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CURSO DE GRADUÇÃO ENGENHARIA QUÍMICA Ana Tereza Melo - 171001988 Ingred Neres - 262006686 Larissa Viana - 161007153 Lis Santos - 161005895 Maria Emília Machado - 161007138 SÍNTESE: INDÚSTRIA DE CLORO E ALCALIS. Salvador - Ba 01/11/2019 SÍNTESE: INDÚSTRIA DE CLORO E ALCALIS: BARRILHA, SODA CÁUSTICA, FABRICAÇÃO DA BARRILHA, FABRICAÇÃO DO BICARBONATO DE SÓDIO, ÁLCALIS DIVERSOS, FABRICAÇÃO DO CLORO E DA SODA, PÓS ALVEJANTES, HIPOCLORITO DE SÓDIO E CLORITO DE SÓDIO. Salvador - Ba 01/11/2019 Atividade avaliativa solicitada como requisito parcial para obtenção de média da unidade II da disciplina Operações Unitárias I orientada pelo Prof. Raul Santos. INDÚSTRIA DE CLORO E ALCALIS Cloro e Álcalis são materiais intimamente relacionados, uma vez que, em um mesmo processo, são obtidos a soda cáustica e o cloro, que como subprodutos podem gerar uma família bastante importante, como a barrilha (carbonato de sódio), o hipoclorito de sódio, ácido clorídrico e o dicloroetano. O processo industrial de produção de cloro e álcalis por eletrolise pode ocorrer com o uso de três tecnologias: célula de diafragma, célula de mercúrio e célula de membrana. Diafragma: neste processo, a célula é dividida em dois compartimentos: o anódico e o catódico. Eles são separados por uma tela metálica perfurada, impregnada a vácuo, com amianto crisólita. Esse diafragma em instalações mais recentes pode ser de resina polimérica em substituição ao amianto crisólita. Mercúrio: neste processo, o mercúrio flui no fundo da célula, que atua como um catodo, que torna possível a obtenção dos produtos. A produção ocorre em dois compartimentos distintos: a célula eletrolítica e o decompositor. Membrana: o processo por membrana é bastante semelhante ao por diafragma, todavia neste processo a membrana que separa o anodo do catodo permite apenas a passagem de ións Na+ do anodo para o catodo, evitando a passagem de OH-, por exemplo. Dá-se o nome a esse, de membrana de seletiva a cátions. Especificamente a indústria de cloro e álcalis compreende a fabricação de três produtos base: o hidróxido de sódio, o cloro e o carbonato de sódio (todos obtidos a partir da mesma matéria prima: o cloreto de sódio), que podem contribuir para obtenção de diversos outros produtos. Essas substâncias estão entre as mais importantes das indústrias químicas. BARRILHA (CARBONATO DE SÓDIO) O carbonato de sódio existe como anidro (Na2CO3) e também como sal hidratado. O sal deca- hidratado (Na2CO3.10H2O) é conhecido como soda de lavagem, enquanto o sal anidro é chamado de carbonato de sódio. É normalmente produzida pelo processo Amônia-soda ou Processo Solvay. As matérias- primas para este processo são o sal comum, amônia e calcário (para o fornecimento de CO2 e cal virgem). Quando o dióxido de carbono é passado para uma solução concentrada de salmoura saturada com amônia, é produzido bicarbonato de amônio. O bicarbonato de amônio então reage com o sal comum formando bicarbonato de sódio: 𝑁𝐻4𝑂𝐻 + 𝐻2𝐶𝑂3 → 𝑁𝐻4𝐻𝐶𝑂3 + 𝐻2𝑂 𝑁𝐻4𝐻𝐶𝑂3 + 𝑁𝑎𝐶𝑙 → 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 + 𝑁𝐻4𝐶𝑙 O bicarbonato de sódio sendo ligeiramente solúvel (na presença de íons de sódio) é precipitado. Quando precipitado é removido por filtração e transformado em carbonato de sódio por aquecimento: 2𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 ∆ → 𝑁𝑎2𝐶𝑂3 + 𝐻2𝑂 + 𝐶𝑂2 Sua aplicação se baseia para o fabrico de vidro, para fins de lavagem em lavanderias, para o fabrico de outros compostos de sódio, agente de limpeza doméstica, em indústrias de papel e sabão / detergente, na indústria têxtil e refino de petróleo. BICARBONATO DE SÓDIO É um sal com a composição de iões sódio e bicarbonato, elemento químico com fórmula NaHCO3. O bicarbonato de sódio é produzido principalmente pelo processo Solvay. O processo Solvay