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(RESUMO PARCIAL)Direito Empresarial II

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Resumo de Direito Empresarial II
VALOR INTRÍNSECO
X
VALOR EXTRÍNSECO
Valor intrínseco:
Sendo um documento formal, sua validade depende da existência de
certos requisitos intrínsecos e extrínsecos, expressamente determinados na lei.
Os requisitos intrínsecos referem-se à obrigação contida na letra. Resumindo, o
valor intrínseco é o valor determinado pelos fatos.
Valor Extrínseco:
Os valores extrínsecos são o revestimento formal que caracteriza a letra,
devendo o título conter os requisitos da lei. Tais requisitos podem ser essenciais
ou acidentais.
CONTEXTO HISTÓRICO:
● Invenção da Idade Moderna.
● Luta pela certeza e segurança
● Impropriedade da confessio como origem do título de crédito, no
que pese sua semelhança
● Evolução da aplicação prática X evolução Jurídica do conceito
PRIMEIRA CAMBIAL SEGUNDO GOLDSCHMIDT
- CAMBIAL DE 6 DE ABRIL DE 1207 DE SIMÃO RUBEUS.
Numa tradução livre, Simão Rubens, banqueiro, recebeu 34 libras e 32
denários em razão do qual o banqueiro Wilhelmus, seu irmão, deve dar 8
moedas de prata a quem lhe apresentar esta carta.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Conceito: São documentos representativos de obrigações pecuniárias, deve ser
escrito, assinado pelo devedor, contendo declaração de que cumprirá a
obrigação nela contida, no tempo assinalado, em favor de outro denominado
credor. Ou seja, são papéis que contém um direito de crédito, e que
representam a obrigação desta dívida com as informações nele inscritas. Os
mais comuns são:
● Cheques
● As Letras de Câmbio
● As notas promissórias
● As duplicatas
Art. 887 DO CÓDIGO CIVIL: “O título de crédito, documento necessário
ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz
efeito quando preencha os requisitos da lei.”
Características do Título de Crédito:
1 - Documentos formais:
Precisa obedecer às formalidades legais. Porque devem ser
preenchidos requisitos, no mínimo, essenciais, que cada título tem.
2 - Natureza jurídica:
Considerados bens móveis. Em via de regra, são pro
solvendo, ou seja, ela não é pagamento em si, mas uma promessa ou
ordem. Declaração unilateral de vontade.
3 - Títulos de apresentação:
Para que a obrigação seja cumprida é imprescindível a
apresentação do título.
4 - Considerados títulos executivos extrajudiciais:
A força executiva do título de crédito permite que se ajuíze
ação de execução, sem que se tenha de passar por um
processo de conhecimento
5 - Obrigações quesíveis:
O credor é o responsável por buscar pelo devedor para cobrar
o adimplemento, e não o contrário.
Espécies:
Típicos = Previstos em lei, são títulos executivos extrajudiciais.
Atípicos = Aqueles que não são títulos executivos extrajudiciais.
Típicos (nominados) = Criados e dispostos por uma legislação
específica, que os regulamenta, sendo, portanto, executivos extrajudiciais.
Atípicos - Criados pela vontade dos próprios particulares segundo seus
interesses, que é permitido, desde que não violem as regras do Código Civil.
Como não são regulados por uma legislação específica, devem obedecer às
normas do Código Civil que tratam sobre títulos de crédito.
O art. 903 do Código Civil explica que a codificação privada(Código Civil)
somente se aplica para os títulos de crédito atípicos. Veja:
Art.903; “ Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de
créditos pelo disposto neste Código.”
A) Ordem de Pagamento:
Acontece quando o sacador ou emitente, entrega a ordem para que outro
agente pague, conhecido como sacado. Quem recebe por escrito e que
deve receber o dinheiro, fica conhecido como o beneficiário. É o caso dos
cheques e das letras de câmbio.
