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Apostilha de Libras

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Prévia do material em texto

Hoverdiano Cesar Pereira Caetano¹ 
Alda Leaby Oliveira de Araujo² 
 
 
Caro (a) aluno (a) 
 
 
Sejam bem vindos a disciplina de Língua Brasileira de Sinais “LIBRAS”, do 
Curso de Licenciatura em Ciências Agrárias da UFPB- Virtual. 
 
 
Talvez, você já tenha ouvido falar em LIBRAS-Língua Brasileira de 
Sinais, ou visto até algumas pessoas comentarem será uma língua mesmo? A 
partir de agora convidamos vocês para juntos compartilharmos grandes 
descobertas a respeito dessa língua. Vamos conhecer a segunda língua oficial 
do Brasil, na qual podemos conversar sobre todos os assuntos que desejamos. 
Durante nossos estudos poderemos pesquisar a respeito de vários 
temas relacionados às pessoas surdas, como também iniciarmos a prática dos 
primeiros sinais, através inclusive de vários vídeos que estarão sendo 
disponibilizados. 
Então, você é nosso convidado especial, a mergulhar na riqueza dessa 
língua. 
 
Vem conosco 
Abraços sinalizados 
 
 
 
 
 
 
 
LIBRAS 
 
 
LIBRAS 
 
Librasvale a pena conhecer. Libras é a língua materna dos surdos 
brasileiros uma língua de modalidade visual-gestual ou espaço visual, porque a 
pessoa surda recebe a informação pelos olhose reproduz pelas mãos. 
A Libras tem a estrutura gramatical diferente da língua portuguesa, 
embora muitas pessoas não saibam ela foi oficializada em 24 de abril de 
2002 com decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005. 
Com o decreto que oficializou a LIBRAS, ficou obrigatório desde então a 
disciplina de LIBRAS em todas as Licenciaturas e cursos de formação de 
professores, e nos demais cursos ser oferecida como optativa. 
Pesquisas tem mostrado que, como qualquer outra língua, a Língua 
Brasileira de Sinais possui os níveis morfológico, sintático, semântico, e 
pragmático. Muitos sinais são regionais, criados às vezes pelos surdos daquela 
região, então pode haver mudança de um sinal de um estado para o outro. 
Sendo assim, você terá oportunidade de aprendermais sobre esta língua 
encantadora. 
 
 
 
Saiba mais 
 
Gesto: movimento espontâneo, voluntário ou involuntário, do corpo, 
especialmente das mãos, braços e cabeça que revela estado psicológico ou 
intenção de exprimir ou realizar algo. O gesto é igualmente uma forma de dar 
ênfase ao discurso na interação comunicativa dos interlocutores. 
Mímica: arte de exprimir os pensamentos e sentimentos, imitar seres e 
representar objetos por meio de gestos, expressões corporais e fisionômicas. O 
mímico é o artista que comunica e se faz entender por meio da mímica sem 
fazer uso da fala. 
Pantomima: é um teatro gestual que faz o menor uso possível de 
palavras e o maior uso de gestos. É a arte de narrar com o corpo. É uma 
 
modalidade cênica que se diferencia da expressão corporal e da dança, 
basicamente é a arte objetiva da mímica, sendo um excelente artifício para 
comediantes, cômicos, palhaços, atores e bailarinos. 
Sinal: é o signo linguístico na língua de sinais, o qual contém uma 
unidade de informação convencionada por meio gestual pela comunidade 
surda e que serve para comunicar algo a alguém. Assim, o sinal se difere do 
gesto espontâneo pelo seu caráter de código compartilhado e estruturado em 
uma língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I 
 
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE 
SURDOS 
 
Considerandoque não há presente sem passado não 
poderíamosdeixarde conhecer, embora brevemente, a trajetória da educação 
de surdosparaentender melhor as tendências que atualmentesão adotadas. Os 
acontecimentos refletem uma realidade social, política e histórica 
queinfluenciaram a adoção de posições e se fizeram sentir na formação da 
identidade dos surdos. 
No momento em que nos propomos a trazer uma visão geral dessa 
história para tentar compreender como foram engendradas, estaremos 
resgatando parte dela. 
Na antiguidade, podemos falar que os gregos eromanos não 
consideravam os surdos como pessoas competentes. Ao contrário, eles eram 
isolados da sociedade sob o argumento de que, segundo Moura, 2000 p.16: 
[...] o pensamento não podia se desenvolver sem linguagem e 
que esta não se desenvolvia sem a fala. Desde que a fala não 
se desenvolvia sem a audição, quem não ouvia, não falava e 
não pensava, não podendo receber ensinamentos e, portanto, 
aprender. 
 
Na Idade Moderna, no século XVI, o médico italiano GirolamoCardamo 
declara que os surdos podiam receber instrução. Ele afirmava que essas 
pessoas podiam ser ensinadasa ler e escrever sem fala. Muitos outros 
educadores procuraram criar condições para que o surdo se comunicassecomo 
foi o caso de Pedro Ponce de Leon, Juan Pablo Bonet, Abade L’ Epée dentre 
outros. A maioria desses educadores buscou alternativas para atender 
demandas da sociedade que ensinou surdos falar, ler, escrever, rezar, etc. 
Nessa ocasião a pessoa “muda” não era reconhecida perante a lei, pois 
no caso deserem primogênitos perderiam o direito ao título e a herança. Por 
conseguinte a força do poder financeiro, e, dos títulos se constituíram 
 
osgrandes impulsionadores dooralismo, na época,era através da fala que 
oindivíduo tinha representação na sociedade. 
Seguiu-se a essa proposta aquelas que trouxeram os sinais como forma 
de comunicação, e, em outros casos iriam representar os sons da fala de uma 
forma visível através do que se chamou alfabeto digital, usado para ensinar a 
ler, associado à leitura dos lábios e a manipulação dos órgãos 
fonoarticulatórios e pelo ensino de diferentes posições para a emissão do 
som. 
A Idade Contemporânea trouxe a visão clínica [...] equivocada quanto 
aos seus princípios, que procurava a todo custo acabar com aquilo que não 
podia ser tratado, curado na maioria das vezes (MOURA, 2000, p.26). 
A única forma de “salvar” o surdo seria através do uso da fala, pela 
restauração da audição, pois se ela fosse restaurada, a fala também o seria. 
No entanto, os insucessos obtidos através dessa proposta não foram 
suficientes para convencer a maioria desses educadores oralistas. Apesar 
disso, o médico Jean Itardapós dezesseis anos de tentativas e 
experiênciasfrustradas de oralização de surdos sem conseguir atingir os 
objetivos desejados, rendeu-se ao fato de que o surdo pode ser educado 
através da língua de sinais. 
O Congresso de Milão realizado em 1880 declarou a superioridade do 
método oral puro sobre o uso de sinais o que provocou uma grande polêmica 
entre professores ouvintes e surdos (a estes não foi permitido votar), em 
defesa do oralismo e da língua de sinais, tendo esta última sido batida na 
preferência da grande maioria de professores ouvintes. 
A partir desse evento que teve o maiorimpactona educação, 
seconsiderarmosos cemanosde sua hegemonia, os surdos foram subjugados 
às práticasouvintistas. 
Ficou legitimado que apenas a língua oral deveria ser aprendida pelos 
surdos, sendo a língua de sinais considerada como prejudicial para o 
desenvolvimento dessa criança. 
Um grande processo de mudança se desencadeou e foi logo adotado 
pela maioria das escolas, em oposição à educação do século XVIII. Naquele 
 
