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Simulado 10 - Direito Processual Penal - 14 10 2020

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(FCC/TJ-RJ/2012) 
01) A lei processual penal 
A) é retroativa. 
B) não admite interpretação extensiva. 
C) tem aplicação imediata, prejudicada a validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
D) admite aplicação analógica. 
E) tem aplicação apenas no Estado em que editada. 
Comentário: 
 
Lei Processual Penal no Tempo 
Existem três teorias que explicam a aplicabilidade da lei processual penal no tempo: 
* Teoria da Unidade Processual; 
* Teoria das Fases Processuais; 
* Teoria do Isolamento dos Atos Processuais. 
Teoria da Unidade Processual 
- O processo criminal só pode ser regido apenas por uma única lei. 
- Uma Lei processual nova não pode ser aplicada a processos criminais em andamento, sendo aplicável 
apenas aos novos processos. 
Teoria das Fases Processuais 
- É possível a aplicação de diversas leis em um processo, porém cada fase do processo deve seguir 
apenas uma lei. 
- É possível a aplicação de uma nova lei dentro de um processo em andamento, no entanto, não será 
aplicada na fase atual, e sim na futura. 
Teoria do Isolamento dos Atos Processuais 
- É possível a aplicação de diversas leis no processo dentro de uma mesma fase processual. 
- A nova lei processual é aplicável de forma imediata aos processos em curso, no intento irá afetar 
apenas os atos processuais futuros, não acarretando mudanças nos atos já realizados. 
- O CPP adota. Art. 2º. 
- CPP/41. Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos 
realizados sob a vigência da lei anterior. (Princípio do Tempus Regit Actum ou Efeito imediato ou Aplicação 
Imediata da lei processual) 
- Fenômeno da Heterotopia: Trata-se de normas de natureza material (que fazem parte do Direito Penal) 
que se encontram inseridas em uma lei processual. 
- O STF e o STJ entendem que as normas relativas à execução penal são de direito material. 
 
Interpretação e Integração da Lei Processual 
- CPP/41. Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem 
como o suplemento dos princípios gerais de direito. 
- Interpretação Extensiva: é a extensão do alcance do que diz a lei, sem violar o princípio da 
legalidade. 
- Aplicação Analógica: É o mesmo que comparação. É uma forma de integração da lei penal que será 
utilizada quando não existir norma disciplinando determinado caso. Utiliza-se uma norma aplicável a 
outro caso. 
- É possível utilizar o instituto da analogia quando os casos apresentarem: 
* Igual valoração jurídica; 
* Circunstâncias semelhantes. 
OBS: A analogia in malam partem pode ser aplicada, caso não existam lesões a conteúdos de natureza 
material (penal). 
OBS: Os princípios gerais do Direito têm como uma de suas finalidades integrarem a lei, complementando 
as lacunas existentes. 
A Lei processual penal admite interpretação extensiva e analógica, assim como o suplemento dos 
princípios gerais de direito. 
 
 
 
Gabarito: Letra D. 
(CESPE/MPE-RO/2013) 
02) Em se tratando de crimes de competência da justiça estadual, o inquérito policial deverá ser concluído, 
em regra, no prazo de trinta dias, se o indiciado estiver em liberdade, e em quinze dias, se estiver preso. 
Comentário: 
 
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Finalização do Inquérito Policial - Prazos 
O inquérito finalizará de acordo com o CPP/41, no: - Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso em 
flagrante; 
- Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto mediante fiança ou sem ela. 
- CPP/41, Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
Finalização do Inquérito Policial – Exceções dos Prazos 
Crimes de Competência da Justiça Federal 
* Prazo de 15 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 15 dias; 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes da Lei de Drogas 
* Prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso em flagrante, prorrogável por mais 30 dias; 
* Prazo de 90 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 90 dias; 
Crimes contra a economia popular 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 10 dias, se o indiciado estiver solto; 
Crimes Militares 
* Prazo de 20 dias, se o indiciado estiver preso; 
* Prazo de 40 dias, se o indiciado estiver solto, prorrogável por mais 20 dias; 
 
