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PORTIFÓLIO 2° SEMESTRE

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
TECNOLOGIA EM LOGISTICA
ORLANDO DA SILVA MAGALHÃES
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
 (Processos Logísticos, Transporte e Abastecimento)
CAMPO GRANDE-MS
2018
VÁRZEA GRANDE
2013
 (
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
(
Processos Logísticos, Transporte e Abastecimento
)
) (
ORLANDO DA SILVA MAGALHÃES
)
Trabalho Interdisciplinar Individual apresentado ao Curso de Tecnologia em Logistica à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR VIRTUAL, relativo ao 2° Semestre para as disciplinas: Gerenciamento de transportes e abastecimento; análise de custo; processos logísticos; sistemas de informação gerencial; seminário de projeto integrado III
Professores: Marcela Navarro Pianucci; Valdeci da Silva; Edmarcos Carrara de Souza; João Antonio de Freitas Coelho; Eduardo de Faria Nogueira; Alexander Luis Montini.
CAMPO GRANDE-MS
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 03
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................... 04
2.1 Gerenciamento de Transporte e Abastecimento ................................................ 04
2.1.1 Conceito de logística e sistema logístico......................................................... 05
2.1.2 Sistema de Informações Logística................................................................... 06
2.1.2.1 Sistema de Gerenciamento de Pedidos (OMS).... .................................. .... 06
2.1.2.2 Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS) ................. .................. 07
2.1.2.3 Sistema de Gerenciamento de Armazém (SGA)........................................... 07
2.1.3 Processos realizados em um Centro de Distribuição por meio do WMS......... 07
2.1.3.1 Recebimento.......................................................................................... ...... 07
2.1.3.2 Armazenamento.............................................................................................08
2.1.3.3 Expedição.......................................................................................................08
2.1.4 Justificativa................................................................................................. ......08
2.2 Análise de Custo..................................................................................................09
2.2.1 O uso da Contabilidade na Análise de Custo....................................................10
2.2.2 Definições e Conceitos......................................................................................10
2.2.3 Estudo de Caso.................................................................................................12
2.2.3.1 O que é Mark Up............................................................................................12
2.2.3.2 Calculando Preço de Venda por Mark Up......................................................13
2.2.3.3 Exemplificando...............................................................................................13
2.3 Processos Logísticos...........................................................................................14
2.3.1 Sistemas de produção puxados x empurrados.................................................15
2.3.1.1 Sistema Puxado.............................................................................................15
2.3.1.2 Sistema Empurrado........................................................................................15
2.4 Sistema de Informações Gerenciais.....................................................................16
3.0 CONCLUSÃO..................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 21
RELATÓRIO DA EMPRESA
· Razão Social: Barril Aberto Distribuidora de Bebidas.
· Localização: Está localizada na Avenida Joaquim Dornelas, n° 238, Quadra 33, Centro, na cidade de Campo Grande-MS.
· Ramo de Atividade: Atua no ramo de importação de bebidas alcoólicas, isotônicos, energéticos e refrigerantes.
· Número de funcionários: Atualmente com 105 colaboradores.
1. INTRODUÇÃO 
Desde os anos 90, com o desaparecimento das fronteiras geográficas, as empresas passaram a enfrentar a realidade de uma etapa de crescimento que exigiu um amplo desenvolvimento de estratégias e soluções para um mercado global. Esse mercado exigiu também das empresas uma atuação veloz e flexível, entretanto, também foram necessárias estratégias para oferta de produtos e serviços com qualidade e preços reduzidos. A melhoria da qualidade dos produtos e serviços é a exigência direta do cliente, entretanto, alguns deles não se dispõem a pagar por essas melhorias. 
Os custos passam a ser qualificadores, e o nível de serviço um diferenciador perante o mercado. Neste cenário, a Logística que pode ser definida como a parte integrante do processo da cadeia de suprimento que planeja, programa e controla o eficiente e efetivo fluxo produtivo, estoca os bens, dimensiona serviços e informações relacionadas e finalmente transporta mediante tarifações (fretes) do ponto de origem ao ponto de consumo, visando sempre atender aos requisitos dos consumidores se revela um recurso da maior importância às empresas, atribuindo-lhes diferenciais de qualidade e maior contribuição para os seus lucros.