momento acreditava-se que o surdo poderia desenvolver-se como os ouvintes 
aprendendo apenas a língua oral. 
 Desse modo, a oralização passou a ser o principal objetivo da educação 
da criança surda e para que ela pudesse dominar essa forma de comunicação 
passava a maior parte de seu tempo recebendo treinamento oral e se 
dedicando a este aprendizado (GOLDFELD, 1998). 
Estamos diante de uma perspectiva que destacava a visão clínica da 
surdez e através da reabilitação da fala e treinamento auditivo buscavam 
“curar” os surdos. Portanto, essa idéia deu origem ao modelo educacional 
denominado oralismo que durante um século se manteve como proposta 
principalpara a educação de surdos. 
Com a adoção desse modelo educacional foram abandonadas cultura e 
identidade surdas. Desse modo,as idéias pregadas pelo oralismo orientavamque os surdos deveriam ter uma identidade comum com os ouvintes, ou seja, a 
língua. 
O 2º,o 3º e 4º Congressos Internacionais do Surdo realizados 
emChicago, Genève e em Paris, em 1893, 1896 e 1900, respectivamente, 
decidiram-se a favor de um sistema combinado de instrução e/ou pelo 
oralismo puro, mantendo a situação preconizada pelo Congresso de Milão. 
Nocomeço do século XX já se ouvia falar dos insucessos do oralismo, 
trazendo consigo outras conotações para os surdos, ou seja, quando não 
progrediam na oralidade, eram considerados deficientesmentais. 
Essaconstatação nos sugere que o problema da surdez e suas 
consequênciasestava ligada ao próprio surdo. Somentea partir da década 
de 60 deste século a língua de sinais começou a ser (re)conhecida 
especialmente depois dos trabalhos de William Stokoe, lingüista americano, 
que retomou a questão dos sinais e apresentou a língua de sinais, como uma 
língua legítima, com estrutura própria. 
Ofinal do século XX e o início do século XXI parecem ter criado 
novas oportunidades para a reconstrução da história cultural dos surdos, 
com a valorização da língua de sinais, com a possibilidade de construção 
da identidade surda, decorrente do respeito às diferenças. 
 
 
 
 
Reflexão 
 
A História daEducaçãode surdos mostra diversas mudanças que ocorreram 
ao longo do tempo. Podemosafirmar que os primeiros movimentos de 
educação de surdos datam do século XVI. Eles saíram do isolamento que 
lhes era imposto e participaram da vida das demais pessoas. Com essa atitude 
desencadearam transformações que resultaram na legitimação do seudireito 
em viver de acordo com suas necessidades, ou seja, usar sua língua, 
manifestar sua identidade. 
 
Conceitos 
 
Oralismo-O ensino para surdos baseado na comunicação oral Visão clínica – 
Através da visão clínica os surdos são categorizados pelos graus de surdez e 
não pelas suas identidades culturais. 
 Afala seria a única possibilidade de viver bem na sociedade. Ela vê 
(em) os surdos como pacientes que necessitam serem tratados através de 
exercícios terapêuticos (treinamento auditivo, exercícios de preparação 
dosórgãos do aparelho fonador, etc.) 
 
Ouvintismo – (...) conjunto de representações dos ouvintesa partir do qual o 
surdo está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte” (SKLIAR, 
1998, p.15). 
 
A fase de ausência quase total de leis que amparassem principalmente 
os direitos lingüísticos do surdo foi amplamente modificada. Com o 
reconhecimento da Libras (Língua Brasileira de Sinais) no país, observou-se 
uma intensa movimentação que culminou com determinações governamentais 
expressa através de leis,decretos que desse modo começaram a fazer parte da 
vida de todos os cidadãos que freqüentam a sociedade brasileira, renovando 
planejamentos. 
 
 
Os direitos lingüísticos dos surdos estão agora amparados pelas 
políticas públicas que se manifestamatravés da garantia de acesso e 
permanência desse aluno dentro das escolas regulares de ensino, embora na 
prática nem sempre possamos identificá-las. 
Portanto, a proposta de inclusão de surdos nas escolas mais próximas 
de suas residências representou um primeiro passo para o exercício de 
cidadania. 
Aestruturação da educação de surdos nos moldes propostos pelo 
modelo inclusivista, traz o bilinguismo como orientador das ações que devem 
se desdobrar daí, marcaram mudanças radicais na vida do surdo e da escola 
que teve a incumbência de implantar um trabalho pedagógico voltado para a 
efetivação dessa proposta. 
 
A Lei 9394/96 no seu artigo 1º passa a vigorar acrescida do art. 26que 
afirma “Será garantida às pessoas surdas em todas as etapas e modalidades 
da educação básica, nas redes públicas e privadas de ensino, a oferta da 
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, na condição de língua nativa das 
pessoas surdas”. 
 
 O MEC/SEESP promoveu reuniões e câmaras técnicas que tiveram 
como produto odocumento “Diretrizes para a Educação de Surdos” que 
buscaram viabilizar a proposta pedagógica que deveria ser veiculada nas 
escolas. 
ALei Federal 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhece a língua 
de sinais em todo o país. Elafoi regulamentada e os fundamentos foram 
publicados através do decreto governamental 5.626 de 22 dezembro de 
2005, tornando obrigatório o uso da língua de sinais não somente para os 
surdos, mas também para os professores que atendem esses alunos além de 
disciplinar a presença de intérpretes de Libras. 
Esse decreto provocou muitas mudanças especialmente nasinstituições 
formadoras de professores que tendo de cumprir o que essa lei determinava, 
foi trazendo a Libras para as instituições de ensino superior, disseminando o 
seu uso, e conhecendo!a cada vez mais através da geração de pesquisas. 
 
 
 
 
Esse decreto determinou a inclusão de Libras como disciplina curricular assim 
proposto: 
 
Art. 3º A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos 
cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível 
médio e superior, e nos cursosde Fonoaudiologia, de instituições de ensino, 
públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
 § 2º A Libras constituir-se á em disciplina curricular optativa nos demais 
cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da 
publicação deste Decreto. 
 
 
 Ainda neste decreto, no capítulo III aparecem recomendações sobre a 
formação do professor de Libras e do instrutor de Libras assim explicitadas: 
 
 Art. 4ºA formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do 
ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser 
realizada em nível superior, em curso de graduação de licenciatura plena em 
Letras/ Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua. 
 
 
Art. 9º A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino 
médio que oferecem cursos de formação para o magistério na modalidade 
normal e as instituições de educação superior que oferecem cursos de 
Fonoaudiologia ou de formação de professores devem incluir Libras como 
disciplina curricular, nos seguintes prazos e percentuais mínimos: 
 
I - até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição; 
 II - até cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituição; 
 III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; e 
 
 
 IV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituição. 
 
 Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina 
curricular deve iniciar!se nos cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, 
Pedagogia e Letras, ampliando-se progressivamente para as demais 
licenciaturas. 
A par dessas medidas que determinavam orientações para a educação, 
a Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000,cria condições de acessibilidade 
na comunicação. Elase refere aos meios essenciais de participação social. 
O artigo 17 desta lei explica sobre 
[...] a eliminação de barreiras na comunicação e a criação de 
mecanismos que tornem acessíveis os sistemas de 
comunicação para garantir o direito de acesso à informação, à 
comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, 
ao esporte e ao lazer (PERLIN e STROBEL, 2008,p.30). 
 
Vale salientarainda que a acessibilidade para surdos também deve 
ser garantida pela presença do intérprete de Libras que consta desta mesma 
lei no seu artigo 18. 
Outras leis e decretos complementam essa ação de garantia 
daacessibilidade tais como o decreto 5.626/2005, e certamente surgirão 
novaspossibilidades namedidaem que as condições para a inserção cada 
vez mais ampla de surdos na sociedade determinarão à necessidade de novas 
medidas que complementarão as que já existem. 
Para conhecer mais algumas leis, decretos, pareceres e declarações 
vinculadas à questão dos direitos do surdo podemos nomear: 
 
LEIS 
 
 Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
 Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação 
Especial 
 
 
 Lei 10.098/94- Estabelece normas gerais e critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou 
com mobilidade reduzida, e dá outras providências. 
 Lei 10.436/02 - Dispõesobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e 
dá outras providências. 
 
 
DECRETOS 
 
 Decreto Nº 186/08 - Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados 
em30 de março de 2007. 
 Decreto nº 6.949 - Promulga a Convenção Internacional sobre os 
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, 
assinados em Nova York, em 30 de março de 2007 
 Decreto Nº 6.094/07 - Dispõe sobre a implementação do Plano de 
Metas Compromisso Todos pela Educação 
 Decreto Nº 6.215/07 - Institui o Comitê Gestor de Políticas de Inclusão 
das Pessoas com Deficiência – CGPD 
 Decreto Nº 6.571/08 - Dispõe sobre o atendimento educacional 
especializado 
 Decreto nº 5.626/05 - Regulamenta a Lei 10.436 que dispõe sobre a 
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS 
 Decreto nº 2.208/97 - Regulamenta Lei 9.394 que estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional 
 
 
 Decreto nº 3.298/99- Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 
1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá 
outras providências 
 Decreto nº914/93 - Política Nacional para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência. 
 Decreto nº 3.952/01- Conselho Nacional de Combate à 
Discriminação 
 Decreto nº 5.296/04- Regulamenta as Leis n° 10.048 e 10.098 com 
ênfase na Promoção de Acessibilidade 
 Decreto nº 3.956/01– (Convenção da Guatemala) Promulga a 
Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas 
de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência 
 
 
PORTARIAS 
 
 Portaria nº 976/06 - Determina critérios de acessibilidade a eventos do 
MEC 
 Portaria nº 1.793/94 - Dispõe sobre a necessidade de complementar os 
currículos de formaçãode docentes e outros profissionais que 
interagem com portadores de necessidades especiais e dá outras 
providências 
 Portaria nº 3.284/03- Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de 
pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de 
 
 
 
autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de 
instituições. 
 
 
RESOLUÇÕES 
 
 Resolução CNE/CEB nº 2/01 - Normal ! Institui Diretrizes Nacionais 
para a Educação Especial na Educação Básica 
 ResoluçãoCNE/CP nº 1/02- Diretrizes Curriculares Nacionais para 
a Formação de Professores. 
 
AVISO 
 
AvisoCircular nº 277/96 Dirigido aos Reitores das IES solicitando a 
execução adequada de uma política educacional dirigida aos portadores 
de necessidades especiais. 
 
 
 
DOCUMENTOS INTERNACIONAIS 
 
 Convenção da ONU Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 
 Carta para o Terceiro Milênio. 
 Declaração de Salamanca. 
 Convenção da Guatemala 
 Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes 
 Declaração Internacional de Montreal sobre Inclusão 
 
 
 
 
 
Reflexão 
 
A educação inclusiva significa um novo modelo de escola em que é 
possível o acesso ea permanência de todos os alunos, e onde os 
mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são 
substituídos por procedimentos de identificação e remoção de barreiras para 
a aprendizagem. 
Para tornar-se inclusiva, a escola precisa formar seus professores e 
equipede gestão, rever as formas de interação vigentes entre todos os 
segmentos que a compõem e nela interferem. 
Precisa realimentar sua estrutura, organização, seu projeto político - 
pedagógico, seus recursosdidáticos, metodologias e estratégias de ensino, 
bem como suas práticas avaliativas. 
 A propostade educação inclusiva implica, portanto, um processo de 
reestruturação de todos os aspectos constitutivos da escola, envolvendo a 
gestão de cada unidade e dos próprios sistemas educacionais. (GLAT, 2007, 
p.16 e 17). 
 
 
MODELOS PARA EDUCAÇÃO DE SURDOS 
 
 A História de Educação de surdos mostra que sua trajetória foi marcada 
por uma diversidade de opiniões que ao longo desse tempo foi se modificando. 
Sabemos que os surdos foram alvos desde o início da Idade Moderna de dois 
tipos de atenção: a médica e a religiosa. 
Naquela ocasião a chamada “surdo-mudez” se constituía, conforme cita 
Soares (1999) um desafio para a medicina, pois estava ligada a anomalia 
orgânica. Por outro lado a ajuda para aqueles que não podiam ouvir, nem falar, 
fazia parte dos preceitos religiosos. 
No entanto, os avanços da ciência e a participação de pais e amigos 
dessas pessoas foram determinantes para que essa percepção fosse 
mudando. A atuação dos médicos que foram se interessando pela educação de 
 
 
surdos foi marcada por uma prática essencialmente pedagógica voltada para 
que o surdo adquirisse algum tipo de conhecimento. 
GerolamoCardano, que era matemático, médico e astrólogo italiano, 
desenvolveu investigações sobre a condutibilidade óssea, foi o primeiro 
educador de surdos. Segundo Soares (1999, p.17) afirmou “a mudez não se 
constituía um impedimento para que o surdo adquirisse conhecimento”. Desse 
modo, começaram a serem empregadas formas diversas para trabalhar com o 
surdo. Segundo essa autora, apesar das diferenças entre os motivos que 
encaminharam as ações educativas na Itália e na Espanha, no século XVI, e na 
Holanda, Inglaterra e Alemanha, no século XVII, e início do século XVIII as 
práticas exercidas por esses médicos e religiosos na educação de surdos, são 
bastante semelhantes, no que diz respeito ao ensino através da escrita. Nesse 
sentido, a presença da escrita nos diferentes métodos utilizados pelo oralismo 
teve como objetivo a aquisição da fala. 
A partir daí modificações foram sendo introduzidas na educação de 
surdos e que podem ser resumidas nos seguintes modelos educacionais: 
 
