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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS - CMPF
BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Discente: José Caio Chaves Holanda
Docente: Claudio de Souza Rocha
Disciplina: Filosofia da Ciência e Met. Científica
Curso: Ciências e Tecnologia Matrícula: 2018010815
ALVES, Rubem. Capítulo 3: em busca de ordem. In: ALVES, Rubem. FILOSOFIA DA CIÊNCIA: introdução ao jogo e suas regras. 10. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. p. 28-43. Escaneado, corrigido e editado.
O capítulo 10, “As credencias da ciência” é parte do livro filosofia da ciência: “introdução aos jogos e suas regras” – e tem como autor Rubem Alves, considerado por muitos um dos maiores escritores da época. O Livro foi publicado em 1981 pela editora Loyola, no Brasil, na qual conta com 176 páginas divida entre 11 capítulos. A obra aqui analisada é uma versão scaneada, corrigida e editada da editora Brasiliense, tendo por base a versão original. 
Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador, tradutor, psicanalista e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis. Ele nasceu na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1933. Em 1945 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, em 1953 e 1957 cursou teologia, foi-se para nova york em 1963, onde obteve pela Union Theological Seminary o título de mestre em teologia. Rubem foi, por volta dos anos 70, professor de filosofia na Unicamp – Universidade de Campinas. Além da obra “filosofia da ciência”, ele escreveu O Que é Religião?, a volta do pássaro encantado, O Patinho que não Aprendeu a Voar e Variações Sobre a Vida e a Morte.
A ciência, no início do capítulo, é definida como uma célula fundamental na vida humana, tendo em vista que apenas os cientistas são portadores do conhecimento necessário para desvendar as teorias, paralelo a isto, tem-se os homens comuns, considerados apenas componentes de uma sociedade irracional dotados de paixões e desejos, o que para ciência não era aceito até então. Entretanto, percebe-se que tal fato é um egoísmo enraizado nas antigas crenças filosóficas de Kant, Comte, Freud, Marx, onde eles acreditavam em uma ciência livre de emoções. De maneira análoga, ambos estavam equivocados, pois o que move a ciência são as emoções, o desejo humano de novas descobertas e a busca pelo fascinante, onde qualquer indivíduo tem o livre arbítrio para usufruir e contribuir no avanço científico. 
As novas descobertas para os cientistas é motivo de perturbação, uma vez que os fundamentos, seja ele científico ou não é difícil de serem aceitos. Pode-se citar Martinho Lutero, impulsionador da revolta protestante, como exemplo disso, pois ele modificou a estrutura religiosa da época que até então era altamente preconceituosa. De maneira semelhante, a ciência se iguala no quesito de mudança racional, pois é difícil convencer as pessoas a acreditarem em algo novo que foge do padrão aceito. Esta concepção pode ser encaixada na teoria do sociólogo Émile Durkheim, onde ele diz que: a maneira coletiva de agir e pensar é toda de exterioridade, generalidade e coercitividade. Analisando essa linha de raciocínio percebe-se que a justificativa para a não admissão é oriunda de conhecimentos devido a vivência em grupo, assim como, o fortalecimento do mesmo passado de geração a geração.
Alguns cientistas não fazem uso da verdade para divulgar seus resultados, comprometendo indiretamente alguns casos, visto que tal atitude caracteriza-se como verdade absoluta, sendo que o cientista deve ser imparcial quando trata-se da análise e/ou comprovação teórica. É partindo dessa ideologia que Alves insere em seu raciocínio a teoria da falseabilidade de Karl Popper como uma credencial científica. O filósofo diz que “uma teoria só pode ser considerada científica se for provada falsa. Ao contrário: se uma teoria não puder ser provada falsa, eventualmente, isto significa que ela não pode ser corrigida pela experiência”. (P. 147). Deste modo, quando o resultado da teoria é verídica a mesma pode ser aceita, mas não significa que é verdadeira. Porém, se a hipótese abre brechas para incertezas considera-se que a probabilidade do indivíduo estar certo é maior.
Simultaneamente, Thomas Kuhn em primeiro momento comunga com o pensamento de Popper em que as declarações não-falsificáveis não podem pertencer à ciência. Entretanto, mais adiante ele muda de ideologia e passa a crer em uma ciência baseada na ciência normal, ou seja, antigos fundamentos científicos, no qual ele busca entender a ciência através de acontecimentos históricos, ao invés de lógicos e metodológicos. Analisando por outra vertente, embora a ideologia de ambos sejam distintas, a contribuição que os mesmos deram a filosofia da ciência é altamente relevante, visto que ajuda na compreensão dos fatos, seja eles lógicos, metodológicos ou históricos.
O capítulo explanou de maneira sucinta as credenciais da ciência, onde enfatiza que a mesma é movimentada pela teoria da falseabilidade, uma vez que é a partir dela que pode-se chegar mostrar os fatos. Entretanto, nem sempre uma verdade está propicia a ser encaixada na teoria de Popper, pois há casos que será diretamente verídico. Associado a isso, o autor possibilita uma interpretação mais fácil das teorias dos filósofos, mas erra em comungar diretamente com ele, pois o que hoje é verdade, amanhã não será.

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