Gabarito: Errado. 
(FCC/DPE-SP/2015) 
03) O arquivamento implícito do inquérito policial é 
A) consequência lógica da rejeição parcial da denúncia. 
B) o fenômeno decorrente de o MP deixar de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum suspeito, sem 
expressa justificação. 
C) o arquivamento promovido fundamentadamente pelo Procurador-Geral da República dos inquéritos que tratam 
de suposta prática de crimes de competência originária do Supremo Tribunal Federal. 
D) o arquivamento operado de ofício pelo delegado de polícia, quando este entende estarem ausentes prova da 
materialidade delitiva e indícios mínimos de autoria. 
E) o arquivamento promovido pelo Procurador-Geral de Justiça, após a remessa dos autos pelo juiz de direito que 
discorda do pedido de arquivamento requerido pelo órgão do Ministério Público em primeiro grau. 
Comentário: 
 
Arquivamento do Inquérito Policial 
Arquivamento do Inquérito Policial – Ação Penal Pública 
- Quando não for caso de apresentar denúncia por não ter sido considerado um fato criminoso, o MP 
requererá o arquivamento do inquérito policial. 
- Se o Juiz discordar, remeterá ao Procurador-Geral de Justiça os autos do inquérito policial que 
decidirá se irá continuar ou não arquivado. Com isso, o Juiz deverá obedecer à decisão do PGJ. 
OBS: O Juiz não pode mandar arquivar o Inquérito Policial nos crimes de ação pública sem a 
manifestação do MP solicitando o arquivamento. 
Arquivamento do Inquérito Policial – Ação Penal Privada 
- CPP/41, Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao 
juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão 
entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 
Arquivamento Implícito 
- Não tem previsão legal, ocorre quando o MP se omite a certos fatos ou indiciados. 
- O STF vem afirmando que no sistema processual penal brasileiro não prevê tal arquivamento. Info 605 – 
STF. 
Arquivamento Indireto 
- É quando o MP entende que o Juiz é incompetente no processo e não oferece a denúncia. Sendo que o 
juiz se considera competente e recebe o pedido de declínio de competência como uma espécie de 
pedido indireto de arquivamento. 
 
STJ/RHC 34.233/SP 
1 - A interposição de recurso em sentido estrito no lugar de recurso ordinário, contra acórdão que denega 
habeas corpus, em única instância, em Tribunal de Justiça, configura erro grosseiro, apto a impedir a 
aplicação da fungibilidade, ainda mais se, como na espécie, a súplica somente foi protocolada mais de trinta 
depois da publicação do julgado atacado, inviabilizando qualquer tipo de recurso. 
2 - Hipótese expressa na Constituição Federal acerca do cabimento do recurso ordinário e ausência de 
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previsão, no Código de Processo Penal, em uma das hipóteses taxativas referentes ao recurso em sentido 
estrito. 
3 - Não vigora o princípio da indivisibilidade na ação penal pública. O Parquet é livre para formar sua 
convicção incluindo na increpação as pessoas que entenda terem praticados ilícitos penais, ou seja, 
mediante a constatação de indícios de autoria e materialidade, não se podendo falar em arquivamento 
implícito em relação a quem não foi denunciado.4 - Recurso não conhecido. 
 
Gabarito: Letra B. 
(FGV/MPE-RJ/2016) 
04) Determinada vítima de um crime de injúria, ou seja, delito de ação penal privada, comparece ao 
Ministério Público e solicita reunião com o promotor de justiça para esclarecimentos. Na ocasião, narra 
que identificou serem duas as autoras do crime, Joana e Carla, que confessaram. Entretanto, como Joana 
é amiga de sua filha, a vítima não tem interesse em oferecer queixa em face da mesma, mas somente 
contra Carla. Considerando os princípios aplicáveis às ações penais privadas e a situação exposta, deverá 
o promotor esclarecer que: 
A) aplica-se o princípio da obrigatoriedade às ações penais privadas, de modo que a queixa deverá ser formulada 
em face das duas autoras; 
B) aplica-se o princípio da oportunidade às ações penais privadas, razão pela qual poderá a vítima formular queixa 
apenas em face de uma das autoras do crime; 
C) o princípio da indivisibilidade é exclusivo das ações penais públicas, já que o promotor está sujeito ao princípio 
da obrigatoriedade; 
D) aplica-se o princípio da disponibilidade às ações penais privadas, razão pela qual poderá a vítima formular 
queixa apenas em face de uma das autoras do crime; 
E) aplica-se o princípio da oportunidade às ações penais privadas, mas a renúncia em relação a um dos autores 
do crime se estende aos demais. 
Comentário: 
 