ORALISMO 
 COMUNICAÇÃO TOTAL 
 BILINGUISMO 
 
 O Congresso de Milão, em 1880, representou o marco para a adoção 
do oralismo como a única via de realização do surdo. Nesse congresso foi 
decidido por votação dos professores (excetuando os professores surdos), 
segundo Goldfeld (1998) que apenas a língua oral deveria ser aprendida pelos 
surdos e a língua de sinais naquela ocasião era considerada prejudicial para o 
desenvolvimento da criança surda. 
Essa concepção gerou uma mudança radical nas escolas do mundo 
inteiro que abandonaram qualquer expressão através de sinais para 
concentrar!se na oralização, principal objetivo da educação de crianças surdas. 
Para atingir esse fim, como já mencionamos, a maior parte do tempo 
previsto para o trabalho com essas crianças era dedicado ao treinamento oral, 
afim de que pudessem dominar a língua na modalidade oral. Essa opção foi 
dominante no mundo inteiro até a década de 60, ocasião em que William 
 
 
 
Stokoe, lingüística americano, demonstrou que a língua de sinais era uma 
língua como qualquer outra, com todas as características das línguas orais e 
que seriam adquiridas naturalmente pelo surdo. 
Existem diversas metodologias de oralização, entretanto, um ponto 
comum entre elas é a estimulação da audiçãoresidual, detectada através de 
exames audiológicos e trabalhada após a adaptação de Aparelho de 
Amplificação Sonora Individual (AASI). Esse aparelho amplifica os sons, 
possibilitando que o surdo consiga melhorar sua capacidade de escutar. 
O uso desses aparelhos vai depender da avaliação audiométrica que classifica 
a surdez em diversos graus: 
 
 Leve 
 Moderada 
 Severa 
 Profunda 
 
A avaliação audiométrica, audiometria é um exame da audição realizado por 
meio de instrumentos de avaliação da capacidade para apreender os diferentes 
sons da fala e classificar a surdez nos diversos graus acima mencionados. 
 
Após essa avaliação os profissionais adotavam um dos diversos 
métodos dentre os quais passamos acitar: 
 
Os métodos orais incluem duas abordagens: 
1) unissenssorial – prioriza a audição como principal via sensorial a ser 
estimulada e desse modo conseguir que o surdo oralize. Tendo em vista esta 
abordagem podemos citar, dentre outros, dois métodos :acupédico e 
audiofonatório. 
 
2) multissensorial – utiliza várias vias sensoriais como recursos a serem 
trabalhados para chegar a oralidade. Como métodos que adotaram essa 
perspectiva podemos citar: aural, verbotonal. 
 
 
Esses métodos apostam no treinamento da audição como principal 
recurso para atingir o objetivo de oralizar o surdo. Mais recentemente podemos 
falar do implante coclear (chamado popularmente de ouvido biônico) que 
começa a fazer parte das opções disponíveis para os surdos. Nesse caso, 
após a cirurgia o surdo passa a ”ouvir” se toda a intervenção for bem sucedida. 
 
As principais técnicas a serem trabalhadas nos métodos orais são: 
 
 Treinamento auditivo 
 Leitura orofacial 
 Desenvolvimento da fala 
 
Treinamento auditivo Propõe que através da estimulação auditiva o surdo 
possa reconhecer e discriminar ruídos, sons ambientais, sons da fala. 
Associado a esse trabalho é essencial a utilização de AASI e também dos 
aparelhos de amplificação de mesa durante as sessões de atendimento 
(GOLDFELD, 1998) . 
Leitura orofacial é a utilização de recursos visuais na fala como facilitadores 
do processo de comunicação (GOLDFELD, 1998). Através da leitura orofacial é 
possível identificar a palavra falada produzida através de movimentos 
articulatórios por parte do emissor. É um instrumento necessário para o surdo, 
e, com ela tenta-se que ele entenda a mensagem do interlocutor a partir da 
leitura que faça dos lábios, da face, dos movimentos e posições dos órgãos 
articulatórios. 
É importante considerar que não temos visibilidade de todos os fonemas 
produzidos e desse modo muitos dos sons emitidos não são identificados 
claramente, portanto, somente através do contexto do que é dito, pode-se fazer 
a complementação da ideia. 
O desenvolvimento da fala são exercícios realizados para a mobilidade e 
tonicidade dos órgãos fonoarticulatórios na fonação, lábios, mandíbula, etc, 
além de exercícios de respiração e relaxamento. 
 
Após a preparação dos órgãos fonatórios deve-se partir das produções 
espontâneas para transformar essas produções em autênticas fonações e em 
palavras (AGUDO; MANSO; MÈNDES y MUÑOZ,2001). 
O desenvolvimento da linguagem paralelamente a todo esse trabalho se 
mantêm nesse contexto como o elemento no qual essas intervenções são 
efetivadas. Por esse motivo alguns desses métodos sugerem estratégias 
específicas que identificaremos de forma sucinta dentro da perspectiva 
oralista.Simonek e Lemes (1990) afirmam que o desenvolvimento da linguagem 
tem início nos primeiros meses de vida quando a criança começa a produzir as 
primeiras palavras, sempre auxiliada pelo AASI e pela estimulação auditiva. 
Sua linguagem deve seguir as mesmas etapas da criança ouvinte. 
 
Ainda segundo as autoras acima mencionadas, que sugerem na p. 78 
(1990) “Assim estimuladas às palavras, frase, frases de dois elementos, verbos 
básicos e a estrutura gramatical correta. Seguindo estas etapas, a criança 
surda chegará a um rendimento lingüístico satisfatório”. 
Uma estratégia que perdurou durante os anos áureos do oralismo foi a 
Chave de Fitzgerald, que se propunha a organizar a linguagem ordenando os 
elementos que compunham a frase, colocadas em um quadro, que dava a ideia 
de um esquema que teria de ser seguido, embora não incluísse a possibilidade 
de que o aluno criasse novas estruturas. 
Mais recentemente, outra forma utilizada por métodos orais, dentro desse 
mesmo modelo foi o Organograma da Linguagem que constitui-se de um 
conjunto de símbolos (figuras geométricas) que representam a estrutura frasal. 
Segundo Goldfeld (1998, p.79 ) o círculo representa o núcleo do sujeito; o 
quadrado simboliza o predicado e o triângulo pode representar o complemento 
verbal ou complemento nominal. Dessa forma, a estrutura da língua vai sendo 
organizada partindo inicialmente de associações com essas figuras. 
A sua utilização representou uma possibilidade de criar condições para que 
essa criança entendesse como a língua portuguesa se estruturava. No entanto, 
nem mesmo seu emprego conseguiu que os surdos chegassem a compreender 
como se organizam as frases na língua portuguesa de forma clara. 
 
