteína de ligação a andrógenos, essencial para a sobrevivência dos espermatozoides. As junções celulares estão intimamente associadas a filamentos de actina e ao retículo endoplasmático em locais denominados especializações ectoplasmáticas, as quais podem se ajustar às alterações na arquitetura juncional à medida que as células da linhagem espermatogênica se movem em direção ao lúmen. A extensa rede de elementos do citoesqueleto das células de Sertoli ajuda a proporcionar o movimento das células da linhagem seminífera.
· HISTOLOGIA E ULTRAESTRUTURA DAS CÉLULAS DE LEYDIG No tecido conjuntivo frouxo em meio aos túbulos seminíferos, estão presentes agregados de células de Leydig. Seu citoplasma ligeiramente acidófilo e vacuolizado se deve à remoção das gotículas lipídicas durante o processamento histológico, uma vez que elas armazenam colesterol para a síntese de testosterona. Essas grandes células poliédricas possuem um núcleo esférico excêntrico, com um ou dois nucléolos, e superfícies celulares com numerosos pequenos microvilos. Elas frequentemente se encontram próximas a capilares fenestrados e pequenos vasos linfáticos. Seu citoplasma contém abundantes túbulos e vesículas do retículo endoplasmático agranular (REA), uma característica típica de células secretoras de hormônios esteroides. Ribossomas e retículo endoplasmático granular em quantidade relativamente pequena, numerosas mitocôndrias espalhadas e com cristas tubulares, um grande aparelho de Golgi justanuclear e muitas gotículas lipídicas esféricas de vários tamanhos também ocupam o citoplasma. Inclusões cristaloides retilíneas (cristais de Reinke) que possuem um padrão altamente organizado em sua estrutura interna também ocorrem em células de Leydig humanas, mas sua função permanece enigmática. Essas inclusões não estão presentes antes da puberdade e são mais comuns com o avançar da idade. A quantidade de lipofuscina (pigmento) associada a lisossomas terciários também aumenta com a idade.
· HISTOLOGIA E FUNÇÃO DO EPIDÍDIMO O grande aumento revela a parede do ducto do epidídimo como constituída por um epitélio pseudoestratificado geralmente alto, contendo células basais (células-tronco) e células cilíndricas (células principais) dotadas de longos estereocílios apicais e imóveis que se projetam para o lúmen. Os estereocílios amplificam a área de superfície celular e atuam na absorção do fluido em excesso que acompanha os espermatozoides advindos do testículo. O epidídimo também é um longo ducto de armazenamento, através do qual os espermatozoides passam lentamente; sua jornada leva de uma a várias semanas. Em trânsito, os espermatozoides amadurecem e adquirem motilidade e capacidade de fertilização. Sustentando as circunvoluções do ducto epididimário, ocorre um tecido conjuntivo frouxo bastante celularizado e vascularizado. Externamente ao ducto epididimário, existe uma delgada camada de tecido muscular liso, a qual, na cabeça do epidídimo, permite a formação de contrações peristálticas espontâneas. Na cauda do epidídimo, entretanto, a contração muscular é estimulada pela inervação adrenérgica durante a estimulação sexual, o que promove a ejaculação.
· HISTOLOGIA DO DUCTO (OU CANAL) DEFERENTE O ducto deferente, uma continuação do epidídimo, é um tubo oco com 35-40 cm de comprimento. Ele termina no ducto excretor da glândula seminal para formar o ducto ejaculador, o qual passa através da próstata para desembocar na uretra prostática. Ele é derivado embriologicamente do ducto mesonéfrico (ou ducto de Wolff). A mucosa é a túnica mais interna, formada por um epitélio pseudoestratificado estereociliado e uma lâmina própria. O epitélio pseudoestratificado estereociliado, composto de células cilíndricas dotadas de estereocílios e células basais, reveste o lúmen do ducto deferente, cujo diâmetro é de 0,5 cm. A lâmina própria subjacente é constituída por tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas e forma pregas longitudinais na mucosa. Em seguida à mucosa, uma espessa túnica muscular, com cerca de 1,0-1,5 mm de espessura, formada por três camadas de tecido muscular liso: uma proeminente camada circular média, envolvida por camadas longitudinais interna e externa mais delgadas. A túnica adventícia, mais externa, é composta de tecido conjuntivo frouxo contendo vasos sanguíneos e nervos e que se mistura aos tecidos circunjacentes. Por meio da estimulação simpática, as contrações da musculatura lisa forçam os espermatozoides ao longo do ducto durante a ejaculação. Sob o ponto de vista funcional, o ducto deferente é mais do que um conduto passivo para os espermatozoides do epidídimo até a uretra; dados ultraestruturais sugerem que ele tenha funções secretoras e absortivas. A presença de estereocílios no domínio apical da membrana plasmática e de lisossomas no citoplasma das células cilíndricas do epitélio é consistente com funções absortivas e fagocíticas. Após uma vasectomia, os espermatozoides são fagocitados pelas células epiteliais da mucosa do ducto deferente e do revestimento do ducto epididimário.