B) Promessa de Pagamento:
Envolve o promitente e o beneficiário, ou seja, aquele que emite uma
promessa de pagamento e o credor que receberá a dívida posteriormente.
Este é o caso, por exemplo, das notas promissórias.
TÍTULOS CAUSAIS → São aqueles que a emissão está vinculada a uma
operação ou negociação específica prevista em lei.
Ex: a duplicata, que só pode ser emitida em razão de venda de mercadoria ou
da prestação de um serviço; o conhecimento de transporte, que só pode ser
emitido quando celebrado contrato de transporte em que uma das partes é uma
transportadora; o conhecimento de depósito e warrant, que só será emitido por
armazéns, quando firmado contrato de depósito.
Não causais → São aqueles cuja emissão independe de causa específica ou
prevista em lei. Por exemplo, tanto o cheque quanto a duplicata podem ser
emitidos em qualquer situação a fim de garantir um crédito.
Títulos à ordem → Tem por forma típica o endosso, que cria uma obrigação
cambial por parte do endossante, que se torna responsável pelo pagamento
integral da dívida.
Não à ordem → Transferência não cria obrigação cambial.
PRINCÍPIOS:
Literalidade - O título valerá pelo que nele estiver escrito. Exceção: artigo 406
CC/02 ( juros de mora, correção monetária); Duplicata( quitação em documento
apartado). Apenas tem efeito jurídico o que aparece expressamente escrito no
documento.
● Súmula 387 do STF → “A cambial emitida ou aceita com omissões, ou
em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança
ou do protesto.”
Formalismo - A forma do título de crédito é prescrita por lei.
Autonomia - É desvinculado do negócio que o originou, ou seja, cada título de
crédito representa uma obrigação autônoma e independente da obrigação que
lhe deu causa.
Título:
A emite =====> B endossa ======> C endossa ======> D
Aqui temos 3 obrigações: autônomas e independentes. O feito dessa
autonomia é que o vício em uma dessas obrigações não vicia as demais:
Ex: se B fosse absolutamente incapaz, contraiu a obrigação sem a devida
representação (ato nulo). Isso não vicia as demais obrigações.
Obs:
● Forma de se obrigar em um título = assinatura.
● Quem emite assina.
● Quem transfere por endosso assina.
Abstração - Quando um título circula, ele abstrai da causa debendi (causa de
origem).
Aqui temos 3 obrigações: autônomas e independentes. O efeito dessa
desvinculação é a inoponibilidade de exceções pessoais a terceiros de boa-fé:
Ex: “Quando D, apresenta esse título para A e exigir pagamento, A não
poderá arguir eventuais exceções pessoais com B, para escusar-se do
adimplemento da obrigação cambial.”
Estes são apenas princípios que marcam os títulos de crédito desde sua criação e
que podem não fazer parte integralmente da natureza do título em alguns casos.
As duplicatas, por exemplo, possuem vínculo com o contrato de compra e venda
e, por isso, estão ligadas à origem do crédito.
Da mesma maneira, os títulos de crédito podem se diferenciar entre serem
vinculados a um padrão específico, como os cheques, e livres de padrões, como
as letras de câmbio ou as notas promissórias.
Exceção ao Princípio da Abstração
1) Identidade das partes:
Quando tanto na obrigação principal cível, quanto na que gerou o título de
crédito, as partes, credor e devedor, são as mesmas.
Ex: X celebra contrato de compra com Y (obrigação na esfera cível)
2) Ciência de vício na obrigação principal.
Circulação - Constitui a principal característica do título de crédito que circula
através do endosso.
Cartularidade - Em regra os títulos de créditos são cartulares, ou seja, os
títulos de créditos são documentos físicos. Assim, para se exercer um direito
constante de um título de crédito, há de se ter posse do respectivo documento.
Porém, há exceções! cuidado.
→ Títulos Eletrônicos/Virtuais.
Atualmente discute-se a modernidade teria atingido a legislação referente
aos títulos de crédito. Se estes ostentavam os mesmos princípios dos títulos
físicos. Há de fato cartularidade em títulos eletrônicos, já que foram
desmaterializados?