A atividade Logística no Brasil ainda pode ser considerada recente, tendo se desenvolvido em razão do aumento da competitividade. Tal mudança no cenário nacional deve-se, em parte, pela entrada no país de empresas multinacionais que trazem consigo conceitos de qualidade e eficiência ligados à Logística dos seus produtos até então desconhecida pelos empresários brasileiros. A competitividade tem exigido que as empresas brasileiras desenvolvam vantagens em relação aos seus concorrentes que envolvem tempo, e principalmente custo e nível de serviços. O gerenciamento logístico focado nos custos operacionais surgem então como uma ferramenta com o objetivo de oferecer aos gestores parâmetros de avaliação do desempenho compatível com os objetivos da empresa.
A Logística como gestão, passa a ter a função de agregar valor ao produto através do tipo de serviço por ela oferecido. Entre as exigências dos clientes destacam-se a redução dos prazos de entrega, a maior disponibilidade de produtos, a entrega com hora determinada, o cumprimento dos prazos de entrega e a facilidade de colocação dos pedidos. Desta forma as empresas devem estudar quais são as suas necessidades para manterem sua competitividade e se estão segmentando os canais ideais de distribuição, para atendimento das exigências do cliente.
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 Gerenciamento de Transporte e Abastecimento
Portanto, administrar as atividades que compõem o sistema logístico é condição essencial para se atingir a competitividade, o que representa, neste contexto, suprir, produzir e distribuir ao menor custo, no momento e na forma em que o consumidor deseja consumir. Na logística, uma das áreas mais tradicionais é a armazenagem, esta tem passado por profundas transformações nos últimos anos, ganhando importância frente às atuais mudanças do mercado. Dentre essas mudanças, destaca-se adoção de novos sistemas de informação aplicados à gestão da armazenagem, em sistemas automáticos de movimentação e separação de produtos e até mesmo na revisão do conceito do armazém como uma instalação com a principal finalidade de estocar produtos. Segundo Rago (2002), a gestão do armazém está alocada no nível da execução e esta relacionada às atividades dentro do armazém e para um melhor uso dos recursos (capital e humano). Entre os sistemas de informação para a gestão de armazém, destaca-se o Warehouse Management System – (WMS - Sistema de Gestão de Armazenagem), este tipo de software recebe informações pertinentes ao armazém, de acordo com as necessidades da organização, podendoeste gerar respostas para uma melhor movimentação, armazenagem, separação e expedição dos produtos, no qual melhora as operações e torna eficiente o gerenciamento de informações, e as tarefas são, desta maneira, desempenhadas com um alto nível de controle. 
A utilização do WMS como ferramenta gerencial e não como uma simples atividade operacional pode oferecer uma eficiente administração da armazenagem, evitando excesso de estoques, otimizando a movimentação, melhorando a utilização do armazém, reduzindo custos, melhorando a integração do processo de armazenagem com os processos da organização e melhor atendimento ao cliente.
2.1.1 Conceito de logística e sistema logístico
Segundo Christopher (2001), logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, (e os fluxos de informação correlata) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento de pedidos a baixo custo. Para Ballou (2006), a logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição de matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável. Para Ferraes Neto (2000), a logística pode ser entendida como a gestão dos fluxos físico, das informações e financeiro. 
O fluxo físico é o que se inicia com a aquisição da matéria-prima e termina com o venda do produto, desconsiderando-se neste caso a logística reversa. Este fluxo faz com que recursos financeiros sejam despendidos para a compra, a transformação e a movimentação de materiais. O fluxo de informação que começa no cliente e deve orientar o fluxo físico. Caso isto não aconteça de forma adequada, a utilização de recursos será feita de forma equivocada e ineficiente. Segundo Ferraes Neto (2000) durante muito tempo a importância deste fluxo foi subestimada, pois as empresas, contando com recursos financeiros abundantes e baratos não se preocupavam com a gestão da informação e preferiam formar grandes estoques para se proteger de incertezas e erros de previsões. 
Com a mudança deste cenário, os juros subiram e os recursos materiais passaram a ser escassos e caros. Tornou-se imperativo substituir estoques, que são vorazes consumidores de recursos, por informação. Ou seja, passou a ser necessário sincronizar o fluxo físico com o de informações para racionalizar a utilização de recursos e otimizar o desempenho do sistema. Em suma, conclui-se que um sistema logístico eficiente irá criar uma menor necessidade de recursos e alavancar melhores resultados. Isto permite uma grande eficiência dos três fluxos logísticos irá ser refletida em melhores índices financeiros e maior lucratividade.