· HISTOLOGIA E FUNÇÃO DA PRÓSTATA A próstata se desenvolve a partir do mesênquima ao redor do seio urogenital durante a 12ª semana de gestação. A próstata adulta é constituída por numerosos alvéolos prostáticos, unidades secretoras de formato irregular, que se abrem através de ductos ramificados separados na uretra prostática. Os alvéolos se encontram embebidos em meio a um estroma fibromuscular, dotado de grande quantidade de fibras colágenas misturadas a feixes irregularmente organizados de fibras musculares lisas. O estroma é contínuo com a cápsula e forma lóbulos um tanto pouco distintos. A próstata contribui com cerca de 15% do fluido do ejaculado. A natureza secretora do epitélio glandular dos alvéolos é evidente em grande aumento: o epitélio pseudoestratificado possui células basais e células cilíndricas secretoras. As células secretoras, de formato cilíndrico ou cuboide, produzem um líquido seroso esbranquiçado contendo fosfatase ácida, ácido cítrico, zinco, antígeno específico da próstata (PSA) e outras proteases e enzimas fibrinolíticas envolvidas na liquefação do sêmen. O PSA é uma serina-protease que é usada para diagnosticar algumas doenças prostáticas. Com o envelhecimento, concreções prostáticas (ou cálculos prostáticos) – corpúsculos eosinofílicos, de formato ovoide e de estrutura concentricamente lamelada – podem ser encontrados nos lumens dos alvéolos. Esses corpúsculos aumentam de quantidade e se calcificam com a idade. Considera-se que eles sejam uma mistura de secreções prostáticas e resíduos de células epiteliais degeneradas. A testosterona pode fazer com que o parênquima glandular prostático sofra hiperplasia e hipertrofia.
· HISTOLOGIA DAS GLÂNDULAS SEMINAIS O par de glândulas seminais (anteriormente denominadas vesículas seminais) consiste em dois divertículos dos ductos deferentes, com cerca de 2 cm de largura e 4 cm de comprimento. Estas glândulas são constituídas por sacos intensamente enovelados, cuja mucosa possui pregas internas formadas pelo tecido conjuntivo da lâmina própria que se projetam para o lúmen, revestidas por um epitélio com alta atividade secretora. Esta mucosa altamente pregueada se assemelha a uma trama com câmaras epiteliais anastomosadas, conferindo-lhe um aspecto pseudoglandular. A lâmina própria subjacente ao epitélio é um tecido conjuntivo frouxo com abundantes fibras elásticas. Em cortes histológicos, o amplo lúmen consiste em cavidades separadas de vários tamanhos, que se comunicam umas com as outras por toda a glândula. O lúmen contém um material eosinofílico coagulado, considerado como a secreção armazenada. Como a próstata, as glândulas seminais dependem de andrógenos e se desenvolvem completamenteapenas após a puberdade. O epitélio, como o de outras áreas do trato reprodutor masculino, é essencialmente pseudoestratificado com células basais e células cilíndricas. À microscopia eletrônica, as células cilíndricas polarizadas apresentam características típicas de células secretoras de proteínas – abundante retículo endoplasmático granular, um aparelho de Golgi bem desenvolvido, numerosas mitocôndrias e grânulos de secreção no citoplasma apical. As glândulas seminais contribuem com até 70% do sêmen. O principal produto de secreção é a frutose, um carboidrato usado pelos espermatozoides como uma fonte de energia para motilidade, além de água, íons K+, prostaglandinas e outros agentes que modificam a atividade dos espermatozoides no ejaculado. Como em outras glândulas associadas ao trato reprodutor masculino, as glândulas seminais possuem uma espessa túnica muscular com tecido muscular liso, a qual se contrai durante a fase de emissão da ejaculação.