Quando da cártula/documento, o legislador se referiu ao teor concreto
(papel),ou esse conceito pode ser elitizado, para suportes mais dinâmicos, como
documento em Word, por exemplo, que se pode imprimir a qualquer momento.
Ou ainda, quando dos títulos escriturais, pois ações são documentos escriturais
que circulam eletronicamente. O entendimento majoritário apontapara uma
mitigação do princípio da cartularidade no que se refere à tais títulos,
preservando-se os demais princípios. Ou seja, não há a cartularidade em sua
concepção original, pois temos um documento, em suporte diverso (não em
papel).
● Desmaterialização do título de crédito - Títulos do AGRONEGÓCIO Lei
11.076/04
ATOS CAMBIAIS :
SAQUE:
Conceito → Emissão do título, quem realiza tal ato é chamado de sacador.
Figuras Jurídicas:
Emitente = Sacador
Sacado = Aceitante
Beneficiário = Tomador ou credor
ACEITE:
Autorização que valida o funcionamento do título. No caso das letras de
câmbio, o crédito passa a ser válido somente após o sacado concordar em
pagar ao beneficiário (neste caso, o “aceitante”). Trata-se de ato
facultativo, que se previsto no título de crédito, há de ser impresso e
formal.
Natureza → Declaração unilateral facultativa.
Data → Relevância no vencimento a certo termo de vista.
→ Formalidade: Para a validação do título, deve constar o nome e
assinatura do aceitante, que se estiverem no verso do documento,
acompanhado da palavra “aceito”. Sem essa autorização, o beneficiário
terá que protestar o título para recebimento de suas quantias.
→ Efeitos: Caso aceite, o sacado passa a ser aceitante tornando-se, pois,
o devedor principal da obrigação cambial. A assinatura do aceitante deve
ser feita na parte da frente.
→ Recusa: Em regra para o indicado a negativa não gera nenhum prejuízo.
Contudo, quando ocorre gera 2 efeitos:
● 1º Antecipação do vencimento da obrigação.
● 2º O devedor torna-se automaticamente o responsável principal
pelo título.
Obs: Aceite parcial e o qualificado equivale à recusa.
Cláusula de não aceite → Posta pelo sacador na Letra de Câmbio, e
consiste na impossibilidade em se buscar pelo sacado, antes da data de
vencimento (na prática, serve para evitar vencimento antecipado).
VENCIMENTO
Conceito → Termo no qual o título se torna exigível. Precisa ser certo, único
e possível.
Espécies:
A vista → É exigível no momento da sua emissão.
Em dia certo → Quando o sacador escolhe uma data certa para o vencimento
A certo termo de data → A certo termo da data: quando o título também
vence com o decurso de tempo, todavia com início coincidente com a data do
saque. Na letra de câmbio estará escrito: “pague-se daqui a 45 dias.”
A certo termo de Vista → o vencimento acontece após determinado prazo,
mencionado no título, a contar do aceite. É fundamental a apresentação do título
para aceite. Se houver falta do aceite, deve haver um protesto, a partir do qual
conta-se o prazo para o vencimento do título de crédito.
Vencimento antecipado → Ocorre da ausência do aceite, ou quando há
falência(não recepção do Art. 43 LUG)
→ Art. 43) As obrigações cambiais, são autônomas e independentes umas das
outras. O significado da declaração cambial fica, por ela, vinculado e
solidariamente responsável pelo aceite e pelo pagamento da letra, sem embargo
da falsidade, de falsificação ou da nulidade de qualquer outra assinatura.
Prorrogação do Vencimento: Se por liberdade, de forma expressa, as partes
concordam em prorrogar o vencimento para adimplemento da obrigação
cambial, esse ato gera efeitos contra os coobrigados cambiais.
ENDOSSO
Conceito → Meio próprio de transmissão do título.