é a reação de cloreto de sódio, amônia e dióxido de carbono na água. Pode ser preparado por dióxido de carbono reage com a solução aquosa de hidróxido de sódio. Esta reação produz inicialmente carbonato de sódio. Em seguida, a adição de dióxido de carbono a essa reação produz bicarbonato de sódio: 𝑁𝑎2𝐶𝑂3 + 𝐶𝑂2 + 𝐻2𝑂 → 2 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 Aplicado geralmente como agente de fermentação no cozimento, fermento em pó, controle de pragas, remoção de tinta e corrosão, muitos cremes dental contém bicarbonatos de sódio, proporcionando um melhor clareamento e remoção da placa do que o creme dental que não o possui, pode ser usado para tratar azia e indigestão ácida, junto com a água, também usado em extintores de incêndio e para neutralização de ácidos e bases. Processo Solvay O processo Solvay, também conhecido como processo amônia-soda, foi desenvolvido em 1861 pelo químico industrial belga Ernest Solvay. Os materiais utilizados no processo Solvay são facilmente disponíveis e baratos. Eles incluem: 1. Solução de salmoura ou cloreto de sódio. Ela fornece íons de sódio na fabricação do carbonato de sódio. A salmoura pode ser facilmente obtida do interior e do oceano. 2. Calcário ou carbonato de cálcio. Ele fornece íons carbonato na produção do carbonato de sódio. O calcário está prontamente disponível na mineração. 3. A amônia é fabricada industrialmente pelo processo de Haber. A amônia é cara, mas pode ser reciclada no processo. A produção de carbonato de sódio pelo processo Solvay envolve muitas reações, mas as principais partes do processo incluem a purificação da salmoura, a formação do hidrogenocarbonato de sódio e do carbonato de sódio, seguido pela recuperação da amônia. Etapa 1: Purificação de Salmoura Primeiro, a salmoura é submetida a evaporação para aumentar a concentração de sal e, eventualmente, formar uma solução saturada. A precipitação, por exemplo, usando hidróxido de sódio, também é realizada para remover quaisquer impurezas como sais de magnésio, ferro e cálcio que possam estar presentes. A solução de salmoura saturada é então filtrada e passada através de uma torre de amônia. O gás de amônia é absorvido na salmoura concentrada para produzir cloreto de sódio aquoso e amônia aquosa. Esse processo de amonização é exotérmico, então a energia é liberada como calor. A torre de amônia eventualmente precisa ser resfriada. Etapa 2: Formação de carbonato de hidrogênio e sódio. O dióxido de carbono é então borbulhado através da solução de salmoura amonizada em uma torre conhecida como torre de carbonatação ou Solvay. O dióxido de carbono é produzido em um forno de cal, onde calcário, CaCO 3 é calcinado ou decomposto termicamente a 900 ° C de acordo com a equação: 𝐶𝑎𝐶𝑜3 → 𝐶𝑂2 + 𝐶𝑎𝑂 O dióxido de carbono dissolve-se na água para produzir um ácido carbónico, H 2 CO 3 , que é um ácido fraco que se dissocia para produzir H + iões. 𝐶𝑂2 + 𝐻2𝑂 → 𝐻2𝐶𝑂3 ↔ 𝐻𝐶𝑂3 − + 𝐻+ Enquanto a amônia na salmoura reage com H + para formar íons de amônio (equação 1), o Na + na salmoura reage com o HCO 3 - para formar hidrogenocarbonato de sódio (equação 2), que precipita. Equação 1: 𝑁𝐻3 + 𝐻 + → 𝑁𝐻4 + Equação 2: 𝐻𝐶𝑂3 − + 𝑁𝑎+ → 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 A reação geral na torre de carbonatação que leva à formação de hidrogenocarbonato de sódio é dada por: 𝑁𝐻3 + 𝐶𝑂2 + 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑂 → 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 + 𝑁𝐻4𝐶𝑙 Etapa 3: Formação de carbonato de sódio O hidrogenocarbonato de sódio suspenso é removido da torre de carbonatação e aquecido a 300°C para produzir carbonato de sódio: 2 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3 → 𝑁𝑎2𝐶𝑂3 + 𝐻2𝑂 + 𝐶𝑂2 Recuperação de amônia O CaO é formado como subproduto da decomposição térmica do calcário no forno de cal. Este CaO entra em