· HISTOLOGIA DA URETRA E DO PÊNIS A uretra masculina conduz a urina da bexiga urinária até o exterior do corpo, além de sêmen durante a ejaculação. Ela consiste em três partes anatômicas, com o epitélio de revestimento da mucosa variando de acordo com a região. A uretra prostática, próxima à bexiga, tem cerca de 2 cm de comprimento e é revestida essencialmente por um epitélio de transição (urotélio), associado a uma lâmina própria ricamente celularizada com células musculares lisas isoladas. O assoalho da uretra prostática contém as aberturas dos ductos das glândulas prostáticas e do par de ductos ejaculadores. A curta uretra membranosa, com cerca de 2 mm de comprimento, atravessa a bolsa perineal profunda e a membrana perineal; sua mucosa é revestida por um epitélio estratificado cilíndrico. A uretra peniana, ou esponjosa, é o segmento mais longo e se estende através da porção central do corpo esponjoso da uretra. Sua mucosa é predominantemente revestida por um epitélio estratificado cilíndrico, mudando para um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado no nível da fossa navicular, a porção terminal dilatada da uretra que percorre a glande do pênis. A lâmina própria subjacente contém um rico plexo de seios venosos. Os ductos das glândulas bulbouretrais (ou glândulas de Cowper), com tamanho semelhante ao de uma ervilha, se abrem na porção proximal da uretra peniana. Múltiplas glândulas de Littré, pequenas glândulas secretoras de muco, lançam suas secreções através de pequenos ductos ao longo da uretra peniana, diretamente sobre o epitélio ou em pequenos recessos denominados lacunas de Morgagni.
· HISTOLOGIA DO PÊNIS O pênis consiste em três estruturas cilíndricas formadas por tecido erétil: o par de corpos cavernosos, separados por um septo incompleto da linha média, e um corpo esponjoso, localizado ventralmente e contendo a uretra peniana em seu centro. Uma túnica albugínea fibrosa circunda cada corpo cavernoso; a pele delgada recobre todo o pênis. Estas estruturas de tecido erétil – os corpos cavernosos e o corpo esponjoso – são massas de trabéculas de tecido conjuntivo frouxo contendo fibras musculares lisas, as quais delimitam uma extensa rede de seios vasculares de lúmen amplo, revestidos tipicamente por um endotélio, os quais se enchem de sangue durante a ereção. O pênis não é somente ricamente vascularizado, mas também profusamente inervado: muitos fascículos nervosos e receptores sensoriais especializados, incluindo corpúsculos de Pacini, são abundantes por todo o pênis. A uretra peniana se encontra no centro do corpo esponjoso e possui uma mucosa um tanto pregueada. O epitélio da uretra peniana é essencialmente estratificado cilíndrico e muda para estratificado pavimentoso não queratinizado próximo à extremidade terminal da uretra. Invaginações epiteliais formam as glândulas de Littré na lâmina própria que secretam muco como uma emissão pré-ejaculatória, a qual também é considerada como protetora do epitélio contra a urina. O mecanismo de ereção é complexo. Sob estimulação parassimpática, o suprimento sanguíneo principal do pênis é direcionado para as artérias helicinas (artérias musculares de trajeto tortuoso e contorcido), as quais se dilatam e se abrem nos espaços cavernosos do tecido erétil. A túnica íntima dessas artérias possui espessamentos semelhantes a cristas, as quais ocluem parcialmente seus lumens e atuam como valvas. Estes vasos e os espaços cavernosos se tornam ingurgitados com sangue, o qual expande os corpos cavernosos e comprime as veias de parede delgada abaixo da túnica albugínea. As veias são efetivamente fechadas, de modo que a rigidez e o tamanho do órgão aumentam. A uretra não é ocluída durante a ereção porque a cápsula de tecido conjuntivo ao redor do corpo esponjoso é mais delgada e menos rígida do que a túnica albugínea ao redor dos corpos cavernosos. Após a ejaculação, a qual se encontra sob controle simpático, as artérias helicinas se contraem e suas cristas da túnica íntima reduzem o volume do sangue que entra. As artérias recuperam seu tônus normal, a pressão venosa cai e o fluxo sanguíneo normal para a região é restaurado.