Espécies:
Endosso em preto → É quando você transfere o título de crédito, qualificando o
endossatário, ou seja, deixando claro quem está recebendo este endosso.
Consequência: Cria-se uma obrigação daquele que recebeu o título de crédito
ao querer transferir novamente deverá ser feito por meio de endosso, não
havendo necessidade de que seja endosso em preto.
Endosso em branco → Quando não há qualificação da parte do endossatário,
não deixando claro quem está recebendo o título de crédito.
Consequência: Neste caso o endossatário tem a opção de fazer a transferência
deste título por meio de endosso ou a tradição, ou seja, pode se abster da
responsabilidade cambial.
ENDOSSO PARCIAL → É nulo. Não se pode transferir o título parcialmente. A
razão é óbvia: já que falamos que o título de Crédito é um documento
necessário para exercício do crédito nele inserido. De forma que para exercer o
direito é preciso apresentar o título. Art. 912 CC. Parágrafo único. “ É nulo
endosso parcial.”
ENDOSSO SEM GARANTIA OU SEM RESPONSABILIDADE → Não vincula o
endossante na qualidade de coobrigado. Esta cláusula necessita ser expressa.
Assim, o endossante só irá pagar ao seu endossatário, ou seja, não garante o
pagamento a terceiros
ENDOSSO COM PROIBIÇÃO DE NOVO ENDOSSO → Aquele que efetua o
endosso com esta cláusula ele só tem responsabilidade cambial com aquele que
efetivou a relação.
ENDOSSO TARDIO OU PÓSTUMO → endosso praticado após o protesto ou
prazo para fazer o protesto, e após o vencimento do título. Ocorre que, feito
isso, ele terá efeito de uma cessão ordinária de crédito, e não de endosso, por
esse fato, podemos perceber a lógica da denominação de endosso tardio
(tardio = que chega tarde).
ENDOSSO PRÓPRIO → Transfere ao endossatário não só a titularidade do
crédito como também o exercício de seus direitos.
ENDOSSO IMPRÓPRIO → difere do anterior uma vez que não transfere a
titularidade do crédito, mas tão somente o exercício de seus direitos. Este se
subdivide em: Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o
endossatário aja como representante do endossante, podendo exercer os
direitos inerentes ao título:
● ENDOSSO MANDATO → Transferência dos poderes de procurador ao
endossatário-mandatário, realizada com a cláusula por procuração.
Transfere apenas os poderes cambiais do título, não a propriedade.
Obs: Deverá ser feito no endosso em preto pois há necessidade de
nomear alguém para ser o mandatário.
● ENDOSSO CAUÇÃO OU PIGNORATÍCIO → Figura como mera garantia
ao endossatário de uma dívida do endossante para com ele. Deve sempre
conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em penhor”. Tendo,
portanto, o endossante cumprido a obrigação para a qual se destinou a
garantia, poderá rever o título de crédito.
AVAL
CONCEITO(Garantia Peculiar dos títulos de créditos) → É uma garantia pessoal
dada por um terceiro em título de crédito ( a exemplo da nota promissória, letra
de câmbio, duplicata e cheque, entre outros) No qual se obriga, ao lado do
emitente do título a satisfazer o crédito, ou seja, a pagar a dívida descrita.
AVALISTA → É aquele que aceita ser responsável pelo pagamento do
empréstimo ou financiamento realizado por outra pessoa. O avalista pode ser
acionado para pagar antes do avalizado(devedor principal), o que não ocorre na
fiança, por exemplo, em que se estabeleceu, em princípio, o benefício de ordem.
FORMA → Anverso, admite-se no verso se houver expressão que demonstre o
aval.
EFEITOS DO AVAL → Quem avaliza um título de crédito está dizendo que irá
pagar o título, caso o devedor não o faça.