Ação Penal Privada Exclusiva 
- O titular da ação é, exclusivamente, o indivíduo que foi ofendido pelo infrator, e não o MP. 
Ação Penal Privada Exclusiva - Princípios 
- Três princípios regem a ação penal privada: 
* Princípio da Oportunidade; 
* Princípio da Disponibilidade; 
* Princípio da Indivisibilidade. 
Princípio da Oportunidade 
- A ação penal privada não é obrigatória ao M.P, competindo ao ofendido ou legitimados a proceder à 
análise da conveniência do ajuizamento da ação; 
Princípio da Disponibilidade 
- Enquanto na ação pública o titular da ação não pode desistir do que foi proposto, na ação penal 
privada é possível desistir; 
Princípio da Indivisibilidade 
O ofendido, quando ajuizar a queixa, está impossibilitado de separar o exercício da ação penal sobre 
os infratores. Com isso, deve ajuizar a queixa contra todos que participaram do delito. 
- CPP/41, Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o 
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade. 
 
Renúncia 
- É um ato unilateral; 
- A renúncia deverá ocorrer antes do ajuizamento, podendo ser expressa ou tácita; 
- O STJ entende que na renúncia tácita a não inclusão de um dos infratores (omissão do querelante 
(ofendido)) deve ter sido voluntária, caso tenha sido involuntária, não se considera renúncia tácita. 
Assim, o MP deve intimar o querelante para se manifestar com os demais infratores. 
- CPP/41, Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a 
todos se estenderá. 
- Caso o ofendido perdoe um dos querelados, ocorrerá o aproveitamento do perdão a todos; 
 
Gabarito: Letra E. 
(CESPE/PC - PE/2016) 
05) Em se tratando de ação penal privada subsidiária, se houver inércia do Ministério Público e a vítima, 
tendo assumido a titularidade da ação, deixar de praticar ato que lhe competia para dar prosseguimento ao 
processo, incorrerá em perempção, o que enseja a extinção do processo. 
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Comentário: 
 
A doutrina e a jurisprudência entendem que não é cabível perempção na Ação Penal Privada Subsidiária da 
Pública. 
 
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública 
- A ação penal é pública, sendo o MP titular, porém, sendo o MP inerte no prazo legal de oferecer 
denúncia, o ofendido pode ajuizar a ação penal privada substituindo a ação penal pública, no prazo de 
06 meses após esgotado o prazo do MP de denunciar; 
- A legitimidade é concorrente, podendo o MP ajuizar ação penal pública, mesmo após o prazo, e o 
ofendido, ação penal privada subsidiária. 
- CPP/41, Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, 
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo 
tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. 
- O MP atua em todas as ações penais. Sendo ação pública, ele atuará como acusador e fiscal da lei 
(Custos legis), sendo privada atuará apenas como fiscal da lei; 
- Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP pode aditar a queixa, se referindo a qualquer 
aspecto, diferente da privada em que só adita os elementos formais, mas não os essenciais; O MP 
pode apresentar denúncia substitutiva repudiando a queixa, alegando que não ficou inerte; O MP pode 
retomar a ação como parte principal quando o querelante for negligente; 
- A decadência é considerada por parte da doutrina como imprópria, ou seja, mesmo após finalizado o 
prazo de 06 meses da vítima de ajuizar ação, o MP continua podendo ajuizar a ação pública; 
 
Perempção 
- É a perda do direito de seguir a ação; 
- É exercida na ação penal exclusivamente privada ou personalíssima. 
- CPP/41, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a 
ação penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber 
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/STJ/2018) 
06) No processo penal, em regra, a competência é definida pelo domicílio ou pela residência do réu; no 
entanto, se este endereço for desconhecido, a ação penal será processada no lugar de consumação da 
infração. 
Comentário: 
 
Regra: CPP/41. Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. 
 