Mecanismos de ação do SNA sobre o sistema reprodutor masculino.
· O sistema reprodutor masculino dos mamíferos é ricamente inervado por fibras do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Trabalhos recentes comprovam a ocorrência de nervos autônomos näo-colinérgicos e näo-adrenérgicos, em que os neurotransmissores ou neuromoduladores säo polipeptídios. Os nervos peptidérgicos têm ampla ocorrência no organismo dos mamíferos, e vários deles foram observados no sistema reprodutor masculino
· A ereção peniana é um processo neurovascular complexo que se inicia pela estimulação sexual através de fenômenos físicos e/ou psicológicos, mediado por substâncias que atuam no endotélio vascular para garantir um ato sexual satisfatório. O objetivo do artigo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os processos de ereção e detumescência peniana. Três são os fenômenos responsáveis pela ereção peniana: relaxamento dos músculos lisos, aumento do influxo sanguíneo arterial do pênis e restrição do fluxo sanguíneo venoso do pênis. Esses eventos levam à progressiva distensão dos espaços sinusoidais e à compressão do plexo venoso subtúnico contra a túnica albugínea. Já a detumescência ocorre com o relaxamento do músculo isquiocavernoso em consequência da contração do músculo liso cavernoso. Todos esses processos são controlados por inervação autônoma e somática. O sistema somatossensorial se origina em receptores na pele, corpo e glande do pênis e uretra e dão origem ao nervo pudendo. As estruturas nervosas são responsáveis por três tipos de ereção: psicogênica, ativada por estimulação audiovisual e fantasias; reflexogênica ativada por estimulação física da área genital; noturna com fisiopatologia ainda incompreendida. O principal neurotransmissor da ereção peniana é a acetilcolina, que estimula o endotélio a liberar oxido nítrico, responsável pelo relaxamento dos vasos sanguíneos; enquanto que o principal neurotransmissor da detumescência é a noradrenalina, responsável por vasoconstrição. Concluiu-se que a fisiologia da ereção é a base para o desenvolvimento de terapias a doenças prejudiciais à função sexual.
Importantes métodos de higiene intima e a sua influência nas enfermidades do sistema reprodutor masculino.
· Além de causar mau cheiro, a falta da higiene íntima está associada a diversas doenças, como infecções, assaduras e até mesmo câncer. E engana-se quem acredita que basta apenas lavar com água e sabonete durante o banho.
· A falta de cuidado com a higiene íntima masculina preocupa a Sociedade Brasileira de Urologia. Eles estimam que sejam realizadas cerca de mil amputações no Brasil a cada ano. Em 2009, de acordo com o INCA, foram mais de 4,5 mil novos casos de tumor peniano registrados no Brasil, a maioria nas regiões Norte e Nordeste.
· Ao contrário do que ocorre com as mulheres, que desde pequenas são bombardeadas diariamente com informações acerca dos cuidados quedevem ser tomados com a genitália, os homens recebem pouca informação sobre como cuidar da própria saúde íntima.
· Após as relações: Após a prática do ato sexual, o ideal é que o homem consiga lavar a região íntima com atenção, para retirar todo o resíduo de lubrificante e líquido seminal que tenha acumulado na região. Mesmo que a relação tenha sido sem o uso da camisinha, deve-se realizar a limpeza com água e sabonete neutro, para remover o resíduo de esperma e secreções vaginais, que são uma ótima fonte de nutrição para bactérias.Caso não seja possível lavar logo em seguida, uma outra solução é realizar a higiene com um lenço umedecido. Mas atenção, o ideal é que o lenço seja neutro, sem fragrância e a base de água, para evitar possíveis alergias e irritações. E que a higiene seja feita o mais breve possível.

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