PROBLEMA DA OUTORGA CONJUGAL → a exigência de outorga conjugal no
aval dado por pessoas casadas, salvo no regime da separação absoluta. Assim,
pessoas casadas pela comunhão universal ou pela comunhão parcial só poderão
dar aval se obtiverem a concordância dos respectivos cônjuges
AVAL LIMITADO E O ART. 897, PAR ÚNICO DO CC → O avalista, por essa
limitação, se obriga apenas pela soma que declarar, inferior evidentemente ao
valor da letra.
AVAL ANTECIPADO AO ACEITANTE → É aquele dado em favor do
endossante antes mesmo que este insira sua assinatura sobre o título,
transferindo-o. Pode ocorrer quando o portador pretendendo endossar o título a
seu credor, este lhe exige garantia
AVAL SUCESSIVO → É o aval que é dado a outro aval, ou seja, é um ato
cambial que é dado um aval para outro aval.
AVAL SIMULTÂNEOS → Quando existem dois avais para o mesmo ato cambial
de forma simultânea.
Consequência:
Em se tratando de aval simultâneo, pode o avalista que pagar o total da obrigação,
cobrar dos avalistas anteriores a quota-parte que cada um teria obrigação, podendo se
valer, para tanto, da via executiva.
AVAL EM BRANCO → O que não traz o nome da pessoa a qual é dado,
consistindoapenas na assinatura do avalista
Obs: Aval sempre posterior ao ato cambial que está sendo avaliado em
regra, salvo no caso do aval condicionado ou antecipado.
DIFERENÇAS ENTRE AVAL E FIANÇA
FIANÇA AVAL
Contrato Ato unilateral de vontade
secundária e subordinada principal e independente
obrigação de dois devedores duas obrigações autônomas com
dois devedores
obrigação do fiador é acessória obrigação do avalista é principal
o fiador pode invocar o benefício
de ordem
o avalista nada pode invocar
o credor pode pleitear a
substituição do fiador
nada pode pleitear o avalista
tem caráter subjetivo e mira a
pessoa
tem caráter objetivo e só se atém
ao valor
dívidas ilíquidas podem ser seu
objeto
só incide em obrigação líquida
o fiador se libera com o
cumprimento da obrigação
principal
a obrigação do avalista independe
da obrigação do avalizado
o fiador fica obrigado enquanto
subsiste a obrigação principal
o avalista fica livre se observado
no título a falta de elemento
essencial
tem que ter outorga do cônjuge não precisa de outorga. basta a
assinatura do cônjuge.
PROTESTO
Conceito → É um ato público, formal, solene e extrajudicial pelo qual se prova a
inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros
documentos de dívida. (Art. 1º da Lei Nº 9.492/97).
Competência → Compete privativamente ao Tabelião de Protesto de Títulos, na tutela
dos interesses públicos e privados, a protocolização, a intimação, o acolhimento da
devolução ou do aceite, o recebimento do pagamento, do título e de outros documentos de
dívida, bem como lavrar e registrar o protesto ou acatar a desistência do credor em relação
ao mesmo, proceder às averbações, prestar informações e fornecer certidões relativas a
todos os atos praticados, na forma desta Lei (Art. 3º da Lei Nº 9.492/97)
Competência territorial → No local de pagamento indicado no título, ou no local de
residência do inadimplente ou aquele que deu causa ao protesto.
MODALIDADES DE PROTESTO
1) Protesto por falta ou recusa de aceite
Ocorre somente nas duplicatas e na letra de câmbio. São títulos de
crédito que devem ser apresentados ao sacado, que é a pessoa indicada
para dar o aceite e para o futuro pagamento.
- Para os títulos de pagamento à vista o protesto para aceite é facultativo.
- Para os títulos de pagamento a termo de vista o protesto é obrigatório.
- Tem o sacado, prazo de três dias úteis para aceitar o título ou dizer os
motivos de recusa.
- Caso seja feito o protesto por falta de aceite, não é necessário fazer o
protesto para pagamento.