E, a partir da década de 60 do século XX, como já comentamos, a língua de 
sinais começou a ganhar novo espaço na comunicação de surdos 
especialmente nos Estados Unidos com o surgimento da Comunicação Total 
que pretendeu promover antes de tudo, a comunicaçãosurdo x ouvinte. 
Fonte do texto Wanilda Maria Alves Cavalcanti: http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-
virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf 
 
 
Comunicação Total 
 
A Comunicação Total foi desenvolvida em meados de 1960, após o 
fracasso de Oralismo puro para muitos sujeitos surdos, que não tiveram o 
sucesso esperado na leitura de lábios e emissão de palavras. 
Segundo Sá (1999)2, foi Dorothy Shifflet, professora secundária, mãe de 
uma menina surda, que descontente com os métodos oralistas, começou a 
utilizar um método que combinava sinais, fala, leitura labial e treino auditivo, em 
uma escola na Califórnia, denominando seu trabalho de Total Approach – 
Abordagem Total. 
Assim, a Comunicação Total consistia no uso simultâneo de palavras e 
sinais, ou seja, no uso simultâneo de uma língua oral e de uma língua 
sinalizada. Porém, após estudos realizados na área da Lingüística, tais como 
as pesquisas de Stokoe, no início dos anos de 1960, começou-se a comprovar 
que as línguas de sinais são uma língua legítima, com status lingüístico, tão 
completa e complexa quanto qualquer outra língua. Ele e outros autores se 
posicionaram criticamente em relação a essa modalidade mista, acreditando 
que o uso simultâneo de duas línguas, resulta numa mistura que confunde o 
enunciado, já que a língua oral majoritária se sobrepõe à língua de sinais. 
 Essa prática do uso da comunicação total recebeu também o nome de 
“bimodalismo” encorajando o uso inadequado da Língua de Sinais, já que a 
mesma tem gramática diferente das línguas orais. 
Site do Texto http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo7/libras/unidade3/comunicacao_total.htm 
 
 
http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf
http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf
 
 Ela propõe uma maneira diferente de perceber o surdo, o ou seja, como 
um indivíduo diferente, não deficiente e, a denominação “deficiente auditivo” 
usada pelos oralistas foi substituída por outra, “Surdo”. 
 
A Comunicação Total defende a utilização de qualquer recurso 
lingüístico, seja a língua de sinais, a linguagem oral ou códigos manuais, para 
facilitar a comunicação (GOLDFELD, 2002). O aprendizado de uma língua não 
é objetivo principal da Comunicação Total. 
 
No Brasil a Comunicação Total, além da LIBRAS ( Língua Brasileira de 
Sinais)utiliza ainda a datilologia (alfabeto manual), o cued speech ( sinais 
manuais que representam os sons da língua portuguesa) o português 
sinalizado (língua artificial que utiliza o léxico da língua de sinais com a 
estrutura sintática do português e alguns sinais inventados para representar 
estruturas gramaticais do português que não existem na língua de sinais); o 
pidgin (simplificação!da gramática de duas línguas em contato, no caso , o 
português e a língua de sinais) (GOLDFELD, 2002, p.40 e 41). 
 
A Comunicação Total recomenda o uso simultâneo destes códigos 
manuais com a língua oral. Essa opção é denominada bimodalismo e cria uma 
terceira modalidade, que emprega inadequadamente a língua de sinais, já que 
a mesma, tem gramática diferente da língua portuguesa. 
 
Bilinguismo 
 
O pressuposto que norteia esse modelo é que o surdo deve ser bilíngüe, 
ou seja, ele deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é 
considerada a língua natural dos surdos e, como segunda língua, a língua na 
oficial de seu país na modalidade oral e/ou escrita. Autores como Sanches 
(1993) acredita ser necessário para o surdo adquirir a língua de sinais e a 
língua oficial do seu país apenas na modalidade escrita e não oral. 
Skliar (1999) comenta que a educação bilíngüe não pode ser neutra nem 
opaca. Ela deve se constituir como consciência política, para entender a 
educação dos surdos como uma prática de direitos humanos concernentes aos 
 
 
surdos; a coerência ideológica para discutir as assimetrias do poder e do saber 
entre surdos e ouvintes e a análise de natureza epistemológica das 
representações colonialistas sobre surdez e surdos. 
Essas línguas não devem ser utilizadas simultaneamente para que suas 
estruturas sejam preservadas. 
 
O surdo, para os bilinguistas não precisa almejar uma vida semelhante ao 
ouvinte, podendo aceitar e assumir a surdez (GOLDFELD, 2002). 
 
Um dos princípios mais importantes desse modelo de ensino é que os 
surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias. A língua de 
sinais deve ser aprendida em contato com adultos fluentes. 
Muitos fatores ainda comprometem a adoção do bilingüismo, ou seja, falta 
a estrutura recomendada para sua utilização. A escola pública, geralmente, 
ministra suas aulas em português, por professores ouvintes que na sua grande 
maioria não domina a língua de sinais. 
 Por outro lado o número insuficiente de intérpretes que não estão 
presentes em todas as salas de aula, durante todo o tempo, assinala outra 
dificuldade na viabilização dessa forma de promover o conhecimento nas salas 
de aula. Ao mesmo tempo temos de esclarecer que mesmo contando com essa 
presença do profissional intérprete, ela não garante a apreensão do 
conhecimento. 
 Para o bilinguismo o domínio da língua de sinais é mais fácil para que o 
surdo perceba estes aspectos na língua oral, já que tem exemplos da língua de 
sinais para se guiar. 
 
 
REFLEXÕES 
 
Dentre os modelos que foram expostos acima, o bilingüismo 
adotado nas últimas décadas parece oferecer melhores condições para a 
aquisição da comunicação por surdos. Sabemos que esse modelo está 
ocupando um grande espaço no cenário científico mundial, em 
 
 
paisescomo EUA, Canadá, Suécia, Venezuela, Israel, entre outros países 
que desenvolvem muitas pesquisas sobre surdez e abordagem bilíngüe 
(GOLDFELD, 2002). 
Considerando que no Brasil o ensino tardio da Libras,nas escolas 
acrescentam mais dificuldades à questão principal da perda auditiva. 
 Segundo Fernandes (2005) os surdos, em sua grande maioria, 
crescem em famílias de pais que falam e ouvem o português e não 
adquirem esta língua precocemente. Desse modo, frequentando escolas 
em que o ensino é realizado em língua portuguesa, com pouquíssimos 
professores que dominam a Libras, resultam em aquisições mais tardias. 
Portanto, o não compartilhamento dessas duas línguas desde a infância, 
não atende as principais recomendações desse modelo uma vez que a 
presença do intérprete de Libras não garante a aprendizagem. 
 
Fonte do texto Wanilda Maria Alves Cavalcanti: http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-
virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf 
 
 
Exercitando 
 
1. Qual a Leie Decreto que oficializou a Libras ? 
2. Como a Visão Clinica percebia a pessoa surda? 
3. O que foi o Congresso de Milão? 
4. A surdez é classificada em diversos Graus quais são? 
5. Quais as Abordagem Educacional usadas na educação de surdos? 
6. O que é Educação Bilingue? 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf
http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/fundamentos_da_educaaao_de_surdos_1354887964.pdf
 
Unidade II 
 
O alfabeto manual x datilologia 
 
O alfabeto manual é formado pelas mãos que representam as letras do 
alfabeto. A datilologia é a soletração de uma palavra usando o alfabeto 
manual.Do mesmo modo que alguns país possuem línguas orais diferentes dos 
alfabetos, como é o caso da língua Inglesa e Francesa , nas línguas de sinais, 
as formas de mãos para a formação do alfabeto manual também variam de 
país para país. Veja alguns exemplos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
FOTO do Professor 
A datilologia á a mais usada para soletrar nome de pessoas, lugares, 
objetos e outras palavras que não tem um sinal específico. 
A pessoa que não saber o sinal de alguns objetos, poder usar a 
datilologia correspondente do que falar com outra pessoa surda e para que o 
surdo ser comunique melhor, devemos soletrar usado o alfabeto manual. Veja, 
abaixo, o alfabeto manual da Língua Brasileira de Sinais – Libras e compare 
com os outros alfabetos que foram mostrados dos acima. 
 