Exceção: CPP/41. Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo 
domicílio ou residência do réu. 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/MPE-SP/2018) 
07) A nulidade absoluta é a que decorre da violação de uma determinada forma do ato, que visava à 
proteção de interesse processual das partes. 
Comentário: 
 
A nulidade relativa é a que decorre da violação de uma determinada forma do ato, que visava à proteção de 
interesse processual das partes. 
 
Defeitos dos Atos Processuais 
- São atos defeituosos, os: 
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* Atos Inexistentes; 
* Atos Nulos; 
* Atos Meramente irregularidades. 
Atos Inexistentes 
Ocorre quando o defeito é muito grave, não sendo o ato considerado existente. Ex: Sentença Judicial 
proferida por Servidor Público em vez do Juiz. Nesse caso o Judiciário não considera que o ato foi praticado. 
Atos Nulos 
A anulação pode ser absoluta, quando o vício no processo afeta o interesse público, como, por exemplo, a 
falta do defensor do acusado. Mas também pode ser uma anulação relativa, que ocorre quando afeta os 
interesses das partes. Nesse caso o Judiciário reconhece que o ato existiu, mas o invalida não produzindo 
seus efeitos. 
Atos Meramente irregularidades 
São defeitos que causam pouco impacto no processo, pois é um erro não prejudicial ao ato, não 
gerando consequências processuais. 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/PC-SP/2018) 
08)No que se refere à comunicação dos atos processuais, assinale a alternativa correta. 
A) A citação por procuração é aceita desde que o procurador tenha poderes especiais para tanto. 
B) Existem três formas de citação: a real, a ficta e a editalícia. 
C) A ausência de citação é causa de nulidade absoluta no processo, mas a inobservância das formalidades da 
citação gera nulidade relativa do ato. 
D) Ao verificar que o réu se oculta para não ser citado, dar-se-á a citação por edital. 
E) No caso de citação do militar, além do mandado de citação, que deverá ser cumprido por oficial de justiça, 
também é necessária a notificação do chefe da repartição pública em que o militar estiver lotado. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. Não existe previsão no CPP a possibilidade de ser aceita a citação por procuração, porém, no 
processo civil é possível (CPC Art. 105.). 
 
Letra B: Errada. 
 
Formas de Citação 
Real ou Pessoal Ficta ou Presumida 
Regra Exceção 
Realizada por Mandado, Carta Precatória, Carta de 
Ordem ou Carta Rogatória. 
Realizada mediante Citação por Edital ou Hora 
Certa. 
 
Letra C: Correta. 
 
CPP/41, Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à 
acusação e à defesa; – Pode ser sanada conforme Art. 572. 
 
Letra D: Errada. 
 
Citação Ficta por Hora certa 
- Ocorre quando o réu se oculta para não ser citado, ou seja, está fugindo da citação; 
- CPP/41, Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a 
ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á 
nomeado defensor dativo. 
- A citação por Hora certa seguirá os trâmites do CPC; 
- CPC/15, Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu 
domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer 
pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar 
a citação, na hora que designar. 
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a 
intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de 
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correspondência. 
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, 
comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. 
§ 1º Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, 
dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção 
judiciárias. 
§ 2º A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido 
intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o 
mandado. 
§ 3º Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou 
vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. 
§ 4º O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se 
houver revelia. 
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou 
interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, 
telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. 
 
Letra E: Errada. 
 
