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Os adolecentes aprendem o que vivenciam

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Introdução
Os anos da adolescência podem ser desafiadores para pais e filhos. Mas é possível superar as dificuldades colocando em prática duas verdades básicas sobre a educação tratadas neste livro: os pais devem dar o exemplo e manter-se profundamente envolvidos com os filhos. Com ótimas histórias e muito bom senso, este guia nos orienta sobre o que fazer para manter um canal de comunicação com nossos filhos adolescentes e, assim, transmitir-lhes valores fundamentais, como autoestima, integridade, respeito, responsabilidade e perseverança. Como os jovens estão atentos à menor contradição entre o que falamos e o que fazemos, a maneira como nos relacionamos com os outros e reagimos aos altos e baixos da vida será o modelo que eles vão seguir – para o bem ou para o mal. 
A escola não pode mais ser considerada como uma simples máquina de alfabetização. Sua função não se restringe mais, como antigamente, à modesta tarefa de ensinar, sua tarefa é mais ampla e profunda, ou seja, deve levar o nosso aluno a ser mais crítico, mais compromissado e mais otimista em relação à aprendizagem. Suas responsabilidades atuais são bem maiores. Além de instrumento de formação física, intelectual e moral, cabe-lhe a missão de promover a integração harmoniosa do educando no seio da comunidade, fornecendo-lhe todos os elementos para que se possa tornar um fator de progresso individual e social. 
Ao abordar questões específicas da adolescência, como a rebeldia, a descoberta da sexualidade, o medo da rejeição, a pressão dos colegas e a atração exercida por comportamentos perigosos? O livro responde.
Desenvolvimento 
Como os jovens estão atentos à menor contradição entre o que falamos e o que fazemos, a maneira como nos relacionamos com os outros e reagimos aos altos e baixos da vida será o modelo que eles vão seguir – para o bem ou para o mal.
Ao abordar questões específicas da adolescência, como a rebeldia, a descoberta da sexualidade, o medo da rejeição, a pressão dos colegas e a atração exercida por comportamentos perigosos, Os adolescentes aprendem o que vivenciam responde àquelas perguntas que todo pai e mãe costuma se fazer nesses anos críticos:
Até onde vão os nossos direitos sobre as escolhas dos nossos filhos?
É possível dar mais liberdade aos jovens sem perder o controle sobre eles?
Em que momento devemos conversar sobre drogas e sexo?
Que tipo de regras precisamos manter e que benefícios devemos conceder à medida que eles vão crescendo?
Como devemos lidar com a bagunça do quarto, a música alta e os modismos que nos tiram do sério?
A adolescência normalmente é explicada como a fase de transição entre a infância e a idade adulta. Essa fase tem um grau de conflito maior ou menor dependendo da sociedade em que o adolescente faz parte. Na verdade, criamos um mundo artificial para os adolescentes, e estamos pagando caro por isso. Os adolescentes são treinados para lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas, não aprendem a resolver seus conflitos existenciais. Os adultos precisam aprender a preparar os adolescentes para lidar com decepções, não apenas com o sucesso. Precisamos fazer com que o adolescente entenda que viver sem problemas é impossível. Devemos usar o sofrimento para construir sabedoria nos nossos jovens.
Na teoria de Piaget o adolescente passa por inúmeras alterações devido ao amadurecimento das faculdades intelectuais e morais provocando um desequilíbrio provisório que conduz posteriormente a um equilíbrio superior. Numa visão construtivista o surgimento do pensamento formal não é uma consequência da adolescência embora ambos possam surgir na mesma época. As estruturas formais são formas de equilíbrio que se impõe pouco a pouco ao sistema de interação entre os indivíduos e o meio físico.
Portanto esse período intitulado adolescência depende da sociedade em que o indivíduo faça parte, pois o aparecimento das estruturas formais também depende do meio social. A idade de 12 a 17 anos é muito relativa, de acordo com a concepção Piagentian, este é o estágio das operações formais, que corresponde ao período da adolescência. (Piaget,1976).
As passagens pelos estágios da vida são marcadas por constante aprendizagem. “Vivendo e aprendendo”, diz a sabedoria popular. Assim, os indivíduos tendem a melhorar suas realizações nas tarefas que a vida lhes impõe. A aprendizagem permite ao sujeito compreender melhor as coisas que estão à sua volta, seus companheiros, a natureza e a si mesmo, capacitando-o a ajustar-se ao seu ambiente físico e social.
É tido como principal fator para a formação da personalidade das novas gerações, o exemplo dado pelos pais com relação tanto ao que dizem, quanto ao que fazem.   Portanto, é extremamente relevante para a estruturação psicológica e emocional dos filhos, o tipo de vida que seus pais levam, as escolhas que realizam e a qualidade dos relacionamentos que têm, seja no próprio lar ou fora dele. 