 
 
Saiba mais... 
http://librasnet.com/alfabeto.html 
http://www.acessobrasil.org.br/libras/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meu 
Nome 
 
 
Alfabeto manual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercitando 
1 - Estudar o alfabeto manual, rever o vídeo, na biblioteca do aluno. 
2 - Após aprender o alfabeto manual,fazer varias palavras com ele. 
3 - Fazer seu nome completo, filmar e enviar para o fórum. 
A B C D E 
FGH I J 
 KL MN O 
P QRS T 
U VX Y W Z 
 
 
 
FOTO SURDO 
Nomes e sinal pessoal 
 
Quando nascemos, nossos pais escolhem nosso nome. O nome 
pessoal de cada pessoa nãopode ser mudado, a não ser em determinados 
casos permitidos pela legislação nacional. 
Para as pessoas ouvintes, identificamos as pessoas pelo nome e até 
memorizamos a vozdas pessoas quando, por exemplo, se fala ao telefone. No 
caso dos surdos, eles conseguemidentificar as pessoas visualmente, 
memorizando suas características físicas, mas é difícil para elesidentificar o 
nome de uma pessoa pela leitura labial, afinal existem milhares de pessoas 
com osmesmos nomes. 
Para suprir essa necessidade, a comunidade surda instituiu o Sinal 
Pessoal, ou seja, é umaespécie de nome em Libras. 
Esse sinal normalmente é escolhido de acordo com as 
característicasda pessoa ou por seu jeito de ser. 
O sinal pode ser dado por uma pessoa surda ou escolhido pelopróprio 
usuário. 
Mas, uma vez batizado, esse sinal não poderá ser modificado, visto 
que, como osinal tem aspectos pessoais, é muito difícil encontrar pessoa, 
sejam surdas ou ouvintes, com sinaisiguais. 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
Sinal de Nome Próprio 
Fonte do texto UFPB: http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/libras_ii_1330350775.pdf 
 
 
 
 
http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/libras_ii_1330350775.pdf
 
Veja a característica da pessoa. 
 
A – Representa iconicamente uma característica da pessoa, Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cabelo-encaracolado Corte na sobrancelha(Tânia) (Presley) 
 
B – Representar a profissão de uma pessoa e uma característica. Por 
exemplo: 
 
 
 
 PROFESSOR@ MAGR@ 
 
C – Representar um número, que a pessoa a ter na caderneta de sua 
turma de escola, ou a primeira letra do nome da pessoa. Por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letra H(Hoverdiano) Número 6 (Nelson) 
 
 A palavra surda (a) vem grafada com S maiúsculo quando indicar que se 
trata de uma pessoa que luta por seus direitos políticos, lingüísticos e culturais. 
 
 
 
 
 
De acordo com os estudos de Tânia A. Felipe “O sinal pessoal é o nome 
próprio, o “nome de batismo” de uma pessoa que é membro de uma 
comunidade Surda1”. Este sinal geralmente pode representa. 
(FELIPE, 2007p31): 
 
 
Veja o vídeo - Meu nome e sinal do Prof.Hoverdiano Cesar, no ambiente 
do fórum. 
 
 
Exercitando 
 
Pense em um sinal pessoal para você. Lembre que este deve ter 
suas características, comoalgo em você que chame atenção (pode ser 
físico) ou algum traço que você goste. 
 2- Faça um vídeo e apresente seu sinal para seus colegas, tutores e 
professor no ambiente do fórum. 
 Obs1.: Caso não tem sinal, você pode pedir também a alguma 
pessoa surda que escolha o seu sinal, ou se você já tem seu sinal, 
faça apenas o vídeo e o apresente para que possamos conhecer. 
 Obs2: Essa atividade deverá ser filmada em Libras 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ead.ufpb.br/pluginfile.php/59871/mod_assign/intro/Meu%20nome%20e%20sinal.wmv
 
 
 
FOTO BOA NOITE 
 
 
FOTO BOM DIA 
 
 
FOTO BOM DIA 
 
 
FOTO BOM DIA 
Unidade III 
 
SAUDAÇÕES E CUMPRIMENTOS 
 
Em todas as línguas há o ritual da saudação. Dependendo do contexto, 
esse cumprimento será mais formal ou informal e geralmente é complementado 
por gestos. A LIBRAS tem também sinais específicos para cada uma dessas 
situações..Assim pode-se utilizar os seguintes sinais: BOM DIA, BOA TARDE, 
BOA NOITE, OI, TUDO BEM, TUDO BOM, ADEUS, TCHAU, MAIS OU 
MENOS, MAL, acompanhados ou não de gestos de cumprimento: 
 
1 – Apresentação das saudações relativa ao turno em que acontece na aula de 
LLIBRAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que os alunos utilizem sempre que chegarem na sala de aula. 
Dia Tarde Noite 
Bom 
ou 
Boa 
 
 
 
FOTO OBRIGADO 
 
 
FOTO TCHAU 
 
 
FOTO NOME 
 
 
FOTO MEU 
 
 
FOTO AULO 
 
 
FOTO PROFESSOR 
 
 
FOTO CURSO 
 
 
FOTO AULA/ESTUDAR 
 
 
FOTO OUVINTE 
 
 
FOTO SURDO 
 
 
FOTO REGULAR 
 
 
FOTO RUIM 
 
 
FOTO BOM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Palavras aprendidas na primeira unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO DESCULPA 
Tchau 
Obrigado 
Desculpa 
Libras Surdo Ouvinte 
Estudar Curso 
Nome 
Bom Ruim Regular 
Aluno Meu 
 
 
Veja o vídeo – Saudações e Cumprimentos no Ambiente Virtual 
 
 
 
Unidade IV 
 
ESTRUTURA DA LIBRAS 
 
A estrutura de sinais é composta por parâmetros que se combinam de 
forma sequencial ou simultânea, entre eles existem dois tipos de parâmetros: 
primários e secundários. 
 