2) Protesto por falta de recusa de pagamento
Compete ao portador apresentar o título ao devedor principal
geralmente, a apresentação é pessoal e direta contudo, se não conseguir,
pode fazer via protesto cambiário.
- Se pagar: não se realiza o protesto.
- Se não pagar: lavra-se o protesto cambial por falta de pagamento.
Importante:
● Em não havendo protesto, só os devedores diretos, signatários do título
(aceitante, emitente e seus avalistas) respondem pela obrigação
● Com o protesto, todos os coobrigados (sacador, endossantes e seus
avalistas) respondem pelas obrigações do título.
3) Protesto por falta de devolução
Este tipo de protesto cabe somente nas duplicatas. Caso a duplicata
seja entregue para aceite mas não devolvida praticamente perde-se o título.
4) Protesto por simples indicação de portador
Também só é utilizada para as duplicatas. Quando o sacado retiver
a duplicata enviada para aceite e não proceder à devolução dentro do
prazo legal. Tem que haver o protesto por simples indicação do portador
com a prova efetiva de entrega da duplicata ao devedor.
5) Protestos especiais:
a) Comprovação da data de aceite.
b) De cópia do título.
c) Para fins falimentares.
d) do contrato de câmbio.
e) da conta de profissional liberal.
PROTESTO DE BOLETO BANCÁRIO:
Divergência doutrinária; Celso Barbi filho, ACEITA! Wille Duarte
Costa, NÃO ACEITA!
EFEITOS DO PROTESTOS
● Cobrança dos devedores indiretos (dispensável nas cédulas de crédito
bancário)
devedores indiretos = Avalista e aceitante.
● Vencimento antecipado (falta de aceite)
● Interrupção da prescrição (Art. 202,III CC)
● Impontualidade para a falência.
● Cadastro de devedores inadimplentes.
Sustação (Medida judicial) → A sustação consiste no impedimento a
lavratura do protesto, mediante ordem judicial liminar concedida nos autos de
uma medida cautelar destinada a assegurar o direito de obrigado cambiário que
esteja sob ameaça de ser prejudicado pelo protesto iminente e indevido de
título apontado por credor cambiário.
Sustação dos efeitos do protesto → Assim, o juiz, ao receber uma ação
de sustação do protesto, deverá analisar se o título não foi ainda protestado,
pois não há que se falar em "ação de sustação do protesto" se ele já foi
consumado (lavrado)
Cancelamento do Protesto → O cancelamento do registro do protesto, se
fundado em outro motivo que não no pagamento do título ou documento de
dívida, será efetivado por determinação judicial, pagos os emolumentos devidos
ao Tabelião.
O pagamento pode ocorrer também, após a lavratura. Nesse caso, há
que se proceder ao cancelamento do mesmo.
Cláusula sem protesto → A cláusula só aproveita ao seu signatário (salvo se este
for o sacador) e pode ser utilizada pelo endossante, pelo sacador ou pelo avalista. Não
pode ser proposta pelo aceitante (art. 26 da Lei Uniforme – alínea 2a). A disciplina da
cláusula “Sem Protesto” está no art. 46, alínea 1a, da LU)
A LETRA DE CÂMBIO
Requisitos Essenciais:
São aquelas que compõem a substância do título, a sua falta importa na
caracterização do título, ou seja, só será letra de câmbio o que tiver todos os
requisitos essenciais.
1) Denominação da Letra de Câmbio:
Não basta intitular o documento de letra de câmbio, é necessário que
esteja inserido em seu texto, para que qualquer pessoa perceba desde
logo de que se trata de um título de crédito com rigor cambiário.
2) A Soma a pagar:
Deve indicar em números no alto e em segundo lugar por extenso no
corpo qual é o valor do título em moeda e de forma clara e precisa. Se
houver diversidade entre o número e o valor por extenso há duas
soluções:
a) Para o título emitido em operações interna no caso de divergência
prevalece o valor por extenso;
b) Para operações internacionais: a lei uniforme estabelece o critério do
menor valor.

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