2.1.2 Sistema de Informações Logística.
O SIL precisa ser abrangente e ter a capacidade suficiente para permitir a comunicação não apenas entre as áreas funcionais da empresa (marketing, produção, finanças, logística, etc.), mas também entre os membros do canal de suprimentos (vendedores e clientes). Compartilhar informação selecionada sobre vendas, embarques, programas de produção, disponibilidade de estoques, situação dos pedidos e similares com vendedores e compradores são ações que conseguem reduzir as incertezas ao longo da cadeia de suprimentos, à medida que seus usuários vão encontrando maneiras de tirar proveito da disponibilidade da informação. Embora os benefícios do compartilhamento de informações além dos limites das empresas venham sendo reconhecidos, sempre haverá limites para a qualidade e quantidade das informações que as empresas se disporão a compartilhar com pessoas e empresas fora da órbita de seus controles. 
No âmbito do SIL, os principais subsistemas são: sistema de gerenciamento de pedidos (SGP), sistema de gerenciamento de armazéns (SGA), sistema de gerenciamento de transportes (SGT). Cada um deles contém informação para objetivos transacionais mas também ferramentas de suporte de decisões muito úteis no planejamento de atividades específicas. A informação flui entre eles, bem como entre o SIL e os outros sistemas de informação da empresa, a fim de criar um sistema integrado. Os sistemas de informação são conhecidos na forma de pacotes de software de computador.
2.1.2.1 Sistema de Gerenciamento de Pedidos (OMS).
É um software que faz o Gerenciamento de Ordem de Serviço, entre o cliente e o operador logístico. Ele serve exatamente para controlar a interface de pedidos e suas situações com rastreabilidade e controle do relacionamento, fazendo o elo entre o cliente e seu serviço terceirizado.
2.1.2.2 Sistema de Gerenciamento de Transportes (TMS)
Existem TMS focados para quem compra transporte, ou para quem vende transporte, ou até para quem quer comprar e vender transporte que no caso são os operadores logísticos.
2.1.2.3 Sistema de Gerenciamento de Armazéns (SGA)
No mercado de WMS também temos opções voltadas a indústria, ao comércio e ao Operador Logístico, que neste caso, deve controlar o estoque de terceiros e não o próprio. Para tanto isto deve estar interligado ao cliente.
2.1.3 Processos realizados em um Centro de Distribuição por meio do WMS
Centro de Distribuição (CD) é uma unidade construída por empresas para armazenar os produtos produzidos ou comprados para revenda, com a finalidade de despachá-los para outras unidades, filiais ou clientes. A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente, flexível e dinâmica, isto é, capacidade de resposta rápida e fácil. A preocupação da distribuição física é com os bens acabados ou semi-acabados. Deve-se planejar o abastecimento aos clientes, com o objetivo de garantir maiores vendas com menores estoques. A logística total responsabilidade sob as mercadorias desde o instante em que a produção finaliza e que o comprador adquire a mercadoria.
2.1.3.1 Recebimento
O recebimento em um centro de distribuição pressupõe procedimentos de alimentação de estoque, baseados normalmente em ponto de pedido. O recebimento controla as entradas de produtos no estoque da empresa, detalhando informações como os registros físicos e fiscais de cada mercadoria recebida. O recebimento também é utilizado como recurso fundamental para o fechamento do Inventário, sendo assim o processo é gerenciado pelo registro de notas fiscais de entrada. Esta atividade compreende os processos de conferência na portaria; recepção/controle de estoque e conferência estoque físico com a nota fiscal.
2.1.3.2 Armazenamento
O processo de armazenagem ocorre quando algo é guardado para uso ou transporte futuro. Corresponde a retirar o produto das docas ou local de recebimento e transferi-lo para local apropriado, mantendo-o ali até que seja demandado. É composto pelas etapas de endereçamento automático, transferência de mercadoria entre endereços e linha de produção.
2.1.3.3 Expedição
A expedição ou despacho corresponde ao processo de separar os itens armazenados em um determinado local, movimentando-os para um outro lugar com o objetivo de atender a uma demanda específica, ou seja, o envio dos produtos aos clientes. Compreende as etapas da expedição: recebimentos de pedidos; consolidação de pedidos; planejamento/programação de transportes; carregamento de veículos, geração de documentação de transportes e entrega do produto ao cliente. 
