Institutos de Direito Cambiário

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Unidade 1
Seção 2
Títulos de Crédito
1
Webaula 2
Institutos de direito cambiário
Nesta seção, vamos aprender que a fonte da obrigação
cambiária é a declaração unilateral de vontade. Assim, para
que alguém se obrigue em um título de crédito, basta a
declaração de vontade. Vamos nos aprofundar no assunto.
2
Explore a galeria para conhecer as teorias que explicam em qual momento ocorre a obrigação
cambiária.
3
Teoria da criação: a obrigação passa a existir a partir da assinatura do
emissor do título, a forma como o título saiu das mãos do criador não
importa. Apesar desse rigor, os adeptos da teoria da criação reconhecem
que, para que esta declaração tenha eficácia jurídica, o título deverá estar
de posse de um credor.

Considerando que os títulos de crédito são feitos para circular, houve interesse internacional
em realizar conferências com o fim de uniformizar a legislação cambiária.
Dessas convenções surgiram as Leis Uniformes sobre Câmbio (LUG), das quais o Brasil adotou
as relativas a letras de câmbio, notas promissórias e cheques.
As regras da LUG acabam por ser aplicadas aos títulos de crédito típicos. Já em relação aos
títulos atípicos, devemos analisar as normas dispostas no Código Civil.
A LUG adota, claramente, a teoria da criação, já que há proteção expressa aos credores de boa-
fé em seus arts. 16 e 17. Já no Código Civil, há normas que protegem o credor de boa-fé e
normas que protegem quem foi injustamente desapossado dos títulos.
4
Leis Uniformes sobre Câmbio 
 
Lei Uniforme de Genebra.
X
Típico 
 
Títulos definidos por um modelo legal.
X
Atípico 
 
Documentos não expressamente previstos
em lei, mas subordinados às regras gerais dos
títulos de crédito.
X
A forma de transferir o título de crédito a outra
pessoa, diante do princípio da literalidade, é
através da assinatura do beneficiário do próprio
título. Com o fim de simplificar e agilizar o
endosso, a lei estabelece que a simples
assinatura do beneficiário no verso do título é
suficiente para representar a manifestação de
vontade de transferir o título.
5
Endosso 
 
Declaração cambial eventual (pode ou não
ocorrer) e sucessiva (ocorre após a emissão do
título), pela qual o legítimo portador transfere
o título a um terceiro, que passa a ser o
credor.
X
Ao realizar o endosso, o antigo beneficiário, agora
endossante, pode ou não indicar o nome do endossatário.
Caso o endossante indique o nome do beneficiário,
chamamos de endosso em preto. Essa forma de endosso traz
maior segurança ao endossante, já que apenas o
endossatário poderá exercer os direitos decorrentes do título.
Caso o endossante não indique o nome do endossatário, diz-
se que o endosso é em branco. Atenção: endosso em branco
pode ser dado apenas no verso do título.
Endossatário 
 
Novo beneficiário.
X
Clique na palavra em destaque para saber mais.
6
I – Preencher
O espaço em
branco com seu
nome ou com o
nome de terceira
pessoa.
II – Endossar
A letra em branco,
mediante nova
assinatura sem
indicar o
beneficiário.
III – Entregar
O título a outra
pessoa sem
preencher o
espaço ou assinar
(endossar).
Nos termos do art. 14 da LUG, o portador de um endosso em branco pode fazer algumas ações.
Clique nos botões para saber quais são elas.
7
O endosso difere da cessão de créditos. Suas
principais características são:
Forma própria para a transferência de títulos
de crédito.
Uma manifestação unilateral de vontade.
Deve ser feito no próprio título.
Submete-se ao direito empresarial.
8
Já a cessão de créditos tem características
peculiares:
Pode ser utilizada para transferir qualquer
crédito.
É bilateral, depende da vontade tanto do
cedente como do cessionário.
Pode ser efetuada de qualquer forma,
inclusive em instrumento à parte.
Submete-se ao direito civil.
9
Endosso tardio Também chamado de posterior ou póstumo, consiste no endosso realizado após o
vencimento do título. Ele tem os mesmos efeitos de um endosso normal, assim
dispõe o art. 20 da LUG. Entretanto, caso seja feito após o protesto ou depois de
expirado o prazo para protesto, o endosso produzirá apenas os efeitos de uma
cessão civil.
Endosso
procuração
Endosso caução
O endosso tem ainda outras classificações importantes. Clique sobre as abas para saber quais
são elas.
10
Vejam a imagem de uma nota promissória emitida por Cláudio Henrique das Dores em favor de Maria
da Glória Farias.
Fonte: elaborada pelo autor.
11
No verso do título é possível ver que Maria endossou a Carlos, que endossou sem garantia a Emanuelli,
que endossou à Padaria Doce Vida LTDA., que é a legítima portadora.
Fonte: elaborada pelo autor.
12
Outro conceito importante para nós é do aval,
a saber: a declaração cambial eventual e
sucessiva pela qual o declarante se
compromete a responder pelo pagamento do
título em condições equivalentes a um
devedor deste título. 
 
Já o aceite é uma declaração também
eventual e sucessiva, pela qual a pessoa a
quem a ordem é direcionada reconhece dever
o valor do título e promete cumprir a ordem
dada. 
 
O protesto pode ser compreendido como um
ato solene através do qual o portador do título
consegue comprovar determinada situação,
que pode ser tanto a falta de pagamento
como a recusa do aceite. 
 
 
O protesto gera diversos efeitos, mas um
bastante importante para os títulos de crédito
é garantir que o credor do título possa
executar os devedores indiretos.
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Declarante 
 
Avalista
X
Aceite 
 
Deve ser dado através de assinatura na parte
da frente do título.
X
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Bons estudos!
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