um abatedor de cal para reagir com a água para formar hidróxido de cálcio: 𝐶𝑎𝑂 + 𝐻2𝑂 → 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 O hidróxido de cálcioproduzido aqui é reagido com o cloreto de amônio separado da torre de carbonatação por filtração: 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 + 2 𝑁𝐻4𝐶𝑙 → 𝐶𝑎𝐶𝑙2 + 𝐻2𝑂 + 𝑁𝐻3 CLORO E SODA CÁUSTICA A soda caustica e o cloro são produzidos por processo eletrolítico do sal de cozinha (NaCl) e o cloreto de potássio (KCl). Esse procedimento é dividido em três etapas: tratamento da salmoura, processo eletrolítico e tratamento de produtos da eletrolise. 1. Tratamento da Salmoura O cloreto de sódio é retirado das reservas de sal no subsolo, chamada sal gema e da evaporação da água do mar, o sal marinho. Contudo eles possuem impurezas que prejudicam o processo eletrolítico, portanto, precisam passar pro um tratamento para remover essas impurezas, principalmente do cálcio, magnésio e sulfato de sódio. Tratamento Primário: Ao adicionar soda caustica e barrilha o pH fica acima de 7, possibilitando a formação de O2 e íons clorato. Como o objetivo é a produzir Cl2, então se acrescenta soda caustica (HCl) para tornar o meio ácido, com pH de aproximadamente 4. Tratamento Secundário: Quando o processo eletrolítico é por membrana há um segundo tratamento, onde a solução da salmoura passa por leitos de resina de troca iônica, reduzindo a concentração de cálcio e magnésio. 2. Processo Eletrolítico Mercúrio: Esse processo é basicamente dividido em duas partes: eletrolizador e decompositor. No eletrolizador há duas camadas, a superior são ânodos de titânio recoberto de platina ou óxido de platina e a inferior são catodos de mercúrio. Durante o processo eletrolítico, o cloro é liberado no anodo e o sódio é atraído para o catodo, formando amálgama. Essa liga metálica flui para o decompositor, constituído por um compartimento chamado “grafita de desnudamento”, onde a água corre sobre fragmentos de grafita. A água reage com o amálgama obtendo a soda cáustica concentrada (50% NaOH), hidrogênio e regenerando o mercúrio, que volta a fazer parte do sistema. A soda caustica resultante desse processo possui baixo teor de cloreto de sódio e passa por um tratamento para remover traços de mercúrio e grafite levados durante o procedimento Diafragma Esse processo é dividido em dois compartimentos: anódico e catódico. Utilizam-se telas metálicas perfuradas impregnadas de vácuo e asbesto que separam as elas evitam a recombinação dos gases formados. A salmoura entra pelo meio anódico produzindo o cloro. Os íons de sódio atravessa o diafragma e passa para o meio catódico formando a soda caustica e o hidrogênio. 2𝐶𝑙− → 𝐶𝑙2 + 2𝑒 − 2𝐻2𝑂 + 2𝑒 − → 2𝑂𝐻− + 𝐻2 2𝐶𝑙− + 2𝐻2𝑂 → 2𝑂𝐻 − + 2𝐻2 Devido ao fluxo de eletrólitos, a soda caustica produzida tem uma alta concentração de sal, sendo necessário passar por uma filtragem antes de ser comercializada. Membrana O processo é semelhante ao do diafragma, contudo o diafragma é substituído por uma membrana seletiva que é impermeável aos íons cloreto. No anodo há uma purificação da salmoura, onde a salmoura gasta é liberada juntamente com o gás cloro. A água e os íons de sódio são transportados em direção a membrana seletiva. No catodo, a água eletrizada forma hidroxila e hidrogênio gasoso, essa hidroxila reage com os íons de sódio resultando na soda cáustica. Nesse compartimento também há um processo de reciclo da soda cáustica, o que aumenta a sua concentração. 3. Tratamento dos produtos da eletrolise Processamento do licor cáustico No processo do mercúrio necessita-se somente de uma filtração simples pra tirar o material particulado, pois a soda caustica sai com uma concentração de 50%. No diafragma, o produto cáustico tem somente 15% de concentração, logo, passa por uma evaporação utilizando separador de sal e em seguida é encaminhado para um filtro lavador, com o intuito de retirar o sal presente e amentar a concentração de NaOH. O sal obtido nesse processo é reutilizado na produção de novas salmouras. No método de membrana, o licor cáustico passa por um evaporador para aumentar sua concentração de 35% para 50%. Processamento do gás Cloro O gás cloro produzido segue aquecido com uma névoa composta por soda caustica, capôs d’agua e salmoura. Ao tratar a névoa, utiliza-se precipitadores eletrostáticos e então secagem com ácido sulfúrico. O gás puro pode ser comercializado ou borbulhado em uma solução de hidróxido de sódio, produzindo hipoclorito de sódio. Processamento do Hidrogênio No método de membrana e diafragma o gás hidrogênio sai com uma alta pureza, passando somente por uma secagem. Porém, no de mercúrio, o gás leva parte do mercúrio. Desse modo, é preciso uma lavagem com solventes específicos para recuperar o mercúrio. ÁLCALIS Pode ser definido como uma base que se dissolve em água, liberando a hidroxila (OH-) ou como uma substância produzida a partir de metais alcalinos. Entre os álcalis, estão os hidróxidos e carbonatos dos metais alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio e césio), alcalino- terrosos (cálcio, estrôncio e bário) e aos sais de amônio e tálio. Pode ser divido em álcalis fortes – quando liberam completamente a hidroxila (OH-) ou álcalis fracos – quando liberam parcialmente a hidroxila (OH-). Dentre suas propriedades está a de ser solúvel em água, onde as soluções tendem a transferir corrente elétricas – essas reações na água produzem um hidróxido, como hidróxido de sódio e potássio. São bastante reativos e é dificilmente encontrado em seu estado natural puro. Em altas concentrações podem causar queimaduras químicas. Industrialmente, é consumido diversos álcalis de diferentes forças, de acordo com o teor de NaOH, de Na2CO3 ou de NaHCO3. Alguns desses álcalis são feitos de misturas mecânicas, como por exemplo, a barrilha cáustica (barrilha com 10 a 50%de soda), para lavagem de garrafas e limpeza de metais, ou ainda a soda bicabornatada (barrilha com 25 a 75% de NaHCO3), que atende demandas de um álcali fraco, como a fabricação de curtumes. O hidróxido de sódio ou soda cáustica é um álcali extremamente corrosivo, é utilizado na indústria para a fabricação de sabões e detergentes, óleos vegetais, têxteis, papel e celulose, entre outros materiais. O processo comum de obtenção é a eletrólise da solução de cloreto de sódio, mas pode ser produzida na forma sólida, em flocos, escamas ou grânulos – tendo um teor de 98% de NaOH ou em soluções aquosas de diversas concentrações. No processo da eletrólise, é produzido uma proporção de 1 tonelada de cloro e 1,13 toneladas de soda cáustica. O hidróxido de potássio é um álcali forte e é usado para tingimento de couro, limpeza de tubos de drenagem e removedores de cutículas. A amônia, é um álcali onde a sua composição química é formada naturalmente, é caracterizada por ter um cheiro forte e irritante, geralmente ocorre em uma forma gasosa e fácil de dissolver em água. É utilizado para uso industrial, agente refrigerante, agente branqueador, fabricação de fertilizantes, limpeza doméstica, entre outros. Outro exemplo de álcali são os corrosivos, como exemplo o hidróxido de cálcio, carboneto de cálcio, potassa caustica, cal, isopropilaminetanol, isopropilamina, carbonato de potássio, silicato de sódio, fosfato trissódico, tripolifosfato de sódio, entre outros. PÓS-ALVEJANTES Possuindo como principal componente o hipoclorito de cálcio (Ca(OCl)2), os pós alvejantes possuem como característica a coloração amarelo-esbranquiçada, são solúveis em água e são compostos inorgânicos. O hipoclorito de cálcio ao ser diluído no solvente universal, forma uma solução alcalina, originando através da reação hidróxido de cálcio e ácido hipocloroso, o que confere aos alvejantes um potencial anti-bactericida e de clareamento. O processo de fabricação de alvejantes em pó envolve a combustão de carbonato de cálcio (CaCO3) a uma dada temperatura, originando óxido de cálcio – oCal – (CaO) e Gás Carbônico (CO2). 𝐶𝑎𝐶𝑂3 ∆ → 𝐶𝑎𝑂(𝑆) + 𝐶𝑂2(𝑔) O Cal (CaO) é dissolvido em água (H2O), originando o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2). Em soluções concentradas, o hidróxido de cálcio é precipitado. 𝐶𝑎𝑂 (𝑆) + 𝐻2𝑂 (𝑙) → 𝐶𝑎(𝑂𝐻)2(𝑆) Por conseguinte, o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) reage com o gás cloro (Cl2), formando o pó alvejante. (𝐶𝑎(𝑂𝐻) 2 )(𝑆) + 𝐶𝑙2 (𝑔) → 𝐶𝑎(𝐶𝑙𝑂)2𝐶𝑎𝐶𝑙2𝐶𝑎(𝑂𝐻)2𝐻2𝑂(𝑆) A fabricação de pó alvejante ocorre por meio do Processo Hansen-Clever, utilizando cilindros de ferro em série com lima hidratada. A aplicação de pós alvejantes (hipoclorito de cálcio) é voltada mais para o contexto industrial, em piscinas para o tratamento e limpeza da água, sistemas de canalização, em alguns produtos de limpeza para lavagem de roupas, como antisséptico entre outras. HIPOCLORITO DE SÓDIO O hipoclorito de sódio é um oxidante de uso muito difundido, usado na limpeza doméstica em geral com o nome de água sanitária, sendo preparado em laboratório e industrialmente pelo borbulhamento do cloro em uma solução de hidróxido de sódio a frio. Composto químico de fórmula NaClO, o hipoclorito de sódio, pode ser preparado pela absorção do gás cloro em solução de hidróxido de sódio mantida em resfriamento (abaixo de 40 C°): 2𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐶𝑙2 ↔ 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝑁𝑎𝐶𝑙 + 𝐻2𝑂. Composto anidro é instável e pode decompor-se explosivamente, pode ser cristalizado na forma do pentahidratado NaOCl-5H2O, que não é explosivo e é estável enquanto mantido sobre refrigeração. Em solução, facilmente decompõe-se, liberando cloro, que é o princípio ativo de tais produtos. O hidróxido de sódio e o cloro não são produzidos comercialmente pelo processo cloro-álcali e, em tal processo, não há necessidade de isolá-los para a preparação do hipoclorito. Um método de produção mais eficaz foi criado nos anos de 1990 por E.S. Smith, envolvendo a eletrólise de solução de sal para produzir NaOH e gás Cl2, que depois eram misturados para formar o NaOCl. Hoje em dia, o método industrial de larga escala para a produção de NaOCl é chamado de processo Hooker, e é apenas uma versão melhorada do processo de eletrólise de Smith. Neste, o gás Cl2 passa por uma solução fria de NaOH diluído, formando o NaOCl, com NaCl como subproduto principal. A reação de auto-oxirredução (o Cl2 é simultaneamente oxidado e reduzido) é finalizada com eletrólise, e a mistura precisa ser mantida abaixo de 40°C para prevenir a formação indesejada de clorato de sódio. Portanto, o NaClO é produzido industrialmente pela eletrólise de uma solução de cloreto de sódio sem separação entre cátodo e ânodo. É encontrado normalmente sob a forma líquida, de cor levemente amarelo-esverdeada, odor picante, solúvel em água, não inflamável, fotossensível, corrosivo a metais, de fácil oxidação e decomposição. Ele libera gases tóxicos quando em contato com ácidos. O hipoclorito de sódio tem propriedades germicidas. Ele é amplamente utilizado no tratamento e purificação da água, na desinfecção de legumes, verduras e frutas, na produção de desinfetantes industriais, no tratamento de piscinas para desinfecção da água, na composição de pesticidas convencionais e como agente de esterilização nas indústrias de bebidas como cerveja, vinho e refrigerantes à base de cola. É muito indicado para esterilização de ambientes domésticos como banheiros e cozinhas. Outra característica importante do hipoclorito de sódio é a ação alvejante, ou seja, é bastante útil no clareamento de tecidos, pisos e azulejos brancos, e também na indústria de papel. Pode ser utilizado em tratamentos dentários como solução irrigante. Por ser um forte oxidante, deve ser manuseado cuidadosamente. Os produtos da sua oxidação são corrosivos e podem ocasionar queimaduras na pele e nos olhos. A reação de hipoclorito de sódio com compostos orgânicos é violenta e origina substâncias tóxicas e até cancerígenas. Misturas de hipoclorito com urina devem ser evitadas. A reação desse composto com a amônia origina a cloramina, substância tóxica ao organismo. Acidentes envolvendo hipoclorito de sódio podem trazer efeitos nocivos à saúde. Se inalado, pode causar irritações no aparelho respiratório, provocando tosse e dispneia. Se ingerido, provoca vômitos sanguinolentos, náuseas, diarreias e ulcerações no esôfago e estômago. Altas concentrações de sódio no corpo podem levar à desidratação. O contato com pele e olhos causa irritação, que perduram por mais de 24 horas. Nesses casos, o mais correto a fazer é procurar orientação médica imediatamente. CLORITO DE SÓDIO O clorito de sódio é um composto químico de fórmula química NaCl2, derivado indiretamente do clorato de sódio (NaClO3). Sua preparação, primeiramente, é dada pela obtenção do explosivamente instável gás de dióxido de cloro (ClO2), que é produzido pela redução do clorato de sódio em um ácido forte com um agente redutor apropriado. O dióxido de cloro é então absorvido com uma solução alcalina, de hidróxido de sódio, tendo também como produto, esta reação, o clorato de sódio (NaClO3): 2𝐶𝑙𝑂2 + 2𝑁𝑎𝑂𝐻 → 𝑁𝑎𝐶𝑙𝑂2 + 𝑁𝑎𝐶𝑙𝑂3 + 𝐻2𝑂 Outra forma de obtenção é através da reação dos mesmos reagentes da anterior reação, com acréscimo do perióxido de hidrogênio (H2O2) como agente redutor: 2𝐶𝑙𝑂2 + 2𝑁𝑎𝑂𝐻 + 𝐻2𝑂2 → 2𝑁𝑎𝐶𝑙𝑂 + 𝑂2 + 𝐻2𝑂 Sua principal aplicação é o branqueamento e descascar de fibras têxteis, polpa de celulose e papel. É também utilizado para desinfecção de algumas instalações públicas de água após a conversão a dióxido de cloro. Também encontra aplicações como um componente em rinces terapêuticos, antissépticos bucais, gomas de marcar “cloradas”, e também em soluções para limpeza de lentes de contato sob nome comercial de purite. IMAGENS Célula de Diafragma Célula de Membrana Célula de Mercúrio Fonte: Abiclor Fonte: Abiclor Fonte: Abiclor REFERÊNCIAS 1. PROCESSOS químicos industriais 1. Bizuando.com, 2018. Disponível em: <http://bizuando.com/material-apoio/processos-qi1/Industrias_de_cloro-alcalis.pps>. Acesso em: 13 de ago. de 2019. 2. BICARBONATO de sódio. Química Nova Interativa, 2016. Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=yBhhfidwkzol432KJ2U0avoqrv7cFc1dAqG YoP7DviPMs0IDpUFWEDw7H4L8AXAV3U_C-98SMdqWBNaS38G1RA>. Acesso em: 13 de ago. de 2019. 3. Ferreira, Maíra; Morais, Lavínia; Nichele, Tatiana Zarichta; Del Pino, José Cláudio (2007). Química Orgânica. Porto Alegre: Artmed. 150 páginas. 4. HIPOCLORITO de sódio. Ablicor, 2019. Disponível em: < http://www.abiclor.com.br/posicionamentos/hipoclorito-de-sodio/>. Acesso em: 16 de ago. de 2019. 5. TREMBLEY, M. E. et al. Calcium hypochlorite for use in a laundry washing process. Patent Application Publication, Cincinnati, Ohio, 2008. 6. HIPOCLORITO de sódio. Gota Química, 2019. Disponível em: < https://gotaquimica.com.br/noticia/sobre-hipoclorito-de-sodio/>. Acesso em: 16 de ago. de 2019. http://bizuando.com/material-apoio/processos-qi1/Industrias_de_cloro-alcalis.pps http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=yBhhfidwkzol432KJ2U0avoqrv7cFc1dAqGYoP7DviPMs0IDpUFWEDw7H4L8AXAV3U_C-98SMdqWBNaS38G1RA http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=yBhhfidwkzol432KJ2U0avoqrv7cFc1dAqGYoP7DviPMs0IDpUFWEDw7H4L8AXAV3U_C-98SMdqWBNaS38G1RA http://www.abiclor.com.br/posicionamentos/hipoclorito-de-sodio/ https://gotaquimica.com.br/noticia/sobre-hipoclorito-de-sodio/
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