Configurações da Mão 
 
A configuração de mão é a forma que a mão assume para a sinalizao 
sinal, que pode ser feito usando uma mão os as duas. Existem 61 
configurações de mãos diferentes, veja a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ead.ufpb.br/pluginfile.php/59871/mod_assign/intro/Meu%20nome%20e%20sinal.wmv
 
Existem sinais que apresentam a mesma configuração de mão, de 
acordo com os outros parâmetros ou contextos, irão representar significados e 
sinais diferentes. Veja alguns sinais exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Configuração da mão Sinal 
IGUAL DIFERENTE 
 
Ponto de Articulação 
 
O Ponto de Articulação é o sinal onde fica no o espaço ou a região do 
corpo onde são articulados.Existem dois tipos de sinais articulados nesse 
espaço, o primeiro é o espaço neutro, ou seja, o sinal é articulado na frente do 
corpo. Veja abaixo o exemplos: 
BANHO SENTIR 
CHUVA 
 
RAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
O outro espaço ou região é quando o sinal se aproxima ou toca em certa 
parte do corpo, como por exemplo, na cintura, na testa, nos ombros, no peito 
entre outros, veja a seguir alguns exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para executar um sinal podemos utilizar o lado dominante, no caso a 
mão direita para os destros ou a mão esquerda para os canhotos, ou ainda as 
duas mãos de forma simultânea, em alguns casos a mão dominante se 
TELEVISÃO PIPOCA BRINCAR 
SINAL NO 
QUEIXO 
SINAL NO 
DORSO 
SINAL NA BOCA 
TRISTE CONVERSA DENTISTA 
 
movimenta e a outra funciona como um apoio, em outros casos as duas mãos 
podem se movimentar. 
 
Movimento 
 
Os sinais podem ter ou não movimentos. Observe na figura o sinal de 
“PULAR”, note que ele começa de uma maneira e vai mudando até o fim do 
sinal, na imagem é possível ver o movimento do sinal de “PULAR”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A grande maioria dos sinais possui movimento, mas vamos ver agora 
um exemplo de um sinal que não tem movimento, será usado o sinal de “EM 
PÉ”, note na imagem que segue que o sinal não muda, ele começa e termina 
da mesma maneira. 
 
 
Movimento para Cima e para Baixo 
 
Orientação e Direção 
 
Este é um parâmetro complexo que envolve uma grande rede de formas 
e direções, tal como as movimentações dos pulsos ou os movimentos internos 
das mãos para descreverem no espaço ou sobre o corpo, que pode ser em 
linhas retas, curvas, sinuosas ou circulares. A orientação e a direção do 
movimento podem ser para cima ou para baixo, para direita ou para esquerda, 
e para frente ou para trás. 
Veja a seguir os exemplos: O sinal de “CHUVA” é feito de baixo para 
cima, já no segundo exemplo do sinal de “ÁGUA”, é feito da direita para a 
esquerda, por último o sinal de “AVISAR” é feito para frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CHUVAR 
ÁGUA 
AVISAR 
 
Expressões Faciais e Corporais 
 
Os sinais também usam as expressões faciais e corporais, estas 
traduzem os sentimentos e dão mais sentido ao sinal, já que intensificam a 
característica do sinal, facilitando assim a sua identificação, sendo assim um 
parâmetro muito importante da língua de sinais. 
 
 
 
 
 
Fonte da Imagem: http://marinainterprete.blogspot.com.br/2012/07/configuracoes-de-maos.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://marinainterprete.blogspot.com.br/2012/07/configuracoes-de-maos.html
 
Sinais Iônicos e Sinais Arbitrários 
 
Os sinais podem ser classificados em sinais icônicos, quando o sinal é 
semelhante à realidade, ou seja, lembram o seu significado, por exemplo: 
BORBOLETA, BEBER, TELEFONE, CORRER, MILHO, entre outros. 
Já os sinais arbitrários, ou convencionais são aqueles não representam 
nenhuma semelhança com a realidade, é o caso dos sinais: ÁGUA, VINHO, E 
REFRIGERANTE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAL ICÔNICO SINAL ARBITRÁRIOS 
 
 
Unidade V 
Números 
A língua pode ter formas diferentes para expressar os numerais quando 
utilizados como cardinais, ordinais, quantidades, medida, idade, dias, semana, 
mês, horas e valores monetários. Isso também acontece na LIBRAS. Nesta 
unidade e nas seguintes, serãoapresentados os numerais em relação ás 
situação relacionados abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja os números no vídeo e treinar, no site http://www.youtube.com/watch?v=aO-M5i4uCPg 
 
Faça um vídeo e apresente seu número do telefone no 
ambiente do fórum. 
1 2 3 
4 5 6 
7 
8 
9 
0 
http://www.youtube.com/watch?v=aO-M5i4uCPg
 
Os números podem ser quantidade, cardinais e ordinais. Conforme a 
figura abaixo se observa que existe diferencias entre eles com relação a 
movimentação. 
 
NÚMEROSQUANTITATIVOS 
 
 
 
 
Os números quantitativosda Libras sofre modificação dos números um a 
quatro e o número cinco a nove continua comonos cardinais e ordinais. 
 
NÚMEROS CARDINAIS 
 
 
 
 
NÚMEROS ORDINAIS 
 
 
 Os números ordinais é acrescentado o movimento vertical para cima e para 
baixo e movimento horizontal para direita e para esquerda. 
 
 
Fonte da imagem: http://anacarolinafrank.blogspot.com.br/2012/01/alfabeto6.html 
 
 
http://anacarolinafrank.blogspot.com.br/2012/01/alfabeto6.html
http://2.bp.blogspot.com/_8xhzRE3l9Ug/S9mpWGQW29I/AAAAAAAAABE/j3ij5I52UQ8/s1600/numeros+para+quandidade.jpg
http://4.bp.blogspot.com/_8xhzRE3l9Ug/S9mqhsVOMaI/AAAAAAAAABM/5Yfod-0VQU0/s1600/NMEROS~1.JPG
 
 
..Alfabeto Manual 
 
 A datilologia ( alfabeto manual), que é usada para expressar nome de 
pessoas, de localidades e outras palavras que não possuem um sinal, está 
representada pela palavra separada, letra por letra por hífen. Exemplos 
 
1. A – R – I 6. J – O – S – É 11. C – A – R – L – O – S 
2. E – V – E 7. H – É – L – I – O 12. Z – É – L – I – A 
3. I – D – A 8. M – I – L – Y 13. W – I – L – L – Y 
4. B – U – G – A 9. C – H – O – N 14. P – E – D – R – O 
5. X – U – X – A 10. K – I – T 15. R – A – Q – U – E – L 
 
 
Sinais Soletrados 
 
O sinal soletrado, ou seja, uma palavra da língua portuguesa que, por 
empréstimo, passou a pertencer à LIBRAS por ser expressa pelo alfabeto 
manual com uma incorporação de movimento próprio desta língua, está sendo 
representado pela soletração ou parte da soletração do sinal. . Exemplos 
 
 
 
 
1. P-A-I 
 
4. N-U-N-C-A 
 
7.B-E-M 
 
2. D-I-A 
 
5. C-O-M-O 
 
8. M-Ã-E 
 
3. V-A-I 
 
6. V-O-U 
 
9.M-A-L 
 
 
 
 
Veja o vídeo, sinais soletrados pelo professor no, ambiente do 
fórum. 
 
 
 
Unidade VI 
Pronomes Pessoais 
 
Os pronomes pessoais em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) 
possuem um sistema para representar as pessoas em discurso. 
 