Para que os processos, dentro de um centro de distribuição, possam ocorrer de forma ágil, eficaz e que a produtividade não seja afetada, são necessários equipamentos que possam oferecer condições para que o trabalho seja desenvolvido de forma a alcançar os objetivos, por isso são necessárias algumas ferramentas importantes, como o código de barras, coletores, empilhadeiras, paletes, paleteiras, no qual veremos a seguir. Todos estes equipamentos citados têm grande importância nos processosoperacionais, pois reduz o custo da mão-de-obra, melhora o nível de serviços, aumentando significativamente a produtividade, o que se refletirá no aumento da lucratividade.
2.1.4 Justificativa
De um modo geral, o sucesso da implantação de sistemas logísticos nas empresas e as vantagens advindas de sua aplicação, depende do processo de amadurecimento empresarial. Dessa forma, todo o processo logístico pode ser otimizado, permitindo a maior eficácia nos processos internos e de comunicação com a cadeia de suprimentos. LEE e WHANG (2002) indica que o segredo está em utilizar as informações e alavancar os recursos disponíveis para coordenar ações, priorizando os fluxos de informações. A palavra chave passa a ser a integração empresarial para obtenção de vantagem competitiva.
Pode-se concluir com a elaboração deste estudo a importância de implantação do sistema de informação logística no Centro de Distribuição estudado, pois a partir da implementação do WMS a empresa analisada: passou a desempenhar suas atividades internas em menor tempo e com mais precisão, possibilitando assim aumento na produtividade e no número de pedidos atendidos; o fluxo de informações ficou mais seguro e rápido; houve aumento do nível de vendas e conseqüentemente do seu faturamento; houve aumento do número de fornecedores e clientes atendidos; houve aumento dos índices de desempenho em termos de redução de custos e qualidade de atendimento ao cliente.
2.2 Análise de Custo
Dependendo do contexto em que a palavra custo é utilizada, podemos chegar a diferentes entendimentos. Quando dizemos que uma pessoa comprou um terno por R$300,00 e que esse é seu custo, não teremos muitas dúvidas, entendemos claramente esse exemplo. No entanto, se pretendermos conhecer quais foram os custos de fabricação desse terno, podermos ter diferentes entendimentos.
O fabricante do terno pode entender de uma forma diferente os custos do terno vendido: custos contábeis, custos de oportunidade, custos financeiros, custos por absorção e outros tantos.
O preço pago no terno deve ser suficiente para cobrir todos os custos inerente a produção, todas as despesas da organização bem como gerar um lucro pra a mesma e conseqüentemente para seus sócios.
As organizações somente se perpetuam se os seus preços forem superiores aos seus custos; consumidor somente adquire esses produtos quando percebe um valor agregado superior ao seu preço.
A análise de custo é uma ferramenta estratégica no processo decisorial, sendo indispensável na execução de diversas tarefas gerenciais, tais como formação de preços, otimização da produção, valorização do estoques etc.
2.2.1 O uso da Contabilidade na Análise de Custo
Com o crescimento da atividade industrial não mais podemos apurar o resultado baseando-nos apenas nos estoques, preço de venda e custo de compra. Antigamente a apuração de resultado se dava basicamente como levantamento dos estoques, já que o contador apenas apurava o montante pago por item estocado, e valorava as mercadorias por esse valor. O cálculo era feito apenas por diferença, verificando-se quando tínhamos de estoques iniciais, adicionando-se as compras e comprando com saldo final de estoques, dessa forma, apurava-se o valor de aquisição das mercadorias vendidas.
Com o inicio das atividades indústrias, tornou-se mais complexa a apuração dos custos, pois, se antes essa apuração levava em conta apenas o controle de estoque, agora, deveria levar em conta outros fatores do processo produtivo, como matéria prima utilizada, mão de obra, matérias de uso e consumo, depreciação e amortizações etc.
Nesse processo, a contabilidade de custos é a responsável por suprir a alta gestão da organização de informações relativas aos custos imputados aos produtos e serviços produzidos pela organização.
2.2.2 Definições e Conceitos
A correta diferenciação entre os custos, gastos, despesas, investimentos, perdas e desperdícios de uma empresa se faz extremamente necessária para o bom andamento de um negócio.