Citação do Militar e do Funcionário Público 
- CPP/41, Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço. 
- CPP/41, Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será 
notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição. 
OBS: Se tais agentes públicos já tiverem aposentados, a citação segue a regra geral. 
- CPP/41, Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. 
- Não sendo citado no processo, caso o acusado compareça espontaneamente, desde que não exista 
prejuízo para a defesa, o processo seguirá normalmente sanando a falta de citação. 
 
Gabarito: Letra C. 
(IBADE/PC-AC/2017) 
09) No curso de uma interceptação telefônica que apurava a prática dos crimes de associação para o 
tráfico, bem como o crime de tráfico de drogas, foi descoberto que os mesmo criminosos também eram 
responsáveis por diversos outros crimes na região, como homicídios e roubos. Este encontro fortuito de 
elementos probatórios em relação a outros fatos delituosos é denominado pela doutrina e jurisprudência 
como Teoria da(o): 
A) nexo causal atenuado. 
B) fonte independente. 
C) serendipidade 
D) exceção da descoberta inevitável 
E) aparência. 
Comentário: 
 
STF/HC 129.678/SP 
O “crime achado” (serendipidade), ou seja, a infração penal desconhecida e, portanto, até aquele 
momento não investigada, sempre deve ser cuidadosamente analisada para que não se relativize em 
excesso o inciso XII do art. 5º da Constituição Federal. A prova obtida mediante interceptação telefônica, 
quando referente a infração penal diversa da investigada, deve ser considerada lícita se presentes os 
requisitos constitucionais e legais. 
 
Serendipidade 
Ocorre quando um crime desconhecido é descoberto por acaso a partir de uma investigação relacionada 
ao crime principal. 
Pode ser dividida em: 
* Serendipidade Objetiva: surgimento de indícios da execução de outro delito que não estava em 
investigação. 
* Serendipidade Subjetiva: surgimento de indícios de envolvimento criminoso de uma pessoa que 
originariamente não estava sob investigação. 
Pode ser dividida em: 
* Serendipidade de Primeiro grau: Ocorre quando as provas encontradas por acaso possuem conexão 
com o fato investigado. 
* Serendipidade de Segundo grau: Ocorre quando as provas encontradas por acaso não possuem 
conexão com o fato investigado. 
 
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Gabarito: Letra C. 
(MPE-SP/MPE-SP/2017) 
10) Os crimes que deixam vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, que só pode ser suprido 
pela confissão ou prova testemunhal no caso de desaparecimento de vestígios. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto 
(o perito realiza o exame de corpo delito diretamente sobre o vestígio deixado) ou indireto (o perito realiza 
o exame com base em informações verossímeis fornecidas a ele), não podendo supri-lo a confissão do 
acusado. 
 
CPP/41. Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/PF/2018) 
11) As hipóteses de suspeição do juiz se referem a fatos e circunstâncias de origem externa ao processo e 
que poderão influenciar na decisão do órgão julgador. 
Comentário: 
 
Suspeição Impedimento 
Circunstância Subjetiva Circunstância Objetiva 
Fato Externo capaz de influenciar a imparcialidade 
do Juiz 
Fato Interno capaz de influenciar a imparcialidade do 
Juiz 
Rol Exemplificativo Rol Taxativo 
CPP/41, Art. 254. CPP/41, Art. 252. 
 
Gabarito: Correto. 
(VUNESP/TJ-RS/2018) 
12) Sobre prisão e medidas cautelares, é correto afirmar: 
A) por se tratar de medida urgente, a prisão deverá ser efetuada em qualquer lugar e dia e a qualquer hora. 
B) a falta de exibição do mandado não obsta a prisão se a infração for inafiançável. 
C) deverão ser aplicadas, observando-se a necessidade, adequação, regulamentação, usos e costumes e os 
princípios gerais de direito.D) o juiz não pode dispensar a manifestação da parte contrária antes de decidir sobre o pedido de medida 
cautelar. 
E) dispensa-se a assinatura no mandado de prisão quando a autoridade judiciária responsável pela sua expedição 
se fizer presente em seu cumprimento. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. 
 
CF/88. Art. 5º, XI. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial. 
 
Letra B: Correta. 
 