 
1.ª Pessoa 
 
 
 
 
 
2.ª Pessoa 
 
EU 
 
Singular 
VOCÊ 
 
 
 
 
3.ªPessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.ªPessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
EL@
 
NÓS 2
Plural 
 
1.ªPessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.ªPessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.ªPessoa 
 
NÓS-3
 
NÓS- GRUPO
 
VOCÊS 2 VOCÊS 3
VOCÊS 4 
 
 
 
 
Plural 
Plural 
VOCÊS GRUPO 
 
 
 
 
 
Plural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EL@ 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EL@ GRUPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EL@ 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EL@ 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade VII 
O Símbolo @ (arroba) 
 
Como em LIBRAS não há desinência para gênero (masculino e 
feminino) e também para plural, ao transcrever um sinal para língua portuguesa 
que possua essas flexões utilizamos o símbolo @ no final da palavra para 
passar a ideia em Libras. 
Exemplo: 
MENIN@ - menino(s) e meninas(s); 
DEL@ - dele(s) e dela(s); 
SE@ - seu(s) e sua(s). 
 
 
 
Exercício do vídeo: 
 
1 – Soletra seu nome e seu sinal, vocêjá possua um. Veja os exemplos no 
vídeo. 
2 – Faça as letras sinalizadas no vídeo, na ordem em que foram apresentadas. 
1. ______________________ 6.________________________ 
2. ______________________ 7.________________________ 
3. ______________________ 8.________________________ 
4. ______________________ 9.________________________ 
5. ______________________ 10.________________________ 
 
3 – Faça a sinalização a de cada quantidade do objeto mostrada. 
 
4 –Escreva os nomes que serão apresentados no vídeo. 
1) ______________________ 
 
 
2) ______________________ 
3) ______________________ 
4) ______________________ 
5) ______________________ 
 
5 – Responda ás perguntas que sara sinalizadas pelo professor. 
1) ______________________ 6) ________________________ 
2) ______________________ 7) ________________________ 
3) ______________________ 8) ________________________ 
4) ______________________ 9) ________________________ 
5) ______________________ 10) ________________________ 
 
Pronomes possessivos 
Os pronomes possessivos como os pessoais, possuem marcas para 
gêneros e estão relacionados ás pessoa do discurso e não á coisa possuída, 
como acontece em português. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EU = ME@ SOBRINH@. 
VOCÊ = TE@ ESPOS@. 
EL@ = SE@ FILH@ / DEL@ 
ME@ 
 
 
 
 
 
 
 
TE@ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a primeira pessoa: ME@, pode haver duas configurações de mão: uma é 
a mão aberta com dedos juntos, que bate levemente no peito – MEU- 
PRÓPRIO. 
Para as 2ª e 3ª pessoas, a mão não tem esta segunda configuração em “P”, 
mas o movimento é em direção á pessoa com quem se fala (2ª pessoa) ou esta 
sendo mencionada (3ª pessoa). 
Não há sinais específicos para os pronomes possessivos do dual, Trial, 
quadrial e plural (grupo). Nestas situações são usados os pronomes pessoais 
correspondentes. Exemplos: NÓS-FILH@ “ nosso(a) filho(o)” 
Veja o vídeo para atividade. 
1. NÚMERO ME@ TELEFONE:_______________________________ 
2. NÚMERO ME@ CASA:____________________________________ 
3. NÚMERO PLACA ME@ CARRO:____________________________ 
4. NOME ME@ ENDEREÇO (CASA + RUA):_____________________ 
(Repetir estas frases com os pronomes TE@ = SE@) 
 
Pronomes Interrogativos 
Os pronomes interrogativos QUEM?, O-QUE É?, DE QUEM É? e 
QUEM É? São feitos com a expressão facial de forma interrogativa. 
O pronome QUEM? Utiliza-se duas formas: o Sinal QUEM ou pode-se 
soletrar Q-U-M, os dois são usado no inicio da frases. 
LIBRAS PORTUGUES 
Q-U-M PESSOA NASCER 
PARAÍBA? 
Quem e a pessoa nasceu na Paraíba? 
 
 
 
 
 
Q-U-M? 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
Português – Quem tem um lápis? 
Libras – Q-U-M TER LÁPIS? 
O Pronome QUEM E? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEM É? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DE QUE É? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE É? / O QUE É ISTO 
 
 
 
 
 
 
DE QUE É? / O QUE É? / O QUE É ISTO 
Os pronomes (DE QUE É? / O QUE É? / O 
QUE É ISTO), e Utilizado o mesmo sinal. 
Exemplos: 
Português – O que é isso? 
Libras – O QUE É? 
 
Exemplos: 
Português – Essa chave de que é? 
Libras – CHAVE DE QUEM? 
 
Exemplos: 
Português – Quem é esse 
homem? 
Libras – HOMEM QUEM É? 
 
 
 
PALAVRAS FINAIS 
 
Prezado Aluno. 
Você viu como é interessante estudar esta língua – Língua 
Brasileira de Sinais (LIBRAS). 
Chegamos no final da nossa disciplina, mas esperamos que você 
não pare por aqui, continue aprofundando seus conhecimento nessa 
língua que tem despertado tanto interesse em pesquisadores do mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
AGUDO, J.D.M.; MANSO, J.M.M; MÉNDEZ, M,J.R.; MUÑOZ, A.S. 
IntervenciónenAudición y Lenguaje: casos prácticos. Madrid: Ed. EOS Universitária, 
2001. 
BRASIL. Portaria do MEC. n° 1.679, de 2 de dezembro de 1999, Art.1° e Art.2°, 
parágrafo único. 
 
BRASIL, Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Disponível em: 
http://www.mec.gov.br/legis/pdf/lei10436.pdf 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto Nº 5.626, 
de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. 
 
CALVACANTO, M.A, Fundamentos da Educação de Surdos. UFPB Virtual. 
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Declaração de Salamanca. (http://lerparaver.com/legislação/internacional 
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Letras, 2007. 
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sócio-internacionalista. São Paulo: Plexus,1997. 
 
LANE, H. A máscara da benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: 
Instituto Piaget, 1992. 
 
SACKS, O. Vendo Vozes: uma jornada pelo mundo dos surdos. Rio de Janeiro: 
Imago Editora, 1990. 
 
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especial. Porto Alegre: Editora Mediação, 1997. 
 
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Editora da UFSC, 2008. 
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http://www.mec.gov.br/legis/pdf/lei10436.pdf
 
QUADROS, R. de. Educação de Surdo: A Aquisição da Linguagem. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 1997. 
 
 
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http://portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-virtual/files/libras_ii_1330350775.pdf 
 
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http://anacarolinafrank.blogspot.com.br/2012/01/alfabeto6.html 
 
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http://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2-libras-lingua-
brasileira-de-sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf 
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Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 
( http:// presidência.gov.br/civil 03/LEIS 2001/L10172.htm) 
Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 
(http://www.presidencia.gov.br/CCIVIL/LEIS/2002/L10436.htm ) 
http://www.cidadaopg.sp.gov.br/cursonline/files/material_apoio/2-libras-lingua-brasileira-de-sinais/Apostila_Libras_Curso_Online_Seduc_PG.pdf
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