· Gasto: Começaremos pela definição de gastos por se tratar de um conceito extremamente amplo, pois todos os bens e serviços adquiridos por uma empresa são considerados como “gastos” em algum momento de sua existência. Sendo assim, existem gastos com a compra de matérias-primas, mão de obra, insumos, que no decorrer do processo se transformarão em custos, despesas ou investimentos.
· Custo: É o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de bens e serviços, ou seja, é o gasto efetuado na área fabril da organização. Como exemplo de custo podemos citar a matéria prima utilizada no processo produtivo, mão de obra utilizada na área fabril, a energia elétrica consumida na área fabril e todos os outros gastos efetuados na área fabril. Os custos podem ser classificados em:
# Diretos: todo tipo de investimento que é diretamente ligado à construção do produto ou serviço oferecido pela empresa, como matéria-prima, mão de obra, insumos, entre outros. São os mais fáceis de identificar.
# Indiretos: tipos de investimentos ligados à produção dos bem ou serviços oferecidos, porém de forma indireta. São itens como manutenção, limpeza, almoxarifado, logística, energia elétrica, alimentação e todos os demais gastos de fabricação que não incidem diretamente sobre o produto em si.
· Despesa: É o gasto da empresa não relacionado a produção de bens e serviços, ou seja, despendido em outras áreas da organização (comercial ou administrativa). Dentre esses gastos, podemos citar os honorários da diretoria, o pagamento de salários, encargos sociais, energia elétrica, gás, água, entre outras, excetuando-se a área fabril. As despesas podem ser classificadas como fixas e variáveis.
· Desperdício: São recursos utilizados sem que agreguem valor ao produto ou serviço, e por conseqüência, para o cliente. Em geral, são materiais ou tempo usados além do necessário ou de forma indevida e que acabam por aumentar os gastos da empresa.
· Investimento: É o gasto ativado em virtude de benefícios atribuíveis a períodos futuros ou que tem vida útil superior a um ano. Exemplo de investimento é o caso dos itens que são estocados para serem posteriormente baixados em virtude de sua venda, seu consumo, depreciação ou amortização. A compra de bens imóveis, aplicações financeiras, compra de ações de outras empresas são gastos classificados como investimento.
· Desembolso: Consiste no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço será utilizado (consumido). Não podemos confundir o desembolso com custo ,despesas ou investimento, pois este é a entrega de dinheiro ou outro ativo, antes, momento ou após a entrada deste na organização, portanto defasada ou não do gasto.
· Perda: Diferentemente do custo e da despesa, a perda é involuntária e anormal. Neste item podemos citar o gasto com mão de obra em período de greve ou o material que se deteriora no estoque da organização, ou ainda, os produtos perdidos (estragados) em virtude de um vendaval ou coisa parecida.
2.2.3 Estudo de Caso
Nem sempre sabemos calcular o preço de custo unitário do produto ou serviço que comercializamos, pois não consideramos todas as variáveis existentes que deveriam entrar na conta, impostos, custos fixos, insumos de produção, etc., ou não utilizamos um método de precificação que nos permita ter o retorno com a margem de lucro desejada.
Felizmente, existem algumas técnicas e métodos para se calcular a precificação de um produto ou serviço, garantindo uma margem de lucro adequada. Uma delas é o Mark Up divisor e multiplicador.
2.2.3.1 O que é Mark Up
O markup é um índice que mostra a relação entre o custo de produção e distribuição um bem ou serviço e seu preço de venda. Trata-se de um conceito aplicado à economia, à contabilidade e à administração de empresas. É aplicado sobre o custo de um produto para obter o preço de venda do bem ou serviço comercializado. Com ele, você chegará a um valor que cobre todos os gastos fixos e variáveis para a produção do item vendido e garante a margem de lucro pretendida.
Para chegar atéesse índice, você precisará aplicar uma fórmula, que leva em conta três variáveis: despesas fixas, despesas variáveis e margem de lucro. A partir delas, é obtido o markup, que é multiplicado pelo custo de produção do item para ter, como resultado, o preço apresentado aos clientes. Vamos entender melhor cada uma dessas variáveis:
· Despesas fixas: As despesas fixas são os gastos administrativos que você tem para manter a empresa em operação. Ou seja, não entram, nessa categoria, os custos para a produção dos produtos, e sim o aluguel do ponto, o salário dos funcionários da administração, contas de água, luz e telefone. É tudo aquilo que você vai precisar pagar não importando se a produção for de 10 ou 50 itens no mês.