Decretação de Medidas Cautelares 
Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 287. Se a infração for inafiançável, a 
falta de exibição do mandado não obstará à prisão, e 
o preso, em tal caso, será imediatamente 
apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado. 
CPP/41. Art. 287. Se a infração for inafiançável, a 
falta de exibição do mandado não obstará a 
prisão, e o preso, em tal caso, será imediatamente 
apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado, 
para a realização de audiência de custódia. 
 
Letra C: Errada. 
 
CPP/41. Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas observando-se a: 
 
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos 
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; 
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II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado 
ou acusado. 
 
Letra D: Errada. 
 
Decretação de Medidas Cautelares 
Antes da Lei 13.964/2019 Após a Lei 13.964/2019 
CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de 
urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, 
ao receber o pedido de medida cautelar, determinará 
a intimação da parte contrária, acompanhada de 
cópia do requerimento e das peças necessárias, 
permanecendo os autos em juízo. 
CPP/41. Art. 282. § 3º Ressalvados os casos de 
urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o 
juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, 
determinará a intimação da parte contrária, para 
se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, 
acompanhada de cópia do requerimento e das 
peças necessárias, permanecendo os autos em 
juízo, e os casos de urgência ou de perigo 
deverão ser justificados e fundamentados em 
decisão que contenha elementos do caso concreto 
que justifiquem essa medida excepcional. 
A Lei 13.964/2019 trouxe o prazo de 05 (cinco) dias para a parte contrária se manifestar após a intimação. 
A Lei 13.964/2019 acrescentou o § 3º do Art. 282, estabelecendo que os casos de urgência ou de perigo 
deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que 
justifiquem essa medida excepcional. 
 
Letra E: Errada. 
 
CPP/41. Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivo mandado. 
 
Parágrafo único. O mandado de prisão: 
 
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade; 
 
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos; 
 
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão; 
 
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração; 
 
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução. 
 
Gabarito: Letra B. 
(NC-UFPR/TJ-PR/2019) 
13) Sobre a prisão em flagrante, responda: 
A comunicação da prisão ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso, ou à pessoa por ele 
indicada, deve ser feita em até 24 horas. 
Comentário: 
 
CPP/41. Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente 
ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto 
de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a 
Defensoria Pública. 
 
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, 
com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. 
 
Gabarito: Errado. 
(CESPE/TJ-DFT/2019) 
14) O procedimento comum sumário é cabível quando a ação penal tiver por objeto crime cuja pena 
máxima privativa de liberdade seja igual ou inferior a quatro anos. 
Comentário: 
 
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CPP/41. Art. 394. O procedimento será comum ou especial. 
 
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de 
pena privativa de liberdade; 
 
Gabarito: Errado. 
(VUNESP/TJ-AC/2019) 
15) Em relação ao procedimento relativo aos processos de competência do Tribunal do Júri, assinale a 
alternativa correta. 
A) O desaforamento não poderá ser determinado sob a alegação de excesso de serviço. 
B) O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a 
pena mais grave. 
C) Encerrada a instrução probatória, ainda durante a primeira fase, as alegações serão orais, concedendo-se a 
palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, pelo prazo de 10 (dez) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). 
D) O procedimento será concluído no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias. 
Comentário: 
 
Letra A: Errada. 
 
CPP/41. Art. 428. O desaforamento também poderá ser determinado, em razão do comprovado excesso de 
serviço, ouvidos o juiz presidente e a parte contrária, se o julgamento não puder ser realizado no prazo de 6 
(seis) meses, contado do trânsito em julgado da decisão de pronúncia. 
 
Letra B: Correta. 
 
CPP/41. Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o 
acusado fique sujeito a pena mais grave. 
 
Letra C: Errada. 
 
CPP/41. Art. 411. § 4º As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à 
defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). 
 
§ 5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusação e a defesa de cada um deles será 
individual. 
 
§ 6º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, 
prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
 
Letra D: Errada. 
 
CPP/41. Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias. 
 
 
Gabarito: Letra B. 
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