As crianças e os jovens aprendem as formas de agir com seus pais, até mesmo quando se rebelam, porque tendem a ser críticos e sensíveis, especialmente na adolescência, quando percebem melhor as contradições e confrontam seus progenitores, já que os têm como modelos a serem seguidos. Também não se deve desconsiderar que, por serem muito inseguros, necessitam de atenção, orientação e identificação de que existe por parte dos pais uma disposição em ajudá-los em seus momentos de crise, especialmente naquelas tidas como existenciais, tão comuns nessa fase de transição da infância para a vida adulta.  
Os pais devem ainda estar cientes de que, em certas situações, embora tenham feito o melhor que puderam para educar seus filhos, nem sempre o resultado esperado é o que prevalece. Se não estiverem preparados para tal entendimento, fatalmente serão tomados por sentimento de impotência e, até mesmo, de culpa por não terem sido suficientemente sábios na condução do processo de formação de seus filhos, e é em circunstâncias assim que crises de relacionamento, de enormes proporções passam a ser uma constante nas relações pais/filhos. Daí a importância de saber compreender que a maioria dos jovens, após esses períodos difíceis em que imperam as discórdias, torna-se mais amadurecida e sensata, porém... nem todos. Há aqueles que, embora tenham se desenvolvido no aconchego de famílias compreensivas, totalmente abertas ao diálogo e ao aprimoramento das relações interpessoais, não aceitam para si mesmos tais formas comportamentais. Caso isso venha a ocorrer, eles não devem ser desconsiderados e nem tratados com indiferença, como também os pais não devem ficar atrelados a uma esperança infinita de mudança, de que, em um momento qualquer, amadureçam e se enquadrem nos parâmetros éticos e morais, tidos como ideais para a sociedade como um todo. Na realidade, devem encarar com muita serenidade o fato de que seus filhos necessitam da ajuda de um profissional especializado, que passe a cuidar da saúde mental e psíquica deles e que, quanto mais cedo essa atitude for tomada, mais rapidamente os resultados esperados começarão a ser percebidos. Esse mesmo tipo de suporte também deve ser utilizado quando entre pais/filhos nunca existiu uma relação efetiva, leal, dialógica e amorosa, relação esta que fortalece o desenvolvimento dos sentimentos de segurança, que facilita o relato espontâneo de verdades, isto de ambas as partes, formando o almejado vínculo afetivo. É este vínculo que faz com que os filhos adolescentes se sintam mais confortáveis em buscar nos pais a orientação que estão necessitando com relação a determinados procedimentos e perturbações que são inerentes a essa fase da vida, tão influenciada pelas constantes mutações hormonais e, consequentemente, comportamentais. Se os pais estiverem predispostos a conhecer melhor os conflitos internos que ocorrem nesta etapa da vida de seus filhos, certamente ajudarão a se tornarem adultos fortalecidos interiormente e preparados para enfrentar os novos desafios que fazem parte da vida futura. É a estruturação da identidade que
aumenta não só a capacidade de auto-suficiência, o respeito e a admiração pelos pais, como o processo de interdependência tão necessária para que haja continuidade de um relacionamento saudável, equilibrado, que começa na família e se estende para todos os demais tipos de relacionamentos socioculturais.
Conclusão
Podemos nos deparar com o fato inegável que na adolescência podem ocorrer transformações bem visíveis no comportamento deles, é a fase que devido a ampliação do conhecimento o adolescente passa a construir teorias ou reconstruir teorias já existentes, tem o desejo de ser diferente dos demais, quer ser quem vai mudar o mundo. Reúnem-se com outros adolescentes formando "tribos" para debater os casos que estão sofrendo diariamente e um dia, acabam percebendo a fragilidade de suas teorias. 
O adolescente passa por uma fase em que atribui um poder ilimitado ao seu pensamento. Quando expõe seus pensamentos, na verdade desejam transformar o futuro em algo glorioso ou transformar o mundo pelas suas ideias Se a leitura levar os adolescentes a reflexão e ajudar a assimilar as mudanças, com certeza ela se tornara uma pratica constante e permanente em suas vidas pois tem a possibilidade de abrir horizontes para o adolescente se tornar uma pessoa para o mundo. 
A aprendizagem é a assimilação ativa de conhecimentos e de operações mentais, para compreendê-los e aplicá-los consciente e autonomamente, é a criação de uma forma de conhecimento humano – relação cognitiva entre aluno e matéria de estudo – desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino. O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem.
http://ensinopositivo.com/leitura-na-adolescencia-menos-obrigacao-e-mais-prazer/
http://www.minutopsicologia.com.br/postagens/2015/11/23/o-desenvolvimento-na-adolescencia/
https://www.multiplasinteligencias.com.br/post/aprendizagem-socioemocional-na-adolesc%C3%AAncia
LIVRO I – Parte Geral TÍTULO I – Das Disposições Preliminares
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2o Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Art. 3o A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, con
11Lei n o 8.069/1990
dição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem
TÍTULO II – Dos Direitos Fundamentais CAPÍTULO I – Do Direito à Vida e à Saúde
Art. 7o A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nasci
12 Estatuto da Criança e do Adolescente
mento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
CAPÍTULO III – Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária SEÇÃO I – Disposições Gerais
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

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