· Despesas variáveis: As despesas variáveis são aquelas que oscilam de acordo com a produção e as vendas. Ou seja, impostos que incidem sobre cada produto e a comissão paga aos vendedores. Quanto mais vendas você fizer, proporcionalmente maiores serão os custos variáveis.
· Margem de lucro: A margem de lucro é o percentual do preço de venda do produto que você vai tirar para si, afinal, o restante é apenas custo e despesas. É claro que, quanto maior a margem de lucro, mais contente você vai ficar, mas ela não pode encarecer o produto a ponto de fazê-lo perder a competitividade no mercado.
Essas três variáveis serão consideradas em percentuais. Entre elas, as despesas variáveis são as mais fáceis de se calcular com precisão, pois você sabe exatamente qual a carga tributária sobre o produto e qual a comissão sobre a venda.
2.2.3.2 Calculando Preço de Venda Por Mark Up
Percebendo que o custo para produzir a mercadoria que será vendida não foi citado nem nas despesas fixas nem nas variáveis, porque, para calcular preço de venda por markup, o custo de produção será a base da conta. Ou seja, quanto você gastou para produzir o item que será vendido.
Isso inclui a matéria-prima e mão de obra utilizada na produção. Se você apenas revende produtos, é o que você pagou para comprá-lo e levá-lo até a sua loja. Caso sua empresa seja de prestação de serviços, é a sua hora de trabalho ou do funcionário que desempenhou a atividade. Agora, portanto, temos o custo de produção, as despesas fixas (DF), as despesas variáveis (DV) e a margem de lucro (ML). 
2.2.3.3 Exemplificando
A empresa Barril Aberto irá disponibilizar para vendas em suas lojas um novo produto: a Água Santa Fonte e precisa elaborar seu preço de venda corretamente a fim de que este produto seja competitivo e que traga à empresa a lucratividade estimada. Em uma análise, os gestores chegaram aos seguintes dados:
Despesas Fixas= 16% 
Despesas Variáveis= 27,5% 
Margem de Lucro= 20%
Temos:
Mark Up= 1/1-(0,160+0,275+0,20)
Mark Up= 1/1-0,635
Mark Up= 1/0,365
Mark Up= 2,74
Foram adquiridas neste primeiro momento 3.000 caixas totalizando assim um valor total de compra de R$100.000. Cada caixa contém 12 garrafas de 500 ml. Assim obtivemos o preço por unidade no valor de R$ 2,78.
Para definir o preço de venda, é só multiplicar o custo pelo markup. Ou seja:
Preço de venda = Custo unitário x Mark Up
Preço de venda = 2,78 x 2,74
Preço de venda = R$ 7,62
Fazendo uma pesquisa de mercado, concluímos que o valor médio da unidade sai a R$ 6,00 sendo que o produto da Barril Aberto chegou a um valor de venda de R$ 7,62 uma diferença de R$ 1,62. Sendo assim para que a Água Santa Fonte entre no mercado para concorrer com as demais, sugerimos que faça uma diminuição nos gastos fixos ou até mesmo rever a margem de lucro desse produto.
2.3 Processos Logísticos
As organizações industriais são sistemas complexos, os quais são compostos de subsistemas interligados ao longo da cadeia de suprimentos e que podem ser tratados como processos. Estes processos interagem entre si e com os meios externos, supostamente visando atingir os ”macro” objetivos da organização. No entanto, particularidades dos processos, em especial presentes nos processos logísticos, geram a existência de objetivos particulares, os quais muitas vezes são conflitantes com os objetivos de outros processos.
2.3.1 Sistemas de produção puxados x empurrados: a dinâmica entre consumidor e fornecedor
O tipo de sistema usado para fabricar um produto ou fornecer um serviço refere-se à dinâmica entre o consumidor e a empresa fornecedora: o método utilizado define como os produtos deixam o negócio e chegam aos clientes. A este respeito existem dois sistemas de produção principais, o sistema puxado e o sistema empurrado.
2.3.1.1 Sistema Puxado
No sistema puxado (pull system) a produção é baseada na demanda e as informações fluem em sentido oposto, saindo da demanda e indo até a empresa. Dessa forma, a quantidade de estoque é minimizada, já que a produção começa a partir do cliente. Porém, este sistema também tem suas desvantagens: pode ocorrer de um fornecedor não poder entregar certo material a tempo, comprometendo assim o cumprimento do pedido e gerando consumidores insatisfeitos.
O exemplo mais conhecido é o Just in Time (JIT), que mantém o mínimo de inventário possível, ou seja, só mantém o que é estritamente necessário para o pedido ser realizado. Por conseqüência, este sistema elimina desperdícios e diminui a necessidade (e os custos) de espaço para estocar produtos.
2.3.1.2 Sistema Empurrado
No sistema empurrado (push system) a quantidade a ser produzida é baseada em um plano de produção e as informações fluem da empresa para o mercado, mesmo sentido do fluxo de materiais. Dessa forma o planejamento ocorre antes mesmo de a demanda ocorrer, baseando-se em projeções e no comportamento do mercado, o que pode ser uma vantagem ou desvantagem desse sistema: como as previsões geralmente não são 100% precisas e variam ano a ano, podem sobrar produtos o que acarreta custos para armazenar e manter os produtos em boas condições; por outro lado, a empresa estará certa de que produzirá o suficiente para satisfazer a todos os pedidos, o que é uma vantagem.
O exemplo clássico é o sistema MRP (Materials Requirement Planning), ou Planejamento das Necessidades de Materiais, que controla a programação da produção e pedidos, garantindo que os materiais necessários para a fabricação dos produtos estarão disponíveis quando requisitados.
Ambas tem um papel fundamental em um processo de fabricação, mas para escolher o que é melhor precisamos definir qual a melhor estratégia conforme a atividade principal da empresa. Por fim, faz-se importante ressaltar que é possível utilizar este dois tipos de sistema produtivo em um único sistema, com produção puxada e empurrada em pontos distintos do processo.
2.4 Sistemas de Informações Gerenciais
Atualmente, as empresas de pequeno, médio e grande porte, estão cada vez mais preocupadas com o desempenho diário dos seus respectivos negócios, pois a integridade da mesma depende cada vez mais das técnicas utilizadas diante da amplitude e posteriormente da complexidade encontrada no ambiente corporativo, assim, as empresas necessitam de uma visão interativa completamente aguçada.
Os principais componentes que formam um Sistema são: os objetivos, as entradas, o processo de transformação, as saídas, os controles e as devidas avaliações, além da retroalimentação constante das informações. As entradas têm como finalidade abastecer o Sistema com informações e materiais, conseqüentemente o processo de transformação realiza a transformação das informações ou materiais em um produto ou serviço, desta maneira, as saídas do sistema é o resultado do processo de transformação, que por sua vez, passa pelo processo de controle e avaliações das respectivas saídas do Sistema, no entanto, esses processos necessitam de retroalimentação constantemente, que por sua vez, são realizados através de feedback do Sistema.
Um SIG depende de um processo administrativo, que focalize nas necessidades da empresa, no entanto, o Sistema terá algumas limitações, pois o cenário é composto por vários elementos que não pertencem ao Sistema propriamente dito, dificultando em alguns momentos os responsáveis pelo funcionamentodesses processos. Essas limitações podem ocorrer em virtude de alguns fatores externos (público alvo), assim como, também de fatores internos (equipamentos obsoletos).
Finalizando, um SIG tem como objetivo realizar o processo de transformação dos dados em informações, de uma maneira que as decisões da empresa sejam tomadas de forma estruturada, permitindo assim, uma melhor sustentação administrativa, resultando conseqüentemente na otimização de resultados.
3. Conclusão
Hoje, as empresas compreendem que a concorrência é acirrada e que para se manterem competitivas, não basta apenas operar na sua área de atuação. Nesse sentido, faz-se necessário o controle dos custos e sua distribuição nos diversos itens produzidos.
Para o sucesso das organizações que desejam ter um diferencial competitivo nos dias de hoje, onde os produtos e serviços são muito similares em termos de preço e qualidade, um ponto importante é o aprimoramento do sistema de custos utilizado, pois as margens de lucro são cada vez menores, obrigando os gestores a buscar agregar valor aos produtos e serviços, o que justificaria um preço superior ao praticado pela concorrência.
Com isso, concluímos que a utilização de sistemas de informações gerenciais pode ser vantajosa às empresas, permitindo obter grande vantagem competitiva em relação aos concorrentes, pois o processo decisório estará mais focado e embasado em informações corretas e disponíveis em tempo hábil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.unopar.com.br/colaborar (web aulas e